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2.

Hidrostática
A Hidrostática é area da Física que estuda as propriedades dos fluidos em repouso.
Entre as propriedades físicas dos fluidos, podemos destacar como as mais importantes:
densidade, pressão e força de empuxo. Entendemos como fluidos as substâncias capazes
de assumir o formato de seu recipiente, mudando sua forma sob a ação de alguma força
externa.

A densidade é um parâmetro importante, já que essa propriedade mede a quantidade de


matéria que um fluido apresenta em um determinado espaço. Segundo o Sistema
Internacional de Unidades (SI), a densidade de um fluido é medida em quilogramas por
metro cúbico (kg/m³).

A pressão hidrostática mede a força por unidade de área que um fluido em repouso é
capaz de exercer contra uma superfície. Quanto maior for a profundidade de um corpo
imerso em um fluido, maior será a pressão exercida sobre ele. A unidade de pressão no
SI é o pascal (Pa), que equivale à pressão de 1 newton por metro quadrado (N/m²).

O empuxo, por sua vez, é a força que todo fluido exerce sobre os corpos nele imersos.
A força de empuxo é responsável por expelir as bolhas de gás de bebidas gaseificadas.
Além disso, faz com que uma cortiça, um navio ou um cubo de gelo flutue sobre a água.
A força de empuxo é descrita pelo Teorema de Arquimedes, e sua unidade é o newton
(N)."

2.1. Pressão hidrostática

A pressão hidrostática é a pressão exercida por uma coluna de fluido em repouso. Para
calcularmos o módulo da pressão hidrostática exercida por um fluido, utilizamos o
princípio fundamental da Hidrostática:

A diferença de pressão entre dois pontos de um fluido é determinada pelo produto entre
sua densidade, o módulo da gravidade local e a diferença de altura entre esses pontos.
O princípio fundamental da Hidrostática estabelece que, quanto maior for a
profundidade de um fluido, mais pressão ele exercerá.

Podemos traduzir o princípio fundamental da Hidrodinâmica na seguinte equação:

ΔP – diferença de pressão (Pa)

d – densidade do fluido (kg/m³)

Δh – diferença de altura entre pontos do fluido (m)

 Uma análise cuidadosa do princípio apresentado acima permite-nos concluir


que:
 Dois pontos que se encontram à mesma altura em um fluido apresentarão a
mesma pressão;
 Todo fluido em equilíbrio apresenta sua superfície livre disposta na direção
horizontal;
 A pressão em um fluido aumenta com sua profundidade.

2.2. Teorema de Pascal e pressão

De acordo com o teorema de Pascal, todo o aumento de pressão sobre um fluido ideal,
isto é, um fluido não compressível, contínuo e sem viscosidade, é transmitido
homogeneamente ao longo de seu volume. Uma das aplicações do princípio de Pascal é
no funcionamento das prensas e pistões hidráulicos.
F – força aplicada (N)

A – área de aplicação da força (m²)

2.3. Hidrostática e densidade

A densidade é uma das mais importantes propriedades de um fluido. Por meio dela, é
possível determinar a quantidade de matéria que constitui um fluido em um determinado
volume. A definição de densidade é apresentada abaixo:

d – densidade (kg/m³)

m – massa (kg)

V – volume (m³)

A densidade de um fluido é medida com base na densidade da água pura, cujo módulo é
de 1,0 quilograma por metro cúbico. Existem diversas unidades de densidade
comumente usadas no estudo da Hidrostática. Confira na figura abaixo algumas delas e
aproveite para aprender a realizar conversões de unidade quando for necessário:

Equivalência entre as principais unidades de densidade.

2.4. Empuxo e Hidrostática

Quando inserido no interior de um fluido, um corpo ocupa parte do espaço que


anteriormente era ocupado pelo próprio fluido. Assim, o fluido exercerá sobre esse
objeto uma força direcionada para cima de módulo igual ao peso do fluido que fora
deslocado em razão da inserção do corpo em seu interior.
O módulo da força de empuxo pode ser calculado por meio da seguinte definição:

O empuxo exercido depende do volume (V) de fluido deslocado pela inserção de um


corpo, da densidade do fluido e da gravidade local.

O empuxo exercido por um fluido não dependerá, portanto, do peso do corpo ou de sua
densidade, mas sim da densidade do fluido, da gravidade local e do volume de fluido
deslocado, que, por sinal, é igual ao volume da porção do corpo que se encontra imerso
no fluido.

Apesar de o empuxo não ser determinado pela densidade do corpo, por meio da relação
entre as densidades do corpo e do fluido, é possível sabermos se o corpo flutuará,
permanecerá em equilíbrio ou submergirá. Observe:

 Se o corpo for mais denso que o fundo, ele tenderá a afundar;


 Se o corpo apresentar uma densidade próxima à do fluido, ele tenderá a
permanecer em equilíbrio;
 Se o corpo tiver densidade menor que a densidade do fluido, ele tenderá a
flutuar.

2.5. Peso aparente

Peso aparente é a resultante das forças peso e empuxo que agem sobre um corpo
inserido em um fluido. Quando imerso em fluido, o corpo parecerá mais “leve” do que
realmente é. Isso ocorre porque a força de empuxo atua sobre esse corpo na direção
vertical, apontando sempre para cima.

O peso aparente pode ser calculado da seguinte forma:

PAP – peso aparente (N)

P – peso do corpo (N)


E – empuxo sobre o corpo (N)

2.6. Fórmulas de Hidrostática

Princípio fundamental da Hidrostática

O princípio fundamental da Hidrostática permite calcular a diferença de pressão entre


dois pontos de alturas distintas no interior de um fluido ideal.

Densidade

A densidade mede a quantidade de matéria contida em um fluido ou em um corpo por


unidade de espaço ocupado por ele:

Teorema de Pascal

O teorema de Pascal indica que o acréscimo de pressão exercido em um fluido em


equilíbrio é distribuído sobre ele de forma integral e homogênea:

Empuxo

O empuxo é a força exercida por um fluido que foi deslocado de sua posição em
decorrência da inserção de um corpo. O empuxo depende do volume de fluido
deslocado, da gravidade local e da densidade do fluido:

Peso aparente

O peso aparente é a força resultante sobre um corpo inserido total ou parcialmente sobre
um fluido:
3. Hidrodinâmica
A hidrodinâmica é a responsável pelo estudo do movimento dos fluídos. Sua aplicação
prática acontece nos sistemas de abastecimento de água, irrigação das terras, entre
outros.

3.1. Tipos e Escoamento

Escoamento Estacionário – também conhecido como laminar, é obtido quando a


velocidade de escoamento é pequena, ou seja, quando a velocidade de escoamento for a
mesma em todos os pontos. Ex.: a água de um rio calmo, escoamento de ar e gases.

Escoamento não estacionário – ou turbulento é quando a velocidade do fluído varia no


decorrer do tempo. Ex.: quedas d´água em virtude de rochas e outros obstáculos
existentes.

O tamanho dos tubos (diâmetro) e a viscosidade do fluído influenciam muito no


escoamento de fluídos através de tubos, isso porque, com a viscosidade, aparecem
forças de movimento relativo entre as camadas do fluído, o que ocasiona a dissipação de
energia mecânica.

3.2. Vazão

É definida como a razão entre o volume e o tempo.

Onde:
Q = vazão

V = volume do fluído

t = tempo
Sua unidade no SI é m³/s.

3.3. Equação da Continuidade

Determinada por Castelli, discípulo de Galileu, diz que quanto menor a seção, maior a
velocidade com que se escoa o fluído.

3.4. Velocidade da Pressão

A velocidade do fluído, ao passar de uma área maior para uma menor, aumenta, em
razão da pressão do fluído na parte larga ser maior do que na parte estreita. Essa
definição também é baseada pela equação de continuidade.

3.5. Equação de Bernouli

Também chamada de equação fundamental da hidrodinâmica, foi desenvolvida baseada


nos estudos voltados para a energia de escoamento dos fluídos.

Onde:
p = pressão (energia potencial por unidade de volume)

dgh = pressão hidrostática (energia potencial gravitacional por unidade de volume)

dv/2 = pressão dinâmica (energia cinética por unidade de volume)

://brasilescola.uol.com.br/fisica/hidrostatica.htm

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