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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto.

Física – UFES

RESNICK, HALLIDAY, KRANE, FÍSICA, 4.ED., LTC, RIO DE JANEIRO, 1996.

FÍSICA 1

CAPÍTULO 10 – COLISÕES

01. Na prova de resistência do pára-choques de um novo carro, o veículo, de 2.300 kg e a 15 m/s,


colide com o parapeito de uma ponte, sendo parado em 0,54 s. Determine a força média que
atuou no carro durante o impacto.
(Pág. 209)
Solução.
Considere o seguinte esquema:

m v

Durante o curto tempo de duração da colisão a única força externa relevante que atua no carro é a
força do parapeito da ponte (F). Portanto:
dP
Fext F
dt
Suponha que o referencial x aponta no sentido do movimento do carro. Em x:
dPx
F
dt
dPx Fdt (1)
De acordo com a Seção 10.3 (Pág. 195), a Eq. (1) é equivalente a:
Px F t
px p p0 m v v0 m 0 v0
F
t t t0 t 0 t
mv0
F 63.888,88 N
t
F 6, 4 104 N

02. Uma bola de massa m e velocidade v bate perpendicularmente em uma parede e recua sem
perder velocidade. (a) O tempo de colisão é t; qual a força média exercida pela bola na parede?
(b) Avalie numericamente essa força média no caso de uma bola de borracha de massa de 140 g
à velocidade de 7,8 m/s, sendo de 3,9 ms a duração do choque.
(Pág. 209)
Solução.
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a
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Considere o seguinte esquema:


m
v

m
-v

(a) A força média envolvida na colisão é:


px p p0 m v v0 m v v
F
t t t t
2mv
F
t
(b) O módulo da força média é:
2(0,140 kg)(7,8 m/s)
F 560 N
(3,9 10 3 ms)
F 5,6 102 N

32. Uma bola de aço de 0,514 kg está amarrada a um fio de 68,7 cm e é solta quando este está na
horizontal (Fig. 32). No fim do arco de 90o descrito pela bola, ela atinge um bloco de aço de
2,63 kg que está em repouso numa superfície sem atrito: a colisão é elástica. Determine (a) a
velocidade da bola e (b) a velocidade do bloco, ambas imediatamente após o choque. (c)
Suponha agora que na colisão metade da energia cinética mecânica seja convertida em energia
interna e energia sonora. Determine as velocidades finais.

(Pág. 211)
Solução.
Considere o seguinte esquema:

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a
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m1
A

m2
B v1B

v1C v2C

O movimento de A até B é feito com energia mecânica constante (ausência de forças dissipativas),
logo:
EA EB
KA U A KB U B
1
0 m1 gl m1v12B 0
2
v1B 2 gl 3, 67136 m/s
(a) Durante o choque o momento linear é conservado. Vamos chamar de B a situação do sistema
antes do choque e C a situação imediatamente após o choque. Para choques elásticos, v1C é dada
por:
m1 m2
v1C v1B
m1 m2
v1C 2, 4709 m/s
v1C 2, 47 m/s
(b) Para choques elásticos v2C é dada por:
2m1
v2C v1B
m1 m2
v2C 1, 20043 m/s
v2C 1, 20 m/s
(c) Energia cinética:
KB
KC '
2
1 1 1 1 1
m1v12C ' m2v22C ' m1v12B m2v22B
2 2 2 2 2
1
m1v12C ' m2v22C '
m1v12B 0 (1)
2
Conservação do momento linear B C’:
PBx PC ' x
m1v1B m2v2 B m1v1C ' m2v2C '
m1v1B 0 m1v1C ' m2v2C '
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m1v1B m1v1C '


v2C ' (2)
m2
Substituindo-se (2) em (1):
2m1v1B v1B 2m2 m2 m1
v1C ' (3)
2 m1 m2
São duas as possibilidades para v1C’:
v1C ' 1,34768 m/s
v1C ' 2,54811 m/s
Como m1 m2, sabe-se que v1C’ 0. Logo:
v1C ' 1,35 m/s
Substituindo-se (3) em (2):
2m1m2v1B m1v1B 2m2 m2 m1
v2C '
2m2 m1 m2
Também são duas as possibilidades para v2C’:
v2C ' 0, 219525 m/s
v2C ' 0,980907 m/s
Somente v2C’ = 0,980907... torna KC’ = KB/2 (verifique você!). Logo:
v2C ' 0,981 m/s

40. Uma bola de massa m é lançada com velocidade v, no cano de uma espingarda de mola de
massa M, que está inicialmente parada numa superfície sem atrito, conforme a Fig. 34. A bola
fica agarrada ao cano no ponto de máxima compressão da mola e não há perda de energia por
atrito. (a) Qual a velocidade da espingarda depois que a bala pára no cano? (b) Que fração da
energia cinética inicial da bola fica armazenada na mola?

(Pág. 212)
Solução.
Considere o seguinte esquema:

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M m
vi

Inicial

vf

Final
x
(a) Trata-se de um choque completamente inelástico (v1f = v2f). O momento linear em x é
conservado.
Pxi Pxf
m1v1i m2v2i m1v1 f m2v2 f
mvi 0 mv f Mv f
m
vf vi (1)
m M
(b) A energia armazenada na mola é dada por Ki Kf. Logo, a fração da energia cinética inicial que
fica armazenada na mola é:
1 2 1 2
K i K f 2 mvi 2 m M v f
f (2)
Ki 1 2
mvi
2
Substituindo-se (1) em (2) e simplificando-se:
M
f
m M

41. Um bloco de massa m1 = 1,88 kg desliza ao longo de uma superfície sem atrito com velocidade
de 10,3 m/s. Diretamente em frente dele, e movendo-se no mesmo sentido, há um bloco de
massa m2 = 4,92 kg, cuja velocidade é 3,27 m/s. Uma dada mola de massa desprezível, cuja
constante elástica vale k = 11,2 N/cm está presa à traseira de m2, conforme a Fig. 35. Quando os
blocos se chocam, qual a compressão máxima da mola? (Sugestão: No momento de compressão
máxima da mola, os dois blocos se movem juntos e o choque é completamente inelástico nesse
ponto; calcule então a velocidade comum.)

(Pág. 212)
Solução.
Como foi sugerido no enunciado, no momento da compressão máxima da mola os blocos viajam à
mesma velocidade (colisão inelástica). Aplicando-se a conservação do momento linear:
Pxi Pxf
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m1v1i m2 v2i m1v1 f m2 v2 f m1 m2 v f


m1v1i m2 v2i
vf (1)
m1 m2
Como não há forças dissipativas agindo no sistema, a energia mecânica é conservada:
Ei E f
K1i K 2i U i K1 f K2 f Uf
1 1 1 1
m1v12i m2v22i 0 m1 m2 v 2f k x2
2 2 2 2
m1v12i m2 v22i m1 m2 v 2f
x (2)
k
Substituindo-se (1) em (2):
2
2 2 m1v1i m2v2i
mv1 1i mv 2 2i m1 m2
m1 m2
x
k
A simplificação desta expressão resulta em:
m1m2
x v1i v2i 0, 24499 m
k m1 m2
x 24,5 cm

42. Dois trenós de 22,7 kg cada um estão à curta distância um do outro e na mesma reta, conforme a
Fig. 36. Um gato de 3,63 kg, em pé num dos trenós, pula para o outro e imediatamente volta ao
primeiro. Ambos os pulos são feitos à velocidade de 3,05 m/s em relação ao trenó onde está o
gato a pular. Calcule as velocidades finais dos dois trenós.

(Pág. 212)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:

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v1A = 0 v2A = 0
A
vgB
v1B v2B = 0
B

v1C = v1B v2C


C
vgD
v1D = v1B v2D
D

v1E v2E = v2D


E
Uma consideração importante a ser feita é que, embora o enunciado tenha fornecido a velocidade do
gato em relação ao trenó, as velocidades utilizadas na aplicação da conservação do momento linear
são em relação ao solo. A velocidade do gato em relação ao solo (vg) vale:
vg vt vgt (1)
Na Eq. (1) vt é a velocidade do trenó, que será substituída por v1 (trenó 1) e v2 (trenó 2) e vgt é a
velocidade do gato em relação ao trenó (que é uma velocidade de sinal negativo, pois tem o sentido
contrário ao do trenó). O momento linear do sistema na direção x é conservado devido à ausência de
forças externas nessa direção. Nos estados A e B temos:
PxA PxB
PgA P1 A PgB P1B
0 mg vgB Mv1B (2)
Substituindo (1) em (2):
0 mg v1B vgt Mv1B
m
v1B vgt (3)
m M
Estados B e C:
PxB PxC
PgB P1B P2 B PgC P1C P2C
Temos que P2B = 0 e P1B = P1C. Logo:
PgB PgC P2C
mvgB mvgC Mv2C (4)
Substituindo (1) em (4):
m v1B vgt m M v2C (5)
Substituindo (3) em (5):
m
m vgt mvgt m M v2C
m M
mM
v2C 2
vgt (6)
m M
Estados C e D:
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PxC PxD
PgC P1C P2C PgD P1D P2 D
Temos que P1C = P1D. Logo:
PgC P2C PgD P2 D
m M v2C mvgD Mv2 D (7)
Substituindo (1) e (6) em (7):
mM
m M v
2 gt
m v2 D vgt Mv2 D
m M
mM
vgt mvgt m M v2 D
m M
m2
v2 D 2
vgt 0,0591785 m/s (8)
m M
v2 D 5,92 cm/s
Estados D e E:
PxD PxE
PgD P1D P2 D PgE P1E P2 E
Temos que P2D = P2E. Logo:
PgD P1D PgE P1E
mvgD Mv1B m M v1E (9)
Substituindo (1) e (3) em (9):
m
m v2 D vgt M vgt m M v1E
m M
mM
mv2 D mvgt vgt m M v1E (10)
m M
Substituindo-se (8) em (10):
m3 mM
2
vgt mvgt vgt m M v1E
m M m M

m2 M
v1E 3
vgt 0,0515484 m/s
m M
v1E 5,15 cm/s
A prova de que esse cálculo está certo pode ser feita somando-se o momento linear final do sistema,
que deve ser igual ao inicial, ou seja, zero:
Pf Pg P1 P2 m M v1E Mv2 D

m2 M m2
Pf m M 3
vgt M 2
vgt
m M m M

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m2 M m2 M
Pf v
2 gt 2
vgt 0
m M m M

46. Dois veículos A e B que estão viajando respectivamente para o leste e para o sul, chocam-se
num cruzamento e ficam engavetados. Antes do choque, A (massa de 1.360 kg) movia-se a 62,0
km/h e B (massa de 1.820 kg)tinha velocidade de 93,0 km/h. Determine o módulo e o sentido da
velocidade dos veículos engavetados imediatamente após o choque.
(Pág. 212)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
mB

vB0

vA0
mA

v y

Considerando-se que as forças internas envolvidas na colisão são muito mais intensas que outras
forças externas, admite-se que o momento linear é conservado na colisão. Em x:
P0 x Px
p A0 x pB 0 x pAx pB x
mAvA0 0 mAvA mB vB
mA v A 0 mAv cos mB v cos mA mB v cos (1)
Conservação do momento linear em y:
P0 y Py
p A0 y pB 0 y pAy pB y
0 mB vB 0 mAvA mBvB mAv sen mBv sen
mB vB 0 mA mB v sen (2)
Dividindo-se (1) por (2):
mB vB 0
tan
mAv A0
o
63,5189
O sinal negativo está relacionado ao sentido anti-horário de em relação ao eixo x. Interessa-nos
apenas seu valor absoluto.
63,5o
De (1):

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a
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mAvA0
v 59, 4654 km/h
mA mB cos
v 59,5 km/h

47. Dois objetos A e B se chocam. A massa de A é de 2,0 kg e a de B, 3,0 kg. Suas velocidades antes
da colisão eram respectivamente viA = 15 i + 30 j e viB = 10 i + 5,0 j. Após o choque, vfA =
6,0 i + 30 j; todas as velocidades as~em m/s. (a) Qual a velocidade final de B? (b) Quanta
energia cinética foi ganha ou perdida na colisão?
(Pág. 212)
Solução.
(a) Admitindo-se que haja conservação do momento linear durante a colisão:
Pi Pf
p Ai pBi p Af pBf
mA v Ai mB vBi mA v Af mB vBf
mA
vBf ( v Ai v Af ) v Bi
mB
(2, 0)
v Bf (15i 30 j) ( 6, 0i 30 j) ( 10i 5, 0 j)
(3, 0)
vBf 4,0i 5,0 j
(b)
1 1 1 1
K Kf Ki mAvAf2 mB vBf2 mAvAi2 mB vBi2
2 2 2 2
1 2 2
K mA vAf vAi mB vBf2 vBi2
2
Normalmente calcularíamos vAf2 como sendo igual a vAxf2 + vAyf2. Porém, neste problema não ocorre
variação do momento linear na coordenada y. Portanto, pode-se considerar, para fins do cálculo de
K, vAf2 = vAxf2. Logo:
1 2 2 2 2
K mA vAxf vAxi mB vBxf vBxi
2
1
K (2, 0 kg) ( 6, 0 m/s) 2 (15 m/s) 2 (3, 0 kg) (4, 0 m/s)2 ( 10 m/s)2
2
K 315 J
K 0,32 kJ
A resposta apresentada no livro (+700 J) é incoerente, pois indica ganho de energia cinética pelo
sistema. Desprezando-se a atuação de forças externas durante a colisão e considerando-se que
nenhuma energia potencial elástica eventualmente acumulada no sistema converta-se em energia
cinética, a energia cinética do sistema só pode permanecer como está (colisão elástica) ou diminuir
(colisão inelástica).

51. Um próton (massa atômica 1,01 u) choca-se elasticamente, a 518 m/s, com outro próton parado.
O primeiro próton é desviado 64,0o de sua direção inicial. (a) Qual a direção da velocidade do

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próton-alvo após o choque? (b) Quais as velocidades dos prótons depois do impacto?
(Pág. 212)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
y

v2f
m m
v1i
x
v2i = 0
v1f
Na ausência de força externa resultante o momento linear será conservado em x e em y. Em x:
Pxi Pxf
p1xi p2 xi p1xf p2 xf
mv1i 0 mv1 f cos mv2 f cos
v1i v1 f cos v2 f cos (1)
Em y:
Pyi Pyf
p1 yi p2 yi p1 yf p2 yf
0 0 mv1 f sen mv2 f sen
v1 f sen v2 f sen (2)
As Eqs. (1) e (2) possuem três incógnitas e, por conseguinte, há necessidade de uma terceira
equação para resolver o sistema. A terceira equação vem da informação dada no enunciado do
problema, que disse ser o choque entre os prótons elástico. Logo:
Ki K f
K1i K 2i K1 f K2 f
1 2 1 2 1 2
mv1i 0 mv1 f mv2 f
2 2 2
v12i v12f v22 f (3)
Dentre os vários caminhos que podem ser seguidos para resolver o sistema de equações (1), (2) e
(3), adotaremos o seguinte. Tomemos o quadrado de (1):
v12i 2v1i v1 f cos v12f cos 2 v22 f cos 2 (4)
Tomemos também o quadrado de (2):
v12f sen 2 v22 f sen 2 (5)
Adicionando-se (4) e (5) e reconhecendo-se que sen2 + cos2 = 1 e sen2 + cos2 = 1:
v12i 2v1i v1 f cos v12f v22 f (6)
Substituindo-se v2f2 de (3) em (6):
v12i 2v1i v1 f cos v12f v12i v12f
v1 f v1i cos 227, 076 m/s
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v1 f 227 m/s
De (3):
v2 f v12i v12f 465,5753 m/s
v2 f 466 m/s
Finalmente, de (1):
1
v1i v1 f cos
cos
v2 f

26

54. Dois pêndulos de mesmo comprimento L estão situados inicialmente como na Fig. 38. O da
esquerda é solto da altura d e bate no outro. Suponha que a colisão seja completamente
inelástica e despreze a massa dos fios e quaisquer efeitos de atrito. A que altura se eleva o
centro de massa do conjunto após o choque?

(Pág. 213)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:

L L L
A
m1 C
v1A = 0 Bi Bf
d m2 h
Ug = 0 v12C = 0
v1B v2B = 0
v12B
Desprezando-se eventuais efeitos de atrito a energia mecânica do sistema é conservada durante a
queda do corpo m1:
EA EB
KA U A KB U B
1
0 m1 gd m1v12B 0
2
v1B 2 gd (1)

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Na colisão entre m1 e m2 o efeito das forças externas é desprezível. Portanto, o momento linear é
conservado:
PBi PBf
p1Bi p2 Bi p1Bf p2 Bf
m1v1B 0 m1 m2 v12 B (2)
Na Eq. (2), v12B é é a velocidade inicial do conjunto m1-m2 após a colisão. Substituindo-se (1) em
(2):
m1 2 gd
v12 B
m1 m2
Após a colisão, o movimento do conjunto ocorre com energia mecânica constante:
EB EC
KB U B KC U C
1
m1 m2 v122 B 0 0 m1 m2 gh (3)
2
Substituindo-se (2) em (3):
2
m1
h d
m1 m2

60. (a) Mostre numa colisão elástica unidimensional a velocidade do centro de massa de duas
partículas, de massas m1 e m2, que têm velocidade inicial v1 e v2, respectivamente, é expressa
por
m1 m2
vCM v1i v2i .
m1 m2 m1 m2

(b) Aplique as Eqs. 15 e 16 para v1f e v2f (as velocidades das partículas após o choque), a fim de
deduzir o mesmo resultado para vCM após o impacto.
(Pág. 214)
Solução.
(a) A posição do centro de massa de duas partículas, m1 e m2, cujas posições iniciais são,
respectivamente, x1i e x2i, é dado por:
1
xCM m1 x1i m2 x2i (1)
m1 m2
Derivando-se ambos os membros de (1) em relação ao tempo:
m1 dx1i m2 dx2i
vCM
m1 m2 dt m1 m2 dt
m1 m2
vCM v1i v2i
m1 m2 m1 m2
(b)
m1 m2 2m2
v1 f v1i v2i (15)
m1 m2 m1 m2

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2m1 m2 m1
v2 f v1i v2i (16)
m1 m2 m1 m2
A velocidade do centro de massa das duas partículas após a colisão é, de acordo o resultado do item
(a):
m1 m2
vCMf v1 f v2 f (2)
m1 m2 m1 m2
Substituindo-se (15) e (16) em (2):
m1 m1 m2 2m2 m2 2m1 m2 m1
vCMf v1i v2i v1i v2i
m1 m2 m1 m2 m1 m2 m1 m2 m1 m2 m1 m2
m12 m1m2 2m1m2 2m1m2 m22 m1m2
vCMf 2
v1i 2
v1i 2
v2i 2
v2i
m1 m2 m1 m2 m1 m2 m1 m2
m12 m1m2 m22 m1m2
vCMf v
2 1i 2
v2i
m1 m2 m1 m2
m1 m2
vCMf v1i v2i
m1 m2 m1 m2

61. No laboratório, uma partícula de massa 3,16 kg, move-se a 15,6 m/s para a esquerda e se choca
frontalmente com outra partícula de massa 2,84 kg, que tem velocidade de 12,2 m/s para a
direita. Determine a velocidade do centro de massa do sistema de duas partículas após a colisão.
(Pág. 214)
Solução.
Considere o esquema a seguir:
m1 m2
v1i v2i
x
Como não há forças externas agindo sobre o sistema, o centro de massa não é acelerado.
FExt MaCM 0
Logo:
vCM Constante
vCMi vCMf vCM
Por definição:
1
vCM m1v1 m2 v 2
m1 m2
1
vCMf m1v1i m2 v 2i
m1 m2
Como o choque é unidimensional (coordenada x), temos:
1
vCMf m1v1i m2v2i 2, 44133 m/s
m1 m2
vCMf 2, 44 m/s

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