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exercícios sobre colisões

Física
Instituto Federal do Espírito Santo (IFES)
20 pag.

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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

RESNICK, HALLIDAY, KRANE, FÍSICA, 4.ED., LTC, RIO DE JANEIRO, 1996.

FÍSICA 1

CAPÍTULO 10 – COLISÕES

01. Na prova de resistência do pára-choques de um novo carro, o veículo, de 2.300 kg e a 15 m/s,


colide com o parapeito de uma ponte, sendo parado em 0,54 s. Determine a força média que
atuou no carro durante o impacto.
(Pág. 209)
Solução.
Considere o seguinte esquema:

m v

Durante o curto tempo de duração da colisão a única força externa relevante que atua no carro é a
força do parapeito da ponte (F). Portanto:
dP
 Fext = F = dt
Suponha que o referencial x aponta no sentido do movimento do carro. Em x:
dP
F= x
dt
dPx = Fdt (1)
De acordo com a Seção 10.3 (Pág. 195), a Eq. (1) é equivalente a:
Px = F t
px p − p0 m ( v − v0 ) m ( 0 − v0 )
F= = = =
t t − t0 t −0 t
−mv0
F= = −63.888,88 N
t
F  −6, 4 104 N

02. Uma bola de massa m e velocidade v bate perpendicularmente em uma parede e recua sem
perder velocidade. (a) O tempo de colisão é t; qual a força média exercida pela bola na parede?
(b) Avalie numericamente essa força média no caso de uma bola de borracha de massa de 140 g
à velocidade de 7,8 m/s, sendo de 3,9 ms a duração do choque.
(Pág. 209)

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Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4a Ed. - LTC - 1996. Cap. 10 – Colisões

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Solução.
Considere o seguinte esquema:
m
v

m
-v

(a) A força média envolvida na colisão é:


p p − p0 m ( v − v0 ) m ( −v − v )
F= x = = =
t t t t
−2mv
F=
t
(b) O módulo da força média é:
2(0,140 kg)(7,8 m/s)
F= = 560 N
(3,9 10−3 ms)
F = 5,6 102 N

32. Uma bola de aço de 0,514 kg está amarrada a um fio de 68,7 cm e é solta quando este está na
horizontal (Fig. 32). No fim do arco de 90o descrito pela bola, ela atinge um bloco de aço de
2,63 kg que está em repouso numa superfície sem atrito: a colisão é elástica. Determine (a) a
velocidade da bola e (b) a velocidade do bloco, ambas imediatamente após o choque. (c)
Suponha agora que na colisão metade da energia cinética mecânica seja convertida em energia
interna e energia sonora. Determine as velocidades finais.

(Pág. 211)
Solução.
Considere o seguinte esquema:

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m1
A

m2
B v1B

v1C v2C

O movimento de A até B é feito com energia mecânica constante (ausência de forças dissipativas),
logo:
E A = EB
K A + U A = KB + U B
1
0 + m1 gl = m1v12B + 0
2
v1B = 2 gl = 3,67136 m/s
(a) Durante o choque o momento linear é conservado. Vamos chamar de B a situação do sistema
antes do choque e C a situação imediatamente após o choque. Para choques elásticos, v1C é dada
por:
m − m2
v1C = 1 v1B
m1 + m2
v1C = −2, 4709 m/s
v1C = −2, 47 m/s
(b) Para choques elásticos v2C é dada por:
2m1
v2C = v1B
m1 + m2
v2C = 1, 20043 m/s
v2C = 1, 20 m/s
(c) Energia cinética:
K
KC ' = B
2
1 1 11 1 
m1v12C ' + m2v22C ' =  m1v12B + m2v22B 
2 2 22 2 
1
m1v12C ' + m2v22C ' = m1v12B + 0 (1)
2
Conservação do momento linear B → C’:
PBx = PC ' x
m1v1B + m2v2 B = m1v1C ' + m2v2C '

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m1v1B + 0 = m1v1C ' + m2v2C '


m1v1B − m1v1C '
v2C ' = (2)
m2
Substituindo-se (2) em (1):
2m1v1B  v1B 2m2 ( m2 − m1 )
v1C ' = (3)
2 ( m1 + m2 )
São duas as possibilidades para v1C’:
v1C ' = −1,34768 m/s
v1C ' = 2,54811 m/s
Como m1  m2, sabe-se que v1C’  0. Logo:
v1C '  −1,35 m/s
Substituindo-se (3) em (2):
2m1m2v1B  m1v1B 2m2 ( m2 − m1 )
v2C ' =
2m2 ( m1 + m2 )
Também são duas as possibilidades para v2C’:
v2C ' = 0, 219525 m/s
v2C ' = 0,980907 m/s
Somente v2C’ = 0,980907... torna KC’ = KB/2 (verifique você!). Logo:
v2C '  0,981 m/s

40. Uma bola de massa m é lançada com velocidade v, no cano de uma espingarda de mola de
massa M, que está inicialmente parada numa superfície sem atrito, conforme a Fig. 34. A bola
fica agarrada ao cano no ponto de máxima compressão da mola e não há perda de energia por
atrito. (a) Qual a velocidade da espingarda depois que a bala pára no cano? (b) Que fração da
energia cinética inicial da bola fica armazenada na mola?

(Pág. 212)
Solução.
Considere o seguinte esquema:

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M m
vi

Inicial

vf

Final
x
(a) Trata-se de um choque completamente inelástico (v1f = v2f). O momento linear em x é
conservado.
Pxi = Pxf
m1v1i + m2 v2i = m1v1 f + m2v2 f
mvi + 0 = mv f + Mv f
m
vf = vi (1)
m+M
(b) A energia armazenada na mola é dada por Ki − Kf. Logo, a fração da energia cinética inicial que
fica armazenada na mola é:
1 2 1
Ki − K f 2 mvi − 2 ( m + M ) v f
2

f = = (2)
Ki 1 2
mvi
2
Substituindo-se (1) em (2) e simplificando-se:
M
f =
m+M

41. Um bloco de massa m1 = 1,88 kg desliza ao longo de uma superfície sem atrito com velocidade
de 10,3 m/s. Diretamente em frente dele, e movendo-se no mesmo sentido, há um bloco de
massa m2 = 4,92 kg, cuja velocidade é 3,27 m/s. Uma dada mola de massa desprezível, cuja
constante elástica vale k = 11,2 N/cm está presa à traseira de m2, conforme a Fig. 35. Quando os
blocos se chocam, qual a compressão máxima da mola? (Sugestão: No momento de compressão
máxima da mola, os dois blocos se movem juntos e o choque é completamente inelástico nesse
ponto; calcule então a velocidade comum.)

(Pág. 212)
Solução.
Como foi sugerido no enunciado, no momento da compressão máxima da mola os blocos viajam à
mesma velocidade (colisão inelástica). Aplicando-se a conservação do momento linear:
Pxi = Pxf
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m1v1i + m2v2i = m1v1 f + m2v2 f = ( m1 + m2 ) v f


m1v1i + m2v2i
vf = (1)
m1 + m2
Como não há forças dissipativas agindo no sistema, a energia mecânica é conservada:
Ei = E f
K1i + K 2i + U i = K1 f + K 2 f + U f
1 1 1 1
m1v12i + m2v22i + 0 = ( m1 + m2 ) v 2f + k x 2
2 2 2 2
m1v12i + m2v22i − ( m1 + m2 ) v 2f
x = (2)
k
Substituindo-se (1) em (2):
2
 m v + m2 v2i 
m v + m v − ( m1 + m2 )  1 1i
2 2

m1 + m2 
1 1i 2 2i

x = 
k
A simplificação desta expressão resulta em:
m1m2
x = ( v1i − v2i ) = 0, 24499 m
k ( m1 + m2 )
x  24,5 cm

42. Dois trenós de 22,7 kg cada um estão à curta distância um do outro e na mesma reta, conforme a
Fig. 36. Um gato de 3,63 kg, em pé num dos trenós, pula para o outro e imediatamente volta ao
primeiro. Ambos os pulos são feitos à velocidade de 3,05 m/s em relação ao trenó onde está o
gato a pular. Calcule as velocidades finais dos dois trenós.

(Pág. 212)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:

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v1A = 0 v2A = 0
A
vgB
v1B v2B = 0
B

v1C = v1B v2C


C
vgD
v1D = v1B v2D
D

v1E v2E = v2D


E
Uma consideração importante a ser feita é que, embora o enunciado tenha fornecido a velocidade do
gato em relação ao trenó, as velocidades utilizadas na aplicação da conservação do momento linear
são em relação ao solo. A velocidade do gato em relação ao solo (vg) vale:
vg = vt + vgt (1)
Na Eq. (1) vt é a velocidade do trenó, que será substituída por v1 (trenó 1) e v2 (trenó 2) e vgt é a
velocidade do gato em relação ao trenó (que é uma velocidade de sinal negativo, pois tem o sentido
contrário ao do trenó). O momento linear do sistema na direção x é conservado devido à ausência de
forças externas nessa direção. Nos estados A e B temos:
PxA = PxB
PgA + P1 A = PgB + P1B
0 = mg vgB + Mv1B (2)
Substituindo (1) em (2):
0 = mg ( v1B + vgt ) + Mv1B
m
v1B = − vgt (3)
m+M
Estados B e C:
PxB = PxC
PgB + P1B + P2 B = PgC + P1C + P2C
Temos que P2B = 0 e P1B = P1C. Logo:
PgB = PgC + P2C
mvgB = mvgC + Mv2C (4)
Substituindo (1) em (4):
m ( v1B + vgt ) = ( m + M ) v2C (5)
Substituindo (3) em (5):
 m 
m − vgt  + mvgt = ( m + M ) v2C
 m+M 
mM
v2C = vgt (6)
(m + M )
2

Estados C e D:
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PxC = PxD
PgC + P1C + P2C = PgD + P1D + P2 D
Temos que P1C = P1D. Logo:
PgC + P2C = PgD + P2 D

( m + M ) v2C = mvgD + Mv2D (7)


Substituindo (1) e (6) em (7):

v = m ( v2 D + vgt ) + Mv2 D
mM
(m + M )
(m + M )
2 gt

mM
v = mvgt + ( m + M ) v2 D
( m + M ) gt
m2
v2 D = − vgt = 0, 0591785 m/s (8)
(m + M )
2

v2 D  5,92 cm/s
Estados D e E:
PxD = PxE
PgD + P1D + P2 D = PgE + P1E + P2 E
Temos que P2D = P2E. Logo:
PgD + P1D = PgE + P1E

mvgD + Mv1B = ( m + M ) v1E (9)


Substituindo (1) e (3) em (9):
 
m ( v2 D + vgt ) + M  −
m
vgt  = ( m + M ) v1E
 m+M 
mM
mv2 D + mvgt − vgt = ( m + M ) v1E (10)
m+M
Substituindo-se (8) em (10):
m3 mM
− vgt + mvgt − vgt = ( m + M ) v1E
(m + M ) m+M
2

m2 M
v1E = vgt = −0, 0515484 m/s
(m + M )
3

v1E  −5,15 cm/s


A prova de que esse cálculo está certo pode ser feita somando-se o momento linear final do sistema,
que deve ser igual ao inicial, ou seja, zero:
Pf = Pg + P1 + P2 = ( m + M ) v1E + Mv2 D

m2 M  m2 
Pf = ( m + M ) v + M  − 2 gt 
v
(m + M )  ( m + M )
3 gt


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m2 M m2 M
Pf = v − vgt = 0
(m + M ) (m + M )
2 gt 2

46. Dois veículos A e B que estão viajando respectivamente para o leste e para o sul, chocam-se
num cruzamento e ficam engavetados. Antes do choque, A (massa de 1.360 kg) movia-se a 62,0
km/h e B (massa de 1.820 kg)tinha velocidade de 93,0 km/h. Determine o módulo e o sentido da
velocidade dos veículos engavetados imediatamente após o choque.
(Pág. 212)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
mB

vB0

vA0
mA

v y

Considerando-se que as forças internas envolvidas na colisão são muito mais intensas que outras
forças externas, admite-se que o momento linear é conservado na colisão. Em x:
P0x = Px
pA0 x + pB 0 x = pAx + pB x
mAvA0 + 0 = mAvA + mB vB
mAvA0 = mAv cos  + mBv cos  = ( mA + mB ) v cos  (1)
Conservação do momento linear em y:
P0 y = Py
p A0 y + pB 0 y = p Ay + pB y
0 − mB vB 0 = mAvA + mB vB = mAv sen  + mB v sen 
−mB vB 0 = ( mA + mB ) v sen  (2)
Dividindo-se (1) por (2):
mv
tan  = − B B 0
mAvA0
 = −63,5189 o

O sinal negativo está relacionado ao sentido anti-horário de  em relação ao eixo x. Interessa-nos


apenas seu valor absoluto.
  63,5o
De (1):

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mA v A 0
v= = 59, 4654 km/h
( mA + mB ) cos 
v  59,5 km/h

47. Dois objetos A e B se chocam. A massa de A é de 2,0 kg e a de B, 3,0 kg. Suas velocidades antes
da colisão eram respectivamente viA = 15 i + 30 j e viB = −10 i + 5,0 j. Após o choque, vfA =
−6,0 i + 30 j; todas as velocidades as~em m/s. (a) Qual a velocidade final de B? (b) Quanta
energia cinética foi ganha ou perdida na colisão?
(Pág. 212)
Solução.
(a) Admitindo-se que haja conservação do momento linear durante a colisão:
Pi = Pf
p Ai + pBi = p Af + pBf
mA v Ai + mB v Bi = mA v Af + mB v Bf
mA
v Bf = ( v Ai − v Af ) + v Bi
mB
(2, 0)
v Bf =  (15i + 30 j) − (−6, 0i + 30 j) + (−10i + 5, 0 j)
(3, 0)
v Bf = 4,0i + 5,0 j
(b)
1 1  1 1 
K = K f − Ki =  mAvAf 2
+ mB vBf2  −  mAvAi2 + mB vBi2 
2 2  2 2 

K =  mA ( vAf ) + mB ( vBf2 − vBi2 )


1 2
− vAi
2

2
Normalmente calcularíamos vAf2 como sendo igual a vAxf2 + vAyf2. Porém, neste problema não ocorre
variação do momento linear na coordenada y. Portanto, pode-se considerar, para fins do cálculo de
K, vAf2 = vAxf2. Logo:

K =  mA ( vAxf ) + mB ( vBxf )


1 2
− vAxi
2 2
− vBxi
2

2
1

K = (2, 0 kg) (−6, 0 m/s)2 − (15 m/s)2  + (3, 0 kg) (4, 0 m/s)2 − (−10 m/s)2 
2

K = −315 J
K  −0,32 kJ
A resposta apresentada no livro (+700 J) é incoerente, pois indica ganho de energia cinética pelo
sistema. Desprezando-se a atuação de forças externas durante a colisão e considerando-se que
nenhuma energia potencial elástica eventualmente acumulada no sistema converta-se em energia
cinética, a energia cinética do sistema só pode permanecer como está (colisão elástica) ou diminuir
(colisão inelástica).

51. Um próton (massa atômica 1,01 u) choca-se elasticamente, a 518 m/s, com outro próton parado.
O primeiro próton é desviado 64,0o de sua direção inicial. (a) Qual a direção da velocidade do

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próton-alvo após o choque? (b) Quais as velocidades dos prótons depois do impacto?
(Pág. 212)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
y

v2f
m m
v1i 
 x
v2i = 0
v1f
Na ausência de força externa resultante o momento linear será conservado em x e em y. Em x:
Pxi = Pxf
p1xi + p2 xi = p1xf + p2 xf
mv1i + 0 = mv1 f cos  + mv2 f cos 
v1i − v1 f cos  = v2 f cos  (1)
Em y:
Pyi = Pyf
p1 yi + p2 yi = p1 yf + p2 yf
0 + 0 = − mv1 f sen  + mv2 f sen 
v1 f sen  = v2 f sen  (2)
As Eqs. (1) e (2) possuem três incógnitas e, por conseguinte, há necessidade de uma terceira
equação para resolver o sistema. A terceira equação vem da informação dada no enunciado do
problema, que disse ser o choque entre os prótons elástico. Logo:
Ki = K f
K1i + K 2i = K1 f + K 2 f
1 2 1 1
mv1i + 0 = mv12f + mv22 f
2 2 2
v12i = v12f + v22 f (3)
Dentre os vários caminhos que podem ser seguidos para resolver o sistema de equações (1), (2) e
(3), adotaremos o seguinte. Tomemos o quadrado de (1):
v12i − 2v1i v1 f cos + v12f cos2  = v22 f cos2  (4)
Tomemos também o quadrado de (2):
v12f sen 2  = v22 f sen 2  (5)
Adicionando-se (4) e (5) e reconhecendo-se que sen2  + cos2  = 1 e sen2  + cos2  = 1:
v12i − 2v1i v1 f cos  + v12f = v22 f (6)
Substituindo-se v2f2 de (3) em (6):
v12i − 2v1i v1 f cos + v12f = v12i − v12f
v1 f = v1i cos  = 227, 076 m/s
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v1 f  227 m/s
De (3):
v2 f = v12i − v12f = 465,5753 m/s
v2 f  466 m/s
Finalmente, de (1):
 v1i − v1 f cos  
 = cos −1  
 v2 f
 
 = 26

54. Dois pêndulos de mesmo comprimento L estão situados inicialmente como na Fig. 38. O da
esquerda é solto da altura d e bate no outro. Suponha que a colisão seja completamente
inelástica e despreze a massa dos fios e quaisquer efeitos de atrito. A que altura se eleva o
centro de massa do conjunto após o choque?

(Pág. 213)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:

L L L
A
m1 C
v1A = 0 Bi Bf
d m2 h
Ug = 0 v12C = 0
v1B v2B = 0v12B
Desprezando-se eventuais efeitos de atrito a energia mecânica do sistema é conservada durante a
queda do corpo m1:
E A = EB
K A + U A = KB + U B
1
0 + m1 gd = m1v12B + 0
2
v1B = 2 gd (1)

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Na colisão entre m1 e m2 o efeito das forças externas é desprezível. Portanto, o momento linear é
conservado:
PBi = PBf
p1Bi + p2 Bi = p1Bf + p2 Bf

m1v1B + 0 = ( m1 + m2 ) v12 B (2)


Na Eq. (2), v12B é é a velocidade inicial do conjunto m1-m2 após a colisão. Substituindo-se (1) em
(2):
m1 2 gd
v12 B =
m1 + m2
Após a colisão, o movimento do conjunto ocorre com energia mecânica constante:
EB = EC
K B + U B = KC + U C
1
( m1 + m2 ) v122 B + 0 = 0 + ( m1 + m2 ) gh (3)
2
Substituindo-se (2) em (3):
2
 m1 
h=  d
 m1 + m2 

60. (a) Mostre numa colisão elástica unidimensional a velocidade do centro de massa de duas
partículas, de massas m1 e m2, que têm velocidade inicial v1 e v2, respectivamente, é expressa
por
m1 m2
vCM = v1i + v2i .
m1 + m2 m1 + m2

(b) Aplique as Eqs. 15 e 16 para v1f e v2f (as velocidades das partículas após o choque), a fim de
deduzir o mesmo resultado para vCM após o impacto.
(Pág. 214)
Solução.
(a) A posição do centro de massa de duas partículas, m1 e m2, cujas posições iniciais são,
respectivamente, x1i e x2i, é dado por:
1
xCM = ( m1x1i + m2 x2i ) (1)
m1 + m2
Derivando-se ambos os membros de (1) em relação ao tempo:
m1 dx1i m2 dx2i
vCM = +
m1 + m2 dt m1 + m2 dt
m1 m2
vCM = v1i + v2i
m1 + m2 m1 + m2
(b)
m1 − m2 2m2
v1 f = v1i + v2i (15)
m1 + m2 m1 + m2

________________________________________________________________________________________________________ 13
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2m1 m − m1
v2 f = v1i + 2 v2i (16)
m1 + m2 m1 + m2
A velocidade do centro de massa das duas partículas após a colisão é, de acordo o resultado do item
(a):
m1 m2
vCMf = v1 f + v2 f (2)
m1 + m2 m1 + m2
Substituindo-se (15) e (16) em (2):
m1  m1 − m2 2m2  m2  2m1 m − m1 
vCMf =  v1i + v2i  +  v1i + 2 v2i 
m1 + m2  m1 + m2 m1 + m2  m1 + m2  m1 + m2 m1 + m2 
m12 − m1m2 2m1m2 2m1m2 m22 − m1m2
vCMf = v + v + v + v2i
( m1 + m2 ) ( m1 + m2 ) ( m1 + m2 ) ( m1 + m2 )
2 1i 2 1i 2 2i 2

m12 + m1m2 m22 + m1m2


vCMf = v + v2i
( m1 + m2 ) ( m1 + m2 )
2 1i 2

m1 m2
vCMf = v1i + v2i
m1 + m2 m1 + m2

61. No laboratório, uma partícula de massa 3,16 kg, move-se a 15,6 m/s para a esquerda e se choca
frontalmente com outra partícula de massa 2,84 kg, que tem velocidade de 12,2 m/s para a
direita. Determine a velocidade do centro de massa do sistema de duas partículas após a colisão.
(Pág. 214)
Solução.
Considere o esquema a seguir:
m1 m2
v1i v2i
x
Como não há forças externas agindo sobre o sistema, o centro de massa não é acelerado.
F Ext = MaCM = 0
Logo:
vCM = Constante
v CMi = v CMf = v CM
Por definição:
1
vCM = ( m1v1 + m2 v 2 )
m1 + m2
1
vCMf = ( m1v1i + m2 v2i )
m1 + m2
Como o choque é unidimensional (coordenada x), temos:
1
vCMf = ( m1v1i + m2v2i ) = −2, 44133 m/s
m1 + m2
vCMf  −2, 44 m/s

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TIPLER, MOSCA, FÍSICA PARA CIENTISTAS E ENGENHEIROS, 6.ED., LTC, RIO DE


JANEIRO, 2009.

FÍSICA 1

CAPÍTULO 08 – CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE DE MOVIMENTO LINEAR

60. Uma bala de massa 𝑚 é disparada verticalmente de baixo, contra uma fina chapa horizontal de
compensado, de massa 𝑀, que está inicialmente em repouso, apoiada sobre uma fina folha de
papel (Figura 8-48). A bala atravessa o compensado, que se eleva até uma altura 𝐻 acima da
folha de papel antes de cair. A bala continua subindo até uma altura ℎ acima do papel. (a)
Expresse, em termos de ℎ e de 𝐻, as velocidades para cima da bala e do compensado,
imediatamente após a bala ter atravessado o compensado. (b) Qual é a rapidez inicial da bala?
(c) Qual é a energia mecânica do sistema antes e após a colisão inelástica? (d) Quanta energia
mecânica é dissipada durante a colisão?

(Pág. 275)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:

(a) Nas configurações 2 e 3 a energia mecânica do sistema bala-chapa é conservada. No caso da


bala, temos:
Eb 2 = Eb3
Kb 2 + U b 2 = Kb 3 + U b 3
1 2
mvb 2 + 0 = 0 + mgh
2
vb 2 = 2 gh (1)
________________________________________________________________________________________________________ 15
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No caso da chapa, a situação é semelhante à da bala e o resultado é similar.


vc 2 = 2 gH (2)
(b) Nas configurações 1 e 2 há conservação da quantidade de movimento linear na coordenada 𝑦.
Portanto, podemos aplicar esta lei de conservação:
P1 y = P2 y
mvb1 + Mvc1 = mvb 2 + Mvc 2
mvb1 + 0 = mvb 2 + Mvc 2 (3)
Substituindo-se (1) e (2) em (3) e dividindo-se (3) por 𝑚, teremos:
M
vb1 = 2 gh + 2 gH (4)
m
Devemos notar que a velocidade da bala está relacionada à altura que ela consegue chegar sob ação
da gravidade e à quantidade de energia que ela transfere ao compensado.
(c) Por definição, a energia mecânica do sistema na configuração 1 é:
1  1
E1 = K1 + U1 = ( Kb1 + U b1 ) + ( Kc1 + U c1 ) =  mvb21 + 0  + ( 0 + 0 ) = mvb21 (5)
2  2
Substituindo-se (4) em (5):
2
1  M 
E1 = m  2 gh + 2 gH 
2  m 
1  M M2 
E1 = m  2 gh + 2 4 g 2 hH + 2
2 gH 
2  m m 
Logo:
M2
E1 = mgh + gH + 2Mg hH (6)
m
Na expressão acima, que corresponde à energia da bala antes da colisão com o compensado, essa
energia é representada em três termos. O primeiro é a energia que levará a bala até a altura ℎ. O
segundo e o terceiro termos estão relacionados à elevação do compensado à altura 𝐻, ao trabalho de
perfuração do compensado e ao calor que será dissipado para ambos os corpos. Não dá para separar
essas energias, pois foram geradas na forma de termos cruzados quando elevamos ao quadrado a
Eq. 4.

Na Configuração 2, teremos:
1  1 
E2 = K2 + U 2 = ( Kb 2 + U b 2 ) + ( Kc 2 + U c 2 ) =  mvb22 + 0  +  Hvc22 + 0 
2  2 
1 1
E2 = mvb22 + Mvc22 (7)
2 2
Substituindo-se (1) e (2) em (7):
1 1
E2 = m ( 2 gh ) + M ( 2 gH )
2 2
E2 = mgh + MgH (8)
(d) A energia dissipada (𝐸𝑑 ) corresponde à variação observada na energia mecânica do sistema.
________________________________________________________________________________________________________ 16
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Ed = E = E2 − E1 (9)
Substituindo-se (6) e (8) em (9):
 M2 
Ed = ( mgh + MgH ) −  mgh + 2Mg hH + H
 m 
Expandindo, teremos:
M2
Ed = mgh + MgH − mgh − 2Mg hH − gH
m
Dividindo-se por 𝑀𝑔𝐻 e simplificando:
 M 2  
Ed = −  gH + 2Mg Hh  − MgH 
 m  
Compare este resultado com a Eq. 6. Para chegar à energia dissipada, precisamos subtrair a energia
potencial do compensado que estava embutida nos dois últimos termos da Eq. 6. O primeiro sinal
negativo da expressão acima refere-se ao caráter de perda de energia mecânica.

60. A Figura 8-54 mostra um canhão da Primeira Guerra Mundial montado sobre um vagonete e
preparado para atirar uma bala a um ângulo de 30° acima da horizontal. Com o vagão
inicialmente em repouso sobre um trilho horizontal sem atrito, o canhão dispara uma bala de
200 kg a 125 m/s. (Todos os valores são no referencial do trilho.) (a) O vetor quantidade de
movimento do sistema vagão– canhão –bala será o mesmo justo antes e justo após a bala ser
disparada? Explique sua resposta. (b) Se a massa de vagão mais canhão é igual a 5000 kg, qual
será a velocidade de recuo do vagão sobre o trilho, após o disparo? (c) A bala se eleva até a uma
altura máxima de 180 m em sua trajetória. Neste ponto, sua rapidez é de 80,0 m/s. Com base
nesta informação, calcule a quantidade de energia térmica produzida pelo atrito do ar com a
bala, da boca do canhão até a altura máxima.

(Pág. 279)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:

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(a) Antes da bala ser disparada, o vetor momento linear do sistema é nulo. Se houvesse conservação
do momento, esse vetor continuaria nulo imediatamente após o disparo. Na coordenada 𝑥, a
quantidade de movimento linear é conservada e, portanto, a componente 𝑥 do vetor resultante
deverá ser nula (bala lançada para a direita e canhão deslocado para a esquerda). No entanto, em 𝑦
não há conservação do momento, pois uma força externa age no sentido de empurrar a bala para o
alto. Essa força consiste na ação do canhão-trilho sobre a bala.
(b) Nas configurações 1 e 2 há conservação da quantidade de movimento linear na coordenada 𝑥:
P1x = P2 x
mvb1x + Mvc1x = mvb 2 x + Mvc 2 x
0 + 0 = mvb 2 cos  + Mvc 2
m
vc 2 = − vb 2 cos 
M
Substituindo-se os valores numéricos:
( 200 kg ) 125 m/s cos 30 = −4,33013
vc 2 = − ( ) ( ) m/s
(1.500 kg )
vc 2  −4,3 m/s
(c) A energia mecânica dissipada na forma de energia térmica (𝐸𝑡𝑒𝑟𝑚 ), desde a saída da bala até o
ponto mais elevado da trajetória, é igual à variação da energia mecânica da bala (∆𝐸𝑏 ). Para obter
𝐸𝑡𝑒𝑟𝑚 , vamos comparar as configurações 2 e 3 do sistema.
Etérm = Eb = Eb3 − Eb 2 = ( Kb3 + Ub3 ) − ( Kb 2 + Ub 2 )
1  1 
Etérm =  mvb23 + mgh  −  mvb22 + 0 
2  2 

Etérm = m ( vb23 + vb22 + 2 gh )


1
2
Substituindo-se os valores numéricos:
1
Etérm = m ( 80, 0 m/s ) + (125 m/s ) + 2 ( 9,81 m/s )(180 m )  = −569.340 J
2 2

2  
Etérm  −569 kJ
________________________________________________________________________________________________________ 18
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117. Uma sequência de contas elásticas de vidro, cada uma de massa 0,50 g, sai de um tubo
horizontal a uma taxa de 100 por segundo (veja a Figura 8-57). As contas caem de uma altura
de 0,50 m sobre um prato de uma balança e repicam de volta à sua altura original. Que massa
deve ser colocada no outro prato da balança, para manter o ponteiro no zero?

(Pág. 280)
Solução.
Para equilibrar os pratos da balança, é preciso aplicar uma força vertical para baixo no prato
esquerdo e que tenha a mesma intensidade da força que é exercida pela massa 𝑚 no prato direito. A
segunda lei de Newton nos diz que a aplicação de uma força sobre um corpo gera sobre ele uma
taxa de variação no momento linear. No presente caso, o prato esquerdo da balança está recebendo
sucessivos choques, sendo que cada choque corresponde a uma pequena transferência de momento
linear para o prato (Δ𝑝⃗).
Se a transferência de momento fosse contínua (por exemplo, se alguém pressionasse com o dedo o
prato esquerdo para equilibrar a balança) a força gerada seria constante e invariável. Mas como a
transferência de momento é quantizada, ou seja, em pequenas partes sucessivas, dizemos que as
contas geram uma força média 𝐹⃗𝑚𝑒𝑑 sobre o prato.
Δ𝑃⃗⃗
𝐹⃗𝑚𝑒𝑑 =
Δ𝑡
Na expressão acima, Δ𝑃⃗⃗ é a variação total do momento que ocorre ao longo do intervalo de tempo
Δ𝑡. Como pretendemos analisar cada colisão no prato (Δ𝑝⃗), teremos Δ𝑃⃗⃗ = 𝑁Δ𝑝⃗, em que 𝑁 é o
número de colisões que ocorrem no intervalo Δ𝑡. Veja o esquema simplificado da situação, em que
⃗⃗𝑖 = 𝑣𝑥𝑖 𝒊̂ + 𝑣𝑦𝑖 𝒋̂ e 𝒗
𝒗 ⃗⃗𝑓 = 𝑣𝑥𝑓 𝒊̂ + 𝑣𝑦𝑓 𝒋̂. Devemos notar que, como os choques são elásticos, a
magnitude de ⃗𝒗⃗𝑖 é igual à de 𝒗 ⃗⃗𝑓 .

Na coordenada 𝑦, teremos:
Δ𝑃𝑦 NΔ𝑝𝑦 N N N
𝐹𝑚𝑒𝑑 = = = (𝑝𝑦𝑓 − 𝑝𝑦𝑖 ) = (𝑚𝑐 𝑣𝑦𝑓 − 𝑚𝑐 𝑣𝑦𝑖 ) = [𝑚𝑐 𝑣𝑦 − 𝑚𝑐 (−𝑣𝑦 )]
Δ𝑡 Δ𝑡 Δ𝑡 Δ𝑡 Δ𝑡
N
𝐹𝑚𝑒𝑑 = 2𝑚𝑐 𝑣𝑦 (1)
Δ𝑡
________________________________________________________________________________________________________ 19
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Na situação de equilíbrio, os torques sobre a balança devem ser anulados.


𝐹𝑚𝑒𝑑 𝑑 − 𝑚𝑔𝑑 = 0
𝐹𝑚𝑒𝑑 = 𝑚𝑔 (2)
Igualando-se as Eqs. (1) e (2), teremos:
2𝑁𝑚𝑐 𝑣𝑦
𝑚=
𝑔Δ𝑡
Como as contas caem a partir do repouso (vertical, não horizontal) em queda livre sobre o prato de
uma altura ℎ, a rapidez vertical com que colidem no prato é:
𝑣𝑦 = √2𝑔ℎ
Logo:

2𝑁𝑚𝑐 2𝑁𝑚𝑐 2ℎ
𝑚= √2𝑔ℎ = √
𝑔Δ𝑡 Δ𝑡 𝑔

Substituindo-se os valores numéricos, teremos:

2.100. (0,50 × 10−3 kg) 2(0,50 m)


𝑚= √ = 0,3192 … kg
(1,0 s) (9,81 m/s 2 )

𝑚 ≈ 32 𝑔

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