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TERMODINÂMICA E CICLOS DE
POTÊNCIA
Aula 5
Professor:
José R. Simões-Moreira, Ph.D.
e-mail: jrsimoes@usp.br
ESPECIALIZAÇÃO EM
ENERGIAS RENOVÁVEIS, GERAÇÃO DISTRIBUÍDA E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Comparativo de
diversas
máquinas
térmicas de
conversão de
energia (calor em
trabalho)
Thermal engineering
Algumas
aplicações
biomassa solar
óleo e gás
geotermia
ERG 009 – Fundamentos de Termodinâmica e Ciclos de Potência
Especialização em Energias Renováveis, Geração Distribuída e Eficiência Energética www.pecepoli.com.br
Clique Rankine com energia solar
QLé igual
Carnot mostrou que a razão entre o calor rejeitado e recebido T
= L à razão
QH TH
entre as temperaturas absolutas correspondentes, isto é:
Essa relação é relativamente fácil de ser provada, como visto na próxima
transparência.
TL
C = 1 −
TH
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CICLO TÉRMICO DE CARNOT – cont... QH
G.V. 3
T.V. WTV
2
Cond.
1 4
WB
QL
Calor rejeitado:
Calor recebido:
QL TL s TL
C = 1 − =1− C = 1 −
QH TH s TH
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CICLO TÉRMICO DE CARNOT – cont...
300
C = 1 − = 0,6564 = 65,64%
600 + 273,15
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CICLO TÉRMICO DE CARNOT – cont...
Uma vez mais é importante frisar que o ciclo de Carnot é uma referência
teórica. Entretanto, percebe-se que é possível na prática se aproximar desse
ciclo, graças ao fato das substâncias simples, como a água e outras substâncias
puras, manterem a sua temperatura constante durante o processo de mudança de
fase a pressão constante. Assim, utiliza-se essa propriedade para se tentar
reproduzir no mundo real as vantagens do ciclo de Carnot, isto é, máxima
conversão de calor em trabalho, dados dois reservatórios térmicos. Com isso,
chega-se finalmente ao ciclo de Carnot, agora ilustrado no diagrama T-s de uma
substância pura como a água e os equipamentos ideais necessários, tudo isso
indicado na próxima figura.
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CICLO TÉRMICO DE CARNOT – cont...
Calor é adicionado ao ciclo no processo 1-2 à temperatura constante TH.
Temperatura, K
Balanços energéticos
Gerador de vapor:
Turbina a vapor:
Condensador:
Bomba:
Trabalho líquido:
Turbina de extração
simples – turbina com Turbina de extração de
extração intermediária diversos níveis de pressão
de vapor para uso em – permite obter vapor em
processo. Cogeração diversos níveis de pressão
no setor sucro-
alcooleiro
Turbina com
reaquecimento – Turbina alimentada com
Vapor é expandido até mais de um nível de
um nível intermediário pressão – a turbina é
de pressão e sofre o alimentada com mais de um
processo de nível de pressão
reaquecimento
(KPa) (oC) (kJ/kg) (kJ/kg) (kJ/kg.K) (kJ/kg.K) De h2 para h3: processo isoentrópico
TL 318,96
TCarnot = 1 − = 1− = 0, 4817 = 48,17%
TH 615,39 wT = 2610,5 – 1678,4 = 932,1 kJ/kg
Uma usina termelétrica de uma usina sucroalcooleira opera segundo o ciclo simples ideal de Rankine
com superaquecimento. Água pressurizada é bombeada para o gerador de vapor, ou caldeira, onde é
vaporizada, atingindo elevada temperatura por meio da adição de calor resultante da combustão do
bagaço de cana. O vapor é expandido em uma turbina a vapor, que, por sua vez, aciona um gerador
elétrico de 100 % de eficiência. Após passar pela turbina, o vapor em baixa pressão é condensado
completamente em um condensador, rejeitando calor para o ambiente para, na sequência, a água
condensada ser bombeada e fechar o ciclo. Nessas condições, pede-se:
b) Qual a taxa de calor rejeitada na condensação (em 50 °C), se a água deixa o condensador na
condição de saturada? Calcule as potências de bombeamento e a potência líquida do ciclo.
c) Qual é a taxa de calor fornecida pela queima do bagaço no gerador de vapor? Qual o consumo de
bagaço, se seu PCI for de 7,5 MJ/kg?
d) Qual seria o rendimento, se o ciclo operasse segundo o ciclo de Carnot entre 520 °C e 50 °C?
LEGENDA
Aumento de eficiência pelo aumento do
trabalho específico líquido, wliq (wnet)
SOLUÇÃO
Tempertura, T (K)
Para o gerador de vapor, temos:
qGV = h3 –h1
4
6
QH 2
Logo,
h1 = h8 + wB = 191,81 [Tab.] + 14,99 = 206,8 kJ/kg TL
1
5
Então, QL
S1 = S6 S4 = S5 Entropia, S (J/Kg.k)
Para o superaquecedor, temos:
qSA = h4 – h3 = 3448,6 – 2610,5 = 838,1 kJ/kg 1
QH 1
3 QH 2 4
TURBINA
Agora, verifica-se a entropia do vapor saturado seco. Na tabela para pressão de saturação de 1 MPa ⇒ sV = 6,5864kJ/kgK.
Como s4 = s5<sV (P = 1MPa), então a primeira consideração é a correta, ou seja, a expansão cai na região bifásica.
Assim, temos que:
x5 = (s4 – sL) / (sV – sL) = (6,5198-2,1386) / (6,5864-2,1386) = 0,985
h5 = (1-x5) h6 + x5 h4 = (1-0,985) x 762,79 + 0,985 x 2778,1 = 2747,9 kJ/kg
E, finalmente,
qR = h6 – h5 = 3597,2[interpolação] – 2747,9 = 849,3 kJ/kg
1 1
m= = = 0, 000562 kg / kWs = 2, 02 kg / kWh
wliq (1794, 4 − 14,99 )
WT
T = WT = T ( h1 − h2 S )
h1 − h2 S
B =
hS 2 − h1
WB =
( h1 − h2 S )
WB B
Exemplo:
Tempertura, T (oC)
(estado 3). Idem para a linha de vapor da saída do vapor
(estado 4) e entrada da turbina (estado 5). Neste último caso
também se considerou uma perda de calor com diminuição
QH 4
da temperatura (e entropia específica).
2
5
(a) Para a turbina temos: 3
2S
Tempertura, T (oC)
Estado de entrada: P1, T1, conhecidas; estado determinado.
Estado de saída: P2 conhecida.
Da primeira lei da termodinâmica: |wB| = h2 – h1 QH 4
Como s2 = s1, 1
QL
6S 6
Portanto,
wliq = wT - |wB| = 894,1 – 6,3 = 887,8 kJ/kg
Faixas de aplicação de alguns fluidos de trabalho para ciclos orgânicos de Rankine como função
da temperatura de evaporação (Tev) e de condensação (Tcd). (adaptado de Quoilin et al., 2012)