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1.5.

Fluidos
1.5. Fluidos
Noção de fluido

Os fluidos (líquidos e gases) são materiais


capazes de escoar, isto é, de fluir através
de uma abertura no recipiente onde estão
contidos.

O nosso estudo vai incidir sobre o


comportamento de fluidos ideais. Estes
são homogéneos, isto é, têm a mesma
densidade em todos os pontos, e não
apresentam viscosidade.
1.5. Fluidos
Massa volúmica e densidade relativa
m
A massa volúmica, ρ, ou densidade de um material é igual à
massa, m, contida na unidade de volume, V, desse material.
=
V
A massa volúmica nos sólidos e nos líquidos varia muito
pouco com a temperatura e com a pressão.
Nos gases, a massa volúmica depende da temperatura e da
pressão.

Define-se densidade relativa, d, de um material como a razão


entre a massa volúmica desse material e a massa volúmica de
um material-padrão.

material
d=
padrão
1.5. Fluidos
Pressão e força de pressão

Define-se pressão, p, como o módulo da força


exercida perpendicularmente a uma superfície,
por unidade de área.

F
p=
A

Num fluido em equilíbrio hidrostático, a resultante das forças de


pressão que se exercem num ponto de fluido em todas as direções e
sentidos é nula.
1.5. Fluidos
Lei Fundamental da Hidrostática
Lei Fundamental da Hidrostática – num líquido homogéneo, em equilíbrio
hidrostático, a diferença de pressão entre dois pontos A e B, no interior do líquido,
depende da massa volúmica do líquido e da diferença de nível entre esses dois pontos.
p = p0 +  gh
1.5. Fluidos
Lei Fundamental da Hidrostática
A Lei Fundamental da Hidrostática explica:

▪ A superfície livre de um líquido é plana e horizontal;


▪ A superfície de separação de líquidos não miscíveis é plana e horizontal;
▪ Num sistema de vasos comunicantes, pontos que se encontrem ao mesmo
nível estão à mesma pressão.
1.5. Fluidos
Medidores de pressão

▪ Os barómetros são dispositivos que


permitem medir a pressão atmosférica.

▪ Os manómetros são um outro tipo de


dispositivos que permite medir pressão
de fluidos.
1.5. Fluidos
Lei de Pascal

pA = p0 +  gh
Lei de Pascal – qualquer variação de pressão num ponto de um fluido em equilíbrio
hidrostático transmite-se integralmente a todos os pontos de fluido e às paredes do
recipiente que o contém.
1.5. Fluidos
Lei de Pascal

F1 F2
p1 = p2  =
A1 A2

Num fluido em equilíbrio hidrostático, as forças de pressão são proporcionais às


áreas das superfícies em que atuam.
1.5. Fluidos
Impulsão e Lei de Arquimedes
Qualquer corpo mergulhado total ou
parcialmente num fluido é atuado por
uma força vertical, dirigida para
r cima,
que se designa por impulsão, I .

I =  gV ou I = mg

Lei de Arquimedes – qualquer corpo mergulhado total ou parcialmente num fluido


sofre, por parte deste, uma impulsão, que é uma força vertical, dirigida de baixo para
cima e de intensidade igual à do peso do volume de fluido deslocado pelo corpo.
1.5. Fluidos
Impulsão e Lei de Arquimedes
r r r
I = FB + FA , sendo I = FB − FA

Como: pB = pA +  gh

FB FA
= +  gh  FB − FA =  gh A
A A
FB − FA =  gV

Ou seja: I =  gV ou I = mg

r r r r r r r
▪ O corpo está em equilíbrio, sendo:  Fext = 0  I + P = 0  P = − I
r r r r r
▪ O corpo não está em equilíbrio, sendo:  ext
F  0  I + P = ma
1.5. Fluidos
Equilíbrio de corpos flutuantes
1.5. Fluidos
Força de resistência exercida por um fluido
Quando um corpo pequeno se desloca num fluido
com velocidade baixa, a força de resistência ao
movimento varia linearmente com a velocidade e
tem sentido oposto
r a esta.
r
Fresist. = −K  v
O módulo da força de resistência ao movimento de
uma pequena esfera metálica largada num fluido é
dado pela expressão:
r
Fresist. = 6π r  v
Quando um corpo tem grandes dimensões ou se
desloca num fluido com velocidade elevada, o módulo
da força de resistência ao movimento é proporcional
ao quadrado da velocidade do corpo.
Fresist. = K 'v 2
Exercício
1. A figura representa um tubo em U, com ramos de diferente secção reta,
contendo inicialmente mercúrio. Posteriormente, foi adicionado no ramo do
lado direito 90 mL de um líquido X, imiscível com o mercúrio, de densidade  X .
Sabe-se que A1 = 2 A2 = 6, 0 cm2.

1.1. Determine a altura da coluna de líquido X, h2.


1.2. Sabendo que os pontos 1 e 2 estão ao mesmo nível da superfície de
X
separação dos dois líquidos, mostre que: h1 =  h2 .
Hg
1.3. Sendo que Hg = 13,6 g cm e  X = 1,26 g cm , determine a altura h.
−3 −3
Exercício – resolução
1. A figura representa um tubo em U, com ramos de diferente secção reta,
contendo inicialmente mercúrio. Posteriormente, foi adicionado no ramo do lado
direito 90 mL de um líquido X, imiscível com o mercúrio, de densidade  X . Sabe-
se que A1 = 2A2 = 6,0 cm2.

1.1. Determine a altura da coluna de líquido X, h2.


VX = 90 mL = 90 cm3 ; A2 = 3, 0 cm2
V
VX = A2  h2  h2 = X
A2 90
Substituindo pelos valores, tem-se: h2 =  h2 = 30 cm
3, 0
Exercício – resolução
1.2. Sabendo que os pontos 1 e 2 estão ao mesmo nível da superfície de
X
separação dos dois líquidos, mostre que: h1 =  h2 .
Hg
Como os pontos 1 e 2 pertencem ao mesmo líquido e estão ao mesmo nível, será: p1 = p2
Aplicando a Lei Fundamental da Hidrostática, vem:
X
p0 + Hg gh1 = p0 + X gh2  h1 =  h2
Hg
1.3. Sendo que Hg = 13,6 g cm e  X = 1,26 g cm , determine a altura h.
−3 −3

Um volume de mercúrio, dado por ( h1 − h) A2 ), foi deslocado pela adição do líquido X


no ramo direito. O correspondente aumento de volume no ramo esquerdo será h A1 .
Como o volume total de mercúrio não se altera, será:
A2 1 
(h1 − h)A2 = h A1  h =  h1  h =  X  h2
A1 + A2 + 1 Hg
A1
A2
Substituindo pelos valores, vem:
1 1, 26
h=   30  h = 0, 93 cm
6, 0 13 , 6
+1
3, 0

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