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Tema - MECÂNICA DOS FLUÍDOS

Sumário: Hidrostática
A mecânica dos fluidos é a área da Física que estuda o comportamento dos
fluidos em repouso ou movimento, e as leis que regem este comportamento.
A mecânica dos fluidos subdivide-se em duas áreas, que são: hidrostática e
hidrodinâmica.
A Hidrostática estuda os fluidos em repouso.
A Hidrostática é o ramo da Física que estuda as características dos fluidos em
repouso.
A Hidrodinâmica é a área da Física, especificamente da mecânica clássica, que
estuda os fluidos em movimento.
Um fluido é uma substância que se escoa, isto é, que flui com maior ou menor
facilidade, porque as suas partículas, por um lado, não ocupam posições fixas
deslocando-se com pequeno atrito, como acontece nos líquidos, por outro, estão
afastadas uma das outras, deslocando-se rápida e aleatoriamente em todo o
espaço disponível do vaso contentor, como nos gases.
Portanto, os líquidos e gases são considerados fluidos.
Os fluidos se adaptam sempre à forma dos vasos ou recipientes que os contêm.
Os líquidos e os gases diferem essencialmente na sua compressibilidade, ou
seja, um gás pode ser comprimido com facilidade, enquanto que um líquido é
praticamente incompressível.
Características dos fluidos
Os fluidos caracterizam-se por:
- Podem escoar-se ou fluir com maior ou menor facilidade;
- Mudam de forma sob a acção de pequenas forças;
-Adaptam-se sempre à forma dos vasos que os contêm.
Os fluidos são chamados ideais quando possui escoamento laminar, em que a
intensidade, sentido e direção da sua velocidade em um ponto fixo não se
alteram durante o tempo, tem escoamento incompressível, em que sua massa
específica é constante e com viscosidade praticamente nula em equilíbrio
hidrostático.
Viscosidade de um fluido é o atrito interno do fluido, ou seja, a força de atrito
entre camadas diferentes do fluido que movem com velocidades relativas
diferentes.
Equilíbrio hidrostático
Diz-se que um fluido está em equilíbrio hidrostático quando está em repouso (à
escala macroscópica) relativamente ao recipiente onde está contido, ou seja,
quando a sua velocidade de escoamento é nula.
Num fluido equilíbrio hidrostático, as forças que o fluido exerce sobre as
paredes do recipiente onde está contido são perpendiculares a estas.
FORÇAS DE PRESSÃO E PRESSÃO
As forças perpendiculares exercidas sobre as paredes do recipiente por um
fluido em equilíbrio hidrostático, designam-se por forças de pressão.
Num fluido em equilíbrio hidrostático, as forças de pressão, num ponto do seu
interior:
- exercem-se perpendicularmente em todas as direcções e sentidos;
- aumentam com a profundidade.
Pressão média ( p¿¿ m)¿ é a razão da intensidade da força de pressão (∆ F ), pela
área da superfície (∆ S).
∆F
pm =
∆S
Se a pressão for igual em todos os pontos de uma superfície plana finita, S , e se
designarmos por F a intensidade da resultante das forças que actuam
perpendicularmente e uniformemente na superfície S, temos:
F
p=
S
A pressão num ponto interior de um fluido em equilíbrio hidrostático é a
mesma em todas as direcções .
A unidade da pressão no SI é o Newton por metro quadrado (N/m2), ou pascal
(Pa).
1 Pa = 1 N/m2

Existem outras unidades de pressão muito usadas no nosso dia-dia, a saber:

 atmosfera (atm)
5
1 atm=1,013 × 10 Pa
 milímetro de mercúrio (mmHg)
2
1 mmHg=1 , 33× 10 Pa
Ou também
760 mmHg=1 atm
 torr (Torr)
1 Torr=1 mmHg

 bar (bar)
1 ¯¿ 10 Pa
5

 libra por polegada quadrada (lbf/in2)


lbf 3
2
=6 , 89 ×10 Pa
¿

LEI FUNDAMENTAL DA HIDROSTÁTICA OU LEI DE STEVIN


A Lei Fundamental da Hidrostática, também denominada de Lei de Stevin diz
que: Num dado local, o aumento de pressão de um fluido, quando se passa de
um ponto para outro a maior profundidade, no interior do fluido em equilíbrio
hidrostático, depende da massa volúmica do fluido e é proporcional ao desnível
entre os referidos pontos.
A expressão matemática que descreve a Lei Fundamental da Hidrostática, é:
pB = p A + ρ∙ g ∙ ∆ h

Sabe-se que:
m
ρ= e V =∆ S ∙ ∆ h
V
Se tomarmos como variável a profundidade h, que se conta a partir da
superfície livre do líquido, e com a qual aumenta a pressão no interior do
líquido e se designarmos por p0 a pressão exercida pelo ar atmosférico na
superfície livre do líquido, teremos:
p= p 0+ ρ∙ g ∙ h

Onde:

p: pressão num ponto no interior do líquido em equilíbrio hidrostático;

p0 : pressão exercida na superfície livre do líquido;

h : profundidade a que se encontra o ponto no interior do líquido, em metro.

ρ : massa volúmica, em Kg/m3.

V : volume do líquido, em metro cúbico (m3).

Nota: dois pontos que se encontrem ao mesmo nível, no interior de um líquido,


contido num vaso, em equilíbrio hidrostático, estão a mesma pressão. Assim:
pB = p A + ρ∙ g ∙ ∆ h

Se ∆ h=0então pB = p A .

Nota: dois pontos que se encontrem ao mesmo nível, no interior de um líquido,


contido num sistema de vasos comunicantes (conjunto de recipientes que
comunicam-se entre si), em equilíbrio hidrostático, estão a mesma pressão.

Podemos concluir que se h A =h B=hC, também p A = pB =p C , ou seja, um sistema


de vasos comunicantes com líquido em equilíbrio hidrostático, pontos ao
mesmo nível estão à mesma pressão.
Num sistema de vasos comunicantes, com dois líquidos não miscíveis, em
equilíbrio hidrostático, as alturas dos líquidos, medidas a partir da superfície de
separação, são inversamente proporcionais às massas volúmicas dos dois
líquidos.

Consideremos um ponto A na superfície de separação dos dois líquidos não


miscíveis, de massas volúmicas ρ1 e ρ2, contidos num sistema de dois vasos
comunicantes. Seja B um ponto situado no outro vaso, ao mesmo nível de A.
p A = p0 + ρ1 ∙ g ∙ h1 e pB = p0 + ρ2 ∙ g ∙ h2

Como A e B estão ao mesmo nível , quer dizer então que p A = pB .

Assim,
h1 ρ 2
ρ1 ∙h 1=ρ2 ∙ h2 =
h2 ρ 1

Podemos então concluir que o líquido que apresenta menor massa volúmica
encontra-se a um nível superior.

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