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As mudanças de estado físico, como a fusão e a vaporização,

são fenómenos em que ocorre a variação da energia interna do sistema


por absorção ou libertação de energia como calor, mas não conduzem
a uma variação da temperatura do sistema.

Na fusão, a temperatura permanece constante durante a passagem do


estado sólido a líquido — temperatura de fusão.
Na vaporização, a temperatura permanece constante durante
a passagem do estado líquido a gasoso — temperatura de ebulição

A variação de entalpia na transição de estado é o calor


necessário (cedido ou recebido) para que uma unidade de massa de
uma dada substância mude de estado físico a pressão constante —
processo isobárico

À energia transferida como calor na fusão de 1 kg de uma


dada substância chama-se variação de entalpia de fusão e representa-se
por ΔHf.
À energia transferida como calor na vaporização de 1 kg de
uma dada substância chama-se variação de entalpia de vaporização e
representa-se por ΔHv.
A unidade do Sistema Internacional da entalpia é joule por
quilograma - (J kg–1).

Quando a transformação se dá a pressão constante, por transferência


de calor, a energia absorvida pelo sistema é utilizada na rutura de
ligações intermoleculares(variação da energia interna) e uma variação
de volume (trabalho) e não para aumentar a energia cinética média das
partículas (temperatura constante). Assim, a energia transferida como
calor envolve simultaneamente realização de trabalho e variações de
energia interna e designa-se por variação de entalpia (ΔH) ou calor
latente (L).

GELO ------ » AGUA

De acordo com o gráfico, observa-se que ocorre:

 Mudança de estado físico (temperaturas constantes)


— B — C, a energia transferida como calor não faz aumentar
a temperatura — processo isotérmico — e o sistema está no
ponto de fusão no qual é constituído por uma mistura de gelo e
água líquida (gelo fundente).
A energia transferida durante este processo calcula-se através
da seguinte expressão:
E = mgeloΔHfusão

— D — E, a energia transferida como calor não faz aumentar


a temperatura — processo isotérmico — e o sistema está no
ponto de ebulição, no qual é constituído por uma mistura de
água líquida e vapor de água.
A energia transferida durante este processo calcula-se através
da seguinte expressão:
E = máguaΔHvaporização

 Aquecimento da substância (variação da temperatura)


— A — B, a energia transferida como calor faz aumentar a
temperatura do gelo de –25 °C até 0 °C.
A energia transferida durante este processo calcula-se através
da seguinte expressão:
E = mgelocgeloΔTgelo

— C — D, a energia transferida como calor faz aumentar a


temperatura da água de 0 °C até 100 °C.
A energia transferida durante este processo calcula-se através
da seguinte expressão:
E = máguacáguaΔTágua

A variação da energia interna (ΔU) do sistema água, no processo de


aquecimento com início em –25 °C até vaporizar a água totalmente
a 100 °C, tem em conta o contributo de todas as parcelas de energia
estabelecidas anteriormente:

ΔU = mgelocgeloΔTgelo + mgeloΔHfusão + máguacáguaΔTágua + máguaΔHvaporização

Durante todo este processo de aquecimento, há o aumento da


energia interna do sistema (ΔU > 0). A transferência de energia
ocorreu da vizinhança (fonte) para o sistema água (recetor).
Num processo de arrefecimento de uma dada massa de água à
temperatura
ambiente, pode utilizar-se gelo. Nesta situação, a transferência de
energia faz-se no sentido da água (fonte) para o gelo (recetor) Fig. 44

. A energia interna da água diminui (ΔU < 0) e a energia interna


do gelo aumenta (ΔU > 0).

Fig. 44 Processo de arrefecimento de uma dada massa de água utilizando gelo.

Num processo de aquecimento de uma dada massa de água à


temperatura ambiente, pode nela mergulhar-se um corpo metálico
incandescente(Quente). Neste caso,
a transferência de energia ocorre do corpo metálico (fonte) para a água
(recetor).
A energia interna da massa de água aumenta (ΔU > 0) e a do corpo
metálico diminui (ΔU < 0).
Para a variação da energia interna de um sistema num processo de
aquecimento ou arrefecimento contribuem todas as parcelas da energia
envolvida quer para variações de temperatura quer para mudanças de
estado físico.
Quando o sistema cede energia à vizinhança, a variação de energia
interna do sistema é negativa.

Quando o sistema recebe energia da vizinhança, a variação da energia


interna do sistema é positiva.
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- Maior variação de temperatura – Maior energia fornecida

- Maior Massa - Maior energia fornecida

Fornecer a mesma energia a duas substancias diferentes com a mesma


massa, as temperaturas finais serão diferentes.

Q=c⋅m⋅ΔT ou E =c⋅m⋅ΔT

1.ª Lei da Termodinâmica é a Lei de Conservação de Energia

No universo há conservação da energia total. Quando se fala em universo,


fala-se do sistema em conjunto com a sua vizinhança, que formam um
sistema isolado. A variação da energia do universo será a soma das variações de
energia do sistema com as da vizinhança.

ΔU universo= ΔU sistema + ΔU vizinhança


Sendo o universo um sistema isolado, ou seja, não cede nem recebe energia, a
energia interna mantém-se constante, pelo que a variação da energia interna do
sistema isolado será nula (ΔUuniverso = 0).

Quando um sistema não está isolado, há transferências de energia entre o


sistema e a vizinhança, podendo haver variações de energia interna do sistema.
De acordo com a formulação da 1.ª Lei da Termodinâmica, a energia interna de um
sistema pode variar, quer por transferência de energia sob a forma de calor (Q)
quer pela realização de trabalho (W) sobre ou pelo sistema.

ΔU = Q + W
 Q > 0, quando o sistema recebe da vizinhança energia como calor.
 Q < 0, quando o sistema transfere para a vizinhança energia como calor.
 W > 0, quando sobre o sistema é realizado trabalho pela vizinhança.
 W < 0, quando o sistema realiza trabalho sobre a vizinhança.

A 1.ª Lei da Termodinâmica descreve o balanço energético dos processos


termodinâmicos que ocorrem num sistema.

 Se a variação de energia interna do sistema é positiva (ΔUsistema > 0), a


energia interna do sistema aumenta e a da vizinhança diminui o mesmo valor.

 Quando a variação da energia interna do sistema é negativa (ΔUsistema < 0), a


energia interna do sistema diminui e a da vizinhança aumenta o mesmo valor.

 Caso a variação da energia interna seja nula (DU = 0), o sistema está isolado;
ou, então, o sistema não é isolado, mas a energia recebida pelo sistema como
calor é igual ao trabalho que o sistema realiza sobre a vizinhança.

Irradiância
Define-se irradiância (Er) como a energia recebida por unidade de
tempo e por unidade de área a uma distância r da fonte. Para uma
superfície de área A:

em que E é a energia incidente na superfície no intervalo de tempo (


t).

Irradiância (Er) – de um corpo é a quantidade de energia emitida


(radiada), por um corpo, por unidade de tempo e por unidade de área

O espetro de radiação térmica traduz a energia emitida por unidade


de área do corpo emissor, por unidade de tempo, ou seja,
a irradiância (Er) junto à sua superfície, em função do comprimento de
onda ou da frequência da radiação.
A unidade do Sistema Internacional de irradiância é o watt por metro
quadrado, cujo símbolo é W m–2

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