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Física ano 1
1
Física e Química
Energia útil
Recetor
Transferência
Fonte E. Dissipada
Energia disponível (transformação)
Eutil
= 1
00
E
disp
o n iv
el
E
disp
oniv
el=Etil+
u E
dissip
ada
2
Física e Química
2. Conservação da Energia
- Sistema: corpo ou parte do Universo que é o objeto de estudo, perfeitamente limitado por
uma fronteira;
- Fronteira: superfície real ou imaginária, bem definida, que separa o sistema das duas
vizinhanças;
-Vizinhança : corpos ou parte do Universo que envolve o sistema e com o qual pode interagir;
Num sistema isolado, qualquer que seja o processo, a energia total permanece constante.
3
Física e Química
E
m=
E+
cEp
1 2
Ec= mv
2
A energia potencial gravítica de um corpo, sistema corpo- Terra, aumenta com a distância que
o separa do solo.
E
p=
gmg
h
A energia interna é a soma da energia potencial, resultante das interações entre partículas
constituintes do sistema (átomos, moléculas e iões), e da energia cinética, associada ao
permanente movimento das partículas.
A energia interna de um sistema depende da sua massa (quanto maior a massa mais energia) e
está também relacionada com a temperatura.
4
Física e Química
Escalas de temperatura
A unidade SI de temperatura é o Kelvin (K), que pertence a escala de Kelvin ou escala absoluta,
não qual são impossíveis valores negativos.
A expressão que relaciona a escala de celsius (θ) com a absoluta (T) é
(
T
/K
)=
(
/
ºC
)+
2
7
3,
1
5
(/º
F =
)
9
(
5
/ +
º)3
C 2
A energia transferida entre sistemas pode ocorrer de diferentes modos: trabalho, calor e
radiação.
Trabalho(W)
Transferência de energia organizada, que ocorre sempre que uma força atua num sistema e
este se desloca devido á sua ação.
- No caso da força (F) ter a mesma linha de ação do deslocamento (d) do corpo, o trabalho
pode calcular-se tendo em consideração que:
=
WFd
Calor (Q)
Transferência de energia desorganizada, que ocorre entre sistemas a temperaturas
diferentes, prolongando-se, espontaneamente, através de um meio material, do sistema a
temperatura mais elevada para o sistema a temperatura mais baixa.
- A quantidade de energia transferida sob a forma de calor pode ser quantificada, desde que se
conheça a massa do sistema (m) que cede ou recebe a energia, a sua capacidade térmica
mássica (c) e a variação da temperatura que ocorreu (ΔT):
=
Qm
cT
5
Física e Química
Radiação (R)
c=f
C= velocidade da radiação num determinado meio
F= frequência da radiação
λ = Comprimento de onda
=v
Eh
E= energia de radiação
Trabalho, calor e radiação são tudo formas de transferência de energia e como tal são
expressas em joules (J), no SI. É através destas transferências que a energia interna de um
sistema pode variar, ΔU ( se não isolado), podendo este trocar energia sob apenas uma destas
formas ou das 3, rápida ou lentamente.
U=
Q+
W+
R
Potência
E
P=
t
A unidade SI da potencia é o joule por segundo que se designa por watt (W).
6
Física e Química
7
Física e Química
=A
PI
-3
b=Tm
áx
Em que b= 2,9 x10 mK
• A potencia total irradiada pela superfície A de um corpo, isto é, somada sobre todas as
gamas de comprimento de onda, é diretamente proporcional a quarta potência da
temperatura absoluta em kelvins - lei de Stefan – Boltzamann
P
r
ad=
e
AT4
8
Física e Química
Se a intensidade da radiação absorvida por um corpo é superior à emitida, a sua energia bem
como a sua temperatura aumentam. Mas, se emitir mais do que absorve, a sua energia e a sua
temperatura diminuem.
Em equilíbrio térmico, a temperatura do corpo é constante, logo, as taxas de absorção e de
emissão de radiação são iguais. Isto é, a energia emitida é igual a absorvida e,
consequentemente , a potencia da radicação absorvida tem a mesma expressão da emitida :
P
a
b
so
rv
i
da=eA
T4
Em suma:
Se dois sistemas estiverem em equilíbrio térmico com um terceiro sistema eles estão em
equilíbrio térmico entre si - lei zero da termodinâmica
9
Física e Química
A potência da radiação solar que, à distância média entre o sol e a Terra, incide numa
superfície de área unitária orientada perpendicularmente ao feixe solar designa-se
constante solar, So, cujo valor, estabelecido por medição direta fora da atmosfera a
partir de satélites, é igual a 1367 Wm-2.
Da radiação incidente no topo da atmosfera, cerca de 30% é refletida pelo sistema
Terra- Atmosfera, isto é, a refletividade média global planetária, ou albedo, a, é igual a
0.3.
Por outro lado, como a Terra interceta a radiação solar que atravessa um disco de área
RT , onde Rt é o raio da Terra, a potencia recebida por unidade de área, Iatm, é, no
2
topo da atmosfera:
I
4=
RR
a
t
m
S 2
T0
2
T
S0
Iatm =
4
Supondo que a atmosfera é completamente transparente, a intensidade da radiação
que atinge a superfície terrestre, Is, é:
I=
I(−
1)
s
a a
t
m
S
I =4(1−a)
s
0
Se agora supuser que a Terra emite como um corpo negro e que se encontra em
equilíbrio térmico recorrendo à lei de Stefan – Boltzamann, obtém – se :
S
0
(−
1a
)=T
4
s
4
1
S 4
T =4
0
(
1 −a)
s
Esta expressão permite estimar a temperatura média global à superfície terrestre, cujo
valor é de 255K (-18ºC). Mas esta temperatura é significamente inferior à temperatura
media global da superfície da Terra, que é de 288K (15ºC).
10
Física e Química
Numa atmosfera limpa uma elevada quantidade de energia solar é transmitida e absorvida
pela superfície terrestre. Mas a energia emitida pela superfície da Terra é amplamente
absorvida, na atmosfera, pelo dióxido de carbono, pelo vapor de água e pelo ozono. Esta
absorção da radiação térmica infravermelha pelos gases atmosféricos, que se designa efeito
atmosférico ou efeito de estufa, é a responsável pelo valor médio da temperatura da
superfície terrestre ser de 288k e não de 255K.
Uma célula fotovoltaica não é mais do que um gerador que converte uma parte da
energia solar que recebe em energia elétrica. De facto, uma célula fotovoltaica é sensível à
radiação de comprimento de onda entre os 300nm e os 600nm.
11
Física e Química
Q
A quantidade de energia transferida como calor por unidade de tempo P = t , num
c
T−T
c=
P kAq f
L
que traduz a lei de condução do calor ou Lei de Fourier e onde k é a condutividade térmica,
propriedade que caracteriza a condução de calor em materiais, cuja unidade SI é o joule por
segundo por metro por Kelvin (J s-1 m-1 K-1) ou o watt por metro por Kelvin (W m-1 k-1).
12
Física e Química
Verifica-se que, para a mesma pressão, a massa volúmica de um fluido diminui com o aumento
da temperatura, logo, a matéria menos densa ( a temperatura superior) sobe, enquanto a mais
densa ( a temperatura inferior), que se encontra na parte superior, desce.
Assim, com base nos valores de condutividade térmica, os materiais dividem-se em:
13
Física e Química
U=
W+
Q+
R
• A energia recebida pelo sistema, quer como trabalho, calor ou radiação, é positiva,
pois aumenta a energia interna , U0 ;
• A energia cedida pelo sistema, como trabalho, calor ou radiação, é negativa, pois a
energia interna diminui,
U0 ;
A quantidade de energia transferida como calor necessária para que a temperatura de uma
dada substância sofra uma variação de temperatura, é diretamente proporcional a sua massa,
m, e é dada pela expressão:
=
Qm
cT
A quantidade de energia que é necessário fornecer a uma dada massa, m , de uma substancia
para que experimente uma mudança de estado, a uma dada pressão e temperatura, é:
=L
Qm
L é uma característica de cada substancia que se designa pró calor de transformação mássico,
é a energia que é necessário fornecer à massa de 1 Kg da substancia para que mude de
estado.
14
Física e Química
Uma máquina térmica converte uma certa quantidade de calor em trabalho. É um sistema que
realiza processos termodinâmicos cíclicos durante os quais recebe energia, como calor, da
fonte quente, Qq, realiza sobre o exterior o trabalho, W, e cede calor a fonte fria, Qf.
W
=
Qq
Como
= q−f
QQ , então:
Qq − Q f
=
Qq
Qf
=1−
Qq
Repare-se que a energia dissipada é igual ao calor cedido pela máquina à fonte fria.
Uma máquina frigorífica tem como função manter fria a fonte fria. Nesta máquina o sistema
termodinâmico é um fluido sobre o qual é realizado trabalho. Nestas máquinas fornece-se
energia como trabalho, W, retira-se energia à fonte fria como calor, Qf, e cede-se calor, Qq, à
fonte quente.
A eficiência, ε , de uma máquina frigorifica é a razão entre a energia retirada como calor da
fonte fria e o trabalho realizado (energia fornecida):
Qf
=
W
=
Como W q−f
QQ , então:
Qf
=
Qq −Qf
15
Física e Química
Qualquer transferência de energia conduz à diminuição de energia útil, apesar da energia total
se manter constante, pois uma parte deixa de estar disponível para a realização de trabalho.
Há uma grandeza física associada à qualidade de energia, que é uma variável de estado
termodinâmico - a entropia.
A entropia é a medida da desordem do sistema e é tanto maior quanto maior for esta
desordem. Em termos energéticos significa que a entropia aumenta com a diminuição da
qualidade de energia, atingindo um máximo em condições de equilíbrio.
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Física e Química
Um sistema mecânico, em que não se consideram quaisquer efeitos térmicos, pode, em certas
situações, ser representado por um só ponto, o centro de massa.
Um corpo rígido, um sólido indeformável, em que as posições relativas das partículas que o
constituem são constantes, quando em movimento de:
• Translação, pode ser representado pelo seu centro de massa, pois todos os seus
pontos têm a mesma velocidade;
• Rotação em torno do eixo, não pode ser representado pelo seu centro de massa, visto
que os pontos pertencentes ao eixo estão parados e à medida que se afastam deste a
velocidade aumenta.
17
Física e Química
• O trabalho realizado por uma força de módulo constante, F, que atua sobre um corpo
na direção e sentido do deslocamento, d, é positivo e é dado por:
=
W
Fd
• O trabalho realizado por uma força de módulo constante, F, que atua sobre um corpo
na direção e sentido oposto ao do deslocamento, d, é negativo e é dado por:
=
W−
F
d
• O trabalho realizado por uma força de módulo constante, F, que atua sobre um corpo
na com direção perpendicular à do deslocamento, d, é nulo:
W=0
18
Física e Química
2. Trabalho realizado pela resultante das forças que atuam sobre um sistema
2.1 Trabalho realizado por uma força constante não colinear com o deslocamento
2.1.1 Expressão geral do valor do trabalho de uma força constante
Para determinar o trabalho realizado pró uma força não colinear com o deslocamento tem que
se decompor a força em duas componentes: uma com a direção do deslocamento, Fx,
responsável pelo trabalho realizado, e a outra que lhe é normal, Fy.
Repare-se que o trabalho realizado pela componente vertical é nulo, pois é perpendicular ao
deslocamento, logo, o trabalho realizado pela força é igual ao trabalho realizado pela
→ →
componente Fx, que se designa por força eficaz, ou seja, F=Fef .
Assim, tem-se :
=
W f
Fd
e
Mas F
f=
e Fc
os
, logo
=
WF
d
co
s
Esta expressão permite calcular o trabalho realizado por uma força constante qualquer que
seja a sua direção em relação ao deslocamento.
Repare-se que:
• Se 0 º 90 º
, então c os 0, logo, o trabalho realizado pela força é positivo e
designa-se por trabalho potente ou motor. A força contribui para o movimento e
apresenta a máxima eficácia quando = 0º, pois o c
os 0 º= 1.
• Se , = 90 ºcomo c os9 0 =
º0 , então o trabalho é nulo
• Se 9 0º 1 80º, c os 0, então o trabalho realizado pela força é negativo e
designa-se por trabalho resistente. A força opõe-se ao movimento do corpo e
apresenta a máxima eficácia na realização do trabalho resistente para = 1 80º , pois
co s 1
80 º= − 1
.
19
Física e Química
2.2 Trabalho realizado por várias forças que atuam sobre um sistema
Se, sobre um corpo, atuar mais do que uma força, a alteração da sua energia é igual ao
trabalho total realizado por todas as forças.
Desde que o corpo se comporte como uma partícula material, isto é, que possa ser
representado pelo seu centro de massa, o trabalho total pode ser determinado por 2
processos:
• O trabalho total é a soma dos trabalhos realizados individualmente por cada força
W
t
o
ta
l=+
W
→W+
→.
.
.+W
→
F
1 F
2 F
n
n
W
to
tal=W→
i=
1 F
20
Física e Química
• O trabalho total é igual ao trabalho realizado pela resultante das forças, que é igual à
soma vetorial de todas as forças e que traduz o efeito das várias forças que sobre ele
atuam. Ou seja:
→→→ →
r=
FF+
1 +
F
2..
.+F
n
W
to
tal=W→
F
r
W
t
ot
al=
F
rrc
o
s
Concluindo:
O trabalho realizado pela resultante das forças que atuam sobre um corpo em movimento de
translação é igual a soma dos trabalhos realizados por cada uma das forças.
2.2.1 Trabalho realizado sobre um corpo que se desloca ao longo de um plano inclinado
21
Física e Química
→ →
Em suma, o trabalho total realizado pelas forças que atuam sobre o bloco, N e P , no
→
deslocamento de A a B, é igual ao trabalho realizado pela força eficaz, P x .
W
A
B =P
xd
x=c
Como PPose P=mg
, então:
W
A
B=m
g
dc
o
s
h h
mas , cos = , substituindo na equação anterior, tem-se W
AB=md ,
g
d d
W
A
B=m
gh
Quando um corpo desliza sobre uma superfície, esta exerce sobre ele uma força de contacto
→
com duas componentes: uma componente perpendicular à superfície, a reação normal, N ; e
uma componente paralela à superfície e de sentido oposto ao deslocamento , a força de atrito,
→
Fa .
→=
W −F
ad
F
a
A força de atrito, é pois, uma força dissipativa que traduz a nível macroscópico as complexas
interações que, a nível microscópico, se manifestam entre as minúsculas rugosidades em
contacto.
22
Física e Química
O trabalho realizado pela resultante de todas as forças que atuam sobre um sistema é igual a
variação da sua energia cinética – Lei do trabalho energia
→=
W E
c
F
r
Dado que a variação da energia cinética do sistema, ΔEc , é igual a energia cinética final , Ec ,
1
c= mv2, onde
menos a energia cinética inicial, Eco , e em cada instante a energia cinética é E
2
m é a massa do sistema e v a velocidade, então, a Lei do Trabalho - Energia Ou Teorema da
energia cinética pode ser traduzida pela seguinte expressão:
12 1 2
W
→ =mv−mv0
F
r 2 2
Ep==
W
→F
h
F
=
Em
p
gh
23
Física e Química
E
p=m
g
(−
hh
)
0
Esta expressão não permite saber a energia potencial, permite apenas calcular a variação de
energia potencial gravítica de um corpo, de massa m, quando a sua altura varia entre h e h0.
Isto é, para uma dada posição define-se um determinado valor de energia potencial. Repare-se
que tanto a escolha da posição de referência como o valor de referência de energia potencial a
atribuir nesta posição são arbitrários.
Contudo, é normal definir a nível do solo (altura nula) como a posição a que corresponde
energia potencial gravítica nula, pelo que para qualquer outra posição de altura h se tem:
E p = E p − E p0
E p − 0 = mg (h − 0 =
E p = mgh
Desta expressão conclui-se que a energia potencial gravítica para um corpo de massa m é
tanto maior quanto maior for a altura a que se encontra.
→+→=
WW 0
F P
Ou seja,
→=
W −W→
F P
E como
W
→=m
g(
h−h
)
0
F
Então:
W→=−m ( −h0)
gh
P
W→=−Ep
P
24
Física e Química
Na verdade, durante uma subida a energia potencial gravítica aumenta e o trabalho realizado
pelo peso do corpo é resistente ou negativo, pois atua em sentido contrário ao do
deslocamento, enquanto numa descida a energia potencial gravítica diminui e o trabalho
realizado pelo peso é potente ou positivo, pois tem o sentido do deslocamento.
Concluindo:
O trabalho realizado pelo peso de um corpo, durante uma qualquer mudança de posição, é
simétrico da variação da energia potencial gravítica
W
→=−
Ep
P
=−− =
− −
A
B A
B
W(
E E)
→
PWmg
(hh) P
b P
a
→
P b a
=−
A
B
Wm
gh →
P
E durante a descida, de B a A, é:
=−− =− −
B
A B
A
W(
E )
E W
→
P
m
g(
h h
) P
a P
b
→
P a b
=
B
A
Wm
g
h →
P
=W→ +W→
ABA AB BA
W →
P P P
=−mgh+mgh
ABA
W →
P
=0
ABA
W →
P
Isto é, o trabalho realizado pelo peso de um corpo ao descrever uma trajetória fechada é nulo.
As forças que, como o peso, realizam trabalho nulo quando o seu ponto de aplicação descreve
uma trajetória qualquer fechada, designam-se por forças conservativas.
25
Física e Química
Mas, e de acordo com a Lei do Trabalho - Energia, o trabalho realizado pela resultante de
todas as forças que atuam sobre um sistema, conservativas e não conservativas, é igual a
variação da energia cinética,
W→=Ec
F
R.
W→ +W→ =Ec
F
cons. F
nc
. ons
Caso não atuem forças não conservativas ou caso o seu trabalho seja nulo, então:
W→ =E
c
F
co
ns.
Como W→ =E
p, tem-se:
F
co
ns.
E
c=−
Ep−
E
c E
c
0
=−
(
Ep−
Ep
0
)
+
E
c E
p=E
c
0
+E
p
0
Uma vez que a soma das energias cinética e potencial se designa por energia mecânica,
verifica-se que:
m=
E Em
0
E como
E
m=−
E
mE, então:
m
0
Em=0
Esta expressão traduz a Lei da Conservação da Energia Mecânica: Num sistema conservativo,
um sistema em que o trabalho da resultante das forças é igual apenas ao das forças
conservativas, a variação de energia mecânica é nula, ou seja, há conservação de energia
mecânica .
26
Física e Química
Em qualquer sistema mecânico a variação de energia cinética é igual ao trabalho realizado por
todas as forças que sobre ele atuam,
W
F
c
o
n+
sWF
.
n.
c
on=
s
E
c
s=−
Como W
F
c
on E
p
, então :
WE
F
c
on
s=
c+
E
p
E como +
EE
c
p=, tem-se
E
m
W
F
co
ns=
Em
Isto é, o trabalho das forças não conservativas é igual à variação da energia mecânica.
Por outras palavras, as forças não conservativas que realizam sempre trabalho negativo, forças
dissipativas, como o atrito e a resistência do ar, são responsáveis pela diminuição da energia
mecânica.
Num sistema real é pouco provável não atuarem forças dissipativas, pelo que a energia
mecânica não se conserva.
De facto, devido ao trabalho realizado pelas forças dissipativas, ao longo de uma dada
trajetória, a energia mecânica final pode ser aproveitada, energia útil, é inferior à que
inicialmente estava disponível.
Desta análise conclui-se que o rendimento de sistemas mecânicos é inferior a 100%, uma vez
que, por definição, rendimento é:
Eútil
=
Edisp.
Física ano 2
27
Física e Química
O sistema GPS ( Sistema de Posicionamento Global) foi desenvolvido por razões militares,
pelos EUA , mas hoje é amplamente utilizado para fins civis, em diversas aplicações, tais como:
O GPS é constituído por uma rede de 24 satélites. Cada um destes satélites da uma volta à
Terra em 12H e emite sinais identificadores, na banda do micro-ondas. Em qualquer instante,
pelo menos 4 satélites estão acessíveis à comunicação de qualquer ponto da Terra.
Para localizar um lugar na Terra o recetor recorre ao método geométrico da Triangulação, após
calcular a sua distância a 3 satélites.
• O sinal emitido por um satélite informa qual a sua posição na orbita q qual a hora, t,
marcada nos eu relógio atómico.
• O recetor recebe o sinal no instante t+Δt, que coincide com a hora marcada no seu
relógio de quartzo.
d=
ct
28
Física e Química
Método da triangulação:
• Com a distancia dA, traça-se uma circunferência centrada em A que contem a posição
do recetor, mas que poderá ser qualquer ponto da circunferência.
Repare-se que, para um recetor calcular a sua posição, são suficientes os sinais emitidos por
três emissores. Contudo, utiliza-se um quarto satélite de referência, cujo sinal tem como
objetivo sincronizar os relógios atómicos extremamente precisos que equipam os satélites e os
de quartzo, menos precisos, que equipam os recetores, uma vez que a determinação do
tempo, Δt, que o sinal leva a chegar ao recetor é crucial.
29
Física e Química
Latitude
A latitude é definida em relação ao equador medida ao longo do meridiano de Greenwich,
podendo variar entre 0º e 90º, para Norte ou parra Sul
Longitude
A longitude é a distância ao meridiano de Greenwich, medida ao longo do Equador. Esta
distância mede-se em graus, podendo variar entre 0º e 180º, para Este ou para Oeste.
Altitude
Altitude, é a altura na vertical, medida em unidade de comprimento, relativamente ao nível
médio das águas do mar (positiva acima do nível médio, negativa abaixo desse nível).
30
Física e Química
A trajetória descrita por uma partícula em movimento é definida pelas sucessivas posições
ocupadas ao longo do tempo.
As trajetórias podem ser:
• Curvilíneas: quando os pontos ocupados pela partícula ao longo do tempo
definem uma curva – circular, parabólica, etc.
• Retilíneas: quando os pontos ocupados pela partícula ao longo do tempo definem
uma reta.
O deslocamento é uma grandeza vetorial que caracteriza a variação de uma partícula, num
dado intervalo de tempo, com origem na posição inicial e extremidade na posição final.
Atente-se que o valor do deslocamento, Δx, num dado intervalo tempo, pode ser:
• Positivo : a partícula desloca-se no sentido positivo;
• Negativo : a partículas desloca-se no sentido negativo;
• Nulo: a partícula desloca-se , mas regressa à posição inicial.
• A rapidez média é uma grandeza escalar positiva e que indica qual a distancia
percorrida, em média, pela partícula na unidade de tempo.
s
Rm =
t
• A velocidade média, é uma grandeza vetorial e que indica qual o deslocamento
experimentado, em média, pela partícula, na unidade de tempo.
→
→
r
Vm =
t
A velocidade média tem a direção e o sentido do vetor deslocamento, pode
apresentar valores positivos ou negativos.
31
Física e Química
A velocidade instantânea é o limite para que tende a velocidade média quando o intervalo de
tempo tende para zero
→
→
r
v=
t
É, pois, uma grandeza vetorial que, em cada ponto , é tangente à trajetória e que apresenta o
sentido do movimento.
O vetor velocidade altera-se sempre que se altera a direção, o sentido e/ou o módulo.
Se a velocidade é nula, pode-se concluir que o corpo está em repouso em relação ao
referencial. Quando o corpo inverte o sentido do movimento o valor da velocidade é nulo.
Através de um gráfico posição tempo pode-se determinar a velocidade do corpo, em cada
instante, através do declive da reta tangente à curva do gráfico, no ponto considerado.
v=
x −x
2 1
t −t
2 1
32
Física e Química
33
Física e Química
• de contacto: quando o corpo que exerce a força está em contacto com o corpo que
sofre a ação desta – por exemplo, a força exercida pelo pé de um jogador sobre a bola
de futebol – e que deixa de se manifestar quando o contacto deixa de existir.
• Interação eletromagnética: manifesta-se entre partículas com carga elétrica e pode ser
atrativa ou repulsiva.
34
Física e Química
Sempre que um corpo exerce uma força sobre o outro, este reage, exercendo sobre o
primeiro uma força com a mesma intensidade e direção mas com sentido oposto.
→ →
=−
F F
A
B B
A
Estas forças, que constituem um par ação reação, apresentam as seguintes características:
As forças atrativas que se verificam entre dois corpos têm intensidade diretamente
proporcional ao produto das suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da
distância existente entre os seus centros de massa.
GM m
Fg= 2
d
Fg – intensidade da força gravítica
A direção da força é a linha que une os seus centros de massa e o sentido é dirigido
para o centro de massa do corpo que exerce a força.
35
Física e Química
Quando dois corpos interatuam, a s forças que atuam durante a interação provocam efeitos
que podem ser:
• Deformação
A alteração do estado de repouso ocorre sempre que um corpo esta em repouso e por
ação de uma força adquire velocidade.
O modo como a velocidade varia, com o decorrer do tempo, quer em sentido, quer em
direção, quer em módulo, é traduzida pela aceleração.
A força resultante de um sistema de forças que atua sobre um corpo, considerando-o como
uma partícula material, é diretamente proporcional à aceleração imprimida, tendo a mesma
direção e sentido.
→ →
r =m
F a
• Para a mesma resultante das forças, quanto maior for a massa do corpo menos será a
aceleração que adquire – maior será a resistência à alteração da sua velocidade, maior
será a sua inércia;
36
Física e Química
→ →
Fr =0
→ → →
v=0 ou v=const.
F
r=+
PR
n+F
n=
Como R −P, então:
r =F
F
r=
constante , pois F ma. Mas como:
v
a= ,
t
A aceleração e a velocidade inicial do corpo têm a mesma direção. A velocidade varia apenas
em valor e o corpo fica animado de movimento retilíneo uniformemente variado.
37
Física e Química
v−v
a 0=
v +−
va (
tt).
+
0 0
t t
0
v=v
0+a
t
Esta equação traduz a lei das velocidades do movimento retilíneo uniformemente variado.
O gráfico velocidade-tempo para este movimento é um segmento de reta cujo declive é o valor
da aceleração.
A partir do gráfico representado na figura e fazendo coincidir o eixo dos xx com a direção da
trajetória, pode concluir-se que o valor do deslocamento, Δx, é dado por:
1
=
xA
1+
A
2
=
xv
t
0+(
v−
v)
t
0
2
Dado que v=v0+at , substituindo na expressão anterior, tem-se :
1 1
=
x+
v
t
0 (
v
0+
a−
tv
)
0
t=
x
v+
ta
0
2
t
2 2
E como
x=−0, onde x0 é a coordenada da posição inicial da partícula, vem:
xx
12
x=0+
x v
0t+at
2
Esta expressão traduz a lei das posições do movimento uniformemente variado, onde
x0 e v0 são as condições iniciais do movimento.
Mas, caso a resultante das forças que atuam sobre um corpo , que se desloca com
velocidade v 0 , seja nula, a aceleração do movimento é nula, e o corpo deslocar-se-á com
velocidade constante, animado de movimento retilíneo uniforme.
38
Física e Química
Assim, paro um dado intervalo de tempo a lei da velocidade do movimento retilíneo uniforme
é dada pela expressão:
=
vco
ns
t
.
E a lei das posições por:
x=0+
x v
t
Em conclusão:
Durante o movimento no ar, segundo a vertical, o corpo fica sujeito a duas forças: a
força gravítica e a resistência do ar ao movimento.
P=mg
M
g= T
(rT +h)
2
Quando a resultante das forças é constante, a aceleração também, o que provoca uma
variação uniforme da velocidade e o movimento é retilíneo uniformemente variado.
1
Lei das posições: y=0+
y v
0t−g
t2
2
39
Física e Química
2
v
a
l
tu
ramá
x
im
a−
hm
a
x=0
hmax = y-y0 variação máxima da altura
2
g
v
t
emp
odes
ub
id
a−
ts=
0
g
Nas situações em que não é possível desprezar a resistência do ar, a força de atrito
existente entre o corpo e o ar vai aumentando à medida que a velocidade aumenta. À medida
que o corpo desce, a intensidade da força resultante vai diminuindo e quando a força de atrito
adquire uma intensidade igual à do peso do corpo, a força resultante anula-se.
y=y
0+v
t v=c
ons
t.
40
Física e Química
Se um corpo for lançado horizontalmente com velocidade, fica submetido apenas a penas à
ação da força gravítica, caso se despreze o efeito da resistência do ar, descrevendo uam
trajetória parabólica no plano, resultante de dois movimentos independentes, um segundo o
eixo dos xx e outro do eixo dos yy.
41
Física e Química
Uma partícula esta animada de movimento circular e uniforme quando a resultante das
forças que sobre ela atuam é uma força centripta, pois, em cada instante, é perpendicular a
velocidade, de módulo constante, radial e dirigida para o centro da trajetória.
1
T=
f
=
t
Se a partícula descrever uam volta completa, Δθ=2π e Δt=T, então:
u
2
= o =2f
T
• Velocidade(v): como o módulo da velocidade coincide com o da celeridade média,
é igual ao arco descrito na unidade de tempo:
=
v
2R
o
uv
=R
T
Onde R representa o raio da trajetória.
2
v
a
c= o
u c=
a 2
R
R
42
Física e Química
Para se lançar um satélite artificial é necessário imprimir-lhe uma velocidade inicial elevada, de
modo a conseguir escapar à ação da força gravítica e atingir a altitude desejada.
Na altitude de órbita é-lhe imprimida uma velocidade horizontal - velocidade de órbita – cujo
M
valor é dado por v= G .
r
A velocidade de escape e a velocidade de órbita são-lhe comunicadas através de foguetões
apropriados.
43
Física e Química
1. Transmissão de sinais
s
v=
t
44
Física e Química
Uma onda periódica é, pois, uma onda persistente, cujas características se repetem no
tempo e no espaço.
Uma onda propaga-se a uam distancia igual ao seu comprimento de onda, durante um
s
intervalo de tempo igual ao do período. A velocidade de propagação da onda é v = , então
t
pode ser escrita:
v=
T
1
E como f = , então: v=f
T
45
Física e Química
=s
yAi
n(
t)
Onde:
A- É a amplitude de oscilação;
=
2f
2
=
T
A unidade SI da frequência angular é o radiano por segundo.
• Periodicidade no tempo;
• Periodicidade no espaço.
O período, a frequência e a amplitude de uma onda harmónica são determinados pelo sinal da
fonte emissora.
46
Física e Química
2. O som
Na verdade, uma onda sonora resulta do movimento vibratório das partículas do meio
circundante da fonte sonoro, pró exemplos moléculas de ar. Este movimento é comunicado às
partículas vizinhas, que passam também a vibrar.
47
Física e Química
A altura permite distinguir um som alto ou agudo de um som baixo ou grave. Duas
ondas com diferentes frequências e igual amplitude correspondem a sons com
diferentes alturas. À onda de maior frequência corresponde um som mais agudo.
Um som puro ou simples, como o emitido por um diapasão, tem uma frequência bem
definida e um só comprimento de onda. A forma é a função seno ou cosseno, isto é, é uma
onda harmónica.
Um som complexo, como o som emitido pela corda de uma viola, resulta da combinação
de sons puros. Não é uma onda sinusoidal com frequência bem definida.
48
Física e Química
49
Física e Química
Um campo magnético pode ser visualizado através das linhas de campo que, por
convecção, começam no pólo norte e terminam no pólo sul.
• Nunca se cruzam;
• São mais densas nas regiões onde o campo magnético é mais intenso;
50
Física e Química
e=
F qE
A intensidade do campo elétrico, no ponto P, é tanto maior quanto maior for o módulo da
carga criadora e quanto menor for a distancia do ponto a
esta carga.
O campo elétrico criado por várias cargas é igual a soma vetorial dos campos criados por
cada uma das cargas.
As linhas de campo elétrico são, por definição, em cada ponto, tangentes ao vetor
campo elétrico e têm o sentido deste.
51
Física e Química
• Num campo criado por várias cargas, as linhas de campo começam numa carga
positiva e terminam numa carga negativa.
Um campo elétrico criado entre duas placas paralelas e condutoras com cargas de
sinais opostos é um campo elétrico uniforme.
O vetor campo elétrico é constante e as linhas de campo são paralelas entre si, estão
dirigidas da placa positiva para a negativa.
52
Física e Química
O fluxo magnético é uma grandeza física que esta relacionada com o número de linhas
de campo que atravessa uma determinada área e que, por definição, é o produto da
intensidade do campo magnético, pelo valor da área e pelo cosseno do ângulo:
= BA
co
s
()
A unidade Si de fluxo magnético é o weber(Wb).
O fluxo magnético que atravessa uma espira de área A, que se encontra num campo
magnético de intensidade B , pode ser positivo ou negativo , dependendo do sentido
arbitrado para a direção da normal à superfície (cosθ varia entre +1 e -1). Contudo, é:
• Nulo quando a espira esta colocada com a mesma direção do vetor magnético, isto é,
θ=90º e cos90º=0
O fluxo magnético total , que atravessa uma bobina constituída por N espiras, todas iguais, é
igual ao produto do número de espiras pelo fluxo magnético que atravessa cada uma delas:
t=N
53
Física e Química
Quando o fluxo do campo magnético que atravessa a superfície delimitada por uma
espira condutora varia no tempo, surge uma corrente elétrica na espira, que se designa por
corrente induzida. Este fenómeno chama-se indução eletromagnética.
• O circuito é deformado.
Repare-se que a variação do fluxo magnético gera uma corrente elétrica à qual esta
associado um campo elétrico, donde se conclui que as fontes de campo elétrico são não só
cargas elétricas, mas também campos elétricos variáveis.
Tanto o sentido como a intensidade da corrente elétrica induzida estão relacionados com a
variação do fluxo magnético que atravessa a área da superfície delimitada pela espira (bobina).
Em suma: um circuito percorrido por uma corrente elétrica variável cria uma corrente
induzida variável noutro circuito que se encontre nas vizinhanças.
54
Física e Química
Nos terminais de uma bobine, onde se produz corrente elétrica através de indução
eletromagnética, é possível medir uma ddp ou tensão, a qual é denominada força eletromotriz
induzida e é representada por ε.
Lei de Faraday
A força eletromotriz induzida é a taxa de variação do fluxo magnético que atravessa uma
espira ou espiras.
=
t
A unidade Si da f.e.m é o volt.
Um microfone é constituído por um imane fixo, uma espira móvel e uma membrana
oscilante.
Uma onda sonora bate na membrana oscilante e põe-a a vibrar, o que faz com que a espira
móvel seja aproximada e afastada do imane fixo, i.e., leva a que a espira tenha um movimento
de “vaivém” relativo ao imane, o que faz com que ocorra uma variação de fluxo magnético na
espira.
Esta variação de fluxo magnético cria uma força eletromotriz induzida com valores
proporcionais aos valores dos deslocamentos da espira. Quanto maiores forem os
deslocamentos da espira, maior vai ser o módulo da força eletromotriz induzida.
Assim, um microfone, inserido num circuito, transforma ondas mecânicas sonoras em
corrente elétrica alternada.
Um altifalante é constituído por um imane fixo, uma bobina e uma membrana
oscilante.
A corrente elétrica alternada que é produzida no microfone, fruto da força
eletromotriz induzida, atravessa a bobina e esta, um solenoide, passa a ter um
movimento de “vaivém” relativamente ao imane fixo, provocando a oscilação da
membrana.
Assim, o altifalante, inserido num circuito, transforma a corrente elétrica alternada em
ondas mecânicas sonoras, sendo a frequência da corrente alternada igual à frequência das
ondas sonoras.
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