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Funções de Várias Variáveis

13 - Valores máximos e mínimos

Equipe de Cálculo II

Universidade Federal de Minas Gerais


Extremos para funções duas variáveis
Extremos para funções duas variáveis

Definição
Uma função f(x, y) de duas variáveis tem:

I um máximo local em (a, b) se existe uma bola aberta com


centro em (a, b) tal que, se (x, y) está nessa bola, então
f(x, y) ≤ f(a, b) . Chamamos f(a, b) de valor máximo local.

I um mínimo local em (a, b) se existe uma bola aberta com


centro em (a, b) tal que, se (x, y) está nessa bola, então
f(x, y) ≥ f(a, b) . Chamamos f(a, b) de valor mínimo local.
Extremos para funções duas variáveis

Definição
Uma função f(x, y) de duas variáveis tem:

I um máximo absoluto em (a, b) se f(x, y) ≤ f(a, b) para todo


(x, y) no domínio de f. Chamamos f(a, b) de valor máximo
absoluto. Um máximo absoluto também é um máximo local.

I um mínimo absoluto em (a, b) se f(x, y) ≥ f(a, b) para todo


(x, y) no domínio de f. Chamamos f(a, b) de valor mínimo
absoluto. Um mínimo absoluto também é um mínimo local.
Teorema
Se uma função f tem um máximo ou mínimo local em (a, b) e as
derivadas parciais de primeira ordem de f existem nesse ponto,
então fx (a, b) = 0 e fy (a, b) = 0 .

Observação
A anulação das derivadas parciais implica que em (a, b) o plano
tangente à superfície é horizontal, conforme o gráfico acima.
É preciso entender com cuidado o teorema anterior. A anulação
das derivadas parciais não é condição necessária e nem suficiente
para haver um máximo ou um mínimo local naquele ponto.

I A função f(x, y) pode atingir máximos ou


mínimos locais em pontos onde uma ou
ambas as derivadas parciais não existem.

I Um ponto onde as duas derivadas


parciais existem e se anulam pode não
ser um ponto de máximo ou de mínimo.
Pontos críticos

Definição
Um ponto (a, b) é chamado de ponto crítico (ou ponto
estacionário) da função f se fx (a, b) = 0 e fy (a, b) = 0, ou se
alguma derivada parcial não existir.

Em geral, pontos críticos são bons candidatos a pontos de máximo


ou de mínimo. Mas podem não ser nem uma coisa e nem outra.
Exemplo
Seja f(x, y) = x2 + y2 − 2x − 6y + 14. Então fx (x, y) = 2x − 2 e
fy (x, y) = 2y − 6. Como as derivadas parciais existem em todo o
plano, os pontos críticos serão as soluções do sistema
{
2x − 2 = 0
⇒ apenas o ponto (1, 3) , com f(1, 3) = 4
2y − 6 = 0

Fica claro que esse ponto é de


mínimo quando reescrevemos

f(x, y) = (x − 1)2 + (y − 3)2 + 4

Trata-se de um mínimo local e


absoluto, que vale 4 .
Exemplo
Seja f(x, y) = y2 − x2 . Então fx (x, y) = −2x e fy (x, y) = 2y, que se
anulam juntos apenas na origem (0, 0) , com f(0, 0) = 0. Como fx
e fy existem em todo R2 , esse é o único ponto crítico e também o
único candidato a ponto de extremo (máximo ou mínimo).
(0, 0) não é ponto de máximo
porque, fixando x = 0, temos
f(0, y) = y2 , que se torna maior
do que 0. Mas também não é
ponto de mínimo porque, com
y = 0, temos f(x, 0) = −x2 , que
se torna menor do que 0.

Definição
Um ponto onde as derivadas parciais se anulam, mas que não é de
máximo e nem de mínimo, é chamado de ponto de sela da função.

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