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Universidade Federal de São Carlos - Centro de

Ciências Agrárias

Disciplina: Cálculo 1

Prof.: Daniele Lozano

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Estudo detalhado do gráfico de funções

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Revisão de alguns resultados:
Assíntota vertical: A reta x = a é uma assíntota vertical do
gráfico de y = f (x), se pelo menos uma das seguintes afirmações
for verdadeira:

i) limx→a+ f (x) = ±∞

ii) limx→a− f (x) = ±∞

Assíntota horizontal: A reta y = b é uma assíntota horizontal


do gráfico y = f (x). se pelo menos uma das seguintes afirmações
for verdadeira:

i) limx→∞ f (x) = b

ii) limx→∞ f (x) = b

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Um valor f (x0 ) de uma função f é o valor máximo de f num
intervalo I, se x0 pertence ao intervalo e f (x) ≤ f (x0 ), para todos
os outros x desse intervalo. Analogamente, o valor f (x0 ) é o valor
mínimo de f no intervalo, se f (x) ≥ f (x0 ) para todos os outros x
no intervalo.

Obs: x0 é chamado de ponto extremo da função.

Teorema: Se uma função f é contínua num intervalo [a, b], então


ela assume seu valor máximo e mínimo em [a, b].

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Dada uma curva y = f (f ), usaremos a derivada para obter alguns
dados acerca da curva. Esses dados nos levam a um método
geral para construuir esbolos de gráficos de funções.

Proposição: Suponhamos que f (x) exista para todos os valores


de x ∈ (a, b) e que f tem um extremo relativo em c, onde a < c < b.
Se f ′ (c) existe, então f ′ (c) = 0.

Obs: 1. Se f tem um extremo relativo em c e se f ′ (c) existe, então


o gráfico de y = f (x) tem uma reta tangente horizontal no ponto
onde x = c.
2. Da proposição, podemos concluir que quando f ′ (c) existe,
a condição f ′ (c) = 0 é necessária para a existência de um extremo
relativo em c.

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Definição: O ponto c ∈ D(f ) tal que f ′ (c) = 0 ou que f ′ (c) não
existe, é chamado ponto crítico de f .

Definição: Dizemos que uma função f , definida num intervalo I, é


crescente nesse intervalo se para quaisquer x1 , x2 ∈ I, x1 < x2 ,
temos f (x1 ) ≤ f (x2 ).

Definição: Dizemos que uma função f , definida num intervalo I, é


decrescente nesse intervalo se para quaisquer x1 , x2 ∈ I,
x1 < x2 , temos f (x1 ) ≥ f (x2 ).

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Proposição: Seja f uma função contínua no intervalo [a, b] e
derivável no intervalo (a, b).
i) Se f ′ (x) > 0 para todo x ∈ (a, b) então f é crescente em
[a, b];
ii) Se f ′ (x) < 0 para todo x ∈ (a, b) então f é decrescente
em [a, b].

Obs: A hipótese da continuidade de f no intervalo fechado [a, b] é


muito importante.
 Por exemplo, se f : [0, 1] → R
 x + 1 se 0 ≤ x < 1
f (x) =
 1 se 1

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Teorema: Seja f uma função contínua num intervalo fechado [a, b]
que possui derivada em todo ponto do intervalo (a, b), exceto
possivelmente num ponto c.
i) Se f ′ (x) > 0 para todo x < c e f ′ (x) < 0 para todo x > c,
então f tem um máximo relativo em c.
ii) Se f ′ (x) < 0 para todo x < c e f ′ (x) > 0 para todo x > c,
então f tem um mínimo relativo em c.

Teorema: Sejam f uma função derivável num intervalo (a, b) e c


um ponto crítico de f neste intervalo, isto é, f ′ (c) = 0, com
a < c < b. Se f admite a derivada f ′′ em (a, b), temos:
i) Se f ′′ (c) < 0, f tem um valor máximo relativo em c;
ii) Se f ′′ (c) > 0, f tem um valor de mínimo relativo em c.

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Definição: Uma função f é dita côncava para cima no intervalo
(a, b), se f ′ (x) for crescente neste intervalo.
Analogamente, f é dita côncava para baixo no intervalo (a, b), se
f ′ (x) for decrescente neste intervalo.

Proposição: Seja f uma função contínua no intervalo [a, b] e


derivável até a 2a ordem no intervalo (a, b):
i) Se f ′′ (x) > 0 para todo x ∈ (a, b), então f é côncava para
cima em (a, b);
ii) Se f ′′ (x) < 0 para todo x ∈ (a, b), então f é côncava para
baixo em (a, b);

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Podem existir pontos no gráfico de uma função nos quais a
concavidade muda de sentido. Esses pontos são chamados
pontos de inflexão.

Definição: Um ponto (c, f (c)) do gráfico de uma função contínua


f é chamado um ponto de inflexão, se exitir um intervalo (a, b)
contendo c tal que uma das seguintes situações ocorra:
i) f é côncava para cima em (a, c) e côncava para baixo em
(c, b);
ii) f é côncava para baixo em (a, c) e côncava para cima em
(c, b);

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Para obter o esboço do gráfico de uma função, devemos seguir os
seguintes passos:

1. Determinar o domínio de f ;
2. Calcular os pontos de interseção do gráfico com os eixos
coordenados (quando possível);
3. Determinar os pontos críticos;
4. Determinar os pontos de máximos e mínimos;
5. Estudar a concavidade;
6. Determinar os pontos de inflexão;
7. Determinar as assíntotas;
8. Esboçar o gráfico

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