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ROTEIRO DA ATIVIDADE AVALIATIVA DE VERÃO

Disciplina: Cálculo III.


Professor(a): Pedro Junior Zucatelli.
Nome do aluno: CHAYANY FERREIRA DE OLIVEIRA
Entrega: até 27/03/2021 pelo portal do aluno.

EMENTA:

Funções de Várias Variáveis: Derivadas Parciais. Integrais Múltiplas: Integrais duplas e


triplas, Integrais em coordenadas polares, cilíndricas e esféricas. Cálculo Vetorial: Integrais
de linha, Integrais de superfície de funções reais.

BIBLIOGRAFIA:

SILVA, Paulo Sergio Dias da; Cálculo Diferencial e Integral; Grupo GEN; 2017.[Minha Biblioteca]

GUIDORIZZI, Hamilton Luiz; Um Curso de Cálculo - Vol. 1, 6ª edição; Grupo GEN; 2018.[Minha
Biblioteca]

HUGHES-HALLET, Deborah; McCALLUM, William G.; GLEASON, Andrew M. et al. Cálculo - A


Uma e a Várias Variáveis - Vol. 2, 5ª edição; Grupo GEN; 2012.[Minha Biblioteca]

GUIDORIZZI, Hamilton Luiz; Um Curso de Cálculo - Vol. 3, 5ª edição. Grupo GEN. 2002.[Minha
Biblioteca]

ANTON, Howard; BIVENS, Irl; DAVIS, Stephen; Cálculo - Volume 2; Grupo A; 2014[Minha
Biblioteca]

ROGAWSKI, Jon; Cálculo: Volume 2; Grupo A; 2009.[Minha Biblioteca]

BARBONI, Ayrton; PAULETTE, Walter; Fundamentos de Matemática - Cálculo e Análise - Cálculo


Diferencial e Integral a uma Variável; Grupo GEN; 2007.[Minha Biblioteca]

ÁVILA, Geraldo Severo de Souza; ARAÚJO, Luís Cláudio Lopes de; Cálculo – Ilustrado, Prático e
Descomplicado; Grupo GEN; 2012.[Minha Biblioteca]

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Questão 1) - valor: 2,0 pontos

Solução:

1 – a) Vamos descrever D como tipo I. Seja (x,y) ∈ D. Então traçamos uma reta vertical por (x,y).

Se tentarmos calcular a integral na forma pela qual ela se apresenta, teremos inicialmente de
resolver o problema particular de ∫ cos(𝑦 3 ) 𝑑𝑦. Mas isso é impossível de fazer em termos finitos,
uma vez que ∫ cos(𝑦 3 ) 𝑑𝑦 não é uma função elementar. Precisamos então mudar a ordem de
integração, o que pode ser conseguido escrevendo-se inicialmente a integral interada dada como
uma integral dupla.

Temos então:
4 2 4 2
∬(cos 𝑦³)𝑑𝑦𝑑𝑥 = ∫ ∫ (cos 𝑦³) 𝑑𝑦𝑑𝑥 = ∫ (cos 𝑦³) ∫ 𝑑𝐴
0 √𝑥 0 √𝑥

𝐷 = {(𝑥, 𝑦)│0 ≤ 𝑥 ≤ 4, √𝑥 ≤ 𝑦 ≤ 2

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Esboçamos a região D e vemos que um modo alternativo de escrever D é:

𝐷 = {(𝑥, 𝑦)│0 ≤ 𝑦 ≤ 2, 0 ≤ 𝑥 ≤ 𝑦²

4 2
∬(cos 𝑦³)𝑑𝑦𝑑𝑥 = ∫ ∫ (cos 𝑦³) 𝑑𝐴
0 𝑦²

2 𝑦²
=∫ ∫ (cos 𝑦³) 𝑑𝑥𝑑𝑦
0 0

2
𝑦²
= ∫ [𝑥. cos(𝑦³)] │ 𝑑𝑦
0 0
2
= ∫ [𝑦² cos(𝑦³)] 𝑑𝑦 =
0

Para a integral 𝑦² cos(𝑦³), substitua u = y³ e du = 3 y² dy.


O novo limite inferior será 𝑢 = 03 = 0 e o limite superior 𝑢 = 23 = 8.

8
= 1/3 ∫ [cos(𝑢)] 𝑑𝑢
0

Aplicando o teorema fundamental do cálculo temos que a antiderivada de cos (u) é sen (u).

𝑠𝑒𝑛 (𝑢) 8
= │
3 0

Avaliando a antiderivada e substituindo os limites:


𝑠𝑒𝑛 (8) 𝑠𝑒𝑛 (0) 𝑠𝑒𝑛 (8)
= − = ≅ 0,32979.
3 3 3

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b)
4 ln 2
1
=∫ ∫ ( 𝑥 ) 𝑑𝑥𝑑𝑦
1
ln 𝑦 𝑒 +1
2

Para isso vamos usar o Teorema de Fubini. Nesse teorema, temos uma região de integração dada
por:

𝐷 = { (𝑥, 𝑦)𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏, 𝑐 ≤ 𝑦 ≤ 𝑑}

E podemos expressar a integral dupla da seguinte forma:

𝑏 𝑑 𝑑 𝑏
∬ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝐴 = ∫ ∫ 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑑𝑦𝑑𝑥 = ∫ ∫ 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑑𝑥𝑑𝑦 =
𝑎 𝑐 𝑐 𝑎
A integral que vamos calcular é na seguinte região:

𝑦
ln 2 ≤ 𝑥 ≤ ln 2
D:{
1≤𝑦≤4

𝑦
Manipulando a desigualdade ln 2 ≤ 𝑥, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒:
𝑦
𝑥 ≥ 𝑙𝑛 → 𝑒 2𝑧 = 𝑦
2

Com isso temos a seguinte região:


1 ≤ 𝑦 ≤ 𝑒 2𝑥

Logo:
1 ≤ 𝑦 ≤ 𝑒 2𝑥
D:{
0 ≤ 𝑥 ≤ 𝑙𝑛2

Com isso mudamos a ordem da integral dupla.

4 ln 2 𝑙𝑛2 𝑒 2𝑥
1 1
=∫ ∫ ( 𝑥 ) 𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∫ [∫ 𝑥
𝑑𝑦] 𝑑𝑥
1
ln 𝑦 𝑒 +1 0 1 𝑒 +1
2
Integrando a função f em relação a y de 1 a 𝑒 2𝑥 , Posteriormente em relação a x de 0 a ln 3:

4 ln 2 𝑙𝑛2
1 1 𝑒 2𝑥
=∫ ∫ ( ) 𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∫ [𝑦| ] 𝑑𝑥
1
ln 𝑦 𝑒𝑥 + 1 0 𝑒𝑥 + 1 1
2

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4 ln 2 𝑙𝑛2
1
=∫ ∫ ( 𝑥 ) 𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∫ (𝑒 𝑥 + 1)−1 [𝑒 2𝑥 − 1] 𝑑𝑥
1
ln 𝑦 𝑒 +1 0
2

4 ln 2 𝑙𝑛2 2𝑥
1 𝑒 −1
=∫ ∫ ( 𝑥 ) 𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∫ 𝑑𝑥
1
ln 𝑦 𝑒 +1 0 (𝑒 𝑥 + 1)
2

Expandindo a equação:

𝑒 2𝑥 − 1
=
(𝑒 𝑥 + 1)

Integra-se a soma termo a termo e fatora as constantes:

Para a integração , substitui-se u =𝑒 𝑥 e du = 𝑒 𝑥 𝑑𝑥.

O novo limite inferior será 𝑢 = 𝑒 0 = 1 e o novo limite superior será 𝑢 = 𝑒 𝑙𝑜𝑔2 = 2.

𝑢
Para a integrante 𝑢+1:

Integra-se a soma termo a termo e fatora as constantes:

Integra-se a

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𝑢
Para a integrante 𝑢+1, substitui-se s= u+1 e ds = du:

O novo limite inferior será 𝑠 = 1 + 1 = 2 e o novo limite superior será 1 + 2 = 3:

1
Aplicando o teorema fundamental do cálculo: A antiderivada de 𝑠 é log(𝑠):

Avaliando a antiderivada nos limites:

3 3
(−log(𝑠))| = (− log(3)) − (− log(2)) = −log :
2 2

Aplicando o teorema fundamental do cálculo: A antiderivada de 1 é u:

Avaliando a antiderivada nos limites:


2
𝑢| = 2 − 1 = 1:
1

1
Para a integrante 𝑒 𝑥 +1, substitui-se p = 𝑒 𝑥 e dp = 𝑒 𝑥 dx:

O novo limite inferior será 𝑝 = 𝑒 0 = 1 e o novo limite superior será 𝑝 = 𝑒 𝑙𝑜𝑔2 = 2:

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1
Para a integração 𝑝(𝑝+1), usa-se fração parcial:

Integra-se a soma termo a termo e fatora as constantes:

1
Para a integração (𝑝+1), substitua w= p+1 e dw = dp:

O novo limite inferior será 𝑤 = 1 + 1 = 2 e o novo limite superior será 𝑤 = 1 + 2 = 3:

1
Aplicando o teorema fundamental do cálculo: A antiderivada de 𝑤 é log(𝑤):

Avaliando a antiderivada nos limites:


3 3
log (𝑤)| = log(3) − log(2) = log( ):
2 2

1
Aplicando o teorema fundamental do cálculo: A antiderivada de 𝑝 é log(𝑝):

Avaliando a antiderivada nos limites de integração:

2
(−log(𝑝))| = (− log(2)) − (− log(1)) = −log 2:
1

Resposta:
1 − ln(2) ≅ 0,30685

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Questão 2) - valor: 2,0 pontos

a)

Essa integral apresenta os domínios de integração:

𝐸 = {(𝑥, 𝑦, 𝑧) |0 ≤ 𝑥 ≤ 2, 0 ≤ 𝑦 ≤ √4 − 𝑥 2 , 0 ≤ 𝑧 ≤ √4 − 𝑥 2 − 𝑦 2 }

Em coordenadas cilíndricas tem-se:

𝜋
𝐸 = {(𝑟, 𝜃, 𝑧) |0 ≤ 𝑥 ≤ 2, 0 ≤ 𝑦 ≤ , 0 ≤ 𝑧 ≤ √4 − 𝑟 2 }
2

Portanto temos:
2 √4−𝑥² √(4−𝑥 2 −𝑦²)
∫ ∫ ∫ 𝑧(𝑥 2 + 𝑦 2 ) 𝑑𝑧𝑑𝑦𝑑𝑥 =
0 0 0

𝜋
2 √(4−𝑟²)
2
2 2 )𝑑𝑉
∭ 𝑧(𝑥 + 𝑦 =∫ ∫ ∫ 𝑟²𝑧 𝑑𝑧𝑑𝜃𝑑𝑟
0 0 0

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Avaliando:
√(4−𝑟²)
∫ 𝑟²𝑧 𝑑𝑧 =
0

Dado que r² é constante no que diz respeito a z, move-se r² para fora da integral:

𝜋
2 √(4−𝑟²)
2
∫ ∫ 𝑟² ∫ 𝑧 𝑑𝑧𝑑𝜃𝑑𝑟
0 0 0

1
Pela regra de potencialização, a integral de z em relação a z é 𝑧 2 .
2

𝜋
2
1 2 √(4 − 𝑟 2 )
∫ ∫ 𝑟² 𝑧 2 ] 𝑑𝜃𝑑𝑟
0 0 2 0

𝜋
2
2𝑧 2 √(4 − 𝑟 2 )
∫ ∫ 𝑟² ] 𝑑𝜃𝑑𝑟
0 0 2 0

𝑧2
Avaliando em √4 − 𝑟 2 𝑒 𝑒𝑚 0:
2

𝜋
2
2 (√4 − 𝑟 2 )2 02
∫ ∫ (( ) − ) 𝑑𝜃𝑑𝑟
0 0 2 2
1
Onde: (√4 − 𝑟 2 )2 = 4 − 𝑟 2 = (4 − 𝑟 2 )2

𝜋 1
2
2 ((4 − 𝑟 2 )2 )2 02
∫ ∫ 𝑟²( ) − ) 𝑑𝜃𝑑𝑟
0 0 2 2

Aplicando a regra da potência de potência e multiplicando os expoentes, (𝑎𝑚 )𝑛 = 𝑎𝑚𝑛

𝜋 1
2
2((4 − 𝑟 2 )2∗2 ) 02
∫ ∫ 𝑟²( ) − ) 𝑑𝜃𝑑𝑟
0 0 2 2
𝜋
2
2((4 − 𝑟 2 )1 ) 02
∫ ∫ 𝑟²( ) − ) 𝑑𝜃𝑑𝑟
0 0 2 2
𝜋
2
2 4 − 𝑟2
∫ ∫ 𝑟2 ( ) 𝑑𝜃𝑑𝑟
0 0 2

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1
Combinando 2 𝑒 𝑟²:
𝜋
2
2 𝑟2
∫ ∫ (4 − 𝑟 2 ) 𝑑𝜃𝑑𝑟
0 0 2

Aplicando as propriedades distributivas:

𝜋
2
2 𝑟2 𝑟2
∫ ∫ ∗ 4 + (−𝑟 2 ) 𝑑𝜃𝑑𝑟
0 0 2 2

𝜋
2
2 𝑟4
∫ ∫ 2𝑟² − 𝑑𝜃𝑑𝑟
0 0 2

𝑟4
Dado que 2𝑟 2 − é constante no que diz respeito a 𝜃, move-se a expressão para fora da integral:
2
2 𝜋
𝑟4
∫ (2𝑟² − ) 𝜃 ] 2 𝑑𝑟
0 2 0

𝑟4 𝜋
Avaliando (2𝑟² − ) 𝜃 em 2 𝑒 0:
2
2
𝑟4 𝜋 2
𝑟4
∫ ((2𝑟² − ) ) − ((2𝑟 − ) ∗ 0) 𝑑𝑟
0 2 2 2

2
𝑟4 𝜋
∫ (2𝑟² − ) 𝑑𝑟
0 2 2

Aplicando propriedade distributiva:

2
𝜋 𝑟4 𝜋
∫ (2𝑟 2 ∗ ) − ( ∗ ) 𝑑𝑟
0 2 2 2

2
𝑟 4𝜋
∫ (𝑟 2 ∗ 𝜋) − ( ) 𝑑𝑟
0 4

Dividindo o único integral em múltiplos integrais:

2 2
𝑟 4𝜋
∫ (𝑟 2 ∗ 𝜋)𝑑𝑟 + ∫ − 𝑑𝑟
0 0 4

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𝜋 𝜋
Dado que 𝜋 e 4 é constante no que diz respeito a r, move-se 𝜋 e 4 para fora da integral:

2
𝜋 2
𝜋 ∫ (𝑟 2 )𝑑𝑟 + ∫ − 𝑟 4 𝑑𝑟
0 4 0

1𝑟³
Pela regra de potencialização, a integral de r² em relação a r é :
3

1𝑟³ 2 2 𝜋 2
𝜋 ] ∫ + ∫ − 𝑟 4 𝑑𝑟
3 0 0 4 0

Dado que -1 é constante no que diz respeito a r, move-se -1 para fora da integral:

𝑟³ 2 𝜋 2 4
𝜋 ] − ∫ 𝑟 𝑑𝑟
3 0 4 0

1𝑟 5
Pela regra de potencialização, a integral de 𝑟 4 em relação a r é :
5

𝑟³ 2 𝜋 𝑟 5 2 16𝜋
𝜋 ] − ] =
3 0 4 5 0 15

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b)

Antes de tudo é preciso notar que resolver a integral do jeito que foi proposta é inviável. Nesse
sentido, é interessante fazer mudanças na variável.
Para tal, precisamos antes conhecer nossa região de integração. Para isso, precisamos olhar para os
limites de integração:

2 √(4−𝑥 2 ) √(4−𝑥 2 −𝑦 2 )
∫ ∫ ∫ 𝑧√(𝑥 2 + 𝑦²) 𝑑𝑧𝑑𝑦𝑑𝑥
0 0 0

Vamos começar olhando para z: 0 < 𝑧 ≤ √(4 − 𝑥 2 − 𝑦 2 )

Cuja desigualdade pode ser reescrita no conjunto de desigualdades:

2 2
{𝑧√(𝑥 + 𝑦 ) ≤ 4
𝑧≥0

Com relação aos outros limites de integração, note que o limite superior não é tão importante, pois
todos surgem a partir da mesma desigualdade. Para perceber isso, note que:

𝑦 ≤ √4 − 𝑥 2 𝑒 𝑥 ≤ 2

Quando, ao elevar ao quadrado, fica:

𝑥2 + 𝑦2 ≤ 4 ≤ 4

No entantanto, o limite inferior (𝑦 ≥ 0 𝑒 𝑥 ≥ 0) indica que há restrição no octante positivo, ou seja,


o sólido é descrito pelas desigualdade:

𝑧√(𝑥 2 + 𝑦 2 ) ≤ 4 (1)
{
𝑥 ≥ 0 (2)

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𝑦 ≥ 0 (3)
{
𝑧 ≥ 0 (4)

𝑥 = 𝑥𝑐 + 𝜌𝑐𝑜𝑠𝜃𝑠𝑖𝑛∅
{
𝑦 = 𝑦𝑐 + 𝜌𝑠𝑖𝑛𝜃 𝑠𝑖𝑛∅
𝑧 = 𝑧𝑐 + 𝜌 𝑐𝑜𝑠∅
{
|𝐽(𝜌, 𝜃, ∅)| = 𝜌2 𝑠𝑖𝑛∅

Como, nesse caso, xc = yc = zc =0


𝑥 = 𝜌𝑐𝑜𝑠𝜃𝑠𝑖𝑛∅
{
𝑦 = 𝜌𝑠𝑖𝑛𝜃 𝑠𝑖𝑛∅
𝑧 = 𝜌 𝑐𝑜𝑠∅
{
|𝐽(𝜌, 𝜃, ∅)| = 𝜌2 𝑠𝑖𝑛∅

Para calcular a integral tripla nas coordenadas esféricas, precisamos identificar os limites de
integração. Basta substituir as equações do sistema nas desigualdades (1), (2), (3) e (4).

Assim a integral tripla que precisamos calcular é:

𝜋 𝜋
2 ( ) ( )
2 2
∫ ∫ ∫ 𝜌4 𝑐𝑜𝑠∅𝑠𝑖𝑛²∅ 𝑑∅𝑑𝜃𝑑𝜌
0 0 0

Dado que 𝜌4 é constante no que diz respeito a ∅ move-se 𝜌4 para fora da integral.

𝜋 𝜋
2 ( ) ( )
2 2
∫ ∫ 𝜌4 ∫ 𝑐𝑜𝑠∅𝑠𝑖𝑛²∅ 𝑑∅𝑑𝜃𝑑𝜌
0 0 0

1
Seja 𝑢 = 𝑠𝑖𝑛∅. Então 𝑑𝑢 = 𝑐𝑜𝑠∅𝑑𝑢. Para que cos ∅ 𝑑𝑢 = 𝑑𝜃. Reescreve-se usando u e du.

𝑑𝑢
𝑢 = 𝑠𝑖𝑛∅. 𝐸𝑛𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎 − 𝑠𝑒
𝑑∅
Diferenciando 𝑠𝑖𝑛∅
𝑑
[𝑠𝑖𝑛∅]
𝑑∅

A derivada de 𝑠𝑖𝑛∅ 𝑐𝑜𝑚 𝑟𝑒𝑠𝑝𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑎 ∅ é cos ∅.


Substituindo o limite inferior por ∅ em 𝑢 = sin ∅
O valor exato de sin (0) é 0.

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Substituindo o limite superior por ∅ em 𝑢 = sin ∅
𝜋
O valor exato de sin (2 ) é 1.
Os valores encontrados serão usadps para avaliar a integral definida.

Reescrevendo o problema usando u, du, e os novos limites da integração.

𝜋 𝜋
2 ( ) ( )
2 2
∫ ∫ 𝜌4 ∫ 𝑢2 𝑑𝑢 𝑑𝜌
0 0 0

1
Pela regra de potencalização, a integral de u² em relação a u é: 3 𝑢³
𝜋
2 ( )
2 1 1
∫ ∫ 𝜌4 𝑢³| 𝑑∅𝑑𝜌 =
0 0 3 0

1
Combina-se 3 𝑒 𝑢3 .
𝜋
2 ( )
2 𝑢³ 1
∫ ∫ 𝜌4 | 𝑑∅𝑑𝜌 =
0 0 3 0

𝑢³
Avaliando 𝑒𝑚 1 𝑒 0:
3

𝜋
2 ( )
2 13 03
∫ ∫ 𝜌4 (( ) − ) 𝑑∅𝑑𝜌 =
0 0 3 3
𝜋
2 ( )
2 𝜌4
∫ ∫ ( ) 𝑑∅𝑑𝜌 =
0 0 3

Avaliando:
𝜋
( )
2 𝜌4
∫ ( ) 𝑑∅ =
0 3

𝜌4 𝜌4
Dado que é constante no que diz respeito a ∅ move-se para fora da integral.
3 3
2 4 𝜋
𝜌 𝜃 2
∫ ] 𝑑𝜌 =
0 3 0

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𝜌4 ∅ 𝜋
Combinando 𝑒𝑚 𝑒 𝑒𝑚 0:
3 2
2 2
𝜌4 𝜋 𝜋 4
∫ 𝑑𝜌 = ∫ 𝜌 𝑑𝜌 =
0 6 0 6

Avaliando
2
𝜋 4
∫ 𝜌 𝑑𝜌 =
0 6

𝜋 𝜋
Dado que 6 é constante no que diz respeito a 𝜌 move-se 6 para fora da integral.

𝜋 2 4
∫ 𝜌 𝑑𝜌 =
6 0

1
Pela regra de potencialização, a integral de 𝜌4 em relação a 𝜌 é 5 𝜌5 :

𝜋 1 5 2
𝜌 ] =
6 5 0

1
Avaliando 5 𝜌5 𝑒𝑚 2 𝑒 0:
𝜋 1 1 16𝜋
(( ∗ 25 ) − ∗ 05 ) =
6 5 5 15

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Questão 3) - valor: 2,0 pontos

Resolução:
a) Equação reduzida da circunferência:

(x – a) ² + (y – b)² - R²

Sendo C(a, b) o centro da circunferência e r o seu raio. Neste caso, o centro da circunferência está
na origem, ou seja, C(0, 0), logo:

a = 0 e b = 0 e r = 2 e a equação da circunferência será:

(x - 0)² + (y - 0)² = 2²
x² + y² = 4

Na parametrização de uma circunferencia, temos:

𝑥 = 2 ∗ cos(𝑡)
𝑥 = 2 ∗ sen(𝑡)

Então, uma boa parametrização é:


𝛾(𝑡) = (2 cos t, 2 𝑠𝑒𝑛 𝑡)

Lembrando que o t sempre sai do eixo x girnado no sentido anti-horário, sendo assim, o nosso t tem
que dar uma volta completa:

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Agora prossegue-se substituindo o campo vetorial, pelos termos da parametrização:

Como na parametrização que temos, 𝛾(𝑡) = (2 cos t, 2 𝑠𝑒𝑛 𝑡) , x é a primeira entrada e y é a


segunda. Substituindo no campo vetorial:

(−2 sen t, 2 𝑐𝑜𝑠 𝑡)

Para encontrar o termo , basta sabermos que facilmente o encontramos fazendo:

No caso a parametrização foi 𝛾(𝑡) = (2 cos t, 2 𝑠𝑒𝑛 𝑡) derivando cada termo do vetor em relação
a t:
= (−2 sen t, 2 𝑐𝑜𝑠 𝑡)

Voltando para a integral de linha que estamos trabalhando:

E substituir todos os dados que obtivemos:


2𝜋
∫ (−2 sen t, 2 𝑐𝑜𝑠 𝑡) ∗ (−2 sen t, 2 𝑐𝑜𝑠 𝑡) 𝑑𝑡
0

Produto escalar de vetores:


2𝜋
∫ (4 sen2 t ) + (4 𝑐𝑜𝑠² t) 𝑑𝑡
0

2𝜋 2𝜋
1 1
4 ∫ ( − cos 2𝑡)𝑑𝑡 + 4 ∫ 𝑐𝑜𝑠² (𝑡)𝑑𝑡
0 2 2 0

Integrando termo a termo e fatorando as constantes:


2𝜋 2𝜋 2𝜋
−2 ∫ (cos 2𝑡)𝑑𝑡 + 2 ∫ 1𝑑𝑡 + 4 ∫ 𝑐𝑜𝑠² (𝑡)𝑑𝑡
0 0 0

Para integrar cos (2t) , substitui-se u por 2t e du por 2dt (os novos limites de integração serão
u=2*0 = 0 e 2(2𝜋) = 4𝜋:
4𝜋 2𝜋 2𝜋
− ∫ (cos 𝑢)𝑑𝑢 + 2 ∫ 1𝑑𝑡 + 4 ∫ 𝑐𝑜𝑠² (𝑡)𝑑𝑡
0 0 0

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Aplicando o teorema fundamental do cálculo, em que a antiderivada de cos(u) = sen (u):
2𝜋 2𝜋
4𝜋
= (−𝑠𝑒𝑛 𝑢)| + 2 ∫ 1𝑑𝑡 + 4 ∫ 𝑐𝑜𝑠² (𝑡)𝑑𝑡
0 0 0

Avaliando a antiderivada nos limites de integração: = (−𝑠𝑒𝑛 𝑢)| 4𝜋


0
= (−𝑠𝑒𝑛 4𝜋) − (−𝑠𝑒𝑛 0) = 0

2𝜋 2𝜋
= 2 ∫ 1𝑑𝑡 + 4 ∫ 𝑐𝑜𝑠² (𝑡)𝑑𝑡
0 0

Aplicando o teorema fundamental do cálculo, em que a antiderivada de 1 é t:

2𝜋
2𝜋
= (2𝑡)| + + 4 ∫ 𝑐𝑜𝑠² (𝑡)𝑑𝑡
0 0
Avaliando a antiderivada nos limites de integração: (2𝑡)| 2𝜋
0
= 2(2𝜋) − 2𝑥0 = 4𝜋:
2𝜋
= 4𝜋 + 4 ∫ 𝑐𝑜𝑠² (𝑡)𝑑𝑡
0
2𝜋
1 1
4𝜋 + 4 ∫ ( cos 2𝑡 + )𝑑𝑡
0 2 2

Integrando termo a termo e fatorando as constantes:


2𝜋 2𝜋
4𝜋 + 2 ∫ (cos 2𝑡)𝑑𝑡 + 2 ∫ (1)𝑑𝑡
0 0

Para a integrante cos(2t), substitui-se s por 2t e ds por 2dt. O novo limite inferior de integração
fica s = 2*0=0 e o novo limite superior s = 2(2𝜋) = 4𝜋:
4𝜋 2𝜋
4𝜋 + 2 ∫ (cos 𝑠)𝑑𝑠 + 2 ∫ (1)𝑑𝑡
0 0

Aplicando o teorema fundamental do cálculo, em que a antiderivada de cos(s) é s:


2𝜋
4𝜋
= 4𝜋 + 𝑠𝑒𝑛 (𝑠)| + 2 ∫ 1 𝑑𝑡
0 0
Avaliando a antiderivada nos limites de integração: 𝑠𝑒𝑛(𝑠)| 4𝜋
0
= 𝑠𝑒𝑛(4𝜋) − 𝑠𝑒𝑛 (0) = 0:
2𝜋
= 4𝜋 + 2 ∫ 1 𝑑𝑡
0

Aplicando o teorema fundamental do cálculo, onde a antiderivada de 1 é t: (4𝜋 + 2𝑡)| 2𝜋


0
=
2(2𝜋) − 2 ∗ 0 = 4𝜋:

Resposta 4𝜋 + 4𝜋 = 8𝜋

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b) A integral de linha está assim:

Só que esse formato é apenas outra forma de falar que estamos trabalhando uma integral de linha
de um campo de vetores:

Onde esse 𝐹(𝑥, 𝑦)é 𝑜 𝑣𝑒𝑡𝑜𝑟 …

Para essa integral temos o seguinte passo a passo:

1 - Parametrizar a curva C que estamos trabalhando


2 - Substituir os termos do campo vetorial F=( pelos termos da parametrização
3 - Encontrar o termo

Vamos então parametrizar a curva C, mas por falar nisso, quem é a curva C?

Como pedido no exercício, a curva:

É uma elipse de centro na origem e mais achatadinha em x por 6 >1 (orientada no sentido anti-
horário):

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Lembre-se que as curvas elípticas com esse formato geral: e centradas na origem
podem ser parametrizadas:

Com a = 6 e b = 1 no caso, então:

Então, uma boa parametrização é:

Lembrando que o t sempre sai do eixo x girnado no sentido anti-horário, sendo assim, o nosso t tem
que dar uma volta completa:

Agora prossegue-se substituindo o campo vetorial , esse x e y pelos termos da


parametrização:

Como na parametrização que temos, , é a primeira entrada e y é a segunda.


Substituindo no campo vetorial:

Para encontrar o termo , basta sabermos que facilmente o encontramos fazendo:

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No caso a parametrização foi derivando cada termo do vetor em relação a
t:

Logo:

Voltando para a integral de linha que estamos trabalhando:

E substituir todos os dados que obtivemos:

Produto escalar de vetores:

Colocando em evidência o 6 e lembrando que

6 (2𝜋) = 12 𝜋

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Questão 4) - valor: 2,0 pontos

Resolução letra a:

Quando fazemos superfície de revolução em torno de algum eixo, é praticamente isso que
fazemos. Um termo fica multiplicando por cus u, outro por sem u e outro por nada. No nosso
enunciado, a rotação que existe é em torno do eixo z:

Portanto, a curva que deu origem a essa superfície foi:

Uma parábola no plano xz! Com isso, a superfície gerada pela sua rotação no eixo z, é um
paraboloide circular. Esse aqui mais precisamente:

Sua equação é
𝑧 = 1 − 𝑥 2 − 𝑦²

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Resolução letra b:

Para calcular a equação da reta normal à uma superfície, sabemos que precisamos do ponto P0 que
o exercício pede e o valor normal nesse ponto. Vamos calcular cada um deles e depois descobrir a
equação da reta.
Primeiramente, o ponto P0 não foi dado diretamente, mas o enunciado pediu para encontrarmos a
reta em . Logo, precisamos substituir u=0 e v = 1 na parametrização dada:

Vamos ao cálculo do vetor normal agora. Sabemos que ele pode ser calculado pela seguinte fórmula:

Precisamos calcular essas duas derivadas para depois fazer o produto vetorial:

Esse é o vetor normal para qualquer ponto na superfície, estamos interessados somente no ponto

Substituindo esses valores, temos:

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Tendo o valor normal e do ponto P0 podemos descobrir a equação da reta normal:

𝑥 (𝑡) = 1 − 2𝑡

𝑦 (𝑡) = 0 + 0𝑡

𝑧 (𝑡) = 0 − 1𝑡

Resposta:

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Questão 5) - valor: 2,0 pontos

Se o problema nos pediu fluxo de F →sobre uma superfície, com toda certeza o que ele está
buscando é que façamos uma integração de superfície:

∬ 𝑆 𝐹 → ∙ 𝑑𝑆 →

Para resolver essa integral, poderiamos seguir basicamente 2 caminhos:

1° - Fazer de uma forma direta (parametrizando e tudo mais)

2° - Aplicando o Teorema de Gaus.

Normalmente o Teorema de Gauss é mais fácil e mais rápido, mas a princípio não temos como
garantir que método é mais fácil. Mas uma boa dica de qual caminho tomar é sempre calculando o
divergente:

𝑑𝑖𝑣 𝐹 → = 𝜕𝐹1𝜕𝑥 + 𝜕𝐹2𝜕𝑦 + 𝜕𝐹3𝜕𝑧

Como

𝐹 → 𝑥, 𝑦, 𝑧 = 6𝑥 𝑖 → −2𝑦𝑗 → +5𝑧𝑘 →= 𝐹1𝑖 → +𝐹2 𝑗 → +𝐹3 𝑘 →

Calculando as derivadas parciais:

𝜕𝐹1𝜕𝑥 = 6

𝜕𝐹2𝜕𝑦 = −2

𝜕𝐹3𝜕𝑧 = 5

𝑑𝑖𝑣 𝐹 → = 𝜕𝐹1𝜕𝑥 + 𝜕𝐹2𝜕𝑦 + 𝜕𝐹3𝜕𝑧 = 9

A resolução será feita pelo método de Gauss.

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O teorema basicamente é a igualdade:

Mas não podemos aplicar essa integral assim. Precisamos averiguar as condições do Teorema que
nos pede:

1°) Uma superfície fechada S delimitando o sólido W:

Se desenharmos S como o problema nos sugeriu, ou sej,a uma esfera de raio 5 deslocada:

A superfície é fechada.

2°) Sem singularidades na função Vetorial:

Esse campo Vetorial funciona em todas as situações, afinal ele não tem nenhuma divisão por 0 ou
algo do tipo.

3°) Superfície orientada positivamente:

Bem, isso significa que precisamos de uma superfície com vetores normais saindo do sólido por ela,
o que já acontece lá do enunciado:

Bem, com as três condições sendo satisfeitas, podemos aplicar a igualdade do Teorema sem
nenhuma restrição:

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Então se queremos a integral de superfície, calculamos a integral tripla:

Então qual seria a integral de um dV? Sabemos que o volume de um sólido:

Como W é uma esfera de raio 5:

Resposta:

Então pela igualdade de Gauss concluímos sem ter que calcular uma integral de superfície que o
fluxo é:

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