OBS: O experimento foi realizado em caráter especial fora do horário de aula, no dia
04/11/2017 às 10h30minhs, como monitoria e acompanhamento de Willian Teixeira.
1. INTRODUÇÃO
Força é um dos assuntos mais importantes da física, pois ela se encontra presente em
quase todos os movimentos e até mesmo quando não há movimento, que é o caso da força de
atrito. Por isso é importante saber trabalhar com ela. Ou melhor, com elas.
As forças se dividem bastante e esse é um dos principais motivos da dificuldade do
seu estudo, porém com uma análise detalhada e cuidadosa é possível entender o
funcionamento das mesmas.
A força de atrito atua como uma força contrária ao movimento. Por ela tudo fica
quietinho onde está, porém quando a força empregada no objeto é maior que ela, não tem
nada que a mesma possa fazer. É quase a lei da selva onde o mais forte sobrevive, no caso, o
mais forte define o movimento do objeto.
Já a Força Peso atua em função da aceleração da gravidade, puxando todas as coisas
para o centro da Terra. E quanto maior a massa de um corpo, mais forte será a Força Peso.
Nos experimentos a seguir serão analisadas as influências que essas forças exercem
sobre determinados corpos e como elas relacionam entre si.
2. OBJETIVO
Experimento 1 - Análise de sistemas de forças no plano
Através do ângulo criado por um cordão sendo suspenso por dois dinamômetros e
segurando um pêndulo de massa determinada, verificar por meio dos cálculos de sistemas de
forças, se os valores destas forças condizem com os apresentados nos dinamômetros.
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3. EQUIPAMENTO
Nas listas a seguir constam os principais equipamentos utilizados para realização dos
experimentos.
Experimento 1 Experimento 2
Painel de forças metálico, Rampa com suporte
com transferidor Placa de PVC
Gancho Transferidor com marcação
Massa de metal Pino de Rosca
Balança Digital Bloco de madeira
2 Dinamômetros de 2N emborrachado
Cordão em formato Y
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
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5. DADOS EXPERIMENTAIS E ANÁLISE
F1 = 0,68 N
F2 = 0,82 N
β = 51°
α = 40
m = 0,106kg
Onde os valores de F1
e F2, são os apresentados
pelos dinamômetros.
O cálculo das forças é definido de acordo com suas direções, onde a somatória de
todas as forças ali atuantes é igual a 0.
FX = 0
Então:
FY = 0
FY = F1 *cos(β) + F2 *cos(α) - 𝐹𝑃
F1 *cos(β) + F2 *cos(α) - 𝐹𝑃 = 0
FP =m*g
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Para os cálculos o valor de g será 9,8m/s2.
Logo,
FP = 0,1068 * 9,8
FP = 1,0466 N
-0,7771*F1 + 0,6428*F2 = 0
0,6428*F2 = 0,7771*F1
0,7771
F2 = *F
0,6428 1
F2 = 1,209*F1
1,5554*F1 = 1,0466
1,0466
F1 =
1,5554
F1 = 0,6729 N
F2 = 1,209 * 0,6729
F2 = 0,8135 N
Tabela 1
Dinamômetro (N) Mensurado (N) Erro Absoluto (N) Erro Relativo (%)
F1 0,6800 0,6729 -0,0071 -0,0104
F2 0,8200 0,8135 -0,0065 -0,0079
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O Erro Absoluto é a diferença entre o valor medido e o valor verdadeiro.
O Erro Relativo é a razão entre o erro absoluto e o valor verdadeiro de uma medida
Logo é correto afirmar que o valor obtido da Força é o seu valor mensurado mais o
módulo de seu erro relativo. Tendo a Força F1 como exemplo, temos:
O Coeficiente de Atrito Estático μe pode ser definido pela razão entres às forças
atuantes no movimento do corpo, neste caso as forças Fx e Fy.
Logo,
Fx
μe =
Fy
Sendo a definição de cada uma da seguinte forma:
Fx = FP * sen β
Fy = FP * cos β
FP * sen β
μe =
FP * cos β
Simplificando
μe = tan 𝛽
FAT = μe * FP
FP = m * g
FP = 0,08716 * 9,8
FP = 0,8541 N
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1° Ensaio - Borracha sobre PVC
β = 39°
m = 0,08716 kg
Imagem 2
μe = tan 39°
μe = 0,8093
FAT = 0,6912 N
Fx = 0,8541 * 0,6293
Fx = 0,5366 N
Fy = 0,8541 * 0,7771
Fx = 0,6637 N
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2° Ensaio - Madeira sobre PVC
β = 26°
m = 0,08716 kg
Imagem 3
μe = tan 26°
μe = 0,4877
FAT = 0,4165 N
Fx = 0,8541 * 0,4384
Fx = 0,3744 N
Fy = 0,8541 * 0,8988
Fx = 0,7676 N
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6. CONCLUSAO
A análise do sistema de forças sobre um painel, mostra que é possível definir todas as
forças atuantes num conjunto, através dos cálculos de seus ângulos.
Os valores obtidos através dos cálculos comprovaram o esperado. Que as forças
atuantes condiziam com o valor verdadeiro, levando em consideração seus respectivos erros.
A Força F2 é a que teve uma maior aproximação do valor de referência tendo uma
diferença de 0,0065N e um erro correspondente a 0,0079%.
Logo podemos afirmar que usando a somatória de forças é possível determinar cada
uma delas.
Já o experimento de atrito estático demonstra a existência de uma força que se opõe ao
movimento, quando um corpo está imóvel. Todos os materiais têm um coeficiente de atrito
que junto ao peso deste material cria uma força de atrito.
Ao analisar a diferença entre os valores encontrados para os coeficientes de atrito do
contato da madeira com o PVC e o contato do mesmo com a borracha, percebe-se que este
último é relativamente maior que o anterior.
Por isso é correto afirmar que a borracha tem um coeficiente de atrito maior que a
madeira e, portanto para que a borracha entre em movimento é necessária a influência de uma
força maior do que seria preciso empregar para o início do movimento de uma madeira.
7. REFERÊNCIAS
KÍTOR, Glauber. Forças de atrito sobre um objeto num Plano Inclinado. Disponível
em: <https://www.infoescola.com/fisica/forcas-no-plano-inclinado/>. Acesso em: 08
de novembro de 2017
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