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Pós-graduação em

Engenharia de Geração
Distribuída
Comissionamento, inspeção e avaliação de sistemas fotovoltaicos

Prof. Eduardo David Meireles


Pós-graduação em Engenharia de Geração Distribuída

Comissionamento, inspeção e avaliação de


sistemas fotovoltaicos

Referência:
ABNT NBR 16274 2014 – Sistemas fotovoltaicos conectados à rede –
Requisitos mínimos para documentação, ensaios de comissionamento,
inspeção e avaliação de desempenho.

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ABNT NBR 16274 2014 – Escopo

• Estabelece informações e documentações mínimas que devem ser


compiladas.
• Descreve a documentação e ensaios de comissionamento.
• Descreve critérios de inspeção para avaliar segurança e operação do sistema.
• Utilizada em verificações periódicas e avaliações de desempenho.

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ABNT NBR 16274 2014 – Introdução

A norma possui três focos:


• Requisitos de documentação
• Verificação (inspeção e ensaios)
• Avaliação de desempenho

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ABNT NBR 16274 2014


Requisitos de documentação

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ABNT NBR 16274 2014 – Requisitos de documentação

Dados do Sistemas
• Identificação da referência do projeto;
• Nome do proprietário do sistema;
• Localização do sistema (endereço ou coordenadas);
• Potência nominal (kWp e kVA);
• Período da instalação;
• Período dos ensaios de comissionamento;
• Período dos ensaios de avaliação de desempenho (quando aplicável).

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ABNT NBR 16274 2014 – Requisitos de documentação

Informações do projetista
• Nome da empresa;
• Responsável técnico;
• Endereço postal, telefone, endereço eletrônico (email);
• Atividade realizada (quando aplicável).

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ABNT NBR 16274 2014 – Requisitos de documentação

Informações do instalador do sistema


• Nome da empresa;
• Responsável técnico;
• Endereço postal, telefone, endereço eletrônico (email);
• Atividade realizada (quando aplicável).

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ABNT NBR 16274 2014 – Requisitos de documentação

Diagramas
Especificações gerais do arranjo fotovoltaico
• Tipos de módulos, com suas principais características;
• Número total de módulos;
• Número de séries fotovoltaicas;
• Quantidade de módulo por série fotovoltaica;

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ABNT NBR 16274 2014 – Requisitos de documentação

Diagramas
Informações da série fotovoltaica
• Especificações do condutor – diâmetro e tipo;
• Especificações do dispositivo de proteção de sobrecorrente, se houver;
• Especificações do diodo de bloqueio, se houver.

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ABNT NBR 16274 2014 – Requisitos de documentação

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ABNT NBR 16274 2014 – Requisitos de documentação

Diagramas
Detalhes elétricos do arranjo fotovoltaico
• Especificações do condutor – diâmetro e tipo;
• Localização das caixas de junção, quando aplicável;
• Localização, tipo e características das chaves c.c.;
• Especificações dos dispositivos de proteção contra sobrecorrente, se houver.

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ABNT NBR 16274 2014 – Requisitos de documentação

Diagramas
Aterramento e proteção contra sobretensão
• Detalhes de todos os condutores de aterramento/equipotencialização;
• Pormenores de quaisquer conexões a sistema existente de SPDA;
• Detalhes de dispositivos de proteção contra surtos (DPS), tanto do lado c.a.
quanto do lado c.c..

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ABNT NBR 16274 2014 – Requisitos de documentação

Diagramas
Sistema c.a.
• Especificação do condutor – diâmetro e tipo;
• Localização, tipo e características das chaves c.a.;
• Localização, tipo e características do dispositivo de proteção contra sobrecorrente;
• Localização, tipo e características do dispositivo de detecção de corrente residual –
DR (se houver);
• Localização, tipo e características do transformador (se houver).

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ABNT NBR 16274 2014 – Requisitos de documentação

Folhas de dados técnicos (datasheet)


• Folha de dados técnicos de todos os módulos, segundo IEC 61730-1;
• Folha de dados técnicos de todos os inversores;
• Folha de dados técnicos de outros componentes deve ser considerado.

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ABNT NBR 16274 2014 – Requisitos de documentação

Informações do projeto mecânico


• Folha de dados técnicos do sistema de montagem dos módulos;
• Folha de dados técnicos do sistema de rastreamento (se houver);
• Detalhes de montagem e cota das peças;
• Informações sobre manutenções.

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ABNT NBR 16274 2014 – Requisitos de documentação

Informações de operação e manutenção


• Procedimentos para verificar o correto funcionamento do sistema;
• Lista do que fazer em caso de falha do sistema;
• Procedimentos de desligamento de emergência;
• Recomendações de manutenção e limpeza;
• Considerações para futuras construções (ex.: obras no telhado);
• Documentação de garantia de módulos e inversores (início e período);
• Documentações de quaisquer garantias referente a obra e/ou resistência a
intempéries.

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ABNT NBR 16274 2014 – Requisitos de documentação

Resultado dos ensaios de comissionamento


• Fornecer cópia de todos os dados dos ensaios de comissionamento
detalhados na norma ABNT NBR 16274 2014.

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ABNT NBR 16274 2014 – Requisitos de documentação

Resultado dos ensaios de avaliação de desempenho


• Fornecer cópia de todos os dados dos ensaios de avaliação de desempenho
detalhados na norma ABNT NBR 16274 2014.

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ABNT NBR 16274 2014


Verificações (Inspeções e ensaios)

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ABNT NBR 16274 2014 – Verificações (ensaios e inspeções)

Inspeções
• Deve preceder ensaios de comissionamento e a energização;
• Deve ser realizada segundo preceitos da IEC 60364-6;
• Confirmar se os equipamentos instalados conferem com projeto;
• Garantir conformidade com a IEC 60364-7-712.

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ABNT NBR 16274 2014 – Verificações (ensaios e inspeções)

Inspeções
Inspeção do sistema c.c.
• Sistema projetado, especificado e instalado conforme IEC 60364-7-712;
• Todos os componentes são classificados para operação em corrente contínua, sob a
máxima tensão e máxima corrente do sistema (Voc-Tmin, Isc-arranjo);
• Proteção por isolamento classe II ou equivalente;
• Os cabos foram selecionados e montados de forma a minimizar risco de curto e falta
a terra (dupla isolação);
• Cabos selecionados para resistir a influências externas esperadas;
• Cabos dimensionados para corrente máxima das séries em paralelo;
• Dispositivos de proteção contra sobrecorrente posicionado corretamente;

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ABNT NBR 16274 2014 – Verificações (ensaios e inspeções)

Inspeções
Inspeção do sistema c.c.
• Meios de desconexão instalados nas séries conforme IEC 60364-7-712;
• Chave c.c. no lado c.c. do inversor;
• Tensão reversa do diodo de bloqueio conforme IEC 60364-7-712 (2xVoc-max);
• Se um condutor c.c. está ligado a terra, separação entre lados c.c. e c.a. para evitar
corrosão;
• Plugues e soquetes conectados entre si do mesmo tipo e mesmo fabricante;
• Quando o sistema possuir conexão direta a terra, dispositivo de interrupção
conforme IEC 60364-7-712 (inversor).

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ABNT NBR 16274 2014 – Verificações (ensaios e inspeções)

Inspeções
Proteção contra sobretensão/choque elétrico
• Dispositivo supervisor de isolamento e sistema de alarme conforme IEC 60364-7-712
(inversor);
• Dispositivo de detecção de corrente residual de fuga a terra e sistema de alarme conforme
IEC 60364-7-712 (inversor);
• Se existir DR do lado c.a. do inversor, conformidade com IEC 60364-7-712;
• Para minimizar tensão induzida por raio, área dos laços na fiação foi a mínima possível;
• Os condutores de aterramento da armação do arranjo e/ou módulos foram corretamente
instalados e ligados a terra;
• Quando condutores de aterramento instalados, se estão juntos e paralelos dos cabos c.c..

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ABNT NBR 16274 2014 – Verificações (ensaios e inspeções)

Inspeções
Inspeção do sistema c.a.
• Um meio de seccionamento do inversor foi fornecido do lado c.a.;
• Todos os dispositivos de seccionamento e isolamento foram ligado com o
sistema fotovoltaico do lado “carga”, e a rede do lado “fonte”;
• Os parâmetros do inversor foram programados segundo ABNT 16149 e/ou
regulamentações locais.

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ABNT NBR 16274 2014 – Verificações (ensaios e inspeções)

Inspeções
Instalação mecânica
• Há ventilação possível por trás do arranjo fotovoltaico, para evitar risco de
superaquecimento /incêndio;
• A armação e os materiais do arranjo são a prova de corrosão;
• A armação do arranjo está corretamente fixada e é estável;
• As fixações no telhado são a prova de intempéries;
• As entradas de cabos são a prova de intempéries.

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ABNT NBR 16274 2014 – Verificações (ensaios e inspeções)

Ensaios de comissionamento
• Deve ser realizada segundo preceitos da IEC 60364-6;
• Cada ensaio deve ser realizado conforme descrito na ABNT NBR
16274 2014;
• Caso um ensaio indique uma falha, após corrigi-la, todos os ensaios
anteriores devem ser refeitos.

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ABNT NBR 16274 2014 – Verificações (ensaios e inspeções)

Ensaios de comissionamento
Regimes de ensaios e ensaios adicionais
• Categoria 1 – conjunto padrão de ensaios que deve ser aplicados a todos os
sistemas fotovoltaicos;
• Categoria 2 – sequencia expandida de ensaios que assume que todos os
ensaios de categoria 1 já foram realizados.

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ABNT NBR 16274 2014 – Verificações (ensaios e inspeções)

Ensaios de comissionamento
Regime de ensaio categoria 1
• Ensaio do(s) circuito(s) c.a. conforme IEC 60364-6;
• Continuidade de ligação a terra e/ou condutores de equipotencialização;
• Ensaio de polaridade;
• Ensaio da(s) caixa(s) de junção;

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ABNT NBR 16274 2014 – Verificações (ensaios e inspeções)

Ensaios de comissionamento
Regime de ensaio categoria 1
• Ensaio de corrente da(s) série(s) fotovoltaica(s) (curto-circuito ou
operacional);
• Ensaio de tensão de circuito aberto da(s) série(s) fotovoltaica(s);
• Ensaios funcionais;
• Ensaio de resistência de isolamento do(s) circuito(s) c.c..

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Ensaios de comissionamento
Regime de ensaio categoria 2
• Ensaio de curva IV da(s) série(s) fotovoltaica(s);
• Inspeção com câmera infravermelha.

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Ensaios de comissionamento
Ensaios adicionais
• Tensão ao solo – sistemas com aterramento resistivo;
• Ensaio de diodo de bloqueio;
• Ensaio de resistência de isolamento úmido;
• Avaliação de sombreamento.

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ABNT NBR 16274 2014 – Verificações (ensaios e inspeções)

Procedimentos de ensaios – Categoria 1


Continuidade de condutores de aterramento
• Quando condutores de aterramento ou equipotencialização forem utilizados
no sistemas, testar continuidade em todos (multímetro);
• Continuidade com o terminal de terra principal também deve ser verificada.

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ABNT NBR 16274 2014 – Verificações (ensaios e inspeções)

Procedimentos de ensaios – Categoria 1


Ensaio de polaridade
• A polaridade de todos os cabos c.c. deve ser verificada, com equipamento
próprio (multímetro);
• Com a polaridade confirmada, garantir que os cabos estão identificados e
conectados corretamente nos dispositivos. (positivo, negativo)

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Procedimentos de ensaios – Categoria 1


Ensaio de caixa de junção
• Conferir polaridade das séries fotovoltaicas;
• Pode ser realizada com multímetro digital;
• Em caso de grande quantidade de circuitos, o seguinte procedimento é
indicado:

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Procedimentos de ensaios – Categoria 1


Série fotovoltaica – medição de corrente
• Verificar e há falhas graves na fiação;
• Pode ser tomado como medida de desempenho;
• Dois métodos possíveis: operacional e curto-circuito;
• Ensaio de curto circuito é preferível pois exclui influência do inversor.

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Procedimentos de ensaios – Categoria 1


Série fotovoltaica – ensaio de curto circuito
• A formação/interrupção de correntes de curto circuito é potencialmente
perigosa, deve-se seguir procedimento adequado;
• Os valores medidos devem ser comparados com valores esperados, de acordo
com a irradiância;
• Em sistemas com múltiplas séries idênticas, medições em séries individuais
devem ser comparadas.
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Procedimentos de ensaios – Categoria 1


Procedimento de ensaio de curto-circuito
• Assegurar que as séries estejam isoladas e os dispositivos de seccionamento
abertos;
• Um curto circuito pode ser induzido utilizando:
• Instrumento de ensaio com função curto-circuito;
• Um cabo de curto-circuito ligado a um dispositivo de seccionamento já presente no
circuito da série fotovoltaica;
• Usando uma caixa de curto-circuito.

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Procedimentos de ensaios – Categoria 1


Série fotovoltaica – ensaio operacional
• Com o sistema ligado e operação normal (MPPT), mede-se a corrente
utilizando um alicate-amperímetro;
• Os valores medidos devem ser comparados com valores esperados, de acordo
com a irradiância;
• Em sistemas com múltiplas séries idênticas, medições em séries individuais
devem ser comparadas.
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Procedimentos de ensaios – Categoria 1


Série fotovoltaica – medição de tensão de circuito aberto
• A tensão de circuito aberto de cada série deve ser medida com aparelho de
medição apropriado (Voc-Tmin);
• Tensões significativamente menores podem indicar módulo(s) com polaridade
errada ou faltas devido a mau isolamento
• Leitura de tensões elevados são geralmente erro de fiação.
• Para garantir que o valor corresponde ao esperado podemos:

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Procedimentos de ensaios – Categoria 1


Série fotovoltaica – medição de tensão de circuito aberto
• Comparar com o valor esperado obtido no folheto do módulo;
• Medir Voc em um módulo, e comparar com o valor medido na série;
• Para sistema com séries idênticas e irradiância estável, comparar tensão das
séries;
• Para sistema com séries idênticas e irradiância instável, comparar a tensão
das séries com múltiplos medidores e uma série de referência.

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Procedimentos de ensaios – Categoria 1


Ensaios funcionais
• Dispositivos de seccionamento e outros aparelhos de controle devem ser
ensaiados para garantir que funcionam corretamente, e que estão
devidamente montados e conectados;
• Todos os inversores devem ser ensaiados para garantir o funcionamento
correto. O procedimento deve ser o indicado pelo fabricante.

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Procedimentos de ensaios – Categoria 1


Ensaio de resistência de isolamento do arranjo fotovoltaico
• Circuitos c.c. estão vivos durante o dia, e ao contrário de circuitos c.a. não podem ser
isolados antes de realizar o ensaio;
• Realizar este ensaio apresenta risco de choque elétrico em potencial. Recomenda-se
as seguintes medidas básicas de segurança:
• Limitar acesso à área de trabalho;
• Não tocar em qualquer superfície metálica durante o ensaio;
• Não tocar nos módulos durante o ensaio;
• Sempre que o dispositivo é energizado, há tensão na área. Deve ter autodesarga automática;
• Roupas/equipamentos de proteção devem ser utilizados durante o ensaio.

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Procedimentos de ensaios – Categoria 1


Ensaio de resistência de isolamento do arranjo fotovoltaico – método
de ensaio
• Método 1: ensaio entre o negativo do arranjo fotovoltaico e a terra, seguido
de um ensaio entre o positivo e a terra;
• Método 2: ensaio entre a terra e o curto-circuito do positivo e do negativo do
arranjo fotovoltaico.

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Procedimentos de ensaios – Categoria 1


Ensaio de resistência de isolamento do arranjo fotovoltaico – procedimento
de ensaio
• O procedimento do ensaio deve ser projetado para que os picos de tensão não
ultrapasse o limite dos módulos e outros componentes;
• Antes de iniciar o ensaio, limitar o acesso de pessoas, isolar o arranjo do inversor,
desligar equipamentos que possam impactar teste (DPS);
• Garantir que os cabos estejam firmemente conectados ao disposto de medição, à
caixa de curto-circuito e à terra;
• Seguir instruções do dispositivo de medição e verificar se o valor medido atende a
tabela a seguir:

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Procedimentos de ensaios – Categoria 2


Medição de Curva IV
Pode fornecer as seguintes informações:
• Medidas de Voc e Isc do arranjo fotovoltaico;
• Medição da potência do arranjo;
• Identificação de defeitos nos módulos/arranjos fotovoltaicos ou problemas
de sombreamento.

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Procedimentos de ensaios – Categoria 2


Medição de Curva IV
Os seguintes defeitos podem ser identificados:
• Células/módulos danificado(a)s;
• Diodos de by-pass curto-circuitados;
• Sombreamento localizado;
• Mismatch entre módulos;
• Presença de resistência paralela excessiva em células/módulos/séries;
• Resistência série excessiva.

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Procedimentos de ensaios – Categoria 2


Interpretação de Curva IV
Variação 1 – Variação de corrente
• Devido ao arranjo: arranjo sujo ou obstruído, módulos degradados;
• Devido a modelagem: dados ou quantidade de módulos incorretos;
• Devido a medição: problema no sensor de irradiação, mudança de irradiância
entre a medição desta e da curva IV;

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Procedimentos de ensaios – Categoria 2


Interpretação de Curva IV
Variação 2 – Declive mais acentuado
• Caminho shunt nas células (defeito na célula, hotspot);
• Descasamento de Isc nos módulos (mismatch, sombreamento leve).

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Procedimentos de ensaios – Categoria 2


Interpretação de Curva IV
Variação 3 – Degraus na curva
• Arranjo fotovoltaico ou módulo parcialmente sombreado;
• Célula/módulo fotovoltaico danificado(a);
• Diodo de by-pass curto-circuitado.

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Procedimentos de ensaios – Categoria 2


Interpretação de Curva IV
Variação 4 – Declive mais acentuado
• Danos ou falhas na fiação do arranjo (ou subdimensionamento de cabos);
• Falhas na conexões dos módulos ou arranjos (MC4);
• Aumento da resistência série do módulo.

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Procedimentos de ensaios – Categoria 2


Interpretação de Curva IV
Variação 5 – Variação na tensão de circuito aberto
• Número errado de módulos na série;
• Temperatura da célula diferente da utilizada no modelo;
• Sombreamento significativo e uniforme em toda célula/módulo/série;
• Diodo de by-pass totalmente em condução/curto.

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Procedimentos de ensaios – Categoria 2


Procedimento de inspeção de arranjos fotovoltaicos com câmera IR
Tem com finalidade detectar variações anormais de temperatura em módulos.
• Arranjo deve estar no modo de operação normal (MPPT);
• Irradiância superior a 600W/m2 e céu estável;
• Determinar qual lado do módulo produz imagem mais perceptível (dois lados)
• Quando feita pela frente, cuidar para não lançar sombra.

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Procedimentos de ensaios – Categoria 2


Interpretando resultados do ensaio com câmera IR
• Documentar áreas de estremo de temperatura, marcando claramente sua
localização nos componentes suspeitos;
• Investigar cada anomalia térmica para determinar qual(is) sua(s) causa(s);
• Usar inspeção visual e ensaios elétricos (no nível de série fotovoltaica e
módulo) para investigar.

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Comissionamento, inspeção e avaliação de


sistemas fotovoltaicos
ABNT NBR 16274 2014 – Verificações (ensaios e inspeções)

Procedimentos de ensaios – Categoria 2


Interpretando resultados do ensaio com câmera IR – Pontos quentes
(hotspots)
• Temperatura do módulo deve ser relativamente uniforme;
• .Temperatura maior esperada na caixa de junção, extremidades e suportes;
• Um ponto quente em outros lugares geralmente indica problema elétrio.

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Comissionamento, inspeção e avaliação de


sistemas fotovoltaicos
ABNT NBR 16274 2014 – Verificações (ensaios e inspeções)

Procedimentos de ensaios – Categoria 2


Interpretando resultados do ensaio com câmera IR – Diodo de by-pass
• Se um diodo de by-pass estiver quente, buscar razões óbvias, como
sombreamento e detritos sobre o módulo;
• .Se não encontrar razão óbvia, suspeitar de mau funcionamento do módulo.

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Comissionamento, inspeção e avaliação de


sistemas fotovoltaicos
ABNT NBR 16274 2014 – Verificações (ensaios e inspeções)

Procedimentos de ensaios – Categoria 2


Interpretando resultados do ensaio com câmera IR – Conexão entre
cabos
• Conexão entre cabos não pode ser mais quente que os próprios cabos;
• Se a conexão estiver mais quente, verificar se está frouxa, corroída ou
oxidada.

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Comissionamento, inspeção e avaliação de


sistemas fotovoltaicos

ABNT NBR 16274 2014


Avaliação de desempenho

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ABNT NBR 16274 2014 – Avaliação de desempenho

Avaliação de desempenho
• Direcionada, principalmente para sistemas de grande porte;
• Analisar comportamento dos principais componentes para estimar
parâmetros anuais de desempenho, bem como produção de energia;
• Esses dados são relevantes para investidores e operadores do sistema.

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ABNT NBR 16274 2014 – Avaliação de desempenho

Etapa 1 – Início dos ensaios


Ensaios de avaliação de desempenho devem ser realizados após
comissionamento e operacionalização do sistema.
Os seguintes sensores devem ser instalados:
• Piranômetro termopilha na mesma inclinação dos módulos, para medir
irradiância total (G);
• Módulo de referência calibrado, preferência mesmo modelo do arranjo, para
medir irradiância característica total (Gc);
• Sensor de temperatura para medir temperatura da célula (Tc).

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ABNT NBR 16274 2014 – Avaliação de desempenho

Etapa 2 – Adaptação dos sensores


• É importante que os sensores fiquem instalados por pelo menos 15 dias para
reproduzir a condição da superfície dos arranjos (com exceção do
piranômetro que deve permanecer sempre limpo);
• O operador do sistema deve tomar nota de qualquer interrupção no
funcionamento.

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ABNT NBR 16274 2014 – Avaliação de desempenho

Etapa 3 – Medição do(s) arranjo(s) fotovoltaico(s)


Deve-se medir a potência nominal do arranjo a ser ensaido.
Existem duas formas:
• Com dispositivo de ensaio de curva IV, que mede potência e identifica
problemas através da curva;
• Com medições de irradiância e temperatura da célula, traçar a curva Pcc(25°C)
x Gc, lendo a potência na entrada do inversor.
Quando houver mais de um arranjo, somar as potências para obter nominal do
sistema.

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Etapa 4 – Identificação de problema (opcional)


Com base nas leituras obtidas, possíveis problemas podem ser detectados.

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ABNT NBR 16274 2014 – Avaliação de desempenho

Etapa 5 – Medição de parâmetros ambientais e elétricos


• Realizar a primeira leitura no medidor de energia (LM1)
• Medir irradiância total (G) e temperatura das células (Tc) com os sensores
instalados, e potências na entrada (Pcc) e saída (Pca) do inversor com um
wattímetro adequado.
• As quatro medições devem ser feitas simultaneamente, com intervalo
máximo de 10 segundos, com integralização (média) de no máximo 5
minutos.

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ABNT NBR 16274 2014 – Avaliação de desempenho

Etapa 6 – Conclusão sobre as causas de funcionamento anômalo e


segunda leitura do medidor de energia
• A conclusão sobre funcionamento anômalo é opcional, caso isto esteja sendo
investigado durante a avaliação de desempenho;
• Nesta etapa realiza-se a segunda leitura do medidor de energia (LM2) e
calcula-se a energia gerada no período (DM2), em kWh, fazendo a diferença
entre as leituras (LM2-LM1).

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Etapa 7 – Cálculo da energia injetada na rede


• Deve-se calcular a energia injetada na rede e comparar com o valor medido;
• Quando a diferença entre os valores medidos e calculados for superior a 5%,
deve-se fazer um ajuste no cenário de perdas (Anexo F da ABNT NBR 16274
2014);
• A energia injetada é calculada da seguinte forma (Anexo E da ABNT NBR
16274 2014):

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ABNT NBR 16274 2014 – Avaliação de desempenho

Etapa 8 – Projeção de desempenho global anual


• Deve-se calcular a energia injetada na rede ao longo de um ano típico
(Er,ano), conforme Anexo G da da ABNT NBR 16274 2014, e utilizando séries
históricas de irradiância e temperatura de um banco de dados confiável;
• O desempenho global (PR) deve ser calculado a partir da seguinte equação:

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