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ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE MEDIÇÃO

M 75

VERSÃO 2.0

TRANSFORMADORES DE CORRENTE

GERÊNCIA DE PERDAS E MEDIÇÃO

Dezembro/2007

Gerência de Perdas e Medição 1


Sumário
1. Objetivo
2. Normas de Referência
3. Definições
4. Requisitos Gerais
4.1. Condições Gerais
4.1.1. Garantia
4.1.2. Dados a serem fornecidos pelos fabricantes
4.2. Condições de Serviço
4.3. Classe de Temperatura
4.4. Características dos Líquidos Isolantes - Rigidez Dielétrica
4.5. Polaridade
5. Características Construtivas
5.1. Núcleo
5.2. Enrolamentos
5.3. Meio Dielétrico
5.4. Terminais
5.4.1. Terminais Primários dos TCs
5.4.2. Terminais Secundários dos TCs
5.4.3. Caixa de Terminais Secundários dos TCs (uso exterior)
5.5. Dimensões
5.5.1. TC com isolação sólida para interior
5.5.2. TC com isolação sólida ou líquida para exterior
5.6. Placa de Identificação
5.7. Tanque
5.7.1. Espessura das chapas
5.7.2. Acabamento de superfície metálicas (somente para TC meio isolante
óleo mineral)
5.8. Ferragens
5.9. Material de Vedação
5.10. Buchas
5.11. Acessórios
5.12. Aterramento
6. Características Elétricas
6.1. Correntes Nominais e Relações Nominais
6.2. Fator Térmico Nominal
6.3. Freqüência Nominal

Gerência de Perdas e Medição 2


6.4. Classe de Exatidão
6.5. Nível de Isolamento
7. Inspeção
7.1. Ensaios Elétricos
7.1.1. Ensaios de rotina
7.1.2. Ensaios de Tipo
7.2. Pintura do tanque
7.3. Zincagem
8. Características de Numeração
8.1. Código de Identificação
8.2. Cálculo do dígito de controle
8.3. Layout Orientativo da Numeração
8.4. Aprovação e Rejeição
9. Observações
10. Especificações Técnicas
10.1. Transformador de Corrente, Tensão de Isolação 0,6 kV, Uso Interior
10.2. Transformador de Corrente, Tensão de Isolação 15 kV, Uso Interior
10.3. Transformador de Corrente, Tensão de Isolação 15 kV, Uso Exterior
10.4. Transformador de Corrente, Tensão de Isolação 38 kV, Uso Exterior
11. Elaboração
12. Aprovação

Gerência de Perdas e Medição 3


ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE MEDIÇÃO - M 75/2007
TRANSFORMADORES DE CORRENTE

1. Objetivo

Esta especificação estabelece as características mínimas exigíveis para o fornecimento


de transformadores de corrente, de uso interior ou exterior, para as tensões máximas
do equipamento até 38kV, destinados às medições do fornecimento de energia elétrica
de unidades consumidoras da ELEKTRO.

2. Normas de Referência

Os transformadores de corrente fornecidos devem satisfazer às condições


estabelecidas nas seguintes normas brasileiras:

− NBR6856 − Transformador de corrente - Especificação;


− NBR6821 − Transformador de corrente - Método de ensaio;
− NBR6936 − Técnicas de ensaios elétricos de alta tensão - Procedimento;
− NBR6323 − Aço ou ferro fundido/revestimento de zinco por imersão a quente;
− NBR6181 − Classificação de meios corrosivos com vista à seleção de sistemas
de pintura;
− NBR9522 − Transformador de corrente para tensões máximas até 1,2kV
inclusive - Características elétricas e dimensões - Padronização;
− NBR8125 − Transformadores para instrumentos, descargas parciais -
Especificação;
− NBR6940 − Técnicas de ensaios elétricos de alta tensão - Medição de descargas
parciais - Procedimentos;
− NBR6546 − Transformadores para instrumentos - Terminologia;
− NBR6869 − Determinação da rigidez dielétrica de óleos isolantes - Método dos
eletrodos de disco;
Eletroduto rígido de aço-carbono com revestimento protetor, com
− NBR5598 −
rosca NBR6414;
− NBR7398 − Produtos de aço ou ferro fundido - Verificação do revestimento de
zinco - Verificação da aderência;
Produto de aço ou ferro fundido - Verificação do revestimento de
− NBR7400 −
zinco - Verificação da uniformidade do revestimento;
− NBR5426 − Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos;
Transformador de corrente de tensão máxima de 15kV, 24,2kV e
− NBR10021 −
36,2kV - Características elétricas e construtivas – Padronização.

Destacam-se nesta especificação técnica os requisitos e características particulares às


necessidades da ELEKTRO, ou pontos de atenção.

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3. Definições

Os termos técnicos utilizados nesta especificação estão definidos nas normas de


referência citadas no item anterior.

Serão adotadas as definições estabelecidas nas normas brasileiras para os termos não
definidos nesta especificação.

4. Requisitos Gerais

4.1. Condições Gerais

Para fins desta especificação, os transformadores de corrente devem ser do tipo


barra ou do tipo enrolado.

O projeto, a matéria-prima, a mão-de-obra, a fabricação e o acabamento, devem


levar em conta, tanto quanto possível, os melhoramentos que a técnica moderna
sugerir, mesmo quando não mencionados nesta especificação.

Cada projeto diferente deve ser descrito em todos os seus aspectos na proposta.
Todas as unidades de um mesmo item da encomenda devem possuir o mesmo
projeto.

4.1.1. Garantia

O prazo de garantia deve ser de 24 meses, a partir da data de


recebimento ou 18 meses, a partir da data da instalação do transformador
de corrente, devendo prevalecer o que expirar primeiro. O proponente se
obriga a reparar as falhas ou defeitos que venham a ocorrer no período ou
se necessário, substituir os equipamentos às suas custas.

Além disso, deve ser garantido pelo fabricante, num prazo mínimo de 10
anos, o fornecimento de peças de reposição.

O fabricante se compromete, ainda, a reparar as falhas reconhecidamente


decorrentes de erros de projetos, a qualquer tempo, acrescentado que, as
partes metálicas, quando existentes, tais como tanques, tampas etc.,
devem ser garantidas contra corrosão por um período mínimo de 5 anos, a
contar da data de entrega do transformador, ressalvados os danos
causados por manuseio e transporte inadequados ou ambientes
claramente definidos como agressivos.

4.1.2. Dados a serem fornecidos pelos fabricantes

Além das curvas do fator de correção da relação (FCR) e do ângulo de


fase (β), de acordo com a NBR6856 (itens 5.4.1 a 5.4.3), quando for
proposto equipamento ainda não fornecido ou tratar-se de modificação de
projeto, o fabricante deve enviar juntamente com a proposta, o relatório
completo de todos os ensaios de tipo especificados na NBR6856,
realizados em laboratórios oficiais, bem como um protótipo do
transformador ofertado e 3 vias dos seguintes desenhos:

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a) Desenho de contorno do equipamento, com indicação das dimensões
externas reais, detalhes de fixação, localização da caixa dos
terminais secundários, detalhes dos terminais, dispositivos de
suspensão do equipamento, indicação da massa total do
equipamento e do volume de óleo (onde aplicável);
b) Desenho de contorno das buchas, contendo dimensões, massas,
características elétricas, nome do fabricante e tipo (onde aplicável);
c) Desenhos detalhados dos conectores externos, contendo dimensões,
material, nome do fabricante e tipo;
d) Desenho da placa de identificação;
e) Desenho do diagrama de ligações;
f) Desenho da caixa dos terminais secundários (onde aplicável).

4.2. Condições de Serviço

Os transformadores de corrente abrangidos por esta especificação devem ser


adequados para operar numa altitude de até 1000 metros acima do nível do mar,
com temperatura do ar ambiente variando entre -10 oC e 40 oC, sendo a média
diária não superior a 30 oC.

4.3. Classe de Temperatura

Os transformadores de corrente deverão ser da classe A (105 oC), conforme


Tabela 1 da NBR6856.

4.4. Características dos Líquidos Isolantes - Rigidez Dielétrica

O valor mínimo da rigidez dielétrica da amostra do líquido isolante, retirada do


TC, e sem tratamento prévio, deve ser, no mínimo, igual a 26kV por 2,54mm,
medido de acordo com a NBR6869.

No caso particular do óleo isolante mineral não inibido, este deve apresentar, por
ocasião do seu recebimento na CNP-16.

4.5. Polaridade

Os transformadores de corrente devem ter polaridade subtrativa.

5. Características Construtivas

5.1. Núcleo

O núcleo deve ser cuidadosamente montado com chapas siliciosas, isoladas


entre si, prensadas por estrutura capaz de oferecer o máximo de solidez.

5.2. Enrolamentos

Os enrolamentos devem ser executados com condutores de cobre de alta


condutibilidade elétrica.

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5.3. Meio Dielétrico

O núcleo e os enrolamentos devem ser impregnados e envoltos em massa


isolante (epóxi ou similar).

A critério da ELEKTRO, o meio dielétrico pode ser óleo isolante mineral, bem
como ser feita a exigência de laudos de laboratório, relativos ao material isolante.

5.4. Terminais

A disposição dos terminais primários dos transformadores de corrente do tipo


barra ou enrolado, deve estar de acordo com a Figura 1 da NBR9522 e Figura 1
da NBR10021.

Os terminais da mesma polaridade dos enrolamentos devem ser nitidamente


identificados por meio de marcas permanentes, em baixo relevo, que não possam
ser apagadas facilmente pela pintura e suplementadas por tinta de cor branca
indelével, conforme indicado nas respectivas figuras.

A letra distingue o enrolamento ao qual pertence o terminal:


P1 - P2 : terminais do enrolamento primário;
S1 - S2 : terminais do enrolamento secundário.

5.4.1. Terminais Primários dos TCs

Os terminais primários dos transformadores de corrente para interior,


tensão máxima de operação 0,6kV, isolação sólida, devem ser de cobre,
tipo barra chata, onde os de corrente nominal de 100A e 200A devem ter
as dimensões de 38x4, 8 mm, enquanto que os de 400A e 500A devem ter
as dimensões de 38x9, 5 mm.

O terminal principal desse TC deve possuir, ainda, um parafuso M5 e uma


arruela, conforme destacado na Figura 1 da NBR9522, para a tomada de
potencial.
Os terminais primários dos transformadores de corrente para interior,
tensão máxima de operação 15kV, isolação sólida, devem ser de cobre,
tipo barra, devem ter as dimensões de acordo com a Figura 1b da
NBR10021.

Os terminais primários dos transformadores de corrente para exterior,


tensão máxima de operação 15kV ou 38kV, encapsulados em epóxi ou
meio isolante óleo mineral, devem ser do tipo barra chata e ter dimensões
de 38x12 ± 1 mm, de acordo com a Figura 4 da NBR10021, em cobre com
tratamento anti-corrosivo.

Os parafusos de ligação dos terminais primários dos transformadores de


corrente, com tensão máxima de operação 0,6kV, 15kV e 38kV, devem ser
de aço bicromatizado, M12x35, com cabeça sextavada, final de rosca
escariada, providos de duas arruelas planas, uma arruela de pressão e
uma porca.

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5.4.2. Terminais Secundários dos TCs

Os terminais secundários dos transformadores de corrente para interior,


isolação sólida, devem ser constituídos de um parafuso de fenda, de aço,
bicromatizado, rosca M5, de comprimento 10 mm e uma arruela lisa ou
tipo unha, bicromatizada, de acordo com a Figura 6 da NBR10021.

Os terminais secundários dos transformadores de corrente para exterior,


isolação sólida, devem ser idênticos aos dos de uso interior, porém com
parafusos e arruelas em aço inoxidável, conforme Figura 6 da NBR10021.

Os terminais secundários dos transformadores de corrente, para interior,


isolação líquida, devem ser constituídos de uma bucha isolante com um
pino de latão estanhado, com rosca M6 de 20 mm de comprimento
mínimo, duas arruelas lisas de latão estanhado e três porcas de latão
estanhado, de acordo com a Figura 7 da NBR10021.

Os terminais secundários dos transformadores de corrente, para exterior,


isolação líquida, devem ser idênticos aos dos de uso interior, porém com
parafusos e arruelas em aço inoxidável, conforme Figura 7 da NBR10021.

A bucha terminal deve possuir configuração de maneira que a sua fixação


no material isolante impeça o seu giro. A superfície da bucha deve ficar no
mínimo 1 mm em relação à superfície do material isolante.

5.4.3. Caixa de Terminais Secundários dos TCs (uso exterior)

A caixa de terminais secundários deve possuir:


a) Vedação contra entrada de água e poeira;
b) Dispositivo para selagem com furos de 2 mm de diâmetro;
c) Dois furos roscados para eletroduto de diâmetro nominal de 20 mm de
acordo com a NBR5598, sendo um em cada lateral, providos com
tampões.

5.5. Dimensões

5.5.1. TC com isolação sólida para interior

As dimensões padronizadas são as indicadas na Figura 1 da NBR9522 e 1


da NBR10021.

5.5.2. TC com isolação sólida ou líquida para exterior

As dimensões padronizadas dos TCs para exterior, isolação sólida ou


líquida, são as indicadas na Figuras 2 da NBR10021 e Figura 3 da
NBR10021, respectivamente.

5.6. Placa de Identificação

Para TC uso exterior, a placa deve ser de aço inoxidável e para TC uso interior,
deve ser de alumínio anodizado ou outro material não oxidável. Deve ser gravada

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em alto ou baixo relevo na cor preta, com fundo em cor natural e conter, além das
exigidas por lei, as seguintes informações, indicadas a seguir, entre parênteses:

a) A expressão (TRANSFORMADOR DE CORRENTE);


b) Nome do fabricante;
c) Ano de fabricação (ANO) ;
d) Número de série (No);
e) Tipo ou modelo (TIPO);
f) Para interior ou para exterior (USO);
g) Norma e ano de sua edição (NORMA/ANO), somente em TC para exterior;
h) Freqüência nominal (f) em Hz;
i) Tensão máxima do equipamento (U máx.), em kV;
j) Nível de isolamento (NI --/--/--) , em kV;
l) Fator térmico (Ft);
m) Corrente primária nominal (Ip), em A;
n) Corrente secundária nominal (Is) em A;
o) Exatidão: classe e carga (EXATIDÃO);
p) Corrente suportável nominal de curta duração (It, em múltiplo de In;
q) Valor de crista nominal da corrente suportável (Id), em múltiplo de In;
r) Massa total (M total), em kg;
s) Massa do líquido isolante (óleo), em kg, se aplicável;
t) Número do manual de instrução (MANUAL), somente em TC para exterior;
u) Espaço em branco de 10x50 mm para informações complementares
solicitadas pelo usuário;
v) Indicação para realização, se aplicável;
x) Diagrama de ligação, somente em TC para exterior;

5.7. Tanque

5.7.1. Espessura das chapas

Os tanques dos equipamentos deverão ser executados em chapa de aço


devendo as tampas serem projetadas de forma a evitar o acúmulo de água
nas superfícies das mesmas. A espessura mínima da chapa deve ser:
- Corpo: 2,14 mm
- Fundo: 3,00 mm
- Tampa: 2,65 mm

5.7.2. Acabamento de superfície metálicas (somente para TC meio isolante


óleo mineral)

a) Todas as partes metálicas, com exceção das de contato elétrico devem


receber acabamento de acordo com as condições ambientais
especificadas pelo cliente e prescritas na NBR6856;
b) A pintura de base e o acabamento devem ser executadas de acordo
com as prescrições da NBR6181, NBR7824 e NBR7833, conforme as
condições ambientais definidas no item 5.7.2 (a);
c) A pintura de acabamento externo deve ser de cor cinza Munsell N6.5
(especificação de acordo com a ASTM-D-1535).

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5.8. Ferragens

Os flanges, parafusos, arruelas e porcas metálicas, externos ao transformador,


devem ser zincados de acordo com a NBR6323.

Dependendo do tipo do TC podem ser aceitos flanges com acabamento idêntico


ao tanque do transformador.

5.9. Material de Vedação

As guarnições e gaxetas para vedação das buchas e tampas devem ser de


elastômeros sintéticos que não contaminem o óleo nem sofram deformações
plásticas sob o efeito do óleo, pressão e temperatura.

5.10. Buchas

As buchas dos transformadores em óleo isolante devem ser de porcelana.

5.11. Acessórios

Os TCs com isolação líquida devem possuir os seguintes acessórios:


a) Olhais de suspensão;
b) Indicador de nível de óleo, tipo visor ( somente para TC de 38 kV );
c) Dispositivo de alívio de pressão ( somente para TC de 38 kV );
d) Dispositivo para drenagem de óleo ( somente para TC de 38 kV ).

NOTA: Os TCs devem ser fornecidos com conectores primários e previsão para
enchimento de óleo.

5.12. Aterramento

Os TCs de 15 kV para interior devem ser fornecidos com conectores de cobre


estanhados a fogo, para cabos de seção de 25 mm2.

Os TCs para exterior devem possuir, aparafusado à base, um conector de


aterramento para cabos de seção de 35 mm2 a 70 mm2.

6. Características Elétricas

6.1. Correntes Nominais e Relações Nominais

As correntes primárias e as relações nominais são as especificadas na Tabela 1.

As relações nominais são baseadas na corrente secundária nominal de 5 A.

Devem ser indicadas a corrente primária e a corrente secundária nominais em


ampéres, ou a corrente nominal em ampéres e a relação nominal.

6.2. Fator Térmico Nominal

O fator térmico nominal é o especificado na tabela 1.

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6.3. Freqüência Nominal

A freqüência nominal para os TCs é 60 Hz.

6.4. Classe de Exatidão

Os TCs devem ser da classe de exatidão especificada na Tabela 1.


Considera-se que um transformador de corrente para serviço de medição está
dentro de sua classe de exatidão nominal, nas condições especificadas, quando,
nestas condições, os pontos determinados pelos fatores de correção da relação
(FCR) e pelos ângulos de fase (β) estiverem dentro dos “paralelogramas de
exatidão“, conforme normas da ABNT.

6.5. Nível de Isolamento

Os níveis de isolamento são os especificados na Tabela 1, representados pelas


tensões suportáveis nominais à freqüência industrial e de impulso atmosférico,
respectivamente.

Tabela 1 - Características Elétricas

Item Características Uso Interior Uso Exterior


01 Tensão Máx. Equipamento (kV) 0,6 15 15 38
02 Nível de Isolamento (kV) 4/-/- 34/95 34/110 70/200
0,6C2,5 à 0,3C12,5 e 0,3C12,5 e
03 Exatidão 0,3C12,5
12,5 0,6C25 0,6C25
04 Fator Térmico Nominal 2 2
05 Corrente Térmica Nominal (It) 40 x In 60 x In 75 x In
06 Corrente Dinâmica Nominal (Id) 2,5 x It 2,5 x It
07 Corrente Primária Nominal (A) 100 5 5 5
200 10 10 10
400 15 15 15
500 20 20 20
30 30 30
50 50 50
75 75 75
100 100 100
150 150 150
200 200 200
300 300 300
500 500 500

7. Inspeção

7.1. Ensaios Elétricos

7.1.1. Ensaios de rotina

Os transformadores de corrente devem ser submetidos individualmente


aos ensaios abaixo relacionados, na presença do inspetor da ELEKTRO,
de acordo com a NBR6821.

Gerência de Perdas e Medição 11


A critério da Concessionária, podem ser adotados processos estatísticos
para aceitação de lotes, conforme NBR5426, NBR5428 e NBR5430.

Os ensaios devem ser feitos na seguinte ordem:


a) Tensão induzida;
b) Tensão suportável à freqüência industrial;
c) Descargas parciais (*);
d) Polaridade;
e) Exatidão;
f) Fator de potência do isolamento;
g) Estanqueidade a frio e resistência mecânica à pressão interna.
(*) Descargas Parciais:

Os ensaios de descargas parciais devem estar de acordo com as normas


NBR8125 e NBR6940.

Para os transformadores de corrente, a ELEKTRO admite os seguintes


níveis de descargas parciais:

Tipo de Isolação Nível Admissível


Óleo Mineral 10 pC
Epóxi 20 pC

7.1.2. Ensaios de Tipo

Constituem ensaios de tipo os seguintes:


a) Todos os ensaios especificados em 7.1.1.;
b) Resistência dos enrolamentos;
c) Tensão suportável de impulso de manobra;
d) Tensão suportável de impulso atmosférico;
e) Elevação de temperatura;
f) Corrente térmica nominal;
g) Corrente dinâmica nominal.

O número de unidades a serem inspecionadas deve obedecer a Tabela 2.

Tabela 2 - Plano de Amostragem Simples – Normal

Tamanho Tamanho Nível de Qualidade Aceitável


do Lote da Amostra Aceitação Rejeição
09 a 15 3 0 1
16 a 25 5 0 1
26 a 50 8 0 1
51 a 90 13 0 1
091 a 150 20 0 1
151 a 280 32 0 1
281 a 500 50 0 1
Nos lotes até 8 unidades, devem ser testadas todas as unidades.

Gerência de Perdas e Medição 12


7.2. Pintura do tanque

O número de unidades a serem inspecionadas deve obedecer à Tabela 3,


conforme a NBR5426.

Devem ser efetuados os seguintes ensaios:


a) Espessura em pelo menos 8 pontos diferentes da superfície externa do
transformador;
b) Aderência, de acordo com a NBR6181.

Tabela 3 - Plano de Amostragem para Inspeção da Pintura do Tanque

Tamanho Amostra
Ac Re
do Lote Seqüência Tamanho
0
1 2 0 2
até 50
20 2 1 2
0
1 3 0 3
051 - 150
20 3 3 4
0
1 5 1 4
151 - 500 0
2 5 4 5
10 8 2 5
0.501 - 3.200 0
2 8 6 7

- Amostragem dupla;
- Regime normal;
- Nível especial de inspeção S 3;
- Nível de qualidade aceitável (NQA) 15 %%;
- Ac - número de aceitação;
- Re - número de rejeição;

7.3. Zincagem

Deve ser efetuada, no mínimo, nas ferragens de uma unidade de cada lote, de
acordo com a NBR7398 e NBR7400.

Gerência de Perdas e Medição 13


8. Características de Numeração

A numeração é um conjunto de caracteres, composto de um código de identificação


(prefixo) e o dígito de controle para o gerenciamento dos equipamentos de medição,
utilizados na ELEKTRO.

8.1. Código de Identificação

É um código alfanumérico de 9 caracteres, conforme mostrado abaixo:

L L N N N N N N -N

dígito de controle 1 caracter


sequência numérica 6 caracteres
prefixo do equipamento 2 caracteres

onde:
L → caracter alfanumérico
N → caracter numérico

8.2. Cálculo do dígito de controle

O dígito de controle referente ao número de cada equipamento deve ser


calculado pelo algoritmo “CKD 11“ como segue:

Formato padrão → n1 n2 n3 n4 n5 n6 n7 n8 – dc

onde:
n1 n2 n3 n4 n5 n6 n7 n8 = seqüência alfanumérica para cálculo do dígito de
controle

dc = dígito de controle a ser calculado

dc = 11 − (resto de (n8*2 + n7*3 + n6*4 + n5*5 + n4*6 + n3*7 + n2*8 + n1*9)/11)

Nota: Para restos iguais a 0 (zero) ou 1 (um), o dígito de controle será igual a
ZERO.

No prefixo TC, as letras T e C serão representadas, respectivamente, pelos


números 9 e 3.

Exemplo:
Cálculo do dígito de controle do número TC054654 - dc, substituindo na fórmula,
temos:
dc = 11 - resto de (4*2 + 5*3 + 6*4 + 4*5 + 5*6 + 0*7 + 3*8 + 9*9) / 11

dc = 11 - resto de (202/11)

dc = 11 - 4

Gerência de Perdas e Medição 14


dc = 7

Número completo → TC054654 - 7

8.3. Layout Orientativo da Numeração

A numeração deve ser feita no espaço padronizado da placa de identificação do


medidor, podendo ser em baixo relevo, ou de forma indelével, ou etiqueta
adesiva, etc. desde que previamente aprovada pela ELEKTRO e adotando-se a
seguinte disposição:
prefixo (MM)
nº e dígito verificador

TC054654-7
IIIIIIIIIIIIIIII

código de barras logomarca ELEKTRO

Nota : Tipo e tamanho mínimo dos números e letras : Arial 16 (negrito)

O código de barras deve contemplar o prefixo e o número com o dígito


verificador, sem o hífen.

A ELEKTRO deve fornecer a numeração dos medidores, contendo os números


inicial e final, devendo, para tal, ser informada quando da assinatura do contrato
de fornecimento, do cronograma de fabricação, das quantidades e modelos a
serem fabricados, bem como das datas para envio destas informações.

A seqüência numérica informada pela ELEKTRO deve ser vinculada à


seqüência numérica de série do fabricante, visando facilitar o cadastro dos
medidores no sistema de gerenciamento.

8.4. Aprovação e Rejeição

A qualidade e a exatidão da numeração dos transformadores de corrente devem


obedecer a Tabela 2 - “Plano de Amostragem para Aceitação de Lotes” do item
7.1.2., quando da inspeção do recebimento em fábrica.

9. Observações

a) Esta especificação substitui o M75 (Especificações de Transformadores de


Corrente), edição de Dezembro de 1991;

b) Quanto aos aspectos não mencionados nesta especificação, os transformadores de


corrente devem obedecer às normas da ABNT, em suas edições mais recentes.

Gerência de Perdas e Medição 15


10. Especificações Técnicas

10.1. Transformador de Corrente, Tensão de Isolação 0,6 kV, Uso Interior

Item Prefixo Especificação do Equipamento


Transformador de corrente; tipo barra ou enrolado, uso interior;
isolação sólida; corrente primária nominal 100A; relação nominal
20:1; corrente secundária nominal 5A; tensão máxima de
01 TC operação 0,6kV; tensão suportável nominal à freqüência industrial
4 kV; freqüência nominal 60Hz; fator térmico 2; carga nominal
12,5VA; classe de exatidão 0,6C2,5 a 12,5.
Código do equipamento no sistema SAP/R3: 30696

Item Prefixo Especificação do Equipamento


Transformador de Corrente; tipo barra ou enrolado, uso interior;
isolação sólida; corrente primária nominal 200A; relação nominal
40:1; corrente secundária nominal 5A; tensão máxima de
02 TC operação 0,6 kV; tensão suportável nominal à freqüência
industrial 4 kV; freqüência nominal 60Hz; fator térmico 2; carga
nominal 12,5VA; classe de exatidão 0,6C2,5 a 12,5.
Código do equipamento no sistema SAP/R3: 30697

Item Prefixo Especificação do Equipamento


Transformador de Corrente; tipo barra ou enrolado, uso interior;
isolação sólida; corrente primária nominal 400A; relação nominal
80:1; corrente secundária nominal 5A; tensão máxima de
03 TC operação 0,6kV; tensão suportável nominal à freqüência industrial
4 kV; freqüência nominal 60 Hz; fator térmico 2; carga nominal
12,5 VA; classe de exatidão 0,6C2,5 a 12,5.
Código do equipamento no sistema SAP/R3: 30698

Item Prefixo Especificação do Equipamento


Transformador de Corrente; tipo barra ou enrolado, uso interior;
isolação sólida; corrente primária nominal 500A; relação nominal
100:1; corrente secundária nominal 5A; tensão máxima de
04 TC operação 0,6kV; tensão suportável nominal à freqüência industrial
4 kV; freqüência nominal 60Hz; fator térmico 2; carga nominal
12,5VA; classe de exatidão 0,6C2,5 a 12,5.
Código do equipamento no sistema SAP/R3: 30699

Gerência de Perdas e Medição 16


10.2. Transformador de Corrente, Tensão de Isolação 15 kV, Uso Interior

Item Prefixo Especificação do Equipamento


Transformador de Corrente; tipo barra ou enrolado, uso interior;
isolação sólida; corrente primária nominal (*)A; relação nominal
(**): 1; corrente secundária nominal 5A; tensão máxima de
operação 15kV; tensão suportável nominal à freqüência industrial
34kV; tensão suportável nominal de impulso atmosférico 95kV
(crista); freqüência nominal 60Hz; fator térmico 2; carga nominal
12,5VA; classe de exatidão 0,3C12,5.
01 TC
(*) Valores de corrente primária nominal:

5/10/15/20/30/50/75/100/150/200/300/500 (A)

(**) Relações de transformação nominais:

1 / 2 / 3 / 4 / 6 / 10 / 15 / 20 / 30 / 40 / 60 / 100

Item Prefixo Especificação do Equipamento


Transformador de Corrente; tipo barra ou enrolado, uso interior;
isolação líquida; corrente primária nominal (*)A; relação nominal
(**): 1; corrente secundária nominal 5A; tensão máxima de
operação 15kV; tensão suportável nominal à freqüência industrial
34kV; tensão suportável nominal de impulso atmosférico 95kV
(crista); freqüência nominal 60Hz; fator térmico 2; carga nominal
12,5VA; classe de exatidão 0,3C12,5.
02 TC
(*) Valores de corrente Primária Nominal:

5/10/15/20/30/50/75/100/150/200/300/500 (A)

(**) Relações de Transformação Nominais

1 / 2 / 3 / 4 / 6 / 10 / 15 / 20 / 30 / 40 / 60 / 100

Gerência de Perdas e Medição 17


10.3. Transformador de Corrente, Tensão de Isolação 15 kV, Uso Exterior

Item Prefixo Especificação do Equipamento


Transformador de Corrente; tipo barra ou enrolado, uso exterior;
isolação sólida; corrente primária nominal (*)A; relação nominal
(**): 1; corrente secundária nominal 5A; tensão máxima de
operação 15kV; tensão suportável nominal à freqüência industrial
34kV; tensão suportável nominal de impulso atmosférico 110kV
(crista); freqüência nominal 60Hz; fator térmico 2; carga nominal
25 VA; classe de exatidão 0,3C12,5:0,6C25.
01 TC
(*) Valores de corrente Primária Nominal:

5/10/15/20/30/50/75/100/150/200/300/500 (A)

(**) Relações de Transformação Nominais

1 / 2 / 3 / 4 / 6 / 10 / 15 / 20 / 30 / 40 / 60 / 100

Item Prefixo Especificação do Equipamento


Transformador de Corrente; tipo barra ou enrolado, uso exterior;
isolação líquida; corrente primária nominal (*) A; relação nominal
(**): 1; corrente secundária nominal 5A; tensão máxima de
operação 15 kV; tensão suportável nominal à freqüência industrial
34kV; tensão suportável nominal de impulso atmosférico 110 kV
(crista); freqüência nominal 60 Hz; fator térmico 2; carga nominal
25 VA; classe de exatidão 0,3C12,5:0,6C25.
02 TC
( * ) Valores de corrente Primária Nominal:

5/10/15/20/30/50/75/100/150/200/300/500 (A)

(**) Relações de Transformação Nominais

1 / 2 / 3 / 4 / 6 / 10 / 15 / 20 / 30 / 40 / 60 / 100

Gerência de Perdas e Medição 18


10.4. Transformador de Corrente, Tensão de Isolação 38 kV, Uso Exterior

Item Prefixo Especificação do Equipamento


Transformador de corrente; tipo barra ou enrolado, uso exterior;
isolação líquida; corrente primária nominal (*)A; relação nominal
(**): 1; corrente secundária nominal 5A; tensão máxima de
operação 38kV; tensão suportável nominal à freqüência industrial
70kV; tensão suportável nominal de impulso atmosférico 200kV
(crista); freqüência nominal 60Hz; fator térmico 2; carga nominal
25VA; classe de exatidão 0,3C12,5:0,6C25.
01 TC
(*) Valores de corrente primária nominal:

5/10/15/20/30/50/75/100/150/200/300/500 (A)

(**) Relações de transformação nominais

1 / 2 / 3 / 4 / 6 / 10 / 15 / 20 / 30 / 40 / 60 / 100

Gerência de Perdas e Medição 19


11. Elaboração

Gerência de Perdas e Medição

12. Aprovação

Gerência Executiva de Engenharia

Gerência de Perdas e Medição 20

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