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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

IQB
QUIMICA TECNOLOGICA INDUSTRIAL
TEQ 1
PROFESSOR EDMUNDO ACCIOLY

ALUNO.........................SHAYDY SILVA SANTOS..DATA..............25/03.................

LISTA DE EXERCÍCIO DE REVISÃO 1.

1- COMO VOÇÊ EXPLICA OS DIFERENTES TIPOS DE CIMENTO EXISTENTES NO


MERCADO?
De maneira geral, desde o século passado podemos perceber uma notável
evolução na produção de cimento, tanto em sua distribuição, quanto em suas
características e tecnologias que vieram a ser agregadas ao Cimento Portland,
que com todas essas mudanças adquiridas, graças a pesquisa científica, pode-
se ter um leque de opções para variados gostos, funções, construções civis e
ambientes para determinadas aplicações.
Podemos afirmar atualmente, que o Cimento Portland é um personagem ativo
e protagonista na economia brasileira, com suas primeiras fábricas sendo
construídas por volta de 1888, o cimento hoje é o principal material na
edificação de casas, hospitais, estradas e construções gerais do país, tendo
como a indústria nacional de cimento, uma produção de mais de 70 mil
empregos e uma renda superior a 26 bilhões anuais. A partir desses dados e
estatísticas, isso nos ressalta a importância deste material não só para o país,
mas no cotidiano de cada família.
Diante do que foi dito, podemos identificar no mercado, geralmente 11 tipos
de Cimento Portland, com características individuais que os tornam específicos
para determinadas aplicações, dentre eles podemos observar:

CP I – Cimento Portland Comum: Tipo de cimento sem nenhuma adição com


exceção do gesso, utilizado em ambientes sem a presença de sulfatos de solo
ou águas subterrâneas.
CP I-S – Cimento Portland Comum com Adição: Cimento com as mesmas
características do CP I, porém com adição de material pozolânico, o que
garante uma melhor permeabilidade do produto.
CP II-E – Cimento Portland composto com escória granulada de alto forno: Este
tipo de cimento é utilizado quando a estrutura tem um desprendimento lento
de calor, ou ataque de sulfatos, na sua composição podemos observar boa
quantidade de escória granulada de alto forno
CP II-Z – Cimento Portland composto com pozolana: Comumente utilizado em
obras marítimas, industriais e subterrâneas, devido à pozolana que garante
uma maior impermeabilidade e resistência ao cimento.
CP II-F – Cimento Portland composto com filer: Utilizado para o preparo de
argamassas de assentamento, revestimento, e estruturas de concreto, devido
à propriedade de seu aditivo composto.
CP III – Cimento Portland de alto forno: Usado em obras de grande porte e
agressividade, exemplos: barragens, esgotos, pistas de aeroporto. A escória
em sua composição lhe confere essa maior resistência e durabilidade.
CP IV – Cimento Portland Pozolânico: A longo prazo, o concreto feito com este
tipo de cimento, permite uma maior durabilidade devido ser constituído de
até metade da sua composição por material pozolânico.
CP V-ARI – Cimento Portland de alta resistência incial: Difere dos outros tipos
em relação à sua dosagem e produção de clínquer, aumentando assim sua
resistência mecânica que pode chegar até 26 Mpa em seu primeiro dia de
aplicação.
CP-RS – Cimento Portland Resistente a Sulfatos: Utilizado em meios agressivos
sulfatados, como águas residuárias e do mar.
CP-BC – Cimento Portland com baixo calor de hidratação: Cimento com
capacidade de retardar o desprendimento de calor em peças de grande massa
de concreto, impedindo o surgimento de fissuras.
CP-B – Cimento Portland Branco: Usado para fins arquitetônicos, com
pigmento branco, indicado em rejuntamento cerâmico, a cor branca advém do
baixo teor de manganês e ferro.

2- PARA EXPLORAR UMA JAZIDA DE CALCÁRIO E ARGILA, QUAIS AS LICENÇAS E


PROCEDIMENTOS NECESSÁRIOS, BEM COMO QUAIS OS ÓRGÃOS QUE ESTÃO
ENVOLVIDOS? EXPLIQUE.
A mineração de jazidas no Brasil, consiste basicamente em um conjunto de leis
e regulamentações nas três esferas do poder, União, Estados e Municípios,
porém em nível federal, as diretrizes elaboradas estão vinculados a certos
órgãos cumpridores e fiscalizadores da legislação ambiental e mineral, dentre
eles podemos citar: MMA, MME, SMME/MME, DNPM, CPRM, ANA, CONAMA,
CNRH, IBAMA e CECAV/IBAMA.
Segundo o código de minas, disposto no DECRETO-LEI Nº 1.985, DE 29 DE
MARÇO DE 1940. , considera-se jazida toda massa de substância mineral ou
fóssil existente no interior ou superfície da terra que apresente valor para
indústria. Sendo assim o decreto rege todas as jazidas que se enquadram no
conceito.
Para se pesquisar essas substâncias minerais como calcário e argila, sendo
dono ou proprietário, em terras públicas ou particulares, cabe à autorização
do Governo da União, cabendo assim aos envolvidos respeitarem a decisão.
Para isso será necessário um requerimento de autorização, que será entregue
ao Ministro da Agricultura, que caso autorizada, será válida por 2 anos,
podendo ser renovada caso necessário.
Todo o processo de exploração e pesquisa será monitorado pelo DNPM, os
titulares do decreto de autorização também deverão pagar uma renda pela
ocupação dos terrenos e indenização por danos e prejuízos ao proprietário do
local.
3- FAÇA O FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE CIMENTO, MOSTRANDO AS
PRINCIPAIS OPERAÇÕES UNITÁRIAS, DESCREVENDO SUCINTAMENTE CADA UMA E
OS PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS.

Procedimentos:
1. Extração de Calcário e Argila: Extração a partir de jazidas das principais matérias
prima para a fabricação do cimento, sendo necessário todos os cuidados e
certificações de acordo com a legislação vigente. Para a exploração utiliza-se
explosivos para a ruptura das rochas.
2. Britagem: A britagem ocorre apenas no calcário, por suas rochas estarem acima do
diâmetro apropriado, nesta etapa o calcário extraído é transportado por caminhões
até a unidade de britagem, que é feito com britadores e peneiras.
3. Depósito: O calcário previamente britado e a argila passam por determinados
ensaios logo após serem separados em armazenamentos diferentes, onde serão
misturados e homogenizados previamente.
4.Dosagem: Nesta etapa, de acordo com parâmetros químicos determinados a cada
tipo de cimento, eles serão dosados de acordo com suas respectivas quantidades de
argila e calcário onde serão utilizados dosadores industriais controlados por balanças
dosadoras.
5. Moinho de Cru: Nesta etapa, o produto cru formado através da dosagem prévia será
moído, misturado e pulverizado, utiliza-se moinho de bolas, rolo ou barras.
6. Silos de Homogeneização: A farinha moída a cru nesta etapa terá sua
homogeneização de maneira adequada e segura para a perfeita formação do clínquer.
Esta etapa ocorre em silos verticais por processos de gravidade e pneumáticos.
7. Forno: A partir dos silos, o material é colocado no forno, passando por um pré
aquecimento prévio, que ocorre com o calor dos gases advindos do forno. O material
se torna o clínquer após esse aquecimento de até 1450°C, onde nesta etapa total,
utiliza-se pré-aquecedores e forno rotativo.
8. Silos de Clínquer: Após o clínquer ser resfriado adequadamente, o mesmo fica
armazenado em silos, para o procedimento da próxima etapa.
9. Adições: Aqui, clínquer, gesso, escória, pozolana ou qualquer aditivo que fizer parte
de seus respectivos tipos de cimento serão adicionados nas quantidades ideais. Essas
substâncias ficam armazenadas em diferentes estoques, e irão para o moinho de
cimento.
10. Moinho de cimento: Nesta moagem final, o clínquer e seus aditivos passarão por
esses moinhos, resultando no produto final, o cimento portland.
11. Silos de Cimento: O cimento final é estocado nos silos, onde passará por vários
ensaios químicos para determinação correta de seus parâmetros, e poderá ser enviado
para expedição.
12. Expedição: Aqui temos o ensacamento ou a remessa a granel, onde o produto
entra no mercado e poderá ser comercializado para o consumidor final.
4- NA SUA OPINIÃO NUM PROCESSO DE PRODUÇÃO DE CIMENTO QUAIS AS ETAPAS DO
PROCESSO QUE SE DEVE FAZER UM MAIOR CONTROLE DE QUALIDADE? E DE QUAL
FORMA?
As principais etapas que merecem uma atenção redobrada no setor de
controle de qualidade, seriam os procedimentos onde podemos definir os
parâmetros que definem o tipo de cimento a ser produzido, na verdade todo o
processo deve estar em harmonia, permitindo a obtenção de um produto
homogêneo, de qualidade e com custos otimizados, porém um processo de
controle de qualidade eficaz, deve-se iniciar até mesmo na pré produção, onde
será feita a escolha de jazidas, melhor forma de exploração, e também o
tratamento adequado a ser dado a essas matérias-primas, para que alcance o
diâmetro dos grãos adequados, e sejam adicionados corretamente. O controle
durante o processo de produção é de suma importância também, pois nesta
etapa teremos um maior controle químico com objetivo de uniformidade no
material, por fim, no produto já existente é indispensável esse setor de
qualidade estar ativo, onde os ensaios devem ser rigorosos no cimento, para o
mesmo estar de acordo com as normas ABNT. Vale ressaltar a importância da
utilização desse sistema de controle, onde se feito de maneira correta, diminui
os custos de produção do material, aumentando o lucro da produção e
também garantindo uma boa manutenção de equipamentos.

5- EXPLIQUE O QUE É CO PROCESSAMENTO EM INDUSTRIAS CIMENTEIRAS?


Atualmente temos acompanhado um crescente aumento na produção de
resíduos provenientes do crescimento industrial em vários setores do país,
com isso surge também a busca por soluções ambientalmente adequadas para
reduzir esse aumento exponencial de resíduos. Com isso, a industria
cimenteira surge com uma alternativa viável, onde os fornos utilizados na
produção do cimento são utilizados para ser feito esse coprocessamento de
resíduos, onde os fornos destroem termicamente o material de forma
definitiva, incluindo os sólidos urbanos. Vale ressaltar que esse
coprocessamento está contemplado na política nacional de resíduos como
alternativa viável para o mesmo.

6- FAÇA UM DESENHO DE
UM FORNO
ROTATÓRIO
CIMENTEIRO E
EXPLIQUE O QUE
OCORRE EM CADA
ZONA DE QUEIMA
PARA A OBTENÇÃO DO
CLINQUER?

De acordo com o
desenho, podemos
observar três etapas de
aquecimento, dentre elas explicarei sobre seus procedimentos:

1 – Torre de Ciclones: Nesta etapa, podemos considerar como um pré aquecimento no


processo de clinquerização, onde o material cru adentra nos ciclones e recebe o
aquecimento dos gases provenientes dos combustíveis para o aquecimento do forno,
dentre eles podemos citar:óleo pesado, coque de petróleo, carvão mineral e vegetal.
Os gases advindos da queima passam pelos ciclones em fluxo contrário o material cru,
permitindo esse pré aquecimento.

2 – Forno Rotativo: Logo após a torre dos ciclones, o material adentra no forno
rotativo, onde de acordo com a profundidade que o material passa pelo forno, ele
também passa por zonas de temperatura, que vão aumentando gradativamente, cada
zona corresponde a uma etapa de aquecimento, onde os compostos referentes a
temperatura submetida e seu ponto de decomposição, serão degradados.
Na primeira etapa, em cerca de 100°C, podemos chamar de zona de desidratação,
onde a água livre do material é evaporada, logo após observamos a decomposição de
carbonato de magnésio com inicio em 340°C , e seguindo para a próxima zona, temos
a decomposição do carbonato de cálcio em 805°C.

3 – Resfriamento: Nesta terceira etapa podemos notar o resfriamento do clínquer, que


já tem seu inicio mesmo no forno, onde após passar pela temperatura máxima do
mesmo, o clínquer resfria passando por temperaturas menores, neste pré
resfriamento e no resfriamento em si, há grande importância, pois há a solidificação
de compostos importantes para o produto final, e também decomposição de
impurezas restantes.

Referências:

PEREIRA, Caio. Tipos de cimento: Características e especificações. Escola Engenharia,


2013. Disponível em: https://www.escolaengenharia.com.br/tipos-de-cimento/.
Acesso em: 24 de março de 2021.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND (São Paulo).  A Importância da
Cadeia do cimento para a economia. 2020. Disponível
em:<https://abcp.org.br/imprensa/a-importancia-da-cadeia-do-cimento-para-a-
economia/>. Acesso em: 23 mar. 2021.
EQUIPE ECYCLE. Cimento: conheça origem, importância, riscos e alternativs . 2021.
Disponível em:< https://www.ecycle.com.br/component/content/article/67-dia-a-
dia/5849-o-que-e-o-cimento.html#:~:text=O%20cimento%20%C3%A9%20um%20p
%C3%B3%20fino%2C%20com%20propriedades%20aglutinantes%2C%20que,na
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BRASIL. Decreto-Lei Nº 1985, 29 de Março de 1940. Este Código define os direitos


sobre as jazidas e minas, estabelece o regime do seu aproveitamento e regula a
intervenção do Estado na indústria de mineração, bem como a fiscalização das
empresas que utilizam matéria prima mineral. Disponível
em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1937-1946/del1985.htm#:~:tex
t=(Vide%20Decreto%2DLei%20n%C2%BA%20227%2C%20de%201967).&text=DISPOSI
%C3%87%C3%95ES%20PRELIMINARES-,Art.,que%20utilizam%20mat%C3%A9ria
%20prima%20mineral>. Acesso em: 25/03/21.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND (São Paulo). Coprocessamento de


resíduos em fornos de cimento é contribuição da indústria par a sociedade. 2012.
Disponível em:<https://abcp.org.br/imprensa/a-importancia-da-cadeia-do-cimento-
para-a-economia/>. Acesso em: 23 mar. 2021.

OBS: A LISTA DEVE SER ENTREGUE ATÉ O DIA 29/03/2021 DE FORMA INDIVIDUAL.

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