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ENGENHARIA CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL II

MÓDULO: IMPERMEABILIZAÇÃO
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CONSTRUÇÃO CIVIL II

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. SISTEMAS DE PROTEÇÃO DE UMA EDIFICAÇÃO
2. TIPOS DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO DE UMA EDIFICAÇÃO
3. SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO
ESTANQUEIDADE (1)
IMPERMEABILIDADE (2)
4. PRINCIPAIS CAUSAS DA PERMEABILIDADE
5. IMPERMEABILIZAÇÃO
5.1. Solicitações impostas às estruturas pela água
5.1.1. Água de percolação
5.1.2. Umidade do solo
5.1.3. Água sob pressão
5.2. Solicitações impostas à impermeabilização
5.2.1. Cargas estáticas
5.2.2. Cargas dinâmicas
5.2.3. Água sob pressão
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5.2.4. Variação de temperatura


5.2.5. Choque
5.2.6. Vibrações
5.2.7. Abrasão
5.2.8. Trânsito
5.2.9. Agressividade do meio: como por exemplo tanques de rejeitos industriais
5.3. Formas de proteção
5.3.1. Evitar o contato
5.3.2. Permitir o contato, impedindo a penetração da água
6. PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO
7. FASES DO PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO
7.1. Concepção do produto
7.2. Definição do produto
7.3. Identificação e solução de interfaces de projeto
7.4. Detalhamento de projetos
7.5. Pós entrega de projetos
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7.6. Durante a execução da impermeabilização


8. ANÁLISE DE DESEMPENHO DO SISTEMA DE
IMPERMEABILIZAÇÃO
8.1. Ensaios de desempenho
8.1.1. Ensaio de tração
8.1.2. Estanqueidade à água
8.1.3. Absorção da água por imersão
8.1.4. Puncionamento estático
8.1.5. Puncionamento dinâmico
8.1.6. Ensaio de rasgamento
8.1.7. Ensaio de fadiga
8.1.8. Envelhecimento acelerado
8.1.9. Aderência
8.2. Ensaios de caracterização
8.2.1. Viscosidade
8.2.2. Porcentagem de sólidos em peso
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8.2.3. Teor de cinzas


8.2.4. Estabilidade
8.2.5. Secagem ao toque
8.2.6. Pot-life
8.2.7. Cobertura
8.2.8. Flexibilidade a baixa temperatura
8.2.9. Análise granulométrica
8.2.10. Início e fim de pega
8.2.11. Resistência a agentes agressivos
8.2.12. Ensaio de inflamabilidade
8.2.13. Dureza
8.2.14. Porcentagem de polímero em peso
8.2.15. Caracterização do polímero
8.2.16. Transmissão de vapor
8.2.17. Ensaio de potabilidade
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9. CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO


9.1. Rígidos
9.1.1. Tipos de sistemas de impermeabilização rígidos
9.2. Flexíveis
9.2.1. Tipos de sistemas de impermeabilização flexíveis
10. APLICAÇÕES DE SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO
10.1. Fundações e cortinas
10.2.Caixas d’água e piscinas
10.3. Coberturas e áreas externas
10.4. Áreas internas molhadas
11. SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO ADEQUADO
11.1. Requisitos e condições de exposição
11.2. Características dos sistemas
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12. SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO GENÉRICO


12.1. Camadas de um sistema de um sistema de impermeabilização
genérico
12.1.1. Camada de regularização
12.1.2. Camada impermeável
12.1.3. Camada separadora
12.1.4. Camada de proteção mecânica
12.1.5. Camada de proteção térmica
12.1.6. Camada de berço
12.1.7. Camada de amortecimento
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1. SISTEMAS DE PROTEÇÃO DE UMA EDIFICAÇÃO


São sistemas que englobam os elementos destinados a garantir as funções de
uma edificação ao longo do tempo, previstas em projeto, frente à ação dos
agentes agressivos.

2. TIPOS DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO DE UMA EDIFICAÇÃO


 Sistemas de proteção contra a ação da água (impermeabilização);
 Sistemas de proteção contra a ação da temperatura e de ruídos (isolamento
térmico e acústico);
 Sistemas de proteção contra incêndio;
 Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas.
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3. SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO
Conjunto de produtos e serviços destinados à conferir estanqueidade a partes
de uma edificação.
NBR 9575:2003
ESTANQUEIDADE (1)
Propriedade de um elemento ou de um conjunto de componentes, de impedir
a penetração ou passagem de fluídos através de si. A sua determinação está
associada a uma pressão limite de utilização (a que relaciona-se com as
condições de exposição do elemento de umidade).
IMPERMEABILIDADE (2)
Propriedade de um produto de ser impermeável. A sua determinação está
associada a uma pressão limite convencionada em ensaios específicos.
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4. PRINCIPAIS CAUSAS DA PERMEABILIDADE


Dentre as principais causas da permeabilidade destacam-se:
 Erros no traço do concreto ou argamassa;
 Uso inadequado de agregados (agregados com diâmetros não compativeis
ou o uso de agregados não aderentes, como por exemplo, os seixos
rolados);
 Desconhecimento de elementos da obra, como o baixo nivel do lençol
freático;
 Má execução de elementos estruturais (cura mau feita ou não feita)
 Utilização de materiais muito porosos sem proteção contra a permeabilidade;
 Utilização de materiais improprios para construção;
 Utilização de material incorreto para impermeabilizar.
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Custo comparativo médio das etapas de uma obra


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5. IMPERMEABILIZAÇÃO
Impermeabilizar é o ato de isolar e proteger os materiais de uma edificação da
passagem indesejável de líquidos e vapores, mantendo assim as condições de
desempenho, habitabilidade e durabilidade de uma construção.
A impermeabilização é um conjunto de operações e técnicas construtivas
(serviços) que tem por objetivo proteger as construções contra a ação deletéria
de fluídos, vapores e da umidade.
Geralmente a impermeabilização é composta de um conjunto de camadas com
funções específicas.
O principal
D fluído atuante é a água, cuja solicitação pode se dar de formas
distintas, conforme figura 1 (Solicitações impostas às estruturas pela água).
A infiltração de água nas superfícies e estruturas pode afetar e até mesmo
comprometer o concreto, armadura, alvenaria, revestimento e pintura, deixando
o ambiente insalubre devido alta umidade e proliferação de fungos e mofo.
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5.1. Solicitações impostas às estruturas pela água

Figura 1
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5.1.1. Água de percolação:

D
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5.1.2. Umidade do solo:

D
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5.1.3. Água sob pressão:


 Unilateral:

D
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 Bilateral:

D
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5.2. Solicitações impostas à impermeabilização


5.2.1. Cargas estáticas: peso da proteção e cargas estáticas (jardins, etc.).

D
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5.2.2. Cargas dinâmicas: passagem de veículos, etc.

D
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5.2.3. Água sob pressão: água sob pressão, tendendo a comprimir a


impermeabilização contra a estrutura (reservatório, piscinas).

5.2.4. Variação de temperatura


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5.2.5. Choque

5.2.6. Vibrações
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5.2.7. Abrasão

D
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5.2.8. Trânsito

D
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5.2.9. Agressividade do meio: como por exemplo tanques de rejeitos


industriais.

D
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5.3. Formas de proteção:


 Evitar o contato;
 Permitir o contato, impedindo a penetração da água.

5.3.1. Evitar o contato: tem como premissa a ação de afastar a água,


observando-se algumas etapas como:
 Detalhes construtivos de fachadas;
 Rebaixamento de lençol freático ou a utilização de drenos;
 Uso de barreira dupla (paredes duplas);
 Coberturas
D inclinadas.
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Utilização de dreno
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Uso de barreira dupla (paredes duplas)


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5.3.2. Permitir o contato, impedindo a penetração da água: tem como premissa


a ação de proteger da penetração da água, através de sistemas de
impermeabilização:
 Projeto específico idealizado pela engenharia.

5.3.2.a. Papel da engenharia:


 Escolher o sistema mais adequado a cada caso;
 Selecionar os materiais adequados a cada sistema;
 Contratar a empresa fornecedora dos materiais e serviços a partir de
Duma análise técnica apurada;

 Controlar a execução;
 Identificar e solucionar as interferências com outros subsistemas e
serviços.
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Membrana polimérica
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6. PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO
O Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI), enfatiza a importância do
Projeto de Impermeabilização, para um adequado desempenho da
impermeabilização. O projetista de impermeabilização deve analisar os projetos
básicos da obra (projetos de arquitetura e demais projetos complementares que
tenham ligação direta ou indireta com a impermeabilização) procurando
evidenciar as áreas que necessitam de impermeabilização e avaliar os tipos das
estruturas, entre outros aspectos, iniciando o estudo dos sistemas adequados
para cada situação. Devem ser disponibilizados ao projetista:
 ProjetoD arquitetônico;

 Projetos complementares (elétrico, hidro sanitário, águas pluviais, telefonia,


lógica, combate a incêndio, SPDA);
 Projeto estrutural;

 Histórico da construção.
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Alguns pontos que devem ser levados em consideração quando da execução


do projeto:
 As definições usadas nos projetos devem estar de acordo com a NBR 9575 e
demais normas brasileiras;
 Classificar os tipos de impermeabilização indicados no projeto (rígido e
flexível);
 Análise e definição do tipo de substratos;

 Análise da forma de atuação da água a qual o sistema esta sujeito e deve


apresentar estanqueidade;
D
 Análise do ambiente e nível de exposição:
 Variação de temperatura;
 Agressividade do ambiente;
 Ataque químico;
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 Intensidade de tráfego e cargas atuantes;


 Raios solares e intempéries;
 Movimentação da estrutura e possíveis acomodações do terreno;

 Viabilidade de custo;

 Compatibilização do prazo de execução e o tempo mínimo de execução e


aplicação dos tipos de impermeabilização a serem especificados.
O custo para executar uma impermeabilização é menor quando está previsto
em projeto, conforme ilustração a seguir. Quanto maior o atraso para o
planejamento
D
e execução do processo de impermeabilização mais oneroso o
mesmo ficará, chegando a custar 15 vezes mais, quando o mesmo é executado
depois que o problema surgir e o usuário final estiver habitando o imóvel.
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D
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7. FASES DO PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO


As principais fases do projeto de impermeabilização são:
7.1. Concepção do produto: compreende a avaliação preliminar dos tipos de
impermeabilização viáveis de serem adotados e o estudo de implantação do
empreendimento.
7.2. Definição do produto: envolve a definição e análise da utilização das
áreas a serem impermeabilizadas, incluindo dados do comportamento
estrutural, visando identificar as interferências que ocorrerão nas áreas
impermeabilizadas, o estudo técnico e econômico para a definição dos tipos de
D
impermeabilização a serem adotados e a assessoria para adoção de novas
tecnologias.
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7.3. Identificação e solução de interfaces de projeto: pode ser compreendida


através da consolidação das áreas a serem impermeabilizadas definidas na
etapa anterior, seleção dos tipos a serem utilizados e principalmente a análise
da interface entre os projetos de impermeabilização, arquitetônico, estrutural,
complementares, paisagismo, ar condicionado / ventilação mecânica e
automação.
7.4. Detalhamento de projetos: é a fase onde deve ser apresentado o
detalhamento dos tipos de impermeabilização, os memoriais descritivos e
especificações técnicas e as planilhas com quantitativo de materiais e serviços
de impermeabilização,
D podem ser acrescidos opcionalmente a elaboração de
orçamento e minutas contratuais.
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7.5. Pós entrega de projetos: cabem a esta fase a apresentação do projeto,


programa básico de acompanhamento dos serviços de impermeabilização e
como serviços opcionais os esclarecimentos de dúvidas e análise técnica de
proposta de fornecedores.
7.6. Durante a execução da impermeabilização: tem o objetivo de garantir a
plena compreensão e utilização das informações de projeto e a sua correta
aplicação e avaliar o desempenho do projeto em execução.

As principais etapas desta fase são:


 AnáliseD de soluções alternativas;

 Alterações de projeto.
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Como serviços opcionais podem ser acordados:


 Acompanhamento técnico da obra;

 Orientação sobre procedimentos de execução;

 Recebimento dos serviços de impermeabilização;

 Desenhos “As.Built”;

 Acompanhamento dos ensaios de materiais de impermeabilização;

 Acompanhamento dos recebimentos de materiais de impermeabilização na


obra;
 Preparação
D de manual de utilização e manutenção das áreas
impermeabilizadas;
 Manual do proprietário.
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8. ANÁLISE DE DESEMPENHO DO SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO


Para escolhermos um sistema de impermeabilização é importante conhecer
suas características técnicas, analisando-as através dos ensaios normalmente
requeridos abaixo listados:
8.1. Ensaios de desempenho
 Ensaio de tração;
 Estanqueidade à água;
 Absorção da água por imersão;
 Puncionamento estático;
 DPuncionamento dinâmico;
 Ensaio de rasgamento;
 Ensaio de fadiga;
 Envelhecimento acelerado;
 Aderência.
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8.1.1. Ensaio de tração: avalia a resistência à tração e alongamento de ruptura


do material ou sistema impermeabilizante.
8.1.2. Estanqueidade à água: avalia-se a resistência à pressão hidrostática de
um sistema impermeabilizante.
8.1.3. Absorção da água por imersão: neste ensaio avalia-se a resistência do
produto à penetração da água.
8.1.4. Puncionamento estático: verifica-se a resistência de um sistema ao
esforço de sobrecarga sobre o mesmo.
8.1.5. Puncionamento dinâmico: avalia-se a resistência a um impacto dinâmico
sobre o sistema
D impermeável.
8.1.6. Ensaio de rasgamento: avalia-se a resistência do sistema
impermeabilizante ao rasgamento.
8.1.7. Ensaio de fadiga: avalia-se a resistência de fadiga de um sistema
impermeabilizante a um dobramento.
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8.1.8. Envelhecimento acelerado: verifica-se o grau de envelhecimento do


produto em determinado tempo. Normalmente este ensaio é conjugado com
outros ensaios como: fadiga, resistência à tração, alongamento, flexibilidade,
para verificar os parâmetros de um produto antes e depois do envelhecimento.
8.1.9. Aderência: verifica-se a adesão de um sistema sobre o substrato através
de ensaio de tração.
8.2. Ensaios de caracterização
 Viscosidade;
 Porcentagem de sólidos em peso;
D
 Teor de cinzas;
 Estabilidade;
 Secagem ao toque;
 Pot-life;
 Cobertura;
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 Flexibilidade a baixa temperatura;


 Análise granulométrica;
 Início e fim de pega;
 Resistência a agentes agressivos;
 Ensaio de inflamabilidade;
 Dureza;
 Porcentagem de polímero em peso;
 Caracterização do polímero;
 Transmissão de vapor;
 DEnsaio de potabilidade.
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8.1.1. Viscosidade: mede a consistência do material. Neste ensaio pode-se


verificar se o material é muito pastoso com dificuldade para impregnação de um
tecido de reforço.
8.1.2. Porcentagem de sólidos em peso: quantifica-se qual a quantidade de
sólidos que possuem um material impermeabilizante.
 IMPORTANTE: com base nesta informação podemos fazer uma avaliação mais
criteriosa a respeito do custo de cada produto.
8.1.3. Teor de cinzas: verifica-se quanto o produto tem de cargas minerais.
8.1.4. Estabilidade: verifica-se a estabilidade do produto dentro da embalagem
para queDo fabricante possa garantir a vida útil do material dentro da mesma.
8.1.5. Secagem ao toque: verifica-se o tempo de secagem superficial do filme
impermeabilizante.
8.1.6. Pot-life: avalia-se o tempo de vida de utilização para produtos bi-
componentes, após a sua mistura.
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8.1.7. Cobertura: avalia-se o grau de cobrimento de um impermeabilizante, por


demão aplicada.
8.1.8. Flexibilidade a baixa temperatura: avalia-se a flexibilidade de um
determinado produto a temperaturas menor ou igual a 0ºC.
8.1.9. Análise granulométrica: normalmente executado em materiais em forma
de pó mede-se a retenção de produto em determinadas peneiras. É utilizado
como ensaio para impermeabilizantes por cristalização.
8.1.10. Início e fim de pega: ensaio utilizado para impermeabilizantes de base
cimentícia, como cristalização.
8.1.11. Resistência
D a agentes agressivos: avalia a resistência a agentes
externos e agressivos, como: névoa salina, produtos químicos, etc.
8.1.12. Ensaio de inflamabilidade: avalia-se a resistência à propagação de
chama.
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8.1.13. Dureza: avalia-se o grau de dureza de um produto. Muito utilizado para


mastiques.
8.1.14. Porcentagem de polímero em peso: calcula-se a porcentagem de
polímero e materiais impermeabilizantes poliméricos.
8.1.15. Caracterização do polímero: detecção do tipo de polímero utilizado em
um determinado produto impermeabilizante.
8.1.16. Transmissão de vapor: mede a resistência de um produto à percolação
de vapor de água.
8.1.17. Ensaio de potabilidade: verifica-se se o produto não altera a potabilidade
da água.D
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9. CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO


Os sistemas de impermeabilização são:
 Rígidos – baixa capacidade de absorver deformações da base,
principalmente deformações concentradas – em fissuras e trincas.
 Flexíveis - suportam deformações da base com amplitudes variáveis, em
função do sistema de impermeabilização, inclusive em fissuras e trincas.
 Sem reforços;
 Reforçados (com materiais resistentes à tração):
 Com adição de cimento (membrana reforçada com tela de
D poliester)
Ex.: MAI (membrana acrílica impermeável)
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9.1. Rígidos
9.1.1. Tipos de sistemas de impermeabilização rígidos
 Concreto impermeável
 Com aditivos “impermeabilizantes”;
 Sem aditivos.
 Argamassa impermeável
 Argamassas com hidrofugantes;
 Argamassa poliméricas (aditivadas com polímeros).
 Cimentos poliméricos e cristalizantes
DCimentos impermeabilizantes e polímeros;
 Cimentos impermeabilizantes e líquidos seladores;
 Bloqueadores hidráulicos.
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Cimento cristalizante – selam os poros do concreto


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Argamassa polimérica de base acrílica, na forma de pintura


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Argamassa polimérica de base acrílica, na forma de revestimento


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Nos sistemas de impermeabilizações rígidas, a camada estanque é aplicada


diretamente sobre a base e geralmente sem outras camadas complementares.

D
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D
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9.2. Flexíveis
9.2.1. Tipos de sistemas de impermeabilização flexíveis
 Membranas (moldadas no local)
 Asfálticas;
 A quente (com asfalto oxidado);
 A frio (emulsão asfáltica) – técnica usual para impermeabilização
de baldrames e blocos de fundações;
 Solução asfáltica modificada com polímeros (geralmente a frio).
 Poliméricas:
D  Elastoméricas (ex.: Neoprene, Hypalon);
*Hypalon - elastômero sintético à base de Polietileno Clorosulfonado)
 Acrílicas – estruturadas por tela de poliéster ou poliamida. Alcaçam
1,5mm de espessura com cerca de sete demãos de aplicação:
 Sem adição de cimento (NBR 13321);
 Com adição de cimento (MAI)
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 Mantas (pré-formadas)
 Asfálticas;
 Poliméricas:
 Elastoméricas (ex.: butílicas, EPDM);
 Plásticas (ex.: PVC, PEAD).
As mantas devem subir 30 a 40 cm nos planos verticais e devem ser
arrematadas de forma correta.
 Cimentos poliméricos e cristalizantes
 Cimentos impermeabilizantes e polímeros;
DCimentos impermeabilizantes e líquidos seladores;
 Bloqueadores hidráulicos.
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As mantas devem subir 30 a 40 cm nos planos verticais e devem ser


arrematadas de forma correta.

D
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As mantas pré-moldadas de PVC são utilizadas para impermeabilizações de


alto desempenho. Vida útil duas vezes maior que a manta asfáltica, por terem
como principais características: resistência química e resistência aos raios
ultravioleta.

D
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As mantas pré-moldadas PEAD possuem alta resistência à tração e resistência


química a ácidos, bases, sais e solventes orgânicos e inorgânicos. Oferecem
alto grau de segurança de impermeabilidade.

D
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As mantas pré-moldadas PEAD são largamente utilizadas em: lagoas de


tratamento de efluentes líquidos, aterros sanitários, lagoas de aeração, canais
e reservatórios para tratamento de água e esgotos, impermeabilização de
reservatórios em concreto e impermeabilizações de túneis.

D
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As mantas pré-moldadas EPDM são mantas de borracha (espessura 0,8mm) e


muito duráveis. Resistem bem à umidade, álcalis, aos ácidos e ao
envelhecimento. Suportam alongamento de até 400%.

D
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As mantas pré-moldadas EPDM possuem arremates pré-fabricados para ralos.


As emendas são feitas com fitas específicas.

D
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10. APLICAÇÕES DE SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO


10.1. Fundações, muro de arrimo e cortinas:
 Membranas e mantas asfálticas;
 Membranas poliméricas;
 Impermeabilizações rígidas.
 Nota 01: Os muros de arrimo ou paredes de contenção são estruturas
dimensionadas para suportar fortes pressões (solo, solo saturado com água,
etc.). Os tipos de impermeabilizantes que podem ser utilizados nesses casos
para impermeabilização em pressão positiva são: membranas e mantas
asfálticas.
D
 Nota 02: Já para muros de arrimo e cortinas com pressão negativa. São diversos
os impermeabilizantes que podem ser aplicados, em sua grande maioria rígidos
e semi-flexíveis.
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10.2. Caixas d’água e piscinas:


 Impermeabilizações rígidas (exceto caixas d’água elevadas);
 Mantas poliméricas;
 Mantas asfálticas (exceto caixas d’água potáveis).
10.3. Coberturas e áreas externas:
 Mantas e membranas asfálticas.
 Nota 01: Em marquise e calhas também poderá ser empregada uma
impermeabilização com manta liquida impermeabilizante, formulada à base de
resina acrílica, formando uma membrana impermeável com excelente
elasticidade
D e flexibilidade.
 Nota 02: Em jardins e floreiras também poderá ser empregada tintas
impermeabilizantes, desde que observada a inexistência de fissuras e
vazamentos.
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10.4. Áreas internas molhadas:


A impermeabilização nessas áreas recomenda-se a utilização dos seguintes
sistemas:
 Membranas poliméricas e asfálticas;
 Mantas asfálticas;
 Argamassas poliméricas (flexível).
 Nota 01: Nas paredes a argamassa polimérica semi-flexível.
 Nota 02: A estruturação dos ralos e conexões, quando adotado o sistema de
argamassa polimérica (flexível) deve ser feito com o auxílio de uma tela em
PVC.
D

11. SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO ADEQUADO


Na obtenção de um sistema deve-se comparar os seguintes elementos:
 Requisitos e condições de exposição do sistema de impermeabilização;
 Características dos sistemas.
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11.1. Requisitos e condições de exposição:


 Pressão hidrostática;
 Frequência da umidade;
 Exposição ao sol;
 Movimentação da base;
 Fissuração da base;
 Extensão da aplicação;
 Complexidade da superfície;
 Inclinação da superfície;
 Interferência
D com instalações;
 Custos;
 Durabilidade;
 Espessura;
 Confiabilidade.
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11.2. Características dos sistemas:


 Custo inicial;
 Vida útil e garantias;
 Resistência mecânica;
 Resistência a intempéries;
 Flexibilidade (capacidade de absorver deformações);
 Forma de aplicação;
 Possibilidade de reparo.

D
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12. SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO GENÉRICO


Base: responsabilidade na definição de algumas das exigências do sistema de
impermeabilização, em função de:
 Grau de fissuração;
 Deformidade devida a cargas;
 Movimentação térmica.

D
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12.1. Camadas de um sistema de impermeabilização genérico:


12.1.1. Camada de regularização: camada com as funções de:
 Regularizar o substrato, proporcionando uma superfície uniforme de apoio
adequado à camada impermeável;
 Fornecer à camada impermeável uma certa declividade (mínimo 1%) quando
for necessária.

D
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12.1.2. Camada impermeável: camada com a função de prover uma barreira


contra a passagem de fluídos.

D
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12.1.3. Camada separadora: camada com a função de evitar a aderência de


outros materiais sobre a camada impermeável. Usualmente adota-se:
 Papel Kraft betuminoso;
 Lâmina plástica pré-formada.

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12.1.4. Camada de proteção mecânica : camada com a função de absorver e


dissipar os esforços atuantes sobre a camada impermeável, de modo a protegê-
la contra ação danificadora destes esforços.

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12.1.5. Camada de proteção térmica: camada com a função de reduzir o


gradiente de temperatura atuante sobre a camada impermeável, de modo a
protegê-la contra os efeitos danosos da temperatura. Aumenta a vida útil da
camada impermeável.

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12.1.6. Camada de berço: camada com a função de apoio e proteção da


camada impermeável contra agressões do substrato.
12.1.7. Camada de amortecimento: mesma função da camada de proteção
mecânica, mas utilizada em conjunto com a camada de berço.

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