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Curva de possibilidade de produção

A satisfação das necessidades e desejos humanos requer a produção de bens que não
são encontradas na natureza, a obtenção deles é realizada mediante o processo de
transformação ou beneficiamento.A fabricação é feita por intermédio dos recursos e
fatores produtivos que possuem um limite como terra (ou recursos naturais, os minérios,
a água, a energia, etc.), trabalho (mão-de-obra), capital (como máquinas, fabricas,
estradas, etc.) e conhecimentos técnicos. Devido aos recursos limitados uma sociedade
tem que escolher as quantidades de bens e serviços que deseja produzir para saciar de
forma mais satisfatória os intentos da comunidade.
A curva de possibilidade de produção(CPP) é uma ferramenta em formato de grafico
utilizada para aferir a quantidade de cada bem e serviço que pode ser produzido com os
fatores de produção constantes.O CPP fornece a relação das quantidades máximas da
possibilidade de produzir entre produtos. Dessa forma, levando em consideração o fato
de que para produzir mais de um bem, quando a capacidade é máxima, a quantidade do
outro é, naturalmente, reduzida.

Portanto a escassez é considerada e os limites que existem no processo produtivo são


respeitados. Assim sendo, a curva de possibilidade de produção considera que todos os
recursos e tecnologias disponíveis são constante e inalterados no curto prazo. Fator
imprescindível para a obtenção de quantidades máximas na economia.

Devido ao cenário de escassez, a ciência econômica leva em consideração qual a


quantidade que não é produzida de um determinado produto, em decorrência da
produção de outro.Dessa forma, a medida teórica que indica este fator é o custo de
oportunidade . Dessa forma, no caso da curva de possibilidade de produção, o valor é
indicado pela inclinação da fronteira.

A ocorrência desse fenômeno pode ser constatada quando uma fábrica, num intervalo
de uma semana, produz quantidades distintas das peças A e B. Neste exemplo,
considerando a variável tempo, a capacidade produtiva da indústria é máxima numa
determinada peça quando ela não produz nelhuma unidade da outra peça. Supondo que
essa empresa produz 60 peças do tipo A, enquanto não produz nenhuma da B. Porém
quando não fabricam nenhuma peça A, faz 30 da B.Portanto, por meio destas
quantidades, dá para analisar a curva de possibilidades de produção.
A função A=60 – 2xB define as combinações possíveis da produção cada bem no cenário
em que os fatores de produção são inalterados. Essa função matemática define os
valores da curva de possibilidade de produção. Dessa maneira, esta função mostra os
valores que estão implícitos no processo produtivo, como limita a produção à capacidade
total.Portanto se forem produzidas 20peças de A e 15 de B, isso quer dizer que a
produção não atingiu ainda toda a sua capacidade, já que é possível produzir até que a
fronteira seja alcançada.

Valor de uso e valor de troca


No capitalismo qualquer produto obtido pela adição de trabalho humano possui um valor
de uso e um valor de troca. Um veículo automotivo , uma máquina de lavar , a comida,
um livro, tudo isso tem um valor de uso e valor de troca.

O valor de uso correspondente a capacidade de satisfazer necessidades


humanas. Dessa maneira, um imóvel possui valor de uso porque necessitamos nos
abrigar, o automóvel porque precisamos nos deslocar e essa relação é verificada em
todos os produtos criados pelo trabalho humano. O valor de uso de um bem ou serviço é
determinado por sua utilidade.

Todo produto com um valor de uso automaticamente possui um valor de troca. Esse
valor é compreendido pela quantidade de um produto que é possível obter em troca
de uma certa quantidade de outro produto. Esse fenômeno é constatado quando você
possui 2 quilos de carne e deseja trocar essa carne por arroz. Você encontra alguém que
aceita trocar seus 2 quilos de carne por 10 quilos de arroz. Esse é o valor de troca da
carne pelo arroz. Nas sociedades com sistema monetário desenvolvido o valor de troca
de um produto é expresso por determinada quantia em dinheiro. Dessa forma 2 quilos de
carne valem 60 reais enquanto que o quilo de arroz tem o preço de 6 reais por quilo.Esses
são seus valores de troca.

Apesar da associação de que o valor de troca depende do valor de uso, essa relação
nem sempre possui uma correspondência com equivalência.Para perceber a obviedade
desse fato considerarmos um exemplo simples: um computador com tecnologia
sofisticada e 5 quilos de arroz . O arroz tem mais utilidade que um computador avançado.
Conseguimos viver tranquilamente sem o computador, mas em hipótese alguma
sobrevivemos por muito tempo sem a alimentação.

Se utilidade de um produto não tem correlação com seu valor de troca, como ele é
determinado ? De acordo com Marx o valor de troca é proveniente do trabalho . Para esse
teórico, o trabalho é a única fonte de valor. E o valor de troca de um produto é relacionado
, em grande medida, pela quantidade de trabalho adicionada durante seu processo
produtivo . Voltemos ao exemplo do arroio e do computador . É bastante claro que o
tempo trabalho necessário para produzir 5 quilos de arroz é muito menor do que o
necessário para produzir um computador. Devido a isso terá um valor de troca maior.

O valor de troca, de forma simplificada expressa a quantidade de trabalho


requerida para produzir um produto qualquer. Sendo assim, o valor de troca de um
produto é diretamente proporcional ao trabalho empregado durante a sua fabricação.
Utilidade total e utilidade marginal

Sempre quando alguma pessoa vai adquirir um produto ou serviço um juízo de valor
será feito para aferir a utilidade dessa decisão de consumo. Esse fenômeno pode ser
observado quando um indivíduo compra um automóvel, esse bem possui um valor alto,
que pode ser utilizado para se locomover e também para empreender como motorista de
alguma empresa de aplicativo.Sabemos o quanto um veículo custa, mas temos ciência
de sua real utilidade? Podemos fazer contas a respeito do quanto poderemos nos
beneficiar com ele, os faturamentos prováveis, os resultados e entre outros.

A medição da satisfação que um determinado produto proporciona a um indivíduo é feito


pela a Teoria do Valor Utilidade, que cria indicadores para os diferentes graus de
satisfação que cada produto consumido pode nos trazer.

A Utilidade Total é o grau de satisfação que a pessoa obtém a partir do consumo de um


bem e serviço durante todo o ato ou ação de consumir.A mensuração desse dado é algo
inerente e inato a cada indivíduo. Mas já que conseguimos criar indicadores para
identificar os custos de produção de um determinado produto, podemos também criar
nossos próprios indicadores de satisfação.Tanto em relação ao consumo total do bem,
como também consumo de parcelas adicionais deste bem.

A constatação desse fenômeno pode ser observado quando alguém participa de uma
corrida de atletismo e no término dela o individuo está bastante desidratado. Ao encontrar
uma loja de conveniência, você bebe logo 2 copos de água.Sente que a sede ainda não
foi saciada e toma mais um copo. E mais outro. É um fato consumado e sem
questionamento que a satisfação propocionada no consumo do 1º. copo é bastante
superior do que no 4º. copo, não é?

Então, você poderia quantificar imaginariamente os diversos níveis de satisfação:

1º. Copo – 10

2º. Copo – 8 ⇒ diminuiu 2

3º. Copo – 4 ⇒ diminuiu 4

4º. Copo – 2 ⇒ diminuiu 2

5º. Copo ⇒ não quero mais.

A variação do nível de satisfação a cada unidade adicional consumida é conhecida de


Utilidade Marginal que, neste caso, é decrescente.Para esclarecer melhor esse
pensamento , imagine que um apreciador de diamantes que tem uma coleção
deles.Obviamente, cada diamante adicional que ele adquire, aumenta o seu nível de
satisfação, ou de Utilidade Total, mas essa satisfação sofre redução no decorrer do
tempo, o que é chamado de Utilidade Marginal.

Ao cmparar a relação da utilidade de um bem com a abundância ou escassez é possível


inferir que , quanto mais escasso um bem e mais difícil for sua reposição ou substituição
mais alta será a sua utilidade marginal em comparação com um bem que se tornou
abundante. Essa questão é demonstrada pelo seguinte exemplo: Por que a água, mais
essencial a vida é tão barata, e o diamante, sem muito serventia , possui um preço tão
exorbitante? Ocorre que a água tem grande utilidade total, mas baixa utilidade marginal
(é encontrada em abundância e fácil de ser reposta), enquanto o diamante, por ser
escasso, tem grande utilidade marginal.

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