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OE – Seminário – Aplicação do Eurocódigo 8 ao Projecto de Edifícios

Projecto de estruturas para resistência aos


sismos

EC8-1

§5 – Regras específicas para edifícios de betão

Ordem dos Engenheiros


Lisboa – 11 de Novembro de 2011
Porto – 18 de Novembro de 2011 António Costa
OE – Seminário – Aplicação do Eurocódigo 8 ao Projecto de Edifícios

EDIFÍCIOS DE BETÃO

 Definições

 Princípios de projecto

 Projecto de acordo com o EC2

 Projecto para a classe DCM

 Projecto para a classe DCH

 Disposições relativas a elementos sísmicos secundários

 Fundações

 Efeitos locais devidos a enchimentos

 Disposições para diafragmas


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DEFINIÇÕES
ELEMENTOS

 Viga; pilar; parede

 Parede dúctil
Parede fixa na base de modo a impedir a rotação, dimensionada para dissipar energia
apenas na rótula plástica da base

 Parede de grandes dimensões de betão fracamente armado


Parede com dimensões lw ≥ 4,0m ou lw ≥ 2/3 hw com comportamento não elástico limitado

 Parede acoplada
Elemento com duas ou mais paredes ligadas por vigas com ductilidade adequada (vigas de
acoplamento) capaz de reduzir em pelo menos 25% a soma dos momentos na base de cada
parede se estas funcionassem separadamente
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DEFINIÇÕES

SISTEMAS

 Sistema porticado – pórticos resistem a mais de 65% de Vbase

 Sistema de paredes – paredes resistem a mais de 65% de Vbase

 Sistema misto – paredes e pórticos resistem entre 35 e 65 % de Vbase

 Equivalente a paredes – paredes resistem a mais de 50% de Vbase

 Equivalente a pórticos – pórticos resistem a mais de 50% de Vbase

 Sistema torsionalmente flexível – rigidez de torção baixa

 Sistema de pêndulo invertido – ≥ 50% da massa localizada no terço superior


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DEFINIÇÕES

SISTEMAS

 Os edifícios com sistemas de lajes fungiformes utilizados como elementos sísmicos


primários não estão totalmente cobertos pelo EC8.

- O comportamento destes sistemas não está ainda suficientemente estudado.

- Não apresentam capacidade significativa de dissipação de energia.

O Anexo Nacional indica algumas recomendações:

• Não utilizar este tipo de lajes como parte do sistema de elementos sísmicos primários.

• Associar o sistema de lajes fungiformes a sistemas com capacidade adequada para resistirem aos
sismos (paredes, pórticos, sistemas mistos)

• Em zonas de baixa sismicidade admite-se a utilização deste tipo de lajes como elementos primários
em estruturas DCL (q ≤ 1.5). Necessário avaliar os deslocamentos horizontais e verificar a
inexistência de efeitos de 2ª ordem significativos.
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PROJECTO DE EDIFÍCIOS – Fundamentação das regras do EC8

Método de referência do EC8

Dimensionamento a partir de forças com base em coeficientes de comportamento

d dE
F

Fel

Fy
F
Exigido: dE = dE / dy
Disponível: du = du / dy

q = Fel / Fy
dy dE du d

d q = dE
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PROJECTO DE EDIFÍCIOS

A forma adoptada no EC8 para implementar esta metodologia consiste em:

 considerar a acção sísmica através de espectros de resposta inelásticos, designados


espectros de resposta de projecto ou de cálculo, obtidos a partir dos espectros elásticos
afectados do coeficiente de comportamento q. F

 realizar análises elásticas para obtenção dos esforços Fel

actuantes induzidos pelo sismo q

Fy

dy dE d

d
Coeficiente de comportamento
Coeficiente utilizado para efeitos de cálculo, que reduz as forças obtidas numa análise linear de
modo a ter em conta a resposta não linear de uma estrutura e que está associado ao material, ao
sistema estrutural e aos procedimentos de projecto
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PROJECTO DE EDIFÍCIOS

O método está ancorado a uma série de medidas prescritivas cujo o objectivo é assegurar a

ductilidade global e local da estrutura de modo a “garantir” a condição q = d :

 Usar aços com ductilidade elevada;


 Disposições especificas relativas a pormenorização de armaduras para garantir a ductilidade local;
 Disposições para evitar mecanismos de colapso local ou parcial;
 Disposições para evitar roturas frágeis;
 Definição de coeficientes de comportamento adequados ao sistema estrutural adoptado.

q = d = 
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PRINCÍPIOS DE PROJECTO

 EDIFÍCIOS PROJECTADOS PARA DISSIPAR ENERGIA POR MEIO DA DUCTILIDADE (q > 1,5)

 CLASSES DE DUCTILIDADE MÉDIA OU ALTA, DEPENDENDO DO NÍVEL DE CAPACIDADE DE


DISSIPAÇÃO DE ENERGIA.

 PREVALÊNCIA DOS MECANISMOS DE CEDÊNCIA GLOBAIS E, DENTRO DESTES, DOS


MODOS DE ROTURA DÚCTEIS (FLEXÃO), EM DETRIMENTO DOS MODOS FRÁGEIS (CORTE).

 EM ALTERNATIVA (APENAS SUGERIDO PARA SITUAÇÕES DE BAIXA SISMICIDADE), PODE


OPTAR-SE POR UMA CONCEPÇÃO CORRESPONDENTE A “BAIXA CAPACIDADE DE
DISSIPAÇÃO DE ENERGIA” – CLASSE DE DUCTILIDADE BAIXA (q  1,5)
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PRINCÍPIOS DE PROJECTO

Classes de ductilidade
Classificação de acordo com a capacidade de dissipação de energia

 DCL classe de ductilidade baixa

 DCM classe de ductilidade média

 DCH classe de ductilidade alta

Os edifícios da classe DCL resistem aos sismos essencialmente em resistência pelo


que não requerem requisitos especiais de ductilidade  dimensionamento realizado
de acordo com o EC2.

Esta classe é recomendada apenas para zonas de baixa sismicidade.

Em Portugal apenas as zonas em que ag S ≤ 0.98 m/s2 são consideradas de baixa


sismicidade.
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PRINCÍPIOS DE PROJECTO
Sismo próximo
Zona agR [m/s2]

1 2,5
2 2,0
3 1,7
4 1,1
5 0,8
Sismo afastado

Zona agR [m/s2]

1 2,5
2 2,0
3 1,5
4 1,0
5 0,6
6 0,35

Zonas de baixa sismicidade – Região norte - terreno tipo A - e arquipélago da Madeira


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PRINCÍPIOS DE PROJECTO
Anexo Nacional – Classes de ductilidade em edifícios

 O AN admite a utilização da classe DCL (q  1,5), para além dos casos de baixa
sismicidade, a edifícios regulares e de classe de importância não superior a II.

Recomenda, no entanto, que sejam adoptadas algumas disposições previstas


para outras classes de ductilidade;

Restrições geométricas

Disposições construtivas

Objectivo: aumentar a ductilidade das estruturas

 Não coloca restrições à aplicação das classes de ductilidade mais elevadas


DCM e DCH  ambas as classes são adequadas para zonas de moderada e
elevada sismicidade.

Recomenda que para estas classes sejam adoptadas medidas de controlo de


execução das obras que garantam o rigoroso cumprimento do projecto.
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COEFICIENTE DE COMPORTAMENTO
Classes DCM e DCH

q = q0 kw ≥ 1.5

q0 Valor base – dependente do tipo de sistema estrutural e da regularidade em alçado


Kw factor dependente do modo de rotura, em sistemas com paredes (≤ 1)

Para edifícios não regulares em altura, q0 é reduzido em 20%


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COEFICIENTE DE COMPORTAMENTO
O parâmetro (au / a1) reflecte a redundância e a sobre resistência da estrutura

a1 multiplicador de EEd correspondente à formação da primeira rótula


au multiplicador de EEd correspondente à formação do mecanismo de rotura

top
mecanismo
plástico
global

1ª rótula

a Vbd
au/a1 ≤ 1.5
Valores de au/a1 :

Sistemas porticados
 Edifícios de um só piso: au/a1 = 1,1
 Edifícios de vários pisos, pórticos com 1 só tramo: au/a1 = 1,2
 Edifícios de vários pisos pórticos com vários tramos: au/a1 = 1,3
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COEFICIENTE DE COMPORTAMENTO

Valores de au/a1

Sistemas de paredes

 Edifícios com apenas duas paredes em cada direcção: au/a1 = 1,0

 Edifícios com outros sistemas de paredes não acopladas: au/a1 = 1,1

 Edifícios mistos eq. a paredes ou com paredes acopladas: au/a1 = 1,2

Não verificando as condições de regularidade em planta  (au /a1)* = {1 + (au/a1)} / 2

Kw factor dependente do modo de rotura, em sistemas com paredes

Kw = 1,0 sistemas porticados e sistemas mistos eq. a pórticos


Kw = (1+ a0)/3 ≤ 1.0 sistemas de paredes, mistos eq. a paredes e torsionalmente flexíveis

a0 = Σhwi / Σlwi (esbelteza predominante)


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CRITÉRIOS DE PROJECTO

Resistência local

Ed ≤ Rd

c e s iguais aos adoptados no EC2 para situações de projecto persistentes e transitórias:

c = 1,5 s =1,15

Controlo dos modos de rotura

 Impedir a formação de mecanismos de rotura frágil (rotura por esforço transverso,


rotura dos nós viga-pilar, plastificação das fundações, …)

 Impedir a formação de mecanismos de cedência locais ou parciais (mecanismo de


piso flexível)

Cálculo pela capacidade real

Os esforços de cálculo são obtidos a partir das condições de equilíbrio considerando


a formação de rótulas plásticas e as suas sobre resistências.
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CRITÉRIOS DE PROJECTO
Controlo dos modos de rotura

mecanismo de rotura frágil (rotura por esforço transverso)


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CRITÉRIOS DE PROJECTO
Controlo dos modos de rotura

 
mecanismo de piso flexível
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CRITÉRIOS DE PROJECTO
Controlo dos modos de rotura

Mecanismo de piso flexível Mecanismo de cedência parcial


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CRITÉRIOS DE PROJECTO
Controlo dos modos de rotura

No cálculo da resistência à flexão das vigas (MRb) deverão ser consideradas as


armaduras da laje localizadas no interior da largura eficaz do banzo

Pilares exteriores Pilares interiores


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CRITÉRIOS DE PROJECTO
Controlo da ductilidade global e local

Ductilidade global

A estrutura é forçada a manter-se recta em altura  espalhar as rótulas ao longo da estrutura

Pilares robustos Paredes


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CRITÉRIOS DE PROJECTO
Controlo da ductilidade global e local
A ductilidade global da estrutura deve ser assegurada dotando os elementos de uma ductilidade local
adequada (rótulas plásticas com elevada capacidade de rotação)

Objectivo: garantir a condição q = d

Se as rótulas plásticas se espalharem uniformemente na


estrutura tem-se:

d = 
d - coeficiente de ductilidade global em deslocamento
 - coeficiente de ductilidade local em rotação

  1 + 0,5 (f -1) f  2 -1


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CRITÉRIOS DE PROJECTO

Controlo da ductilidade local

Requisitos do EC8:

 Ductilidade em curvatura suficiente em todas as zonas críticas

f ≥ 2 q0 -1 se T1 ≥ TC

f ≥ 1 + 2 (q0 -1) TC /T1 se T1 < TC

 Cintagem adequada das secções para dotar o betão de elevada capacidade de


deformação e impedir a encurvadura de varões comprimidos

No caso de se utilizar aço da classe B o factor de ductilidade em curvatura deverá ser


aumentado em 50%
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CRITÉRIOS DE PROJECTO

Controlo da ductilidade local

rotura por esmagamento do betão – falta de cintagem


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CRITÉRIOS DE PROJECTO

Restrições relativas aos materiais em elementos sísmicos primários

Devem ser adoptadas qualidades adequadas do betão e do aço em função da


classe de ductilidade

Classe de ductilidade DCL DCM DCH

Classe mínima de
C12/15 C16/20 C16/20
betão
Classe de ductilidade
B ou C B ou C C
do aço
Sobre resistência do fyk,0,95 ≤ 1,25 fyk
Sem limite Sem limite
aço
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CRITÉRIOS DE PROJECTO
Armaduras (EC2)

Armaduras de aço da classe C disponíveis em Portugal

A 500 NR SD – Esp LNEC E 460 A 400 NR SD – Esp LNEC E 455


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REGRAS DE PROJECTO PARA A CLASSE DCM E DCH

ESFORÇOS DE CÁLCULO

DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE REAL


Elementos dimensionados contra a rotura por esforço transverso

VIGAS - VEd

Rd = 1.0 (DCM)


Rd = 1.2 (DCH)
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VIGAS - VEd
g + ψ2q

 MRc
Considerando = 1,0
 MRb V1 V2

- _
M Rb,1 + M+Rb,2 _
V1,Ed = Vg+ψ2q,1 + Rd MRb,1 +
MRb,2
lcl +
lcl

M+Rb,1 + M-Rb,2 _
+ Rd
+ _
V2,Ed = Vg+ψ2q,2 MRb,1 MRb,2
lcl +
lcl
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PILARES - VEd

Rd = 1.1 (DCM)


Rd = 1.3 (DCH)
-
M Rc,1 + M+Rc,2
V1,Ed = Rd
lcl

V2,Ed = Rd M+Rc,1 + M-Rc,2


lcl
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PAREDES DÚTEIS

FLEXÃO

Dimensionamento realizado de modo a que a rótula plástica se forme apenas


na base da parede
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PAREDES DÚCTEIS

ESFORÇO TRANSVERSO
≥ VEd / 2

(DCM)

 ≈ 1,5

(DCH) – paredes esbeltas

V’Ed
VEd

(DCH) – paredes compactas hw/lw ≤ 2


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VIGAS – DUCTILIDADE LOCAL

cu2 = 0,0035 fcd


Fs2 = A’s fyd
_  Ductilidade exigida:
A’s xu 0,8 xu
Fc f ≥ 2 q0 -1 se T1 ≥ TC
M Øu f ≥ 1 + 2 (q0 -1) TC /T1 se T1 < TC

+
Fs1 = As fyd
As
s
 Ductilidade disponível:
μf = fu / fy

fu = cu2 / xu = 0,0035 / xu

Valor de xu calculado por equilíbrio de forças:

A’s fyd + 0,8 xu b fcd = As fyd  xu = 1,25 d (As – A’s)/bd fyd /fcd  xu = 1,25 d ( – ’) fyd /fcd

A curvatura de cedência em vigas é da ordem de: fy = 1,5 sy /d

0,0035 d 0,0018 fcd


f =  = ’ + ( max)
.
fyd 1,5 sy,d μf .sy,d fyd
1,25 d ( - ') f
cd
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VIGAS – DUCTILIDADE LOCAL

C 30/37

A 500 NR SD

S/ armadura de compressão C/ armadura de compressão

f ≈ 2,5 f ≈ 6,0

Ductilidade em curvatura (influência da armadura de compressão)


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VIGAS – RESISTÊNCIA E DUCTILIDADE LOCAL

ZONAS CRÍTICAS NAS EXTREMIDADE DAS VIGAS

DCM – lcr = hw

DCH – lcr = 1,5 hw

Esforço Transverso
DCM - Treliça com  do EC2
DCH - Treliça com  = 45º

Armadura Longitudinal Armadura Transversal (armadura de confinamento)

(DCM)

’  0,5  (DCH)

dbw ≥ 6 mm
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PILARES – RESISTÊNCIA E DUCTILIDADE LOCAL

 Permite verificação simplificada da flexão desviada:

MEd,X ≤ 0,7 MRd,X ; MEd,Y ≤ 0,7 MRd,Y

 Controlo do esforço axial (ductilidade)


nd ≤ 0.65 (DCM)
nd ≤ 0.55 (DCH)

 Taxa de armadura
1% ≤ L ≤ 4%  = ’ em secções simétricas

 Comprimento das zonas críticas nas extremidades dos pilares

(DCM)

(DCH)
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PILARES - DUCTILIDADE LOCAL
cu2,c fcd,c Fs
As _ 0,8 xu  Ductilidade exigida:
xu Fc = N
M f ≥ 2 q0 -1 se T1 ≥ TC
 Øu
N f ≥ 1 + 2 (q0 -1) TC /T1 se T1 < TC
+
As Fs

b0 s

 Ductilidade disponível: μf = fu / fy Confinamento do betão - EC2

fu = cu2,c /xu

xu = N / (0,8 b0 fcd)  xu = n bh / 0,8 b0, com n = N / bh fcd

cu2,c = cu2 + 0,2 2 /fck = 0,0035 + 0,1 a w

fu = cu2,c /xu = (0,0035 + 0,1 a w) 0,8 b0 / n bh

fy = sy / 0,45d  sy / 0,4h


2 / fck = 0,5 a w
fu = μf fy  0,8 b0 (0,0035 + 0,1 a w) / n bh = μf . sy / 0,4h

 a w  30 μf .n .sy . b/b0 - 0,035


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PILARES - DUCTILIDADE LOCAL

Em zonas onde c > cu2 = 0,0035 armadura de confinamento


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PILARES - CINTAGEM NA REGIÃO CRÍTICA (DCM)

Factor de eficácia
a = an . as

Secções Rectangulares

8  0.152
an  1   0.666
6  0.3  0.3
a  0.4625
Exemplo
 0.10  0.10 
0.40 a s  1  1    0.694
 2  0.3  2  0.3 

C30 1  0.40 
wd   30  5.6  n d  2.175  103   0.035 
A500 0.4625  
0.40

0.30
q0=3.3
 f=2x3.3-1=5.6
n d  0.3  wd  0.24  f8 // 0.10
8Ø20
 =1.5% n d  0.4  wd  0.35  f10 // 0.10
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PILARES - CINTAGEM NA REGIÃO CRÍTICA (DCM)

C30
Factor de eficácia Exemplo A500
q0=3.0

80
0.
 f=2x3.0-1=5.0

a = an . as
D0 16Ø20
Secções Circulares  =1.0%
an  1.0
a  0.86
2
 0.10 
a s  1    0.86
 2  0.7 

1  0.80 
Secções Circulares wd   30  5.0  n d  2.175  103   0.035 
0.86  0.70 
com cintas helicoidais
As
  0.7
0 . 10 435
 wd 
  0.7 2
20
4
n d  0.4  wd  0.13  f12 // 0.10
n d  0.6  wd  0.22  f16 // 0.10
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PILARES - CINTAGEM NA REGIÃO CRÍTICA (DCM)

Modelo de comportamento do betão confinado – EC2


C30
A500
q0=3.0

80
0.
 f=2x3.0-1=5.0

16Ø20
 =1.0%

nd =0,4 (NEd = 4000 kN)


Cintas 12//0,10  wd = 0,14

fck,c = fck (1,00 + 5 2/fck) para 2  0,05 fck


2 / fck = 0,5 a w = 0,06
fck,c = fck (1,125 + 2,50 2/fck) para 2 > 0,05 fck fck,c = fck (1,125 + 2,50 x0,06) = 1,275 fck

c2,c = c2 (fck,c/fck)2 cu2,c = cu2 + 0,2 2/fck c2,c = c2 (1,275)2 = 1,626.c2 = 0,00325

cu2,c = 0,0035 + 0,012 = 0,0155


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PILARES - CINTAGEM NA REGIÃO CRÍTICA (DCM)

1400

1200

1000
f ≈ 6,0
MRd [kNm]

800

600
f ≈ 1,0
400 núcleo confinado

200 secção bruta

0
0 10 20 30 40 50 60

Ø x 10-3 [m-1]

Ductilidade em curvatura (influência da armadura de confinamento)


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PILARES - ARMADURA DE CINTAGEM NA REGIÃO CRÍTICA (DCM)

wd,min ≥ 0.08

bi ≤ 200 mm

dw ≥ 6 mm
Cintas amarradas para
o interior do núcleo
s ≤ min { b0/2, 175 mm, 8dbL } confinado com 10 Ø

0.283  104
(4  0.3  4  0.212 435 f10 // 0.10  wd  0.097
f6 // 0.15  0.15  0.09 f12 // 0.15  wd  0.094
0.3  0.3 20
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NÓS VIGA-PILAR – RESISTÊNCIA E DUCTILIDADE LOCAL (DCM)

 Adoptar armadura de confinamento idêntica


às das zonas críticas dos pilares.

 Colocar pelo menos um varão intermédio


entre os varões de canto do pilar
em cada lado do nó.
_
+ MRb
MRb

 Impedir a rotura de aderência da armadura


longitudinal das vigas que atravessa o nó:
dbL
hc
Nós viga-pilar interiores

kD = 2/3

Nós viga-pilar exteriores Rd = 1,0


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PAREDES DÚCTEIS – RESISTÊNCIA E DUCTILIDADE LOCAL (DCM)

 Controlo do esforço axial

nd ≤ 0.4

 A armadura de alma deve ser considerada no cálculo da resistência à flexão

 Comprimento da zona crítica acima da base da parede

hcr = max {lw ; hw/6}


mas:

hs altura livre do piso


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PAREDES DÚCTEIS - DUCTILIDADE LOCAL

 ductilidade obtida através do confinamento dos elementos de extremidade


 elementos de extremidade pormenorizados como se tratassem de pilares

lc =

Asv
nd = NEd/lwbc fcd

v = (Asv/lwbc) fyd /fcd


Asv - armadura de alma vertical
L ≥ 0.5%
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PAREDES DÚCTEIS - DUCTILIDADE LOCAL

Espessura mínima dos elementos de


extremidade confinados

No caso da parede apresentar um banzo


transversal de grande dimensão não é necessário
considerar um elemento de extremidade confinado
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DISPOSIÇÕES RELATIVAS A AMARRAÇÕES E EMENDAS
Aplicam-se as disposições do EC2 com algumas exigências adicionais

 Amarrações
 Nos pilares se o esforço axial for de tracção os comprimentos de amarração devem ser
aumentados de 50% face aos valores definidos no EC2;
 O diâmetro dos varões que atravessam os nós viga-pilar devem ser limitados de modo a evitar
a rotura de aderência;
 Os varões que atravessam os nós interiores devem terminar nos elementos ligados ao nó a
uma distância não inferior a lcr.

 Emendas
 Nas zonas críticas não deve haver emendas por sobreposição por meio de soldadura;
 Permite-se a emenda por meio de acopladores mecânicos nos pilares e paredes desde que
devidamente validados por ensaios garantindo a ductilidade necessária;
 Disposições adicionais para as armaduras transversais a colocar ao longo do comprimento
de sobreposição da emenda
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ELEMENTOS SÍSMICOS SECUNDÁRIOS

 Projectados e pormenorizados de modo a manterem a sua capacidade


resistente às cargas gravíticas quando sujeitos às deformações máximas
induzidas pela acção sísmica

 Deformações calculadas na estrutura sem contribuição dos elementos


secundários para a rigidez lateral, com os elementos primários com rigidez em
estado fendilhado e tendo em conta os efeitos P-

 Duas opções:
– dimensionamento “em fase elástica”: esforços elásticos associados à
deformação máxima dos elementos
– dimensionamento em ductilidade de modo semelhante ao realizado para os
elementos primários se for viável conferir-lhes a ductilidade necessária
OE – Seminário – Aplicação do Eurocódigo 8 ao Projecto de Edifícios
EFEITOS LOCAIS DEVIDOS A ENCHIMENTOS DE ALVENARIA OU DE BETÃO

 As paredes de enchimento podem alterar significativamente o comportamento


global e local dos edifícios

alteração da rigidez
da estrutura

enchimentos parciais
elevados esforços locais colunas curtas
OE – Seminário – Aplicação do Eurocódigo 8 ao Projecto de Edifícios
EFEITOS LOCAIS DEVIDOS A ENCHIMENTOS DE ALVENARIA OU DE BETÃO

 As paredes de enchimento dos pisos térreos são particularmente vulneráveis


aos efeitos do sismo.
considerar a altura total dos pilares como zona crítica (confinamento)
OE – Seminário – Aplicação do Eurocódigo 8 ao Projecto de Edifícios
EFEITOS LOCAIS DEVIDOS A ENCHIMENTOS DE ALVENARIA OU DE BETÃO
 Considerar também a altura total dos pilares como zona crítica nas seguintes
situações:
- altura dos enchimentos inferior à altura livre dos pilares adjacentes
- paredes de alvenarias apenas de um lado do pilar (exemplo: pilares de canto)

A altura total de todos os pilares é considerada como zona crítica


OE – Seminário – Aplicação do Eurocódigo 8 ao Projecto de Edifícios
EFEITOS LOCAIS DEVIDOS A ENCHIMENTOS DE ALVENARIA OU DE BETÃO

 Dimensionar os pilares para os efeitos locais das bielas diagonais dos enchimentos
dados pelo menor dos seguintes esforços:

i - Resistência ao esforço transverso


da parede de alvenaria

ii - Esforço transverso relativo


à mobilização de duas
lc
rótulas plásticas no pilar no
comprimento de contacto
da biela

VEd = Rd (2.MRc)/lc

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