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Universidade Federal de Campina Grande – UFCG

Unidade Acadêmica de Engenharia de Materiais


Disciplina: Propriedades Mecânicas de Materiais

Lista de atividade

1) Pesquise em qualquer livro de ciências dos materiais, desenhe uma curva


típica de tensão x deformação para um metal que apresente as seguintes regiões
características: a) região elástica, b) limite elástico, c) transição elasto-plástica
ou região de escorregamento, d) região plástica e e) ponto de ruptura.

Conforme a curva típica de tensão x deformação, é visto que a letra (a)


representa a região elástica, que é caracterizada por uma deformação elástica, que a
tensão em função da deformação resulta em uma relação linear, não é permanente, que
significa que quando a carga aplicada é liberada, a peça retorna à sua forma original.

Sobre o (b) é o limite elástico da curva, que representa a tensão máxima que o
material suporta ainda no regime elástico de deformação.
Na transição elasto-plástica, letra (c), ocorre de forma abrupta em estruturas para
resistirem a tensões elásticas, logo se torna necessário conhecer o nível de tensão onde
se inicia a deformação plástica.

Na letra (d) representa a região plástica, que é aquela em que removidos os


esforços, não há recuperação da forma original.

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E por fim, é encontrado o ponto de ruptura do material, que representa a fratura
do material metálico.

2) Conceitue deformação plástica.


Conforme o material é deformado além de um determinado ponto, a tensão não
será mais proporcional à deformação e ocorre a deformação permanente, não
recuperável, chamada de deformação plástica.
Pela visão atômica, a deformação plástica corresponde à quebra de ligações
entre os átomos vizinhos originais, seguida pela a formação de novas ligações com
novos átomos vizinhos, à medida que um grande número de átomos ou moléculas se
movem uns em relação aos outros, com a remoção da tensão, eles não retornam às
suas posições originais.

3) O que ocorre na região de transição entre as regiões elástica?

Na transição do comportamento elástico para o plástico será gradual para a


maioria dos metais, que ocorre uma curvatura do final da região elástica e com início na
deformação plástica, que aumenta mais rapidamente com o aumento da tensão.
Na curva tensão x deformação a região plástica é identificável quando o ponto
de escoamento determina a transição entre as fases elástica e plástica (com ou sem
patamar na curva).
Um material frágil rompe-se facilmente, ainda na fase elástica. Para estes
materiais o domínio plástico é praticamente inexistente, indicando sua pouca
capacidade de absorver deformações permanentes. Na curva tensão x deformação, a
ruptura se situa na fase elástica ou imediatamente ao fim desta, não havendo fase
plástica identificável.

4) O que é estricção?
A estricção é a redução percentual da área da secção transversal do corpo de
prova na região onde se localizará a ruptura. A estricção determina a ductilidade do
material. Quanto maior a porcentagem de estricção, maior a ductilidade do material. A
estricção ocorre depois de atingida a carga máxima. A deformação é maior nesta região
enfraquecida. A estricção é usada como medida da ductilidade. O fenômeno da
estricção é demonstrado na figura abaixo.

Figura 1. Medição da estricção de um corpo de prova.

(1)

2
(2)

As equações (1) e (2) é sobre a medição do corpo de prova.

Vale ressaltar que a estricção não pode ser considerada uma propriedade
específica do material, mas somente uma característica do seu comportamento. Isto se
justifica, porque o estado de tensões depende da forma da secção transversal, por sua
vez, a fratura depende não só do estado de tensões e deformações, mas de como se
desenvolveu. Então, a deformação após a carga máxima não é sempre a mesma.
Apesar do seu caráter mais qualitativo, a estricção é mencionada e usualmente
especificada para diversos materiais. As medidas de estricção podem ser tomadas tanto
para corpos de secção circular como corpos de secção retangular.

Redução da área no teste de tração – CP seção circular:

(3)

Figura 2. Estricção do CP de secção circular.

Redução da área no teste de tração – CP seção retangular:

Figura 3. Estricção do CP de seção retangular.

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