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Mecânica da fratura
Sumário
Com as equações das tabelas 2.1, 2.2 e 2.3 pode-se definir as tensões, as
deformações e o deslocamento na zona dominada pela singularidade se o fator
de intensidade de tensão for conhecido.
2.9 Fratura controlada por K
2.9 Fratura controlada por K
2.9 Fratura controlada por K
2.9 Fratura controlada por K
1
Relembrando que a singularidade se aplica somente à materiais lineares
𝑟
elásticos.
As equações das tabelas 2.1, 2.2 e 2.3 não descrevem a distribuição de tensões
dentro da zona plástica.
Mesmo que a zona plástica seja muito pequena, a fratura pode não nuclear na
1
zona em que as tensões variam com .
𝑟
Esses fatos levantam uma importante questão: a intensidade de tensão é um
critério de falha útil para materiais que exibem deformação inelástica na ponta
da trinca?
2.9 Fratura controlada por K
1
A imposição da singularidade na fronteira
𝑟
resulta em uma zona plástica na ponta da
trinca.
O tamanho da zona plástica e a distribuição
de tensões dentro da região em forma de
disco são funções apenas das condições de
contorno e das propriedades do material.
2.9 Fratura controlada por K
Nos anos 60’, vários programas de testagem foram feitos pela NASA e outras
organizações para tentar desenvolver procedimentos para medida de
tenacidade à fratura de materiais de alta resistência.
As dimensões do corpo de prova estavam dentre as variáveis consideradas
nesses estudos.
Os dados da NASA mostraram um aparente efeito da espessura do corpo de
prova sobre a intensidade crítica de tensão para fratura, 𝐾𝑐𝑟𝑖𝑡 .
2.10 Fratura por deformação plana: Fato versus ficção
Nos anos 60’, quando a fratura por tensão plana e a fratura por deformação
plana foram postuladas, uma análise 3D detalhada do estado de tensões na
ponta da uma trinca era impossível.
Hoje, a análise de elementos finitos de componentes com trincas é comum.
2.10.1 Triaxialidade da ponta da trinca
Liga não
Al 7075-T6
especificada
2.10.2 Efeito da espessura sobre a tenacidade à fratura aparente
Então, as curvas vistas de 𝐾𝐼𝑐 × 𝐵, não são indicativo de uma transição de uma
“fratura de tensão plana” para uma “fratura de deformação plana”.
Na verdade, reflete as contribuições de dois mecanismos de fratura diferentes.
De fato, não existe tal coisa como “fratura de tensão plana”, exceto, talvez, em
folhas muito finas.
Quase sempre existe algum nível de triaxialidade à frente da trinca.
2.10.2 Efeito da espessura sobre a tenacidade à fratura aparente
Vimos que para a fratura ser controlada por 𝐾, temos que a zona plástica
precisar estar envolvida por uma zona de singularidade elástica e, assim
caracterizar as condições da ponta da trinca.
Análises 3D elastoplásticas por elementos finitos tem mostrado que um alto
grau de triaxialidade perto da ponta da trinca existe mesmo quando toda a
seção transversal escoou.
2.10.3 Efeitos da zona plástica
𝐾𝐼 2
Enquanto aumenta relativamente à
𝜎𝑌𝑆
espessura da placa, a zona plástica aumenta.
Em baixos valores 𝐾𝐼 , a zona plástica tem um
formato típico de deformação plana, mas evolui
para um formato de tensão plana em elevados
valores de 𝐾𝐼 .
2.10.3 Efeitos da zona plástica
2
𝐾𝐼𝑐
𝑎, 𝐵, (𝑊 − 𝑎) ≥ 2,5
𝜎𝑌𝑆
2.10.3 Efeitos da zona plástica
2
𝐾𝐼𝑐
𝑎, 𝐵, (𝑊 − 𝑎) ≥ 2,5
𝜎𝑌𝑆
𝐾𝐼𝑐 2
é proporcional ao tamanho da zona
𝜎𝑌𝑆
plástica.
Os requerimentos mínimos do comprimento da
trinca e do comprimento do ligamento, (𝑊 − 𝑎),
são para garantir que a zona plástica é
suficientemente pequena para que a fratura seja
controlada por K.
Os requerimentos de espessura são para garantir
condições de deformação plana à ponta da
trinca.
2.10.4 Implicações das trincas em estruturas
Um ponto importante de se observar é que a dependência da espessura da
tenacidade à fratura observada em ensaios de laboratório geralmente não é
diretamente transferível para componentes estruturais.
A figura abaixo compara a o estado de tensão da ponta da trinca de um corpo
de prova de laboratório com o de uma trinca superficial de um componente
estrutural.
2.10.4 Implicações das trincas em estruturas
Para o caso do corpo de prova, o tamanho relativo da zona de alta triaxialidade
é diretamente relacionada à espessura.
Para a falha superficial, o tamanho da zona de alta triaxialidade é governada
pelo comprimento da frente da trinca, que não precisa estar relacionada com a
espessura do componente.
Um corpo de prova de laboratório e uma trinca de superfície não produzem,
necessariamente, a mesma morfologia de fratura.
2.10.4 Implicações das trincas em estruturas
Em 1967, Irwin et al. desenvolveram uma relação empírica simples para
descrever as tendências vistas nos gráficos abaixo.
1
2 2
𝐾𝑐𝑟𝑖𝑡 = 𝐾𝐼𝑐 1 + 1,4𝛽𝐼𝑐
Onde 𝐾𝑐𝑟𝑖𝑡 é a medida da tenacidade à fratura para materiais mais finos, 𝐾𝐼𝑐 é
a tenacidade à fratura assintótica presumida para largas espessuras e
2
1 𝐾𝐼𝑐
𝛽𝐼𝑐 =
𝐵 𝜎𝑌𝑆
2.10.4 Implicações das trincas em estruturas
1
2 2
𝐾𝑐𝑟𝑖𝑡 = 𝐾𝐼𝑐 1 + 1,4𝛽𝐼𝑐
Infelizmente, esse ajuste empírico tem sido muito mal utilizado ao longo dos
anos.
A equação tem sido frequentemente aplicada a componentes estruturais em
um esforço para levar em conta a suposta melhora na tenacidade em seções
mais finas.
Porém, como vimos, o estado de tensão na ponta da trinca de uma trinca
superficial não está diretamente relacionada à espessura.
2.10.4 Implicações das trincas em estruturas
1
2 2
𝐾𝑐𝑟𝑖𝑡 = 𝐾𝐼𝑐 1 + 1,4𝛽𝐼𝑐
Essa equação é adequada apenas para corpos de prova com trincas superficiais
de laboratório, que exibem lábios de cisalhamento na superfície de fratura.
Ela não se aplica para falhas em componentes estruturais ou para corpos de
prova com ranhuras laterais ou corpos de prova que falham por clivagem.
Conclusões