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Externato Cooperativo da Benedita

Professora: Teresa Dias


Disciplina: Geografia

Estudos para o teste de geografia – 09.03.2021

Conceitos a dominar:

 Suscetibilidade – Propensão de uma área para ser afetado por um


determinado perigo, em tempo indeterminado, sendo avaliada através de
fatores de predisposição para a ocorrência dos processos ou ações, não
contemplando o seu período de retorno ou a probabilidade de ocorrência.

 Vulnerabilidade – o grau de perda associado aos elementos em risco,


resultantes da ocorrência de determinado episódio natural ou antrópico,
gerador de instabilidade.

 Risco – probabilidade de ocorrência de um processo (ou ação) perigoso e


respetiva estimativa das suas consequências sobre pessoas, bens e ambiente.

 Catástrofe – é um acontecimento súbito, quase sempre imprevisível, de origem


natural, provocando um grande número de vítimas e muitos danos materiais.

 Riscos naturais – resultam do funcionamento dos sistemas naturais, que levam


à ocorrência de catástrofes, como, por exemplo, os furacões, os movimentos
de vertente, as secas, as cheias, as inundações, entre outros.

 Riscos mistos – resultam da combinação de ações do ser humano com os


sistemas naturais como, por exemplo, os incêndios florestais.

Riscos
Riscos naturais Riscos mistos
Meteorológico Climáticos Hidrológicos Geomorfológicos
s
Tornados e Secas, Cheias e Movimentos de Smog, chuvas ácidas,
furacões vagas de inundações vertente e aumento do efeito de
frio e avalanches estufa, degradação do
ondas de solo, desertificação e
calor incêndios florestais
 Furacão – tempestade tropical energética e destrutiva com ventos superiores a
118 km/h.

 Tempestade tropical – perturbação atmosférica violenta caracterizada pela


ocorrência de ventos fortes acompanhados de precipitação.

 Tornado – coluna de ar rotativo com ventos de grande velocidade, da ordem


dos 300 km/h extremamente localizado e de curta direção.

 Seca – período em que as condições climáticas de um lugar se alteram devido à


excecional ausência de precipitação.

 Seca meteorológica – período anormal de tempo seco, suficientemente longo,


devido à ausência ou escassez de precipitação.

 Seca hidrológica – diminuição das reservas hídricas como, por exemplo, a


redução significativa do caudal dos rios, do nível das albufeiras e lagos e da
drástica diminuição da quantidade de água no solo e nos aquíferos.

 Desertificação – avanço de uma área desértica em consequência das condições


climáticas adversas ou da utilização abusiva do solo pela ação do ser humano.

 Vaga de frio – período de tempo de pelo menos seis dias consecutivos em que
a temperatura mínima diária é inferior em 5 ºC ao valor médio das
temperaturas mínimas do período de referência (normalmente).

 Onda de calor – período de tempo de pelo menos seis dias consecutivos em


que a temperatura máxima diária é superior em 5 ºC ao valor médio das
temperaturas máximas do período de referência (normalmente).

 Cheia – fenómeno hidrológico extremo, de frequência variável, natural ou


induzido pela ação humana, que consiste no transbordo de um curso de água
relativamente ao seu leito ordinário, originando a inundação dos terrenos
ribeirinhos (leito de cheia).

 Inundação – fenómeno hidrológico extremo de frequência variável, natural ou


induzido pela ação humana, que consiste na submersão de uma área
usualmente emersa.
Furacões

Explicar a formação de um furacão:


Os furacões são a forma mais violenta de tempestade tropical e resultam de
depressões barométricas de grande escala.
Formam-se sobre os oceanos da região intertropical (nos trópicos), alimentados pelo
ar quente e húmido. Nestas regiões o mar encontra-se geralmente com temperaturas
elevadas. Estes fenómenos meteorológicos caracterizam-se por ventos muito fortes
superiores a 118 km/h com uma forma de rotação circular.

Dependentemente do local onde estes têm origem, têm diferentes designações:


 Furacões, quando se formam no Oceano Atlântico
 Tufões, quando se formam no Oceano Pacífico
 Ciclones tropicais, quando se formam no Oceano Índico

Reconhecer consequências dos furacões (e tornados, pois, são as mesmas):


 Ventos fortes, normalmente de grande violência, que destroem edifícios e vias
de comunicação;
 Objetos transportados e arrancados pelos ventos (árvores, telhados, sinais de
trânsito, …);
 Chuvas torrenciais que causam inundações;
 Formação de ondas de grandes dimensões e com grande poder de destruição,
no caso específico dos furacões;
 Prejuízos materiais avultados;
 Vítimas mortais e feridos, entre outros.

Indicar as regiões do planeta mais afetadas pelos furacões:


 Golfo do México e mar das Caraíbas;
 Pacífico noroeste (incluindo as ilhas das Filipinas, o Mar das China, o
arquipélago do Japão);
 Índico norte (mar Arábico e golfo de Benguela);
 Pacífico oriental (região próxima do México e América Central);
 Índico sul (regiões próximas de Madagáscar);
 Pacífico sudoeste (as regiões das ilhas Fuji, Samoa e costa oriental da Austrália).
Tornados

Explicar a formação dos tornados:


Os tornados são dos fenómenos naturais mais violentos na superfície terrestre. O seu
processo de formação é extremamente complexo sendo necessária a combinação de
algumas condições meteorológicas excecionais, nomeadamente o encontro, junto ao
solo, de massas de ar quente e frio (instabilidade atmosférica) com ventos de diferente
direção e velocidade.

À semelhança dos furacões, os tornados também podem formar-se no oceano e, nesse


caso, tomam a designação de tromba d’água.

Conhecer a escala que classifica os tornados:


A intensidade de um tornado é medida pela escala Fujita que avalia os estragos
causados por este.

Indicar formas/medidas de prevenção dos furacões e tornados:

 Estes fenómenos podem ser previsíveis através de satélites meteorológicos e


outros recursos utilizados pelos serviços meteorológicos;
 Proibir a construção em áreas sujeitas a inundações provocadas pelas
tempestades tropicais;
 Reforçar a construção das habitações e outras instalações;
 Construir abrigos para evacuação da população: em lugares de maior altitude
protegidos das inundações que podem surgir, no caso dos furacões; e
subterrâneos no caso dos tornados;
 Na rua, deitar-se numa depressão ou área mais baixa, fora da estrada,
protegendo a cabeça, uma vez que grande parte das vítimas resultam da
deslocação de objetos e detritos.
Secas

Distinguir os diferentes tipos de seca (Meteorológica e Hidrológica):

 Seca meteorológica – período anormal de tempo seco, suficientemente longo,


devido à ausência ou escassez de precipitação.

 Seca hidrológica – diminuição das reservas hídricas como, por exemplo, a


redução significativa do caudal dos rios, do nível das albufeiras e lagos e da
drástica diminuição da quantidade de água no solo e nos aquíferos.

Indicar as condições que estão na origem das secas:


As secas caracterizam-se por um período em que a humidade do solo é deficitária, de
tal forma que as necessidades das plantas, dos animais e dos seres humanos não
podem ser satisfeitas. As condições meteorológicas que estão na origem das secas são
a ausência ou escassez de precipitação.

Apontar consequência diretas e indiretas das secas:

Diretas:
 Deficiente fornecimento de água para abastecimento urbano;
 Prejuízos na agricultura, na indústria e na produção de energia hidroelétrica;
 Restrições à navegação nos rios e à pesca em águas interiores.

Indiretas:
 Favorecimento de condições que levam à ocorrência e propagação de
incêndios florestais;
 Problemas fitossanitários (preservação e defesa da flora);
 Degradação da qualidade da água;
 Erosão do solo;
 A longo prazo, desertificação, nas regiões de climas áridos e semiáridos.

Identificar regiões de Portugal continental mais suscetíveis à seca:


No território português as secas são mais frequentes nas regiões do centro e do sul do
país, coincidindo com as áreas de menor precipitação.
Vagas de frio e ondas de calor

Distinguir vagas de frio de ondas de calor:

 Vaga de frio – período de tempo de pelo menos seis dias consecutivos em que
a temperatura mínima diária é inferior em 5 ºC ao valor médio das
temperaturas mínimas do período de referência (normalmente).

 Onda de calor – período de tempo de pelo menos seis dias consecutivos em


que a temperatura máxima diária é superior em 5 ºC ao valor médio das
temperaturas máximas do período de referência (normalmente).

Reconhecer os impactos (consequências) das vagas de frio e das ondas de calor:

Para além das consequências graves ao nível da saúde (aumento da mortalidade e


morbilidade, sobretudo nos idosos mais frágeis e vulneráveis), estes fenómenos
acrescentam ainda impactes significativos noutras áreas, nomeadamente:

 Na agricultura, ao causarem prejuízos incalculáveis como a destruição de


culturas (campos, terrenos, …);
 Na circulação rodoviária, devido à formação de gelo nas estradas associado às
vagas de frio;
 No consumo energético, através do aumento do uso de energia para
aquecimento durante o inverno e refrigeração no verão.

Além disso, as ondas de calor são, por exemplo, responsáveis pelo aumento da
perigosidade de ocorrência de incêndios florestais por um maior consumo de água,
pelo aumento anormal da temperatura nos centros urbanos, entre outros.

Em relação às vagas de frio, há estudos que revelam que, por exemplo, o excesso de
mortalidade durante os meses mais frios parece inexistir em algumas regiões
extremamente frias do mundo. Há, portanto, outros fatores para além da temperatura
que explicam este fenómeno, nomeadamente o isolamento térmico das habitações e
os fatores comportamentais.
Cheias e inundações

Distinguir cheias de inundações:

 Cheia – fenómeno hidrológico extremo, de frequência variável, natural ou


induzido pela ação humana, que consiste no transbordo de um curso de água
relativamente ao seu leito ordinário, originando a inundação dos terrenos
ribeirinhos (leito de cheia).

 Inundação – fenómeno hidrológico extremo de frequência variável, natural ou


induzido pela ação humana, que consiste na submersão de uma área
usualmente emersa.

Identificar as diferentes origens das inundações.


Distinguir o leito de inundação de leito normal.
Apontar as caraterísticas das bacias hidrográficas que aumentam ou diminuem a possibilidade
de cheias e possíveis inundações.
Identificar as propriedades do solo que aumentam ou diminuem a probabilidade de ocorrência
de inundações.
Explicar o que são as inundações costeiras e as inundações urbanas.
Apontar consequências diretas e indiretas das inundações.
Indicar formas de prevenção e mitigação das inundações.
Destaque as bacias hidrográficas de Portugal mais suscetíveis de inundações.

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