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BANCO DE EXERCÍCIOS BioGeoFOCO 10

DOSSIÊ DO PROFESSOR

Grupo XVI

No dia 13 de novembro de 2016, um sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter abalou a ilha sul da
Nova Zelândia, com registo de duas vítimas mortais. Nas doze horas que se seguiram foram registadas mais
de 250 réplicas que foram diminuindo progressivamente de magnitude (de M = 6 a M = 3).

Situada no chamado “Anel de Fogo do Pacífico”, a Nova Zelândia é frequentemente abalada por sismos
violentos. O último grande terramoto, de 7,1 de magnitude, aconteceu no mês de setembro do mesmo ano a
nordeste de Gisborne, na ilha norte.

De acordo com o Instituto Geológico dos Estados Unidos da América, o epicentro foi localizado a 55
quilómetros de Amberley e a cerca de 95 quilómetros de Christchurch, a 22 quilómetros de profundidade.
Habitantes de outras zonas do país, como Dunedin, a mais de 300 quilómetros de Christchurch, e Auckland,
na ilha norte do país, relataram ter sentido o abalo (figura 1).

A capital, Wellington, também foi duramente atingida, com danos nos edifícios e estradas. Várias pessoas
fugiram das suas casas devido à ameaça de tsunami, fenómeno que não se veio a verificar.

O Centro de Tsunamis do Pacífico considerou não haver perigo da formação de um tsunami, mas a
Proteção Civil neozelandesa lançou um aviso para toda a costa este da ilha e para as Ilhas Chatham,
divulgando a carta de risco de tsunami (figura 2). A autoridade civil lembrou, após esta ocorrência sísmica,
que “a primeira onda pode não ser a maior” e aconselhou os neozelandeses a manterem-se afastados da
costa e a procurarem abrigo num ponto alto pois “as ondas podem continuar a formar-se durante as
próximas horas”.

Christchurch, a maior cidade da ilha sul e a terceira mais populosa da Nova Zelândia, foi abalada em
2011 por um forte sismo que provocou a morte de mais 185 pessoas. Apesar da magnitude mais baixa (6,3
na escala de Richter), a intensidade e violência do tremor provocaram maior destruição, nomeadamente de
uma parte do centro da localidade, tendo a famosa catedral da cidade, construída no final do século XIX,
ficado gravemente danificada.

M 7.8 - 55 km NNE de Amberley, Nova Zelândia


2016-11-13 | 11:02:57 UTC | 42,729°S 173.056°E | 22,0 km de profundidade

Figura 1 – Localização geotectónica do sismo de 13 de novembro de 2016 e distribuição dos focos de sismos ocorridos com
magnitude ≥7 (Nova Zelândia). Fontes (adaptado): U.S. Geological
Figura 2 – Níveis de ameaça de tsunami para as ilhas da Nova Zelândia, em 13 de novembro de 2016.
Survey em https://earthquake.usgs.gov/earthquakes/eqarchives/poster/2016/20161113.php)
Adaptado do jornal digital Observador.

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1. Os terramotos são causados por


(A) forças endógenas de natureza tectónica.
(B) energias exógenas excepcionais.
(C) forças antrópicas descontroladas.
(D) forças endógenas e antrópicas e energias exógenas.

2. O “Anel de Fogo” é a área do planeta


(A) onde se registam sismos tectónicos.
(B) em subdução de placa litosférica.
(C) onde ocorrem erupções vulcânicas fissurais.
(D) que corresponde ao limite da placa Pacífica.

3. Identifique a afirmação verdadeira relativa à magnitude sísmica de Richter.


(A) A magnitude máxima é limitada pela resistência da astenosfera e desde o início da sismologia
instrumental nunca se observaram sismos com magnitude superior a 9.
(B) A magnitude é medida diretamente nos sismogramas.
(C) A escala de magnitude não tem limite superior nem inferior, mas o limite de sensibilidade atual dos
sismógrafos não permite o registo de sismos com M<2.
(D) Os sismos de elevada magnitude são os mais frequentes.

4. Na área epicentral deste sismo,


(A) a placa Indo-australiana move-se para noroeste a uma velocidade de aproximadamente
40 mm/ano.
(B) a placa do Pacífico move-se para sudoeste a uma velocidade de aproximadamente 41 mm/ano.
(C) no limite tectónico entre as placas Indo-australiana e Pacífica ocorre essencialmente subducção.
(D) ocorre acreção da placa Pacífica sob a placa Indo-australiana.

5. De acordo com a Teoria do Ressalto Elástico, um sismo ocorre quando


(A) se verifica acumulação de energia em massas rochosas litosféricas por atuação de forças.
(B) o limite de resistência/elasticidade de uma massa rochosa litosférica é atingido.
(C) há libertação de energia em massas rochosas litosféricas no estado dúctil.
(D) sempre que no interior da litosfera ocorre uma libertação de energia.

6. A vibração sísmica que se propaga do foco ao epicentro é originada pelas ondas internas
(A) P.
(B) S.
(C) P e S.
(D) P, S, Rayleigh e Love.

7. Tectonicamente, a emissão de alerta de tsunami deveu-se, principalmente, à


(A) necessidade de proteger pessoas e património.
(B) quantidade de energia libertada no epicentro.
(C) orientação tectónica da placa litosférica oceânica.
(D) localização geográfica do epicentro.

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8. De acordo com a escala MCS (Mercalli, Cacani e Sieberg), este sismo


(A) modificou de modo percetível a paisagem natural.
(B) teve no seu epicentro uma intensidade de grau superior ou igual a VI.
(C) libertou no seu hipocentro uma quantidade de energia superior à da bomba atómica de Hiroshima.
(D) provocou intensa destruição devido à sua grande profundidade focal.

9. As afirmações I, II e III são relativas ao sismo de 13 de novembro de 2016 que ocorreu na Nova
Zelândia. Selecione a afirmação que as classifica corretamente.
I. O maior risco de tsunami no território neozelandês limitou-se à área epicentral deste sismo.
II. Em Auckland, o risco de tsunami foi baixo porque esta região não é afetada por sismos.
III. O comprimento e a velocidade de deslocação dos tsunamis são diretamente proporcionais à
profundidade do oceano.

(A) As afirmações I e II são verdadeiras; a afirmação III é falsa.


(B) A afirmação I e III são verdadeiras; a afirmação II é falsa.
(C) As afirmações I e III são falsas; a afirmação II é verdadeira.
(D) As afirmações I e II são falsas; a afirmação III é verdadeira.

10. Explique a distribuição da atividade sísmica nas ilhas norte e sul da Nova Zelândia, em função da
profundidade do foco de sismos com magnitude superior ou igual a 7, de acordo com os dados
geotectónicos da figura 1.

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