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RISCOS NATURAIS

RISCOS NATURAIS
TEMPESTADES VIOLENTAS
TORNADO
Fenómeno meteorológico repentino e de curta duração que
corresponde a uma forte corrente giratória e ascendente do ar,
formando uma coluna que liga a superfície terrestre, nos
continentes, a uma nuvem de grande dimensão.

CICLONE TROPICAL

Centro de baixas pressões atmosféricas que se forma sobre os


oceanos, entre os 5º e os 25º de latitude norte e sul, e que pode
evoluir para uma tempestade violenta. Dura vários dias, seguindo
um percurso que pode afetar diferentes regiões.

Fig. – Ciclone
Fig. – Tornado,
Tropical, Colorado.
Oceano Índico.
TEMPESTADES VIOLENTAS

Os tornados e os ciclones tropicais são fenómenos meteorológicos


extremos acompanhados de ventos muito fortes e, no caso dos ciclones,
de chuvas intensas e ondas gigantes que galgam a terra e provocam
inundações.
A intensidade destas tempestades reflete-se no seu poder destrutivo.

Fig. – Vagas de tempestade.

Fig. – Tempestade Haiyan, Filipinas (2013).


TORNADOS
A C

B D

Fig. – Formação de um tornado, Flórida.


TORNADOS

Formação de um tornado, Flórida.


TORNADOS
Os tornados ocorrem no interior dos continentes, sobretudo na zona
temperada do norte, sendo mais comuns nos EUA, no chamado
«corredor dos tornados».

Fig. – Área de
maior
ocorrência de
tornados,
conhecida
como
«corredor dos
tornados», nos
EUA.
Fig. – Tornado, Flórida.
TEMPESTADES TROPICAIS
Em Portugal,
Osarfuracões,
O o húmido
arquipélago
quente etufões dos Açores
ou ciclones
eleva-se começam é acom
em espiral,região com maior
originando
a formação
ventos
de fortes,
um a
suscetibilidade
centro
mais dede 120 de ser
baixas
km/h, afetada
pressões
nuvens por furacões
deatmosféricas
grande que, geralmente,
desenvolvimento
sobre o oceano, ao
vertical eatingirem
nas horizontal
latitudes
essa latitude,
intertropicais,
e chuvas já perderam
intensas.
que força. e ganham grande dimensão.
se intensificam

Fig. – Formação de um furacão.

Fig. – Furacão, a aproximar-se da Flórida.


PREVER E PREVENIR Pág. 72

TORNADO FURACÕES

Os meteorologistas apenas Os modernos meios de


conseguem identificar as observação meteorológica
condições atmosféricas que permitem prever a formação de
podem levar à sua formação. um furacão até cinco dias de
antecedência, assim como estimar
a sua trajetória.

Como é um fenómeno visível É possível alertar a população,


desde o início da sua formação, é que pode prevenir-se e, em muitos
possível tomar algumas precauções casos, abandonar as áreas de
até à sua chegada, sobretudo maior risco, colocando-se a salvo.
garantir a proteção das pessoas.

Fig. – Estragos causados pelo furacão Sandy, Nova Iorque (2012).


TEMPO DE SECA
SECA

Período de persistência anómala de tempo seco, de modo a


causar problemas no abastecimento de água.

SECA METEOROLÓGICA SECA HIDROLÓGICA

Período mais ou menos prolongado Redução dos níveis médios da


com valores de precipitação água nos reservatórios e toalhas
anormalmente baixos. freáticas.

Fig. – Baixo nível de água no reservatório de South Lake, na Califórnia.


TEMPO DE SECA Pág. 74

Fig. – Número de secas e de pessoas afetadas, por continente (2005 a 2014).


TEMPO DE SECA Pág. 75

As regiões mais afetadas pelas secas, além das zonas de deserto, são:
✓ as de clima tropical
seco (ex.: África
Oriental) e de clima
mediterrâneo (ex.:
sul da península
Ibérica);
✓ as do interior dos
continentes, muito
afastadas do mar ou
protegidas por
barreiras de relevo
(ex.: sudeste Fig. – Áreas de maior incidência de secas
australiano). meteorológicas.

Fig. – Seca, Austrália.


TEMPO DE SECA

Em Portugal, as regiões mais afetadas em


períodos de seca são o sul e o interior,
onde o clima é mais seco.

Fig. – Distribuição do índice


de seca em Portugal
Continental, no período de
seca mais grave deste
século – junho de 2005. Fig. – Seca, Alentejo.
EFEITOS DA SECA
Os consequências
As longos períodosdasde seca têm
como principias
secas dependem:impactes:
✓ do
graves prejuízos
espaço económicos,
que afetam;
sobretudo
✓ da na agricultura;
sua duração;
✓ da
✓ degradação dos solos;
suscetibilidade
✓ natural;
salinização das toalhas
freáticas;
✓ da vulnerabilidade
✓ socioeconómica
redução da biodiversidade;
da
✓ população.
frequente propagação de
pragas e pestes que destroem
por completo as colheitas;
✓ escassez de alimentos que
leva à perda de muitas vidas
humanas.
Fig. – Campo de milho, efeitos do
Fig. – Peixe mortoprolongado
tempo devido
Fig. Fig. – Seca,
–àSeca,
seca, Califórnia.
quente e África.
seco.
Califórnia.
… MEDIDAS A TOMAR
✓ Construção de
albufeiras e outros
reservatórios;
✓ Criar infraestruturas de
captação e tratamento
de água;
✓ Evitar práticas
agrícolas que degradam
e esgotam os recursos
hídricos;
✓ Reduzir ou eliminar as
fontes de poluição e
degradação dos
recursos hídricos;
✓ Racionalizar o
consumo de água.
Fig.––Reservatório
Fig. – Contaminação
Fig. das Fig. –dos
Dessalinização
águas de água,
Fertilização
de rios Dubai.
agrícola.
porInglaterra.
água, esgotos.
ONDAS DE CALOR E DE FRIO
ONDA DE CALOR ONDA DE FRIO

Temperatura máxima diária superior, Temperatura mínima diária


em 5ºC ou mais, ao valor normal inferior, em 5ºC ou mais, ao valor
para a época, durante pelo menos normal para a época, durante
seis dias seguidos. pelo menos seis dias seguidos.

Fig. – Onda de Calor, as pessoas refrescam-se nas fontes.


Fig. – Tempestade de neve, Toronto.
ONDAS DE CALOR E DE FRIO

Fig. – Ondas de calor e de frio e número de vítimas mortais, por continentes (2005 a 2014).
ONDAS DE CALOR E DE FRIO Pág. 79

De modo geral, as ondas de


calor e de frio são mais
intensas no interior dos
continentes, como
acontece em Portugal,
devido ao efeito da
continentalidade sobre as
temperaturas.

Fig. – Incêndio, Portugal (favorecidos pelas ondas de calor).


EFEITOS DAS TEMPERATURAS EXTREMAS Pág. 80

As situações meteorológicas de
temperaturas extremas:
✓ constituem um risco para a
saúde humana, podendo ocorrer
vítimas mortais;
✓ podem causar graves prejuízos
na agricultura,
✓ as ondas de frio provocam
tempestades de gelo;
✓ as ondas de calor favorecem a
ocorrência de incêndios.

Fig. –Fig. – Tendas


Campo Fig.de– milho Fig. – Incêndio,
de pessoas
Tempestade
afetado sem
de
pela abrigo,
neve,
seca, Viena.
Portugal.
Finlândia.
Sérvia.
COMBATER O EXCESSO…
CALOR: ✓ evitar atividades que exijam
muito esforço ou estar de pé
✓ ingerir água ou outros líquidos
muito tempo, sobretudo ao sol;
não açucarados com
regularidade, mesmo que não se ✓ usar roupas leves de algodão e
sinta sede; de cores claras. As cores
escuras absorvem maior
✓ evitar roupas de fibras
quantidade de calor;
sintéticas ou lã, que fazem
transpirar, podendo provocar ✓ se sair proteger-se com um
desidratação; chapéu ou um lenço;
✓ não tomar banho com água ✓ evitar sair nas horas de maior
muito fria se o corpo estiver calor;
muito quente;
✓ durante a noite, abrir bem as
✓ redobrar a atenção com janelas para que o ar circule e a
crianças, idosos e doentes. casa arrefeça;
Fig. – Onda de calor, Moscovo.
COMBATER O EXCESSO… Pág. 81

FRIO: ✓ ter especial cuidado com


aquecimentos a lenha (lareiras,
✓ vestir várias camadas de roupa, braseiras, etc.), para evitar a
em vez de uma única peça muito acumulação de monóxido de
quente; carbono;
✓ não fazer esforços físicos ✓ fazer reservas de água potável
violentos, pois o corpo precisa e de alimentos ricos em
da energia para se manter calorias (chocolate, frutos secos,
quente; etc.);
✓ evitar manter-se ao frio durante
✓ Proteger a boca e o nariz para
muito tempo e não se sujeitar a
impedir a entrada de ar muito
diferenças de temperatura entre
frio nos pulmões;
a rua e os interiores muito
aquecidos, que desidratam a ✓ redobrar a atenção com
pele, podendo causar lesões nos crianças, idosos e doentes.
lábios e mãos; Fig. – Tempestade de neve, Utah.
CHEIAS E INUNDAÇÕES Pág. 82

CHEIA
Um fenómeno hidrológico extremo, de frequência variável, natural
ou induzido pela ação humana, que consiste no transbordo de um
curso de água relativamente ao seu leito normal, originando a
inundação dos terrenos ribeirinhos (leito de cheia).

INUNDAÇÃO

Fenómeno hidrológico extremo, de frequência variável, natural


(devido a cheia ou galgamento da água do mar) ou induzido pela
ação humana, que consiste na submersão de uma área
usualmente emersa.

Fig. – Maiores inundações – vítimas mortais, por continentes (2005 a 2014).


Fig. – Inundações,
Fig. – Galgamento da água doDanúbio (2012).
mar, Inglaterra.
CHEIAS E INUNDAÇÕES

As cheias ocorrem quando a água dos rios e lagos transborda para


além do seu leito normal.

Resultam de:
✓ chuvas intensas e
continuadas ou fortes e
de curta duração;
✓ fusão de neves e gelo;
✓ queda de um dique ou
paredão de uma
barragem.

Fig. – Cheias, República Checa.


CHEIAS E INUNDAÇÕES Pág. 83

Fig. – Ocorrência de cheias, segundo as suas causas.


CHEIAS E INUNDAÇÕES Pág. 83

Em Portugal, as zonas
de risco mais elevado
são:
✓ as planícies do
curso final de rios,
como o Douro e o
Tejo;
✓ Algarve, devido ao
regime torrencial das
ribeiras.

Fig. – Áreas de maior


suscetibilidade natural à
ocorrência de cheias. Fig. – Cheias, Portugal.
EFEITOS DAS CHEIAS E INUNDAÇÕES Pág. 84

Consequências:
✓ perda de habitações e, por
vezes, de vidas humanas; São mais graves onde
existe:
✓ isolamento de casas e
povoações; ✓ leitos de cheia
ocupados com
✓ danos materiais em casas,
construções para
veículos, etc.;
habitação ou outros fins;
✓ inundações e/ou estragos em
✓ solos muito
vias de comunicação e
impermeabilizados,
outras infraestruturas;
como nas cidades;
✓ interrupção das atividades
✓ falta de cobertura
económicas e respetivos
vegetal em terrenos
prejuízos;
com algum declive,
✓ algumas alterações
ambientais. Fig. – Salvamento de pessoas
Fig. – Casa destruída pelas cheias,
isoladas pelas cheias, Paquistão.
Tailândia.
PREVENIR AS CHEIAS Pág. 85

Prevenção:
✓ construção de barragens
para regularizar os
caudais;
✓ ordenamento das áreas
ribeirinhas e a limpeza
regular dos leitos de cheia;
✓ criação e manutenção de
sistemas eficazes de
escoamento das águas
pluviais, nas áreas
urbanizadas;
✓ reflorestação dos terrenos
com risco de derrocada,
evitando a construção
nessas áreas. Fig. – Barragem das Três Gargantas, China.
MOVIMENTOS DE VERTENTE Pág. 86

MOVIMENTO DE VERTENTE
Rutura e deslizamento ou derrocada de grande quantidade de
rocha ou terras, ao longo de uma vertente, que pode ter origem em
diversas causas – chuvas intensas, sismos, etc.

AVALANCHE

Massa de neve acumulada que, repentinamente, se solta e


movimenta rápida e violentamente, precipitando-se em direção ao
vale.

Fig. – Deslizamento
Fig. – Avalanche,
de terra,
Cáucaso.
Índia.
MOVIMENTOS DE VERTENTE

Os movimentos de vertentes
Causas:
✓ perdaem
ocorrem da áreas de declive
cobertura
mais ou menos
vegetal acentuado,
(desflorestação,
com vertentes instáveis.
incêndios);
✓ erosão, provocada por um
curso de água na base da
vertente, conjugada com a
ação da gravidade;
✓ chuvas intensas e
infiltração de água no solo;
✓ escoamento da água da
precipitação à superfície,
que arrasta terra e
vegetação.

Fig. – Estrada danificada por um deslizamento.


MOVIMENTOS DE VERTENTE Pág. 8

Os movimentos de vertente são agravados pela ocupação humana sem


planeamento e não suportada por infraestruturas de estabilização das
vertentes.

Fig. – Deslizamento
Fig. – Maiores deslizamentos de terra, provocados de terra,(2013).
por chuvas intensas Brasil.
MOVIMENTOS DE VERTENTE Pág. 87

As avalanches ocorrem em áreas de montanha, onde a queda de neve é


frequente.

Fig. – Áreas de maior risco de avalanche.


Fig. – Avalanche, Himalaias.
EFEITOS DOS MOVIMENTOS DE VERTENTE

Consequências:
✓ perda de solo;
✓ soterramento de edifícios,
com graves prejuízos e, por
vezes, perda de vidas
humanas;
✓ obstrução ou queda de
troços de estradas;
✓ destruição de campos
agrícolas e suas culturas.

Fig. – Estrada obstruída por


Fig. – EstradaFig. – Efeitos
destruída deslizamento
pordeum
um deslizamento
deslizamento dedeterra, Costa
deterra,
terra, Rica.
Turquia.
Tanzânia.
MOVIMENTOS DE VERTENTE E A SUA PREVENÇÃO Pág. 88

Prevenção:
✓ evitar a desflorestação;
✓ instalar sistemas de
drenagem de águas nas
vertentes instáveis;
✓ estabilizar as vertentes
com infraestruturas de
suporte e fixação dos
materiais rochosos;
✓ planear e ordenar a
ocupação humana das
vertentes e dos espaços
que elas podem afetar.

Fig. – Principais infaestruturas de prevenção dos movimentos


Fig.––Estrutura
Fig. Estruturadedeprevenção
prevençãode de vertente.
dedeslizamentos
deslizamentosde
deterra.
terra.

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