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ATUALIDADES

ENCHENTES NA LÍBIA
E AS FORTES CHUVAS NO RIO GRANDE DO SUL:
UMA DECORRÊNCIA DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS?

(Atividade para todas as turmas do dia 19 de setembro de 2023)

Olá estudantes!
Você viram que enchentes estão ocorrendo no Brasil e no mundo neste mês?
Os noticiários abordaram a devastação ocorrida na Líbia e no Rio Grande do Sul.
Leia os textos a seguir e anote em seu caderno aquilo que você considerar mais
importante. Depois responda algumas questões.

Líbia: “medicane”

A Líbia, já abalada pela instabilidade política, enfrenta agora uma nova


calamidade: a crise climática. As inundações no país, ocorridas no último domingo (10/9),
romperam duas barragens, quebraram pontes e mataram cerca de 20 mil pessoas! As
águas mediterrâneas estão muito quentes desde julho e isso refletiu nas ondas de calor na
Europa que foram noticiadas nos últimos meses. Há anomalias de mais de +5ºC na
Temperatura da Superfície do Mar: ou seja, estão mais quentes que a média. Essas águas
mais quentes que a média contribuiu para a formação da Tempestade Daniel. Essa
tempestade inundou partes da Grécia, Turquia e Bulgária. À medida que a tempestade se
aproximava da Líbia, desenvolveu características de um ciclone tropical, ou “medicane”,
com ventos medindo cerca de 70km/h a 80km/h.
Medicane é a junçãavra Mediterranean + hurricane. Ou seja, um furacão
(ciclone tropical) no
Mediterrâneo. Só que os
medicanes são diferentes dos
furacões do vizinho Oceano
Atlântico. Eles são menores e
duram menos tempo, porque no
Mar Mediterrâneo temos uma
limitação espacial. No
Mediterrâneo há menos espaço.
Isso faz com que os medicanes se
formem e rapidamente atinjam
uma porção de terra.
Rio Grande do Sul: Chuvas Devastadoras

Enquanto isso, no Rio Grande do Sul, o Brasil enfrenta fortes chuvas e enchentes,
fazendo milhares de pessoas terem que abandonar suas casas. Casas, estradas e redes de
energia. Cerca de 340.928 pessoas foram afetadas e, até agora, foram registrados 47
mortos. Há previsão de mais chuvas fortes para os próximos dias na região.
Eventos climáticos extremos, como ciclones e enchentes, estão se tornando mais
frequentes e intensos. Especialistas atribuem esse aumento à mudança climática e ao
aquecimento global.
As enchentes no Rio Grande do Sul e outros desastres recentes são exemplos
desses eventos extremos. O consumo de recursos naturais do planeta atingiu um estágio
sem retorno, contribuindo para fenômenos climáticos descontrolados. A agricultura
também está sendo afetada por esses eventos, com secas e outros desafios climáticos. Os
ciclones extratropicais são um exemplo de fenômenos que estão se intensificando e
causando impacto. A região Sul do Brasil continua sob risco de eventos climáticos
extremos devido à previsão de chuvas acima da média.
Os ciclones se dão por uma combinação de elementos diretamente ligados às
mudanças climáticas, além da passagem do El Niño. O El Niño é um fenômeno natural de
aquecimento das águas do Pacífico, nas cotas de Equador e Peru, e que atinge o Brasil
intensamente e de formas variadas, dependendo da região. No Sul provoca chuvas, e até
enchentes. O El Niño é um fenômeno de uma escala de tempo de cerca de um a dois anos.
Seu pico geralmente é perto de dezembro. Uma corrente de água quente acontece em uma
região que é de água fria. Acontece o fenômeno da ressurgência em que a água do fundo
do mar sobe e traz alimento para os peixes, que alimentam o homem.
Os locais onde nascem El Niño e La Niña são beneficiados porque ambos os
eventos ajudam a pesca local. Para o Brasil é que ele se mostra de forma devassadora. O
aquecimento do globo, porém pode aumentar a intensidade e a freqüência dos El Niño.
Assim podemos dizer que não se trata de um ciclo normal da natureza, mas do resultado
do impacto humano no meio ambiente, em um sistema econômico que destrói a natureza.
E o que uma coisa tem a ver com a outra?

Embora as circunstâncias na Líbia e no Rio Grande do Sul sejam diferentes, ambas


destacam a necessidade urgente de lidar com as mudanças climáticas:
▪ Vulnerabilidade das Comunidades: Tanto na Líbia quanto no Rio Grande do Sul,
comunidades vulneráveis são as mais afetadas. Populações de baixa renda, que têm menos
recursos para se adaptar às mudanças climáticas e menos capacidade de recuperação,
estão entre as mais atingidas;
▪ Necessidade de Solidariedade Internacional: As crises climáticas não conhecem
fronteiras, e a resposta deve ser internacional. A comunidade global deve se unir para
oferecer assistência humanitária, apoiando aqueles que sofrem com as consequências das
mudanças climáticas;
▪ Prevenção e Mitigação: A prevenção e a mitigação das mudanças climáticas são
essenciais. Reduzir as emissões de gases de efeito estufa e investir em infraestrutura
resiliente ao clima são passos críticos para evitar futuras tragédias;

Questões:

1) O que são “medicanes”?


2) Como explicar as enchentes no Rio Grande do Sul?
3) O que é possível fazer para amparar as famílias que sofreram com as
inundações na Líbia e no Rio Grande do Sul?
4) Faça uma carta demonstrando sua solidariedade às pessoas atingidas por
essa tragédia.

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