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FURACÕES E TORNADOS

-Geografia-

INTRODUÇÃO
Uma catástrofe natural é um fenómeno natural
extremo de carácter imprevisível, que tem efeitos
devastadores como destruição material, perdas de
vidas e alterações na superfície terrestre.

Por sua vez, um risco natural é a probabilidade


de ocorrência de um fenómeno natural perigoso como as catástrofes.

Os riscos naturais podem classificar-se de diferentes formas, consoante a sua


origem: riscos climáticos, riscos hidrológicos e riscos geomorfológicos. Hoje
iremos abordar sobre os furacões e os tornados, pertencentes aos riscos
climáticos.

Para este trabalho, temos como objetivos:


-Distinguir furacões de tornados;

-Descrever as características meteorológicas dos mesmos;

-Localizar as áreas mais suscetíveis às suas formações;

-Reconhecer a incidência no arquipélago dos Açores e no território


continental português;

-Identificar as suas consequências;

-Referir medidas de proteção antes e durante a ocorrência.

1-DISTINGUIR FURACÕES DE TORNADOS:

Os furacões são fenómenos meteorológicos constituídos


por ventos giratórios que se podem deslocar até 360
km/h. Estes fenómenos formam-se em regiões oceânicas,
nomeadamente em zonas tropicais, centros de baixas

pressões, onde a temperatura da água é superior a 27°C.


São classificados e avaliados dependentemente da força

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dos seus ventos e dos danos que provocam.

Por sua vez, um tornado é um fenómeno meteorológico


caracterizado por um funil formado partir de ventos que
giram em alta velocidade em torno de um centro de baixa
pressão, cujo extremo inferior entra em contacto com a
superfície terrestre e o superior faz parte de um cúmulo-
nimbo (tipo de nuvem caracterizada por um grande
desenvolvimento vertical). Embora estes apresentam uma
curta duração, os ventos dos tornados podem superar a
velocidade de 400 km/h, adquirindo grande poder de
destruição.

2-DESCREVER AS CARACTERÍSTICAS METEOROLÓGICAS DOS


FURACÕES E TORNADOS:
Formação de um furacão

1-O ar quente carregado de


vapor de água desloca-se para
uma zona de baixa pressão.

2-O ar quente chega ao centro


e começa a girar em remoinho.

3-À medida que o ar quente


sobe com maior velocidade,

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novas massas de ar deslocam-se para o centro da tempestade,
originando ventos que atingem os 300 km/h.

Fases de evolução de um furacão

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Formação de um tornado

Tipos de tornados

1-tornado em “funil” ou em “cunha” 2-tornado descontínuo

4
3-tornado múltiplo 4-tornado em “corda”

3-LOCALIZAR AS ÁREAS MAIS SUSCETÍVEIS À SUA FORMAÇÃO:


A trajetória típica de um furacão faz-se, tendencialmente, no sentido de este
para oeste pois é amplamente influenciada pelos ventos alísios. No entanto,
os furacões são desviados para noroeste e sudoeste nos hemisférios norte e
sul respetivamente, devido ao transporte de ar quente desde as zonas
equatoriais até as latitudes médias, onde a quantidade de radiação solar
incidente é normalmente muito menor.

Como referido, os furacões formam-se em regiões oceânicas onde estes


podem classificar-se quanto à sua origem:

-Ciclones tropicais: formam-se em torno dos trópicos

-Ciclones extratropical: formam-se fora da àrea dos trópicos.

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As formações dos furacões acontecem por mais vezes:

1- Atlântico Norte 4- Oceano Índico

2- Pacífico Noroeste 5- Oceano Índico

3- Pacífico Noroeste 6- Pacifico Sul

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ÁREAS À FORMAÇÃO DE TORNADOS:

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1- América do Norte 4- Europa

2- Ásia Ocidental 5- Àfrica do Sul

3- América Latina 6- Oceania

4-RECONHECER A INCIDÊNCIA NO ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES E


NO TERRITÓRIO PORTUGUÊS:
Em Portugal, os fenómenos extremos relacionados com ventos ocorrem
sobretudo nos meses de outono e inverno e são mais comuns no Arquipélago
dos Açores, pois estes estão relacionados com a passagem de centros de
baixas pressões associados a sistemas frontais ativos e acentuados durante
este período.

Assim, o Arquipélago dos Açores é atingido, ainda que com pouca


frequência, por tempestades tropicais devido a um conjunto de condições
favoráveis ao seu desenvolvimento e que, sobretudo, mantêm as tempestades
formadas nas latitudes mais próximas do Equador. Porém, estes fenómenos
não têm atingido a velocidade de ventos mínima para poderem ser
considerados furacões, pois, à medida que estes se vão deslocando para

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latitudes mais elevadas, vão entrando em águas cada vez mais frias e por sua
vez perdendo intensidade.

5-IDENTIFICAR AS SUAS CONSEQUÊNCIAS:


1-Destruição de paisagens naturais e urbanas
2-Destruição de habitações e monumentos
3-Danificação de vias elétricas e de comunicação
4-Vítimas mortais e feridos

Os danos e destruição que os furacões provocam, são classificados por uma


escala nomeada Escala de Saffir-Simpson:

Categoria 1:
Causa poucos danos com ventos que se podem situar entre os 119 e os 153
km/h. Pode arrastar arbustos e pequenas árvores e causar pequenas
inundações.

Categoria 2:
Causa danos moderados com ventos entre os 154 e os 177 km/h. Pode
destruir parcialmente telhados e janelas, causando poucos danos. Podem
provocar inundações de ruas e estradas.

Categoria 3:
Causa poucos danos extremos com ventos de 178 a 209 km/h. Provoca
grande destruição em telhados e janelas.

Categoria 4:
Causa danos extremos com ventos de 210 a 249 km/h.Provoca grande
destruição de paredes e tetos.
Categoria 5:
Causa danos catastróficos, com ventos superiores a 249 km/h. Pode ocorrer a
destruição completa de áreas residenciais e infraestruturas. As inundações são
muito grandes e duradouras.

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Por sua vez, os tornados são classificados pela escala de Fujita, consoante os
danos e destruição que provocam:

6-MEDIDAS DE PROTEÇÃO

ANTES EM CASO DE EVACUAÇÃO DURANTE

Desenvolver um plano
de emergência, para si e Seguir todas as
Tapar as janelas com
para a sua família, recomendações das
tábuas ou persianas
considerando várias autoridades competentes
resistentes e calçar as
situações (em casa,na e manter-se em casa.
portas de vidro de modo
rua, no trabalho, na Abandoná-la se esta não
a evitar ao máximo o seu
escola) e prevendo os for segura e situada em
arrasto
vários locais de abrigo altitude
possíveis

Abandonar as zonas de
baixa altitude, durante o Fechar cortinas (protegem
Ficar atento à rádio e
dia, se possível. Certificar- de estilhaços) e manter se
televisão, de modo a
se de que fecha as águas afastado de janelas e
estar atualizado sobre a
e o gás, desliga a portas
informação deste tipo
eletricidade e fecha
convenientemente a casa

Não regressar a casa sem Armazenar alguma água

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para consumo, e para fins
que as autoridades
sanitários, nas banheiras,
competentes indiquem o
jarros, garrafas ou outros
fim do perigo
depósitos.

CONCLUSÃO:
Em suma, os tornados e os furacões são um tipo de catástrofe que provoca
muitas destruições e desvantagens para as pessoas. Além disso, podemos
concluir que estes fatores não ocorrem perto da zona de Portugal, mas que
mesmo assim, devemos ter em atenção as regras de proteção caso a
ocorrência.

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