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INDICE

Introdução.................................................................................................................................. 2

Ciclones......................................................................................................................................3

Classificação e formação dos Ciclones......................................................................................3

Estrutura do ciclone....................................................................................................................3

Principais características dos ciclones....................................................................................... 4

Tipos de ciclones........................................................................................................................4

Tipos de ciclone segundo a latitude e clima...............................................................................5

Processo de formação.................................................................................................................5

Danos causados.......................................................................................................................... 6

Exemplo de alguns Ciclones que mais atingiram Moçambique................................................ 6

Ciclone Tropical Idai..................................................................................................................6

Ciclone Kenneth.........................................................................................................................7

Tempestade Tropical Ana.......................................................................................................... 8

Conclusão...................................................................................................................................9

Referencias...............................................................................................................................10

Introdução

Basicamente, o ciclone é um sistema relacionado a baixa pressão atmosférica formado a


partir da propagação de calor (convecção) do ar à superfície e das redondezas da baixa
pressão convergindo para o centro. Desta forma, é criada uma coluna ascendente de ar que
diverge no topo do sistema.

De acordo com a informação disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e Atmosfera


(IPMA), os ciclones tropicais são sistemas de baixas pressões, que se formam na região
tropical, em geral entre os 10º e 30º de latitude, que podem originar trovoadas e precipitação
forte.

Os ciclones tropicais são designados de forma diferente consoante a área geográfica onde
ocorrem: furacões no Atlântico Norte (Golfo do México, Caraíbas e na região Leste dos
Estados Unidos); tufão no Oceano Pacífico Norte (região Oeste dos Estados Unidos, Japão e
China); ciclone tropical severo na região sudoeste do Oceano Pacífico (Austrália, Nova
Zelândia, Indonésia); tempestade ciclónica severa na região norte do Oceano Índico (Índia,
Bangladesh, Paquistão); e ciclone tropical na região sudoeste do Oceano Índico (Madagáscar,
Moçambique, Quénia).

Os ciclones tropicais têm um ciclo de vida que dura de duas a três semanas e passam por
vários estágios de desenvolvimento: depressão tropical (ainda não apresenta olho nem a
forma típica que caracteriza estas tempestades), tempestade tropical (quando o processo de
desenvolvimento continua, sendo-lhe atribuído um nome) e furacão (quando a intensidade do
vento médio atingir valores de, pelo menos, 119 quilómetros por hora.

Ciclones

Os ciclones são tempestades tropicais formadas em centros de baixa pressão e áreas muito
instáveis, associadas à formação de tempestades.

Basicamente, os ciclones são tempestades tropicais, formadas em centros de baixa pressão


que são áreas muito instáveis, associadas à formação de nuvens, umidade e tempestades.

Classificação e formação dos Ciclones


O surgimento de um ciclone se dá na circulação geral da atmosfera, onde basicamente se
acumula energia térmica. Assim, normalmente começam com fortes ventos sobre a
atmosfera.

Porém, o processo de formação dos ciclones pode ser diferente, variando entre as regiões,
tropicais, subtropicais e extratropicais.

Basicamente, o ciclone é um sistema relacionado a baixa pressão atmosférica formado a


partir da propagação de calor (convecção) do ar à superfície e das redondezas da baixa
pressão convergindo para o centro. Desta forma, é criada uma coluna ascendente de ar que
diverge no topo do sistema.

Algumas características dos ciclones são mais marcantes como:

 Formam-se apenas em áreas oceânicas com temperatura de superfície 26° ou 27°.


Portanto, sua energia deriva do calor latente de condensação.

 A pressão do ar no centro do ciclone é menor que na parte externa.

 O fluxo de circulação é diferente em regiões do hemisfério sul e norte. Ou seja, no


hemisfério sul o fluxo é no sentido horário e no hemisfério norte é anti-horário.

 O ar se espalha na parte superior do sistema.

Estrutura do ciclone

O centro do ciclone é chamado de “olho” e as partes periféricas são conhecidas


como cumulonimbus, formações de inúmeras nuvens que se desenvolvem verticalmente.

No entanto, essas nuvens são responsáveis pelas descargas elétricas e intensa precipitação
que podem ser visualizadas.

Os cumulonimbus se formam em volta do olho do sistema por causa da subida do ar quente


e úmido proveniente da superfície do mar.

Em âmbito geral, estes fenômenos não se desenvolvem de maneira isolada, formando-se a


partir de perturbações da circulação geral da atmosfera, que se ampliam e se difundem por
meio de longas trajetórias.

Portanto, esta circulação atmosférica pode lhe oferecer energia para intensificar o ciclone ou
inibir seu crescimento.

Principais características dos ciclones


Primeiramente, os ciclones são causados por massas de ar que se formam em círculos nos
locais de baixa pressão. Assim, estas massas de ar, quentes e úmidas, são acompanhadas de
fortes tempestades.

Porém, existe um factor decisivo para a formação ciclônica que é a intensidade do vento,
essencial para a sua formação. Estes ventos podem chegar a 200 km/h com possibilidades de
variação de seu sentido.

Contudo, em relação à sua característica, o ciclone pode ser classificado e denominado de


diferentes maneiras. Neste sentido, podem ser chamados de tufões, furacões e tornados,
segundo a sua graduação de força de destruição.

Além disso, a forma genérica de classificá-los são as denominações: ciclone ou tempestades


tropicais

Tipos de ciclones

Os tufões, furacões e tornados são tipos de ciclones que guardam algumas diferenças,
principalmente quanto à sua intensidade. Assim, podemos elencar algumas características:

 Furacão: É um ciclone tropical de núcleo quente e possui ventos contínuos de 118


Km/h Alguns exemplos históricos de furacões – Katrina, Wilma, Irene, Fabian, Ivan,
Gustav, Rita etc.

 Tufão: É um ciclone que ocorre no Oceano Pacífico Norte na região Oeste dos EUA,
Japão e China. Se caracterizam por megatempestades e se deslocam a uma
velocidade, aproximadamente, de 10 km a 50 km.

 Tornado: Se forma em um ambiente de tempestade muito forte e tem diâmetro médio


de 2 km. Com ventos que podem chegar aos 500 km/h.

Tipos de ciclone segundo a latitude e clima

Estes eventos podem variar, segundo ao clima e latitude, podemos estabelecer uma


classificação para estas variações:

 Tropical: tempestade tipo furacão que é originada em águas tropicais, seus ventos são
menores próximo ao centro do sistema.

  Extratropical: Ocorrem em regiões de latitudes médias.


 Subtropical: Ocorrem em locais de clima subtropical, porém tem as mesmas
características dos ciclones tropicais e extratropicais.

 Anticiclones: Tem características opostas a de um ciclone, ou seja, a pressão do ar no


núcleo do anticiclone é maior que a dos arredores.

Processo de formação

Basicamente, esses fenômenos têm origem nos oceanos, nas regiões tropicais e mais quentes.
Neste sentido, as águas atingem 27°C na superfície, evaporam e dão início ao processo de
formação de tempestade.

Contudo, quando o vapor de água é aquecido, sobe para as camadas mais frias
da atmosfera, condensa-se e forma nuvens carregadas.

Portanto, em todo esse processo, há uma grande liberação de energia que acaba criando uma
zona de baixa pressão no topo, atraindo correntes de ar.

Assim, essas correntes de ar vão da parte mais alta para as mais baixas, no centro da
tempestade. Com isso, o ar em movimento ao redor do ciclone é atraído para o centro do
ciclone e ocupa o lugar do ar que subiu.

Desta forma, acontecem dois movimentos: no centro o ar se move de forma descendente e


nas paredes externas o ar se move de maneira ascendente.

Os locais de maior ocorrência dos ciclones são: Norte do Oceano Atlântico, oeste do Oceano
Pacífico e no Oceano Índico, próximo à costa.

Danos causados

Em síntese, os danos causados pelos ciclones estão relacionados com sua intensidade.
Portanto, essa intensidade é medida pela escala Saffir Simpson, que foi utilizada a partir do
comitê de furacão em 1997, que classifica os ciclones e categorias de 1 a 5. Assim, quanto
maior o número, mais danos são causados.

Porém, essa escala é muito utilizada na prevenção de possíveis riscos e estragos em


residências, prédios e construções. Contudo, serve também na verificação de riscos de
inundações.

1. Mínimo: 119 a 153 Km/h

2. Moderada: 154 a 177 Km/h


3. Extensa: 178 a 208 Km/h

4. Termina: 209 a 251 Km/h

5. Catastrófico: mais de 251 Km/h

Exemplo de alguns Ciclones que mais atingiram Moçambique

Moçambique já foi afectado ou atingido com seguintes ciclones:

 Ciclone Tropical Idai;

 Ciclone Tropical Kenneth;

 Ciclone Eloise;

 Tempestade Tropical Ana;

Ciclone Tropical Idai

O ciclone Idai foi o ciclone tropical mais forte a atingir Moçambique desde Jokwe em 2008.


A décima tempestade nomeada e o sétimo ciclone tropical da temporada de ciclones no
Índico Sudoeste de 2018-2019, o Idai teve origem numa depressão tropical que se formou na
costa leste de Moçambique em 4 de março. A depressão atingiu o país no final do dia e
permaneceu como um ciclone tropical durante toda a sua caminhada por terra. No dia 9 de
março, a depressão ressurgiu no Canal de Moçambique e foi atualizada para a Tempestade
Tropical Moderada Idai no dia seguinte.

O sistema começou então a intensificar-se rapidamente, atingindo uma intensidade de pico


inicial como um intenso ciclone tropical com ventos de 175 km/h em 11 de março. Idai então
começou a enfraquecer devido a mudanças estruturais em curso dentro de seu núcleo interno,
caindo para a intensidade do ciclone tropical. A intensidade de Idai permaneceu estagnada
por aproximadamente um dia antes de começar a se intensificar novamente. Em 14 de março,
Idai atingiu a intensidade máxima com ventos máximos sustentados de 195 km/h e
uma pressão central mínima de 940 hPa (27,76 inHg). Idai começou então a enfraquecer à
medida que se aproximava da costa de Moçambique devido a condições menos favoráveis.
Em 15 de março, Idai atingiu terra firme perto da Beira, em Moçambique, como um ciclone
tropical intenso. Idai trouxe fortes ventos e causou graves inundações
em Madagascar, Malaui e Zimbábue, além de Moçambique, que mataram mais de 1.000
pessoas e afetaram outras centenas de milhares de pessoas
Ciclone Kenneth

O ciclone tropical intenso Kenneth foi o ciclone tropical mais forte a atingir a costa


de Moçambique desde o início dos registos modernos. O ciclone também causou danos
significativos nas Ilhas Comores e na Tanzânia. A décima quarta tempestade tropical,
décimo ciclone tropical recorde e décimo ciclone tropical intenso da temporada de
ciclones do sudoeste do Oceano Índico de 2018-1919, Kenneth formou-se a partir de um
vórtice que o escritório Météo-France em Reunião (MFR) mencionou pela primeira vez em
17 de abril. O MFR monitorou o sistema nos próximos dias, antes de designá-lo como
Distúrbio Tropical 14 em 21 de abril. O distúrbio localizou-se em um ambiente favorável ao
norte de Madagáscar, o que permitiu que se agravasse em uma depressão tropical e
posteriormente em uma tempestade tropical, ambas no dia seguinte. A tempestade então
iniciou um período de rápida intensificação, culminando em um intenso ciclone tropical com
ventos sustentados de 10 minutos de 215 km/h (134 mph) e uma pressão central mínima de
934 hPa (27,58 inHg). Naquela época, Kenneth começou a passar por um ciclo de
substituição da parede do olho e enfraqueceu ligeiramente, antes de atingir o continente mais
tarde naquele dia como um ciclone tropical intenso..

Tempestade Tropical Ana 
A Tempestade Tropical Ana aproximou-se à zona continental no centro e no norte de
Moçambique a 24 de Janeiro. Afectou 5 Províncias (Nampula, Zambézia, Tete, Niassa,
Sofala e Manica) com Tete, Zambézia e Nampula a sofrer o maior impacto.

A poderosa tempestade causou inundações, danificou casas e infra-estruturas públicas,


incluindo pontes, linhas eléctricas, escolas, sistemas de água, e instalações de saúde.

Relatórios, até à data, indicam que mais de 120.000 pessoas foram afectadas. E esperamos
que estes números aumentem nos próximos dias (há ainda algumas áreas cortadas). (Se
questionarem: 29 pessoas morreram e 196 ficaram feridas.

Mais de 23.400 casas ficaram parcial ou totalmente destruídas ou inundadas.

13 instalações de saúde ficaram danificadas ou destruídas.

543 salas de aula (249 escolas) ficaram danificadas ou destruídas, afectando mais de 46.000
alunos.  O novo ano escolar começa na Segunda-feira (31 de Janeiro), pelo que estamos
particularmente preocupados com a capacidade das crianças de retomarem às escolas
(edifícios disponíveis, espaços seguros, aprendizagem).

10.814 pessoas ficaram deslocadas e actualmente estão alojadas em 20 centros de


acolhimento na Zambézia, Nampula e Tete.

Conclusão

Conclui-se que O ciclone Idai foi o ciclone tropical mais forte a atingir Moçambique desde
Jokwe em 2008. A décima tempestade nomeada e o sétimo ciclone tropical da temporada de
ciclones no Índico Sudoeste de 2018-2019, o Idai teve origem numa depressão tropical que se
formou na costa leste de Moçambique em 4 de março. A depressão atingiu o país no final do
dia e permaneceu como um ciclone tropical durante toda a sua caminhada por terra. No dia 9
de março, a depressão ressurgiu no Canal de Moçambique e foi atualizada para a Tempestade
Tropical Moderada Idai no dia seguinte.

Em Moçambique, os governos doadores devem aumentar o suporte para a distribuição de


sementes e ferramentas para agricultores que tenham tido suas plantações destruídas. Cerca
de meio milhão de famílias de agricultores foram afetadas pelo Ciclone Idai. A Organização
para a Alimentação e a Agricultura (FAO-Food and Agricultural Organization) e o governo
forneceram sementes e ferramentas para a próxima temporada de plantações a apenas um
quinto dessas famílias. Recursos adicionais são necessários urgentemente. Por meio da
distribuição de sementes, mais plantações resistentes a inundações e à seca devem ser
disponibilizadas aos agricultores para diminuir o impacto de futuros choques climáticos.
Referencias

 UNICEF/MOZA2022-00016/Bruno Pedro

 «Floods kill 126 people in SA, Malawi, Mozambique». ZBC News. 14 de março de
2019. Consultado em 14 de março de 2019

 «Cyclone Idai death toll passes 750 with more than 110,000 now in camps». The
Guardian. 24 de março de 2019. Consultado em 24 de março de 2019

 Ir para:a b «"Lives shattered": Cyclone death toll tops 500 in southern Africa;
hundreds more still missing». CBS News. 21 de março de 2019. Consultado em 22 de
março de 2019

 «Overwhelmed rescuers forced to leave some cyclone victims behind». CBS News.
Agence France-Presse. 20 de março de 2019. Consultado em 20 de março de 2019

 Ir para:a b «Hundreds feared dead after Cyclone Idai». BBC News. 18 de março de
2019. Consultado em 18 de março de 2019

 «Tens of thousands evacuated as Cyclone Kenneth hits Mozambique». Al-Jazeera


News. 25 de abril de 2019. Consultado em 25 de abril de 2019
 ↑ globo.com. «Ciclone Kenneth já deixou 38 mortos em Moçambique, dizem
autoridades». Consultado em 30 de abril de 2019
 ↑ sapo.pt. «Moçambique: Primeiro-ministro diz que número de mortes devido ao
ciclone Kenneth pode aumentar». Consultado em 30 de abril de 2019

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