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Fenômenos Meteorológicos

Professor Glaucio
Nuvens

O que é uma nuvem?


•De acordo com a WMO a definição de
nuvem é:
► “um agregado visível de
partículas de água ou gelo ou ambos em
suspensão na atmosfera.”
Como se formam as nuvens ?

• Através da observação das nuvens podemos observar, ou identificar, as condições atmosféricas


de determinado local, pois estas refletem em sua quantidade, forma e estrutura.

• Para que haja a formação de nuvens é necessário que parte do vapor d’água contido na atmosfera
se condense, formando pequenas gotículas de água, ou solidifique, formando minúsculos cristais
de gelo. A esta formação, ou aglomerado de cristais de gelo e gotículas damos o nome de
nebulosidade.

• Uma característica que diferencia os variados tipos de nuvens é a altura em que elas se formam,
ou onde se encontra sua base e seu topo. Mas, é importante lembrar, que esta altura varia
conforme a posição geográfica (latitudinal) da região considerada. Por exemplo, na região tropical
a altura mínima (estágio baixo) e máxima (estágio alto) de uma nuvem costuma ser a 2 km e 18
km de altura da superfície respectivamente, enquanto que nas regiões polares e temperadas as
distâncias são, respectivamente, 2 km e 8 km, e 2 km e 13 km
Tipos de Nuvens

• Internacionalmente, existem cinco


denominações para tipos de nuvens que se
encontram no estágio baixo, a 2 km da
superfície.

• Cumulus – Cu: nuvens isoladas que apresentam


uma base sensivelmente horizontal, tem
contornos bem definidos, uma cor bem branca
quando iluminada pelo sol, provoca chuvas na
forma de pancadas, constituídas principalmente
por gotículas de água, mas podem conter cristais
de gelo no topo.
• Cumulonimbus – Cb: com grande
desenvolvimento vertical apresenta
a forma de uma montanha e sua
forma só pode ser vista de longe
devido ao seu tamanho. No topo,
geralmente apresenta a forma
característica de uma bigorna. É
uma nuvem mais escura formada
por grandes gotas de água e granizo,
podendo conter cristais de gelo no
topo. Está associada a tempestades
fortes com raios e trovões.
• Stratus – St: nuvem
cinzenta que provoca
chuvisco. De cor cinza
forte com base uniforme,
costuma encobrir o sol ou
a lua.
• Altocumulus – Ac: nuvem
cinza (às vezes branca) que
apresenta sombras
próprias e tem a forma de
rolos ou lâminas fibrosas
ou difusas. Raramente
contém cristais de gelo e
por entre as nuvens deste
tipo é possível enxergar
pedaços do céu claro.
• Cirrus – Ci: nuvens com
brilho sedoso, isoladas e
formadas por cristais de gelo
parecendo convergir para o
horizonte. Podem se formar
da evolução da bigorna da
cumulusnimbus.
• Cirrostratus – Cs:
nuvens parecidas com
um véu transparente que
dão ao céu um aspecto
leitoso. Constituída por
cristais de gelo.
Levantamento frontal

Frente Quente:

Durante o processo
surgem as nuvens
estratos,
nimbostratus e a
ocorrência de
precipitação. Em
seguida altostratos,
cirrostratos e, por
fim, as cirros,
momento em que a
possibilidade de
precipitações
diminuem.
Levantamento frontal:
• Frente fria é a borda dianteira de uma massas
de ar frio, em movimento ou estacionária. Em
geral a massa de ar frio apresenta-se na
atmosfera como um domo de ar frio sobre a
superfície. O ar frio, relativamente denso,
introduz-se sob o ar mais quente e menos denso,
provocando uma queda rápida de temperatura
junto ao solo, seguindo-se tempestades e
também trovoadas.

• A chuva para abruptamente após a passagem da


frente.

• As frentes frias chegam a deslocar-se a 64km/h.


Ciclones e anti-ciclones
• Um ciclone (ou depressão ou centro de baixas pressões) é uma
região em que o ar relativamente quente se eleva e favorece a
formação de nuvens e precipitação. Por isso, tempo chuvoso e
nublado.

• Chuvas e ventos fortes estão normalmente associados a centros


de baixas pressões.

• A instabilidade do ar produz um grande desenvolvimento vertical


de nuvens cumuliformes associadas a cargas de água.

• Os ciclones são indicados nos mapas meteorológicos pela letra


«B» e são locais onde a pressão atmosférica é a mais baixa na sua
vizinhança e em volta do qual existe um padrão organizado de
circulação de ar.

• Os Anti-ciclones se localizam nas zonas temperadas do


planeta (Hemisfério Norte e Sul) e são ventos de convecção
negativa.
Ciclones ou furacões ?

• Como exemplo de ciclones podemos citar os


sistemas frontais, os tornados e furacões.
Como, na Índia e na Austrália, os furacões
são chamados ciclones (na Ásia tufões), a
mídia confunde constantemente o termo
ciclone com furacão. A meteorologia
diferencia o ciclone extratropical do furacão.
Um furacão tem núcleo quente e se forma
sobre águas quentes, em geral acima de 26
graus celsius. Um ciclone extratropical em
geral é um fenômeno de latitudes médias e
altas que se propaga até latitudes tropicais,
associado comumente afrentes frias .
Tornados
• Os tornados são o pior tipo de
tempestade conhecido pelo homem. Eles
acontecem quando uma coluna de ar seco
e frio que gira muito rápido se liga, ao
mesmo tempo, a uma nuvem de chuva e
ao solo. Os ventos que formam esta
coluna podem soprar a mais de 500
km/h.

• Mesmo sendo possíveis em qualquer


parte do planeta, tornados são mais
comuns nas Montanhas Rochosas, nos
Estados Unidos, durante os meses de
primavera e verão. Maio de 2003, por
exemplo, foi um mês recorde em número
de tornados: foram registrados, ao todo,
546 tornados em território norte-
americano.
Classificação dos Tornados
• A força de um tornado é medida pela escala Fujita e
esta escala varia de zero a cinco.
• F0 -ventos de até 117 km/h capaz de arrancar
pequenas árvores, danificar chaminés e placas.
• F1 -ventos que variam de 118 km/h a 179 km/h,
capaz de causar danos a telhados e lançar carros para
fora das estradas.
• F2 -ventos entre 180 km/h e 251 km/h, causando
grandes danos a telhados, virando carros e vagões de
carga.
• F3 - ventos entre 252 km/h e 330 km/h, pode
arrancar árvores de grande porte, arrastar e
arremessar carros. Com ventos entre 331 km/h e 416
km/h.
• F4- ventos capazes de danificar gravemente
fundações de casas.
• F5 - destrói por completo casas e prédios, lança a
mais de 100 metros de altura objetos pesados como
carros e grandes pedaços de concreto, graças à força
dos ventos que variam entre 417 km/h e 508 km/h.
El Niño – Efeitos Globais

• El Niño é um fenômeno
atmosférico-oceânico
caracterizado por um
aquecimento anormal das
águas superficiais no
oceano Pacífico Tropical,
e que pode afetar o clima
regional e global,
mudando os padrões de
vento a nível mundial, e
afetando assim, os
regimes de chuva em
regiões tropicais e de
latitudes médias
Efeitos do El Niño no Brasil

• Região Norte: Secas e consequente aumento de incêndios


• Região Nordeste: Secas intensas
• Região Sudeste: Aumento das temperaturas médias e chuvas
• Região Sul: Aumento das temperaturas médias e chuvas
• Região Centro-Oeste: Tendência a aumento de chuvas e
temperaturas mais altas no sul do MS
La Niña – Efeitos Globais

• La Niña representa um
fenômeno oceânico-atmosférico
com características opostas ao
EL Niño, e que caracteriza-se
por um esfriamento anormal
nas águas superficiais do
Oceano Pacífico Tropical.
Alguns dos impactos de La Niña
tendem a ser opostos aos de El
Niño, mas nem sempre uma
região afetada pelo El Niño
apresenta impactos
significativos no tempo e clima
devido à La Nina.
Efeitos do La Niña no Brasil

• Região Norte: Aumento das chuvas e da vazão dos rios


• Região Nordeste: Aumento das chuvas e da vazão dos rios
• Região Sudeste: área com baixa previsibilidade
• Região Sul: Secas severas
• Região Centro-Oeste: Área com baixa previsibilidade
“Efeito Estufa”
• O aquecimento global é o aumento da temperatura
terrestre (não só numa zona específica, mas em todo o
planeta) e tem preocupado a comunidade científica
cada vez mais. Acredita-se que seja devido ao uso de
combustíveis fósseis e outros processos em nível
industrial, que levam à acumulação na atmosfera de
gases propícios ao Efeito Estufa, tais como o Dióxido
de Carbono, o Metano, o Óxido de Azoto e os CFCs.
• Há muitas décadas que se sabe da capacidade que o
Dióxido de Carbono tem para reter a radiação
infravermelha do Sol na atmosfera, estabilizando assim
a temperatura terrestre por meio do Efeito Estufa, mas,
ao que parece, isto em nada preocupou a humanidade
que continuou a produzir enormes quantidades deste e
de outros gases de Efeito Estufa.
• A grande preocupação é se os elevados índices de
Dióxido de Carbono que se têm medido desde o século
passado, e tendem a aumentar, podem vir a provocar
um aumento na temperatura terrestre suficiente para
trazer graves conseqüências à escala global, pondo em
risco a sobrevivência dos seus habitantes.
“Ilhas de Calor”
• Definição

Ilhas de calor é o nome que se dá a um


fenômeno climático que ocorre
principalmente nas cidades com elevado
grau de urbanização. Nestas cidades, a
temperatura média costuma ser mais elevada
do que nas regiões rurais próximas.

• Exemplos de cidades que são ilhas de


calor:

- São Paulo (Brasil)


- Rio de Janeiro (Brasil)
- Nova Iorque (Estados Unidos da
América)
- Cidade do México (México)
- Pequim (China)
- Nova Deli (Índia)
Chuvas Ácidas
• A chuva ácida, também conhecida como
deposição ácida, é provocada por emissões
de dióxido de enxofre (SO2) e óxidos
de nitrogênio (NOx) de usinas de
energia, carros e fábricas. Fontes naturais,
como vulcões e incêndios florestais
também contribuem para a poluição feita
pelo homem. SO2 e NOx tornam-se ácidos
quando entram na atmosfera e reagem com
o vapor d'água. Os ácidos nítrico e sulfúrico
resultantes podem cair como deposições
secas ou úmidas. A deposição úmida é a
precipitação: chuva ácida, neve, granizo ou
neblina. A deposição seca cai como
particulados ácidos ou gases.
As emissões de dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio reagem com
o vapor da água na atmosfera para criar os ácidos nítrico e sulfúrico
Inversão térmica
• Em qualquer dia do ano, principalmente no
inverno, ocorre a inversão térmica. O ar frio,
por ser mais denso, fica mais próximo da
superfície, retendo os poluentes, por esse
motivo a inversão térmica ocorre nos
grandes centros urbanos onde a poluição é
maior. O ar quente, por ser menos denso, fica
em uma camada acima do ar frio, impedindo
que esses poluentes sejam dispersos.

• Desta forma, essa retenção de poluentes nas


camadas mais próximas da superfície forma
uma grande camada cinzenta que pode ser
observada a olho nu. A inversão térmica
pode prejudicar grandemente a saúde das
pessoas, provocando doenças respiratórias e
uma anormal sensação de cansaço.

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