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C L I M ATO L O G I A

Prof. Cako Pinheiro


Clima ≠ tempo
• Clima “é”.
• Tempo “está”.

• Clima é a “personalidade”.
• Tempo é o “humor”.

• Tempo é o estado da atmosfera em determinado momento


(instável), em um determinado lugar.
• CLIMA é o que tá rolando entre nós...

• TEMPO é o que a gente tá perdendo!


Elementos climáticos
• São os que compõem o clima.
• Temperatura
• Umidade do ar
• Precipitações atmosféricas – chuva, neve e granizo.
• Pressão atmosférica
• Vento
• Massas de ar.
Fatores do clima
• São os que alteram o clima.
• Altitude (relevo);
• Latitude (distância do equador);
• Continentalidade (distância do mar)
• Maritimidade (proximidade do mar.
• Correntes marinhas (quentes e frias)
• Vegetação.
Temperatura
• Estado térmico do ar atmosférico.

• Média térmica: média aritmética das temperaturas de um


determinado local por um período de tempo estipulado
previamente. (30anos)
• Amplitude térmica: diferença entre as temperaturas
máximas e mínimas de um mesmo lugar.
• *Isotermas: linhas que unem pontos de igual temperatura
atmosférica.
Umidade do ar
• É a água em suspensão no ar atmosférico.
• O ar tem uma capacidade limite para conter vapor d’água.
• Quando este limite atingido, o ar fica saturado.
• O ar quente tem maior capacidade de conter maior vapor
de água do que o ar frio.
• Quando o ar saturado enfrenta uma diminuição de
temperatura ele condensa originando o orvalho, as nuvens,
a neve, o nevoeiro e a chuva.
• Umidade absoluta: é a quantidade de vapor de água
existente na atmosfera em um dado momento, a uma
determinada temperatura.
• Umidade relativa: é a relação existente entre a umidade
absoluta e o ponto de saturação.
Precipitação
• São representadas pelo granizo, neve, chuvas e garoa.
Chuvas Convectivas
• Quando provocadas pela intensa evaporação e o
consequente resfriamento pela ascenção do ar úmido,
fenômeno que ocorre nas zonas equatoriais e tropicais.
• Típicas chuvas de verão.
Chuvas orográficas
• São resultantes do deslocamento horizontal do ar que, ao
encontrar com uma área montanhosa (mais fria) o ar sobe,
se resfria e condensa provocando chuvas.
• Litoral Brasileiro/ Nordeste Brasileiro/ Nordeste do RS.
Chuvas frontais
• Quando causadas pelo encontro de uma massa fria com
outra quente e úmida, típica das regiões de médias
latitudes como as de inverno no Brasil meridional.
Frente quente
Frente fria
Pressão Atmosférica
• É a força que o ar exerce sobre a superfície terrestre.
• Quanto maior a temperatura, maior a movimentação das
moléculas, maior distância entre elas e menor o seu peso.
• O seu inverso é verdadeiro!
Pressão atmosférica
• Altitude: quanto maior a altitude, a pressão é menor
porque a densidade é menor.

• Efeito coriolis: o movimento de rotação da Terra, que gira


de W para E interfere na circulação geral da atmosfera e
das águas, pois os ventos sofrem um desvio para a direita
no HN e para esquerda no HS.
Vento
• É o ar em movimento.
• É decorrente da diferença da pressão atmosférica.
• As regiões onde o ar faz o movimento ascendente são
denominadas de zonas de baixa pressão.
• E nas regiões onde temos movimento descendente são
chamadas de zonas de alta pressão.
Circulação atmosférica global
• Ventos predominantes de oeste: deslocam-se dos trópicos
em direção aos pólos, soprando no sentido contrário aos
ventos alísios.
• Ventos alísios: deslocam-se dos trópicos em direção à linha
do Equador – 30º até 0º
• Contra-alísios: em altitude, 0º até 30º.
• Ventos polares de leste: deslocam-se dos pólos em direção
aos trópicos
• Célula polar: é um cinturão de baixa pressão.
• São gerados nesta região os ciclones extratropicais
associados à instabilidade atmosférica.
Brisas marinhas
• Como as massas de terra são aquecidas pelo Sol mais
rapidamente do que o Oceano, o ar em cima delas ascende
e cria uma baixa de pressão no solo que atrai o ar fresco do
mar.
• De noite, como o oceano se resfria mais lentamente, a brisa
sopra da terra, na direção oposta, mas é geralmente mais
fraca porque a diferença é menor.
Brisa marinha
Monções
• É um vento periódico no Oceano Índico.
• Diferenças de pressões entre inverno e verão.
• Grande massa terrestre na Ásia.
Monções
ALTAS
PRESSÕES BAIXAS
PRESSÕES

BAIXAS ALTAS
PRESSÕES PRESSÕES
Furacões, tufões e ciclones
• É uma manifestação poderosa do balanço de energia Terra-
atmosfera, que se originam inteiramente nas massas de ar
tropicais.
• Sempre se formam nos oceanos.
• Temperatura dos oceanos acima de 26°C.
• Ocorrem entre 10°S e 10°N.
• 30% se formam no pacífico (tufões).
• São ventos que sopram em torno de um centro de baixa
pressão.
• Podem atingir velocidade de 300km/h.
Correntes Marinhas
A temperatura do interior define o tipo
de ciclone
• Uma das diferenças mais importantes entre os ciclones
tropicais, subtropicais e extratropicais é a temperatura no
seu centro.
• Próximo da superfície, o centro dos ciclones extratropicais é
mais frio do que atmosfera ao redor, enquanto que o centro
dos ciclones subtropicais é mais quente do que a atmosfera
ao redor.
• Isso deixa a atmosfera mais instável e aumenta as condições
para ocorrência de tempestades severas
Furacão Catarina – 1° no hemisfério sul
• Ventos de 150km/h.
• Ondas de 5m.
• Para o INMET, INPE, CPTEC foi um ciclone pois o núcleo era
frio.
• Para o NOAA (EUA) foi um furacão de categoria 1.
Furacão Catarina
Furacão Catarina
Furacão catarina
tornados
• As correntes ascendentes associadas ao desenvolvimento de
cumuloninbus, aparecem como bolhas pulsantes de nuvens,
às vezes como supercélulas de correntes ascendentes
rotatórias.
• O atrito com o solo reduz a velocidade dos ventos
superficiais, mas mais alto na troposfera, os ventos sopram
com mais intensidade.
• Desta forma, um corpo de ar se movimenta mais
rapidamente a altitudes mais altas do que na superfície,
criando uma rotação no ar sobre um eixo horizontal paralelo
ao solo (como pião).
tornado
Rota dos tornados - EUA
Fatores do clima
• São os que alteram o clima.
• Altitude (relevo);
• Latitude (distância do equador);
• Continentalidade (distância do mar)
• Maritimidade (proximidade do mar.
• Correntes marinhas (quentes e frias)
• Vegetação.
Altitude
• Quanto mais alto estivermos, menor será a temperatura.
• Isto porque o ar se torna rarefeito, ou seja, a concentração
de gases e de umidade à medida que aumenta a altitude, é
menor.
• Diminuição de 1°C a cada 200m de altura.

• Maior altitude = menor temperatura


• Menor altitude = maior temperatura
Latitude
• Maior latitude ( mais próximo aos pólos) = menor
temperatura
• Menor latitude ( mais próximo da linha do Equador) = maior
temperatura
• No equador a incidência é perpendicular (maior
temperatura);
• Nos pólos a incidência é muito inclinada (menor
temperatura)
Cidade Latitude Média térmica anual

Belém 1°27’S 26,3°C

Salvador 12°58’S 25,6°C

Vitória 20°19’S 24,7’°C

Porto Alegre 30°1’S 19,8°C


Maritimidade e Continentalidade
• Maritimidade: proximidade com o mar. A água se aquece e
se esfria muito lentamente, regulando a temperatura e essas
regiões têm temperaturas mais amenas.
• Continentalidade: áreas situadas no interior dos continentes.
As rochas se aquecem muito rápido, mas também se esfriam
muito rápido, quando privadas da energia solar.
GEOGRAFIA, 3ª Série
A Dinâmica dos Climas Maritimidade/Continentalidade
DESERTO CIDADE LITORÂNEA

Calor Calor
Raios Raios
solares solares

MANHÃ MANHÃ
O sol e a aridez reduzem a quase A umidade, resultante da
zero a umidade local. Não há a evapotranspiração, é maior, e o vapor
formação de nuvens, já que existe d’água aprisiona parte do calor do dia.
pouco vapor d’água na atmosfera.

NOITE NOITE
O calor se dissipa rapidamente As nuvens funcionam como uma estufa,
quando anoitece porque a ausência que retém o calor do dia e evita grandes
ou a escassez de nuvens impede perdas durante a madrugada, liberando-o
que ele seja retido. pouco a pouco.
Correntes marítimas
• Extensas porções de água que se deslocam no oceano.
• Balanço de temperatura e densidade.
• “Rios dentro do mar”
Correntes Marinhas
Correntes marinhas
Massa Polar Atlântica (mPa)
Massa Polar Atlântica (mPa)
• Fria e úmida;
• Pode ser chamada também de Marítima;
• Atlântico sul;
• Associada a eventos migratórios que se localizam na região sub-
antártica;
• Em virtude dos mecanismos de subsidência associados, a mP é
originalmente muito estável, mas, à medida que se desloca para o
norte ou para o nordeste, a inversão desaparece e a massa passa a ser
instável.
• Embora existam em todas as estações, são mais intensas no inverno e
por isso desempenham maior destaque sobre o continente nessa
estação, quando suas incursões atingem as baixas latitudes do Brasil.
Massa tropical Continental (mTc)
Massa tropical Continental (mTc)
• Quente e seca;
• Está associada a baixa pressão predominante sobre a região do Chaco
em consequência do grande aquecimento da superfície, especialmente
no verão.
• Este superaquecimento continental dá origem a uma massa de ar
quente e seca, instável, apresentando intensa atividade convectiva, que
se estende até 3000m.
• Apesar disso, as precipitações associadas são fracas, predominando céu
pouco nublado, o que favorece ainda mais o aquecimento diurno e o
resfriamento noturno.
Massa tropical atlântica (mTa)
Massa tropical atlântica (mTa)
• Quente e úmida;
• Forma-se sobre o oceano Atlântico, associada aos
anticiclones do Atlântico Sul;
• Os anticiclones induzem a subsidência do ar superior;
• Este ar subsidente, quente e seco, sobrepondo-se ao ar
úmido e menos aquecido que repousa sobre a superfície
oceânica.
• A umidade que se acumula na parte inferior da massa de ar
dá origem a formação de nuvens do tipo cumulus de
pequena extensão vertical, por isso provocam poucas
chuvas, geralmente no litoral ou associadas à orografia,
quando a massa desloca-se para o continente;
Massa equatorial continental (mEc)
Massa equatorial continental (mEc)
• Quente e úmida
• Forma-se basicamente sobre a região amazônica, área
dominada por baixas pressões;
• Nela predomina os movimentos convectivos, intensificados
pela convergência dos ventos alísios de nordeste e de
sudeste;
• Sua atuação estende-se bastante ao sul no verão, retraindo-
se no inverno.
Massa equatorial atlântica (mEa)
Massa equatorial atlântica (mEa)
• Quente e úmida;
• Ocorre sobre o oceano Atlântico, resultante da convergência
dos alísios (ZCIT);
• Como tal, desloca-se latitudinalmente ao longo do ano,
atingindo latitudes de até 8º S no verão;
• No inverno retorna ao hemisfério norte, atuando, inclusive,
sobre o extremo norte do continente sul-americano.
Obrigado!
• Prof. Cako Pinheiro

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