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Agrupamento de Escola de Rio Tinto nº3

Escola Secundária de Rio Tinto


Geografia A – 10º ano
Prof. Eduardo Vales

Circulação geral da atmosfera,


frente polar e massas de ar
Circulação geral da atmosfera
Variação da pressão atmosférica ao longo do ano

Distribuição zonal dos


centros barométricos,
janeiro e julho
Distribuição das grandes zonas barométricas à
superfície da Terra
Esquematização dos movimentos do ar e dos centros
barométricos à superfície e em altitude
Circulação do ar em altitude
A distribuição dos centros barométricos à superfície
da Terra determina:

• os principais ventos constantes;

• a circulação do ar na atmosfera – os movimentos de ar à superfície são


compensados por movimentos contrários em altitude; às baixas pressões
à superfície correspondem altas pressões em altitude;

• a existência de três células em cada um dos hemisférios: a equatorial, a


das latitudes médias e a polar;

• a transferência de energia entre o Equador e os Polos.


Jet Stream – Correntes de jato

• localizam-se nas latitudes médias entre os 5 e 15 Km de altitude, em


cada hemisfério, e circulam de Oeste para Este;

• constituem movimentos ondulatórios e de grande amplitude e circulam


em altitude em todo o planeta;

• possibilitam que os ventos de Oeste em altitude possam oscilar entre os


200 e 250 Km/hora, podendo mesmo atingir os 500 Km/hora.
Os ventos e as massas de ar
Principais ventos constantes

o Ventos alísios – ventos quentes que sopram das altas pressões


subtropicais para as baixas pressões equatoriais

o Ventos do oeste – ventos amenos que se deslocam das altas pressões


subtropicais para as baixas pressões subpolares. Estes ventos são os que
mais afetam o território nacional ao longo de todo o ano.

o Ventos de este polares – ventos frios que sopram das altas pressões
polares para as baixas pressões subpolares.
A Frente polar
Superfície frontal e frente
Nas latitudes médias, as duas massas de ar que ali entram em contacto
apresentam características muito diferentes de temperatura e humidade, pelo
que não se misturam. Estão separadas por uma superfície de descontinuidade
conhecida por superfície frontal.
Frente polar
• É a área de contacto entre as massas de ar frias de origem polar e as
massas de ar quente de origem tropical.

• É a fronteira entre célula polar e a das latitudes médias em cada


hemisfério.
Evolução da Frente Polar

Ondulação pouco nítida –


Frente estacionária

Interpenetração das massas


de ar – Superfície Frontal

Ondulação muito pronunciada


– Sistema Frontal
Frente quente
• É a parte dianteira de uma massa
de ar quente em movimento.

• Ocorre quando o ar quente


substitui o ar frio.

• A inclinação da superfície frontal


é pouco acentuada.

• O ar quente desloca-se
lentamente sobre o ar frio.

• Formam-se nuvens de fraco


desenvolvimento vertical.

• Precipitação sob a forma de Ver:


chuva fraca ou chuvisco e de http://www.educaplus.org/climatic/03_fact_frentes.html
https://www.youtube.com/watch?v=WL4GG0ulMzk
longa duração.
Frente fria
• É a borda dianteira de
uma massa de ar frio, em
movimento ou estacionária.

• Ocorre quando o ar frio


substitui o ar quente.

• A inclinação da superfície
frontal é muito acentuada.

• O ar quente ascende
rapidamente e violentamente.

• Formam-se nuvens de grande


desenvolvimento vertical
(Cumulonimbos).

• Precipitação intensa e de curta


duração sob a forma de
aguaceiros fortes, Ver:
http://www.educaplus.org/climatic/03_fact_frentes.html
acompanhada de trovoadas e https://www.youtube.com/watch?v=z6k3bbzJoAY
de vento forte. https://www.youtube.com/watch?v=fdSWC5hYI0U
Sistema frontal

É o conjunto de uma frente quente e uma frente fria.


Evolução de um sistema frontal até à sua oclusão
Frente oclusa

É a frente que resulta do facto de a


frente fria alcançar a frente quente de
um mesmo sistema frontal, ou seja,
quando o ar frio posterior alcança o ar
frio anterior, deixando de haver ar
quente à superfície – oclusão.
Perturbação frontal

É um sistema frontal associado a um centro de baixas pressões.


Evolução do estado do tempo
com a passagem de uma
perturbação frontal

Estado de tempo - conjunto de condições


da atmosfera num dado local e período de
tempo (geralmente curto).
Estados de tempo associados à passagem de
uma perturbação frontal

 diminui a pressão atmosférica;


 aumenta a nebulosidade (nuvens altas e finas);
 aumenta a humidade;
 começa a chover (chuvisco);
 a temperatura mantém-se baixa.
 céu muito nublado;
 chuva fraca;
 aumento progressivo da temperatura;
 diminuição da pressão atmosférica;
 vento fraco.
 diminuição da nebulosidade;
 curtos períodos de chuva;
 aumenta a temperatura;
 vento fraco a moderado.
 aumento da velocidade do vento (rajadas fortes);
 aumento da humidade relativa;
 aumento da nebulosidade (nuvens de grande desenvolvimento vertical);
 aguaceiros intensos (trovoadas);
 diminuição da temperatura.
 mudança da direcção do vento;
 aumento da pressão;
 descida da temperatura;
 diminuição da nebulosidade;
 aguaceiros dispersos com abertas.

http://www.metoffice.gov.uk/weather/uk/surface_pressure.html
Centros de ação que mais influenciam o estado
do tempo e o clima de Portugal
• o fluxo de oeste;

• as altas pressões subtropicais (nomeadamente o “Anticiclone dos


Açores”);

• as depressões subpolares;

• a passagem da frente polar;

• as massas de ar polar e tropical, nas suas vertentes marítimas e


continental.
Principais massas de ar que
influenciam o clima de Portugal
Massas de ar

• São porções ou volumes da atmosfera que possuem praticamente as


mesmas características de pressão, temperatura e humidade devido à sua
localização e são bastante espessas e homogéneas.
Principais massas de ar que
influenciam o clima de Portugal
Massa de ar polar continental (muito fria e seca)
• É mais frequente entre novembro
e fevereiro e origina as
temperaturas mais baixas em
Portugal Continental no Inverno.

• É provocada por um anticiclone de


origem térmica, muito
desenvolvido, centrado sobre o
norte da Europa, que se estende
até à Península Ibérica.

• As condições de tempo associado a


esta massa de ar são:
- céu limpo;
- vento fraco de Leste;
- grande arrefecimento
noturno;
- formação de geada.
Massa de ar polar marítima (fria e húmida)

• Atinge Portugal durante os meses que vão de


setembro a março. Isto sucede quando o
Anticiclone dos Açores está a Norte dessas
ilhas e com o seu eixo maior na direcção NO-
SE.

• As condições de tempo associadas são:


- céu muito nublado;
- vento de NO, fraco a moderado;
- aguaceiros.
Massa de ar tropical marítima (quente e muito
húmida)
• Ocorre todo o ano quando o Anticiclone
dos Açores está centrado sobre as ilhas ou
antes da passagem de superfícies frontais
frias.

• As condições de tempo associadas são:


- céu muito nublado ou encoberto;
- vento fraco de Oeste;
- chuva fraca ou chuvisco;
- nevoeiro ou neblina.
Massa de ar tropical continental (muito quente
e muito seca)
• Atinge Portugal durante os meses mais quentes do
ano, com o anticiclone dos Açores estendendo-se
em crista para o Sul de França. Quando o
aquecimento da Península Ibérica é muito intenso
forma-se uma depressão térmica sobre o seu
centro.

• As condições de tempo associadas são:


- céu limpo;
- vento fraco de NE e Nortada na costa Oeste;
- as temperaturas mais elevadas do ano.

• Quando a depressão térmica se desloca para o


Alentejo, devido à entrada de ar marítimo na sua
circulação, ocorrem trovoadas sobre o interior sul
de Portugal. Este fenómeno é mais frequente no
final da Primavera e fim do Verão.
FIM

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