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É um recurso renovável e pode ser encontrada nos três estados físicos: sólido (neves e
gelos), líquido (rios, lagos e águas subterrâneas) e gasoso (vapor de água).
Se a pressão for superior a 1013 hpa estamos na presença de uma alta pressão.
Se a pressão for inferior a 1013 hpa estamos na presença de uma baixa pressão.
Quer os anticiclones quer as baixas pressões são processos isobáricos que podem ser
identificados pela existência de linhas concêntricas de igual pressão (isóbaras). Essas linhas
formam núcleos com pressões mais elevadas no centro, os anticiclones, ou mais baixas, as
depressões.
Nos centros de altas pressões, o ar desce, aquece e a humidade relativa diminui, pelo que não
existem condições para que se dê a condensação do vapor de água e formação de nuvens,
muito menos ainda a queda de precipitação. Pode, por isso, dizer-se que a um anticiclone está,
normalmente, associado bom
tempo (céu limpo e tempo
seco).
Esta oscilação em latitude dos centros barométricos e, consequentemente, das faixas dos
ventos, tem grande importância nas regiões das latitudes médias, onde se situa Portugal,
uma vez que ficam sujeitas à influência alternada:
Dos centros de altas
pressões subtropicais
e das massas de ar
tropicais (marítima e
continental), no verão;
No inverno, devido ao deslocamento para sul das baixas pressões subpolares, é muito
comum verificar-se sobre o nosso território a convergência de massas de ar polares e
tropicais, da qual resulta a formação de superfícies frontais e frentes.
Influência do ar quente
3. Após a passagem da frente quente, e já sob a influência do ar quente, verifica-se uma
melhoria geral no estado do tempo:
• o céu apresenta-se, de um modo geral, pouco nublado, embora possam ocorrer períodos de
precipitação, alternando com períodos de boas abertas (céu limpo);
• o vento é moderado;
• a temperatura é relativamente elevada para a época.
4.
Com a aproximação e a passagem da frente fria surge um novo agravamento no estado do
tempo:
• a nebulosidade aumenta, sendo constituída, sobretudo, por nuvens de grande
desenvolvimento vertical (muito espessas), devido à brusca subida do ar quente ao longo da
superfície frontal fria;
• a precipitação é intensa e de curta duração (aguaceiros), frequentemente acompanhada de
trovoada;
• a temperatura diminui, devido à aproximação da massa de ar frio do setor posterior;
• a pressão atmosférica aumenta rapidamente;
• o rumo do vento altera-se e a sua velocidade aumenta.
Influência do ar frio posterior
5. Depois da passagem da frente fria, e já sob a influência do ar frio posterior, tende a
verificar-se uma progressiva estabilidade no estado do tempo:
• o vento muda de direção e a nebulosidade diminui;
• a precipitação diminui, embora possam ainda ocorrer alguns aguaceiros dispersos;
• a temperatura mantém-se baixa, devido à presença da massa de ar frio posterior.
Por vezes,
devido ao intenso arrefecimento da Europa
Ocidental, forma-se sobre esta região, e em
particular sobre a Península Ibérica, um
anticiclone de origem térmica.
Este centro de altas pressões, para além de
proporcionar, por si só, uma situação de bom
tempo, constitui, também, um bloqueio ao
avanço das perturbações frontais vindas de
oeste, obrigando-as a desviar mais para norte
ou enfraquecendo-as.
Embora a situação de bom tempo seja a mais frequente durante o verão, não significa
que não possam ocorrer estados de tempo bastante diferentes. Não raras vezes,
acontece, por exemplo, que, devido ao elevado
aquecimento diurno verificado no interior da
Península Ibérica, se forma sobre ela uma depressão
de origem térmica.
Ocasionalmente, esta depressão barométrica
estende-se até ao norte de África e, se na Europa
Ocidental estiver localizado um centro de altas
pressões, a circulação conjunta destes dois centros
de ação faz com que cheguem ao nosso país massas
de ar tropical continental vindas do deserto do Sara.
O tempo torna-se, então, muito quente e muito
seco, especialmente no Algarve, com o vento a
soprar de leste ou de sudeste – vento de levante.
Para que aconteça qualquer forma de precipitação, é necessário que haja nuvens e, para
que estas se formem, é imprescendível que tenha havido uma subida do ar capaz de lhe
provocar um arrefecimento sufeciente para ser ultrapassado o ponto de saturação e haver
lugar à condensação do vapor de água.
De acordo com o mecanismo que provoca a subida do ar e o seu consequente
arrefecimento, podem distinguir-se 3 tipos de precipitação: frontal, orográfica (ou de
relevo) e convectiva.
Precipitação frontal
Estas precipitações sãoo características das zonas de convergêcia das latitudes médias, isto
é, das zonas dominadas pelas baixas pressões subpolares. Por essa razão, elas são também
predominantes em Portugal, sobretudo na metade norte, e principalmente durante a
época de inverno.
Precipitação orográfica
São também muito frequentes nos Açores e na Madeira, sendo tanto mais intensas quanto
mais alta for a ilha e mais exposta estiver às massas de ar de origem marítima.
Precipitação convectiva
Na Cordilheira Central (serras da Lousã, Estrela, Açor) a precipitação é mais elevada porque:
Latitude
faz-se sentir no sul, centro litoral e Madeira; verões quentes, longos e secos;
invernos suaves e curtos;
precipitação irregular e fraca;
estação seca entre quatro a seis meses.
Clima de altitude:
Em termos espaciais...
As áreas mais húmidas correspondem às que registam valores de precipitação mais elevadas,
nomeadamente:
o sul do Tejo: a precipitação decresce para sul e para o interior. A região do Guadiana,
juntamente com o vale do Douro superior, são as regiões mais secas do território.
As águas superficiais
no norte são mais densas, com rios de maior caudal, que escoam por vales mais
estreitos, profundos e de maior declive;
no sul que além de serem menos, os rios têm um caudal menor e mais irregular, e
escoam em vales pouco profundos, largos e com um menor declive.
A partir da forma dos vales podemos inferir a sua idade e o seu tempo de evolução. A fase de
juventude de um curso de água vê-se pela forma abrupta das vertentes do seu vale e do
declive do leito. Até á fase de senilidade, as vertentes vão-se rebaixando até se chegar a uma
fase de peneplanície, em que o rio escoa numa área mais ou menos plana.
Balanço Hídrico = Relação entre a quantidade de água que alimenta uma bacia hidrográfica
(precipitação) e a que se perde (evaporação) num determinado período de tempo.
As bacias do Norte registam um balanço hídrico positivo, o que traduz excesso de água. Os
valores mais elevados registam-se nas bacias do Cávado e do Lima. As bacias do Sul
apresentam défice de água, ou seja, um balanço hídrico negativo, como as do Guadiana ou do
Sado que são aquelas que registam os valores mais baixos.
O regime dos rios nacionais é condicionado por fatores naturais e humanos. Assim, os fatores
naturais principais são:
Permite a impermeabilização dos solos, o que provoca o aumento dos riscos de cheias,
através, por exemplo, de:
As águas subterrâneas
Muito permeáveis são também as formações cársicas pois a água dissolve o calcário quando
em presença de dióxido de carbono, com isto as fendas e falhas vão-se alargando.
Existem mesmo rios subterrâneos que, quando afloram à superfície, constituem nascentes
importantes, que se designam por exsurgências.
Por vezes, os rios, ao chegarem a uma região calcária, desaparecem à superfície, fazem parte
do seu percurso subterraneamente, aparecem novamente à superfície uns km mais à frente,
nas denominadas ressurgências.
A água doce salubre é um recurso cada vez mais escasso e representa menos de 3 % de toda a
água do Planeta.
O Homem pode atuar de forma indireta na destruição das reservas de água doce, alterando o
clima de forma global, o que tem como consequências principais a fusão das calotas polares e
a subida do nível do mar que irá provocar a salinização das águas subterrâneas próximas do
litoral.
De uma forma direta, o ser humano é responsável por todos os tipos de poluição que lança
para os rios e toalhas freáticas. As águas subterrâneas são afetadas por poluentes através do
processo de infiltração.
Os rios são contaminados por efluentes de várias origens, que são despejados, diretamente,
nos cursos de água.
As atividades humanas mais poluidoras para os recursos hídricos são as atividades industriais e
agrícolas, assim como os efluentes domésticos.
Há outros três grandes problemas relacionados com graves consequências para os recursos
hídricos:
• Salinização – Ocorre nos aquíferos junto ao litoral. A sua sobre-exploração pode fazer com
que a água salgada, mais densa, penetre nos aquíferos, fazendo chegar grandes quantidades
de água salgada a furos e poços, inutilizando a sua exploração.
• Desflorestação – Pode dever-se aos incêndios florestais ou ao abate de floresta para diversos
fins (madeira, abertura de vias de comunicação, crescimento urbano, entre outros).