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Influência das catástrofes no

equilíbrio dos ecossistemas


CIÊNCIAS NATURAIS
8.º ANO
Perturbações do equilíbrio dos
ecossistemas
• Os ecossistemas estão em equilíbrio dinâmico.
• O equilíbrio dos ecossistemas e a qualidade dos seus serviços podem
ser perturbados por acontecimentos, normalmente inesperados. Se os
danos forem grandes estamos perante uma catástrofe ambiental.

Catástrofes
ambientais
Origem natural Origem antrópica

Acontecimentos súbitos Desastres ambientais


com origem na natureza, provocados diretamente
sem intervenção humana pela ação humana.
direta.
• Tanto as catástrofes naturais como as perturbações de origem
antrópica podem ter como consequências o desequilíbrio dos
ecossistemas e danos pessoais e materiais em populações humanas.
Exemplos de catástrofes
Catástrofes
ambientais
Origem natural Origem antrópica

Exemplos: Exemplos:
- Erupções vulcânicas - Poluição (do ar; das águas;
- Sismos do solo)
- Tsunamis - Desflorestação
- Deslizamento de terras - Incêndios de origem humana
- Inundações/ cheias - Invasões biológicas
- Secas
-Tempestades; ciclones;
tornados; furacões  Atividade
- Incêndios causados por páginas 110 e 111
relâmpagos
Catástrofes Naturais
• Não se consegue impedir as catástrofes naturais.
• Seria importante a previsão de uma catástrofe natural de modo a
evacuar locais afetados e minimizar o número de vítimas e os
estragos materiais.
• Não se podem prever todas as catástrofes naturais (ex.: sismos).
• Para todos os tipos de catástrofes há medidas de minimização dos
impactes que podem ser tomadas com o objetivo de minimizar as
suas consequências:
Atividade sísmica
Os sismos consistem em vibrações das rochas da litosfera.
Os sismos resultam da atividade interna da Terra, sendo os
mais violentos os sismos tectónicos.
Quando ocorrem em áreas densamente povoadas podem
provocar vítimas e danos materiais. Podem originar incêndios
devido à rutura de condutas de gás e, geralmente, levam ao
corte da eletricidade e comunicações telefónicas.
Em alguns casos ocorrem deslizamentos de terrenos e
tsunamis.

Podem provocar impactes dos ecossistemas através:


- do desvio do curso de um rio ou da alteração do nível da água;
- de deslizamento de terras;
- da ocorrência de tsunamis, os quais matam muitos organismos de
ecossistemas litorais e alteram a salinidade dos solos de regiões interiores.
Medidas para diminuir os impactes da atividade sísmica:
- Fazer o estudo geológico dos terrenos e determinar
zonas de maior e de menor risco sísmico;

- Acompanhar constantemente a atividade sísmica de


uma região.

- Impedir a construção em locais de elevado risco sísmico.

- Implementar técnicas de construção antissísmica.

- Preparar as populações para saberem proteger-se em


caso de sismo.
Atividade vulcânica
A atividade vulcânica também está associada à dinâmica
interna da Terra.

A atividade vulcânica pode causar os seguintes impactes nos ecossistemas:


- os materiais expelidos a altas temperaturas (lava e piroclastos) podem
destruir os ecossistemas próximos de um vulcão;
- os gases vulcânicos podem alterar a temperatura do ar e levar à formação
de chuvas ácidas;
- O magma em movimento também pode aumentar a temperatura das águas
subterrâneas e superficiais (ex.: nascentes, rios e lagos).
Atividade vulcânica
A atividade vulcânica também tem um aspeto positivo:
As cinzas vulcânicas tornam
os solos muito férteis,
originando ecossistemas com
elevada produtividade.

Medidas para diminuir os impactes da atividade vulcânica:


- Fazer a monitorização constante da atividade vulcânica;
- Não construir perto de vulcões ativos;
- Evacuar locais quando há risco de uma erupção vulcânica.
Cheias/ inundações
As cheias correspondem à acumulação de grandes quantidades de
água como consequência de chuvas intensas ou da fusão da neve. O
caudal dos rios aumenta e a água inunda as margens.
Agravam-se com a falta de vegetação e a impermeabilização dos solos.
As cheias podem ter como consequências a destruição de bens e a perda de vidas. Este
tipo de catástrofe afeta frequentemente as explorações agrícolas e agropecuárias, com
impactes na economia das regiões.
As cheias também podem ter impactes negativos nos ecossistemas aquáticos, pois as
águas de escorrência transportam grandes quantidades de sedimentos e produtos
químicos (fertilizantes, óleos, pesticidas, etc.), que se vão depositar nesses
ecossistemas.
No entanto, as cheias que ocorrem
em alturas previstas contribuem de
forma positiva para a fertilização
dos solos, pois a água transporta
nutrientes que se depositam nas
margens dos rios.
Bacia do vale do rio Tejo.
Destruição da vegetação e cheias

Evapotranspiração Evapotranspiração

Retenção de água
Retenção de água

Erosão dos Erosão dos


solos solos
Medidas para diminuir os
impactes das cheias:
• Não construir em leitos de cheia de rios (margens).
• Construção de barragens nos rios e diques ou à volta de povoações.
• Não construir em excesso impermeabilizando os solos (o que impede a infiltração
da água da chuva).
• Aumentar as áreas de prado e floresta ao longo das margens dos rios (favorece a
infiltração da água e diminui a escorrência superficial e as cheias).
• Tentar prever inundações e evacuar zonas de risco.
Tempestades
As tempestades são caracterizadas por chuva intensa,
vento forte, trovoada e relâmpagos, podendo até formar-
se furacões e tornados.

A maioria dos cientistas considera que as


alterações climáticas têm aumentado a frequência
e intensidade das tempestades.
Podem ser muito destrutivas, quer para o ser
humano quer para os ecossistemas naturais. Podem
originar inundações e deslizamento de terras.
Secas
A seca é caracterizada pela escassez de água devido a períodos prolongados de
pouca chuva (reduzida precipitação). Em regiões áridas é comum não chover
durante longos períodos, mas em regiões de clima temperado, a ausência de
chuva durante um período relativamente curto pode ser considerada um
período de seca.

CAUSAS:
A principal causa é a falta de chuva durante um longo período de tempo.
O incorreto ordenamento do território, o excesso de consumo de água,
nomeadamente esgotando as reservas subterrâneas, e ainda a desflorestação
contribuem para aumentar os impactes negativos desta catástrofe.

CONSEQUÊNCIAS:
A seca tem efeitos drásticos nos serviços dos ecossistemas, nomeadamente na
redução da produção de energia elétrica nas barragens e na redução da
produção agrícola e pecuária.
Quando a seca é muito prolongada,
como é o caso de algumas regiões
de África, as populações são
obrigadas a deslocar-se para outros
locais. Em algumas zonas deste
continente, a extensão afetada pela
seca é tão grande que as
populações só conseguem
sobreviver com a ajuda da
comunidade internacional, em
campos de refugiados.

Campo de refugiados
As plantas e animais são afetados pelas secas,
sobretudo as espécies que não desenvolveram
adaptações para a falta de água.
Mesmo os seres vivos que conseguem
sobreviver nestas condições ficam mais
debilitados, podendo contrair doenças.
As secas aumentam a erosão dos solos e,
consequentemente, a desertificação e o
aumento do número de incêndios.

Medidas para diminuir os impactes das secas:


- Gerir, de forma sustentável, os recursos hídricos (poupar água);
- Evitar a erosão dos solos;
- Reflorestar de acordo com o clima da região e com espécies originárias dessa
zona.
Incêndios
Os incêndios florestais são catástrofes que ocorrem com
frequência em Portugal e que devastam extensas áreas naturais.
Se alguns têm origem natural, a maioria tem origem humana
(resultam de negligência ou de fogo posto).
A propagação do incêndio é facilitada pela intensidade e direção
do vento, pela humidade relativa do ar, pela temperatura, pelo
tipo de espécies vegetais e pelo relevo.
Os incêndios causam mortes e destruição de bens, prejuízos económicos e
problemas ambientais – destruição de ecossistemas (ex.: desflorestação) e
poluição do ar (libertação de partículas e de gases como o CO2).

Após um incêndio, as cinzas contribuem para a fertilização dos solos, ficando


mais matéria inorgânica disponível para as plantas.
No entanto, esta fertilização é provisória, uma vez que a estrutura do solo é
alterada e, com as primeiras chuvas, os sais minerais serão arrastados para zonas
mais profundas ou transportados pela água ao longo das encostas, ficando
inacessíveis para as plantas.
Os incêndios têm um impacte positivo para
algumas espécies de plantas (por exemplo, o
pinheiro-bravo), cujas sementes se libertam
mais facilmente devido às temperaturas
elevadas.

Pinheiro-bravo (Pinus pinaster)


Medidas para diminuir os impactes dos incêndios:
- criação de infraestruturas florestais (postos de observação, reservatórios de
água, abertura de corta-fogos, aceiros, etc.);
- plantar espécies vegetais menos combustíveis/ mais resistentes ao fogo
(carvalhos; medronheiros; castanheiros; sobreiros; azinheiras…);
- a educação e a sensibilização das populações sobre os cuidados a ter em
áreas florestais;
- o ordenamento e limpeza regular das florestas e matas;
- o reforço dos meios de vigilância terrestre e aérea, assim como dos de
combate a fogos;
- o aumento da investigação científica (por exemplo, através do
desenvolvimento de meios de deteção automática de incêndios).

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