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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA


ENGENHARIA ELÉTRICA

Mario Lucas Lima de Souza Ribeiro - RA: 118654


Murilo Galdino Zannin - RA: 117513

Experimentos 7, 8 e 9
6675/03 - Laboratório de Circuitos Eletrônicos 2

Atividade de Laboratório de Circuitos Eletrônicos


2 apresentada ao 3º ano do curso de
Engenharia Elétrica como parte dos critérios
avaliativos do 2º semestre do ano letivo.

Professor: Carlos Alexandre Ferri

Maringá
2023
Sumário
1 INTRODUÇÃO 1

2 OBJETIVOS 1

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2
3.1 Filtros ativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
3.1.1 Filtro passa-baixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
3.1.2 Filtro passa-alta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
3.2 Ordem do filtro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
3.2.1 Aproximação de Butterworth . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3.3 Topologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3.3.1 Sallen-Key . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3.4 Função de transferência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3.4.1 1ª ordem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3.4.2 2ª ordem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.4.3 Ordens superiores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

4 METODOLOGIA 13
4.1 Materiais Utilizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
4.2 Montagem e Realização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES 16

6 CONCLUSÕES 29

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 30
1 INTRODUÇÃO

Os filtros ativos são dispositivos eletrônicos que utilizam componentes ativos, como
transistores e amplificadores operacionais, para filtrar sinais elétricos. Eles são ampla-
mente utilizados em sistemas de comunicação, processamento de sinais, fontes de ali-
mentação, entre outros (PERTENCE JR., 2015).

Ao contrário dos filtros passivos, que dependem apenas de componentes passivos,


como resistores, capacitores e indutores, os filtros ativos oferecem uma maior flexibilidade
na escolha das frequências de corte e na forma da resposta em frequência. Além disso, eles
podem amplificar o sinal de entrada, tornando-os úteis em aplicações de pré-amplificação
(PERTENCE JR., 2015).

Os filtros ativos podem ser classificados de acordo com a sua topologia de circuito,
como filtros passa-baixas, passa-altas, passa-faixas e rejeita-faixas. Cada tipo de filtro
tem sua própria função e caracterı́sticas de resposta em frequência (PERTENCE JR.,
2015).

Em resumo, os filtros ativos são dispositivos eletrônicos muito úteis para filtrar sinais
elétricos, oferecendo uma maior flexibilidade e capacidade de amplificação do sinal de
entrada (PERTENCE JR., 2015).

2 OBJETIVOS

O objetivo deste experimento é analisar o comportamento de filtros passa-baixa de


primeira, segunda e quarta ordens e de filtros passa-alta de primeira e segunda ordens,
utilizando-se da aproximação de Butterworth.

São observados ganho e tensão de saı́da conforme se varia a frequência do sinal de


entrada, tanto antes da frequência de corte fc quanto depois dela. Comparar os resultados
das diferentes ordens de filtragem.

Além disso, comparar também o funcionamento de um filtro ativo real e compará-lo


com um filtro ativo ideal, totalmente teórico.

1
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Filtros ativos

De acordo com Pertence Jr. (2015), um filtro é elétrico é um quadripolo capaz de


atenuar determinada ou determinadas frequências do espectro do sinal filtrado, permitindo
a passagem de outras frequências. O espectro do sinal é sua decomposição em uma escala
de amplitude x frequência.

Constituı́do de amplificadores operacionais, os filtros ativos também são compostos


por elementos passivos, como os resistores e os capacitores. A parte ativa, os Amp Op’s,
serve para amplificar o sinal e/ou isolá-lo (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2013).

Em comparação com os filtros passivos, os ativos possuem grandes vantagens como:


possibilidade de obter grande amplificação do sinal; não utilização de indutores, caros e
espaçosos para pequenas frequências; flexibilidade de projetos. Entretanto, as seguintes
limitações estão presentes: necessidade de um fonte externa de alimentação; capacidade
de resposta dos amplificadores operacionais; aplicações apenas a baixas potências (PER-
TENCE JR., 2015).

Quanto aos tipos de filtro, Malvino e Bates (2016) dizem que existem cinco, sendo
eles: filtro passa-baixa, passa-alta, passa-faixa, rejeita-faixa e passa-todas. Nesse relatório
serão abordados apenas os filtros passa-baixa e passa-alta, detalhados em sequência.

3.1.1 Filtro passa-baixa

O filtro passa-baixa permite a passagem de frequências até a determinada frequência


de corte fc , onde, idealmente, não há mais passagem de sinal. A faixa de frequências que
o filtro permite, indo de 0 até fc Hz, é chamada de banda de passagem e o restante de
banda de corte. Além disso, possui um deslocamento de fase nulo (MALVINO; BATES,
2016).

A figura 1 mostra o ganho Av em função da frequência para um filtro passa-baixa:

2
Figura 1: Resposta em frequência de um filtro passa-baixa. Fonte: Malvino e Bates, 2016.

Saindo da idealidade, essa configuração de filtro apresenta três regiões ao invés duas.
Além das bandas de passagem e de corte, há região de transição de uma banda para a
outra. Na prática é impossı́vel ter uma atenuação nula na banda de passagem e uma
atenuação infinta na banda de corte (MALVINO; BATES, 2016). A figura 2 apresenta
essas três regiões:

Figura 2: Região de passagem da banda de passagem para a banda de corte, compreendida


entre fc e fs . Fonte: Malvino e Bates, 2016.

O decaimento de uma banda para outra não é vertical, mas sim dependente de uma
faixa de decaimento. Isso depende de parâmetros como as atenuações Ap e As , sendo
a primeira a máxima variação do ganho permitida na faixa de passagem e a segunda a
atenuação mı́nima necessária para a faixa de corte, e de fc e fs , sendo a última a borda
da faixa de corte. Por fim, quanto maior for a ordem do filtro utilizado, maior será o
decaimento, dado em decibéis por década (dB/dec) (MALVINO; BATES, 2016).

A atenuação em decibéis A, útil para definir a ordem do filtro, é dada a partir da


atenuação x desejada, utilizando a seguinte fórmula (MALVINO; BATES, 2016):

3
A = 20 · log(x) (1)

Portanto, se desejamos uma atenuação de 100, são necessários 40 dB; se precisamos


de uma atenuação de 60, são necessários 36 dB, e por aı́ vai (PERTENCE JR., 2015).

3.1.2 Filtro passa-alta

Um filtro passa-alta ideal impede a passagem de sinais cuja frequência esteja abaixo
da frequência de corte, permitindo a passagem de todas que estejam acima (MALVINO;
BATES, 2016). A figura 3 ilustra a filtragem do sinal:

Figura 3: Resposta em frequência de um filtro passa-alta. Fonte: Malvino e Bates, 2016.

As frequências de 0 até fc são barradas, constando na banda de corte, e todas as


frequências de fc pra cima passam, constando na banda de passagem. Da mesma forma
que para o filtro passa-baixa real havia três regiões, há também para o filtro passa-alta
real, as faixas de corte, passagem e de transição (MALVINO; BATES, 2016).

3.2 Ordem do filtro

A ordem de um filtro ativo é dada pelo número de circuitos RC, também chamados
de polos, que compõe o filtro. Se um filtro possui 3 circuitos RC, ele é dito de terceira
ordem (MALVINO; BATES, 2016).

De acordo com Pertence Jr. (2015), quanto maior a ordem do filtro, maior a taxa de
decaimento, seja por década ou por oitava, e maior a sua complexidade. Maior também é
a proximidade do filtro com a idealidade. O tipo de aproximação também determina no

4
valor de decibéis da atenuação - o quão rápido é o decaimento. Existem as aproximações de
Bessel, Chebyshev e outras, sendo a usada nesse experimento a de Butterworth. Abaixo,
na figura 4, o comparativo entre filtros passa-alta de 1ª e 2ª ordens:

Figura 4: Resposta em frequência de filtros passa-alta de 1ª e 2ª ordens. Fonte: Boylestad


e Nashelsky, 2013.

Os filtros de 1ª e 2ª ordens, para quaisquer configurações, são mais conhecidos e


simples de trabalhar do que os demais. Portanto, quando se torna necessário trabalhar
com ordens superiores, é associado em série filtros de 1ª e 2ª ordens (SEDRA; SMITH,
2004). A figura 5 apresenta melhor:

Figura 5: Construção dos filtros a partir de primeiras e segundas ordens. Fonte: Sedra e
Smith, 2004.

5
3.2.1 Aproximação de Butterworth

A aproximação de Butterworth é muito próxima ou igual a zero na maior parte da


banda de passagem, sendo chamada de resposta plana. Em razão disso, seu decaimento
é considerado lento quando comparado com as outras aproximações (MALVINO; BA-
TES, 2016). Na figura 6, ganho em função da frequência em um filtro passa-baixa de
aproximação Butterworth.

Figura 6: Filtro passa-baixa com aproximação de Butterworth. Fonte: Malvino e Bates,


2016.

Esta aproximação possui um decaimento de 20n decibéis por década, onde n representa
a ordem do filtro. Quanto maior a ordem, maior a atenuação por década (PERTENCE
JR., 2015). Na tabela 1, a atenuação em função da ordem do filtro.

Ordem Atenuação (dB)


1 20
2 40
3 60
4 80
5 100

Tabela 1: Atenuação em função da ordem do filtro. Fonte: autoria própria.

É possı́vel visualizar a diferença no comportamento dos filtros conforme a ordem, ver


a resposta em função de diferentes taxas de decaimento, como mostram Sedra e Smith
(2004) na figura 7:

6
Figura 7: Resposta em função da ordem do filtro na aproximação Butterworth. Fonte:
Sedra e Smith, 2004.

Além disso, a aproximação possui seus coeficientes, ditos necessários para encontrar
as funções de transferência (SEDRA; SMITH, 2004). A figura 8 apresenta os coeficientes.

7
Figura 8: Coeficientes da aproximação Butterworth. Fonte: Sedra e Smith, 2004.

3.3 Topologia

A topologia é a maneira como o circuito do filtro ativo está montado, quais e quantos
componentes existem e como eles estão interligados. Esse fator influencia e determina
também a função de transferência do filtro. Cada forma de montar possui seus
próprios coeficientes de acordo com a aproximação usada (PERTENCE JR., 2015). Este
experimento aborda a topologia Sallen-Key, apresentada na sequência.

3.3.1 Sallen-Key

A topologia Sallen-Key possui implementação simples para filtros passa-baixa, passa-


alta e passa-faixa, possuindo ganho unitário ou superior na banda de passagem (BONFIM,
2017). Abaixo, na figura 9, um filtro de segunda ordem utilizando essa topologia:

8
Figura 9: Filtro de segunda ordem utilizando topologia Sallen-Key. Fonte: Bonfim, 2017.

A função de transferência desse circuito se destaca pela sua simplicidade também.


Aplicando análise nodal em Vx , V+ e V− , é fácil isolar a expressão Vout /Vin (BONFIM,
2017):

Vout Z3 Z4
= (2)
Vin Z1 Z2 + Z4 (Z1 + Z2 ) + Z3 Z4

Para diferentes filtros, o arranjo das impedâncias se mantém, mudando o elemento


da mesma, variando entre capacitivo e reativo (BONFIM, 2017). Nas figuras 10 e 11,
respectivamente, um FPB e um FPA com a topologia Sallen-Key:

Figura 10: Filtro passa-baixa com topologia Sallen-Key. Fonte: Bonfim, 2017.

9
Figura 11: Filtro passa-alta com topologia Sallen-Key. Fonte: Bonfim, 2017.

3.4 Função de transferência

3.4.1 1ª ordem

Na topologia de circuito Sallen-Key, mostrada na figura 12, a função transferência de


um filtro passa-baixa é dada por (SEDRA; SMITH, 2004):

Figura 12: FPB de 1ª ordem com topologia Sallen-Key. Fonte: Sedra e Smith, 2004.

A0
A(s) = (3)
1 + a1 s

Onde:

R2
A0 = 1 + (4)
R3

a1 = 2πfc R1 C1 (5)

10
Para um filtro passa-alta na mesma configuração, representado na figura 13, obtemos
(SEDRA; SMITH, 2004):

Figura 13: FPA de 1ª ordem com topologia Sallen-Key. Fonte: Sedra e Smith, 2004.

A0
A(s) = (6)
1 + as1

Onde A0 e a1 permanecem com as mesmas equações (SEDRA; SMITH, 2004).

3.4.2 2ª ordem

Na topologia de circuito Sallen-Key, mostrada na figura 14, a função transferência de


um filtro passa-baixa é dada por (SEDRA; SMITH, 2004):

Figura 14: FPB de 2ª ordem com topologia Sallen-Key. Fonte: Sedra e Smith, 2004.

A0
A(s) = (7)
1 + ai s + b i s 2

Onde:

R4
A0 = 1 + (8)
R3

11
ai = 2πfc C1 (R1 + R2 ) (9)

bi = (2πfc )2 R1 R2 C1 C2 (10)

Para um filtro passa-alta na mesma configuração, representado na figura 15, obtemos


(SEDRA; SMITH, 2004):

Figura 15: Filtro passa-alta de 2ª ordem com topologia Sallen-Key. Fonte: Sedra e Smith,
2004.

A∞
A(s) =  ai bi
 (11)
1+ s
+ s2

Onde:

A∞ = 1 (12)

1
ai = (13)
πfc R1 C

1
bi = (14)
(2πfc )2 R1 R2 C 2

3.4.3 Ordens superiores

De acordo com a figura 5, a partir da 3ª ordem, os filtros são formados com associações
em série de filtros de 1ª e 2ª ordens. Da mesma forma, isso é válido para as funções de

12
transferência. Para encontrá-la, basta fazer a análise nodal novamente, deixando o final
em função do sinal de saı́da do último filtro dividido pelo sinal de entrada do primeiro
filtro (SEDRA; SMITH, 2004).

4 METODOLOGIA

Para este relatório foram feitos 3 experimentos, onde, o primeiro se trata de dois
filtros ativos de primeira ordem, um passa-baixa e um passa-alta, o segundo se trata de
dois filtros ativos de segunda ordem, um passa-baixa e um passa-alta e o terceiro um filtro
ativo de quarta ordem do tipo passa-baixa, todos sendo do tipo Sallen-Key.

4.1 Materiais Utilizados

Experimento 1:

• 1 x Capacitor de 9,687 nF;

• 1 x Resistor de 19,988 kΩ;

• 1 x Resistor de 30,059 kΩ;

• 1 x Resistor de 9,956 kΩ;

• 1 x Kit amplificador TL071 para Filtros;

• 1 x Multı́metro Minipa ET-1002;

• 2 x Bateria de 12 V;

• 1 x Regulador de tensão;

• Jumpers.

Experimento 2:

• 1 x Capacitor de 21.69 nF;

• 1 x Capacitor de 21.01 nF;

13
• 1 x Capacitor de 3.298 nF;

• 1 x Capacitor de 30.6 nF;

• 1 x Resistor de 4.677 kΩ;

• 1 x Resistor de 2.173 kΩ;

• 1 x Resistor de 2.238 kΩ;

• 1 x Resistor de 3.286 kΩ;

• 1 x Kit amplificador TL071 para Filtros;

• 1 x Multı́metro Minipa ET-1002;

• 2 x Bateria de 12 V;

• 1 x Regulador de tensão;

• Jumpers.

Experimento 3:

• 1 x Capacitor de 2.28 nF;

• 1 x Capacitor de 2.21 nF;

• 1 x Capacitor de 3.26 nF;

• 1 x Capacitor de 0.68 nF;

• 1 x Capacitor de 2.2 nF;

• 1 x Capacitor de 4.8 nF;

• 1 x Resistor de 33.8 kΩ;

• 1 x Resistor de 41.4 kΩ;

• 1 x Resistor de 2.55 kΩ;

• 1 x Resistor de 1.003 kΩ;

14
• 1 x Resistor de 51.1 kΩ;

• 1 x Resistor de 51.1 kΩ;

• 1 x Resistor de 2.54 kΩ;

• 1 x Resistor de 1.017 kΩ;

• 1 x Kit amplificador TL071 para Filtros;

• 1 x Multı́metro Minipa ET-1002;

• 2 x Bateria de 12 V;

• 1 x Regulador de tensão;

• Jumpers.

4.2 Montagem e Realização

Experimento 1: Para o filtro passa-baixa utilizamos o resistor de 9956Ω na entrada


não-inversora e o capacitor. Na entrada negativa utilizamos na realimentação o resistor
de 30059Ω e o resistor indo pro terra usamos o de 19988Ω. Já para o filtro passa-alta só
invertemos de lugar o capacitor com o resistor de 9956Ω.

Experimento 2: Para o filtro passa-baixa utilizamos o resistor de 3286Ω e o de 4677Ω


na entrada positiva, juntamente com três capacitores ligados após eles indo pro terra
de forma que, em paralelo formem aproximadamente 47nF, no caso foi utilizado 21.01
nF, 21.69 nF e 3.298 nF, aproximadamente 45.99 nF. Além destes, temos também um
capacitor como realimentação positiva de valor 30.6 nF. Já na entrada inversora, temos
dois resistores de valores aproximadamente iguais, sendo um pra realimentação e outro
para o terra, sendo um o de 2173Ω e outro de 2238Ω. Para o filtro passa-alta apenas
colocamos os resistores da parte positiva no lugar dos resistores da entrada e colocamos
estes resistores de forma que o de 4677Ω fosse para a realimentação e o outro para o terra.

Experimento 3: Para o filtro passa-baixa da esquerda utilizamos na entrada positiva


os resistores de 33800Ω e o de 41400Ω, juntamente com capacitores de 4.28 nF e 2.21 nF
em paralelo indo pro terra, além também de dois capacitores na realimentação positiva de

15
3.26 nF e 0.68 nF em paralelo. Na entrada inversora usamos dois resistores, um de 1003Ω
para a realimentação e outro de 2550Ω indo para o terra. No lado direito utilizamos na
entrada positiva os resistores de 51000Ω e 51100Ω, juntamente com o capacitor de 4.8 nF
na realimentação positiva e o de 2.2 nF indo para o terra. Na entrada inversora usamos
dois resistores, um de 1017Ω na realimentação e outro de 2540Ω indo pro terra.

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Experimento 1:

f(Hz) Vin (V ) Vout (V ) A(Ganho)


20 5.36 13.2 2.46
60 5.36 13.2 2.46
100 5.4 13.1 2.43
400 5.48 13.1 2.39
600 5.56 12.9 2.32
1000 6.08 12.9 2.12
4000 14 13.4 0.96
6000 19 13 0.68
10000 25.6 11 0.43
40000 25.4 3.4 0.13
60000 25.2 2.6 0.10
100000 25.6 1.32 0.05
400000 26 0.56 0.02
600000 26 0.52 0.02
1000000 26 0.36 0.01

Tabela 2: Resposta em Frequência do Filtro de Primeira Ordem do Tipo Passa-Baixa.

16
f(Hz) Vin (V ) Vout (V ) A(Ganho)
20 25 0.9 0.04
60 25 2.54 0.10
100 25 4.2 0.17
400 21.6 13.4 0.62
600 15.4 13.4 0.87
1000 9.92 12.5 1.26
4000 6.16 14 2.27
6000 5.36 12.8 2.39
10000 5.36 12.6 2.35
40000 5.36 12.8 2.39
60000 5.6 14 2.50
100000 5.44 13.8 2.54
400000 5.44 14 2.65
600000 5.44 12.4 2.28
1000000 5.44 6.8 1.25

Tabela 3: Resposta em Frequência do Filtro de Primeira Ordem do Tipo Passa-Alta.

Figura 16: Gráfico do Filtro Passa-Baixa.

17
Figura 17: Gráfico do Filtro Passa-Alta.

Conforme o esperado, os gráficos estão se comportando de maneira coerente com a


teoria, onde em ambos a frequência de corte está em aproximadamente fc ≈ 1805, 185
Hz. A queda do ganho na frequência de corte se da por conta da relação RC entre os
valores do resistor e do capacitor que atuam e influenciam diretamente na frequência, nos
proporcionando este limite para trabalhar.

Após simular, chegamos à:

18
f(Hz) Vin (V ) Vout (V ) A(Ganho)
20 5,36 13,42 2,5
60 5,36 13,41 2,5
100 5,40 13,49 2,5
400 5,47 13,34 2,44
600 5,56 13,08 2,35
1000 6,08 13,02 2,14
4000 14 13,36 0,95
6000 19,01 12,61 0,66
10000 25,6 10,44 0,41
40000 25,4 2,62 0,1
60000 25,2 1,74 0,07
100000 25,6 1,05 0,04
400000 25,99 0,26 0,01
600000 25,99 0,16 0,01
1000000 25,99 0,09 0

Tabela 4: Resposta em Frequência do Filtro Passa-Baixa no Simulador TINA.

19
f(Hz) Vin (V ) Vout (V ) A(Ganho)
20 25 0.76 0.03
60 25 2.28 0.09
100 25 3.79 0.15
400 21.6 12.74 0.59
600 15.4 13.18 0.86
1000 9.91 12.87 1.3
4000 6.17 14.26 2.31
6000 5.36 12.94 2.41
10000 5.36 13.24 2.47
40000 5.36 13.41 2.5
60000 5.6 14 2.5
100000 5.44 13.59 2.5
400000 5.44 13.08 2.4
600000 5.44 12.49 2.29
1000000 5.44 11.02 2.02

Tabela 5: Resposta em Frequência do Filtro Passa-Alta no Simulador TINA.

20
Após simular, vemos que os dados foram coletados corretamente, pois ambos, o simu-
lado e o experimental, coincidem.

Experimento 2:

f(Hz) Vin (V ) Vout (V ) A(Ganho)


20 6.4 12.8 2
60 6 12 2
100 5.92 11.9 2.01
600 6.16 11.7 1.89
900 7.28 11.4 1.56
1000 8.24 11.8 1.43
2000 18.4 9.8 0.53
4000 18.4 3.2 0.17
6000 18.4 2 0.11
10000 18.4 1.2 0.06
40000 18.8 1.2 0.06
60000 18.8 1.2 0.06
100000 19.2 1.2 0.06
400000 20.4 1.6 0.07
600000 20.4 1.6 0.07

Tabela 6: Resposta em Frequência do Filtro Passa-Baixa de Segunda Ordem.

21
f(Hz) Vin (V ) Vout (V ) A(Ganho)
20 18.2 0.6 0.03
60 18.2 0.6 0.03
100 18.2 0.8 0.04
600 18.4 4.28 0.23
900 18.4 8.96 0.48
1000 18.2 10.7 0.59
2000 8.08 11.8 1.46
4000 6.24 12.2 1.95
6000 6.08 12.8 2.11
10000 6 12.9 2.15
40000 5.8 12.4 2.14
60000 6.2 13.2 2.13
100000 6.2 13.2 2.13
400000 7.2 13 1.81
600000 12.3 10.1 0.82

Tabela 7: Resposta em Frequência do Filtro Passa-Alta de Segunda Ordem.

Figura 18: Gráfico do Filtro Passa-Baixa de Segunda Ordem.

22
Figura 19: Gráfico do Filtro Passa-Alta de Segunda Ordem.

Ao comparar os nossos valores do experimento 2 com o do experimento 1 vemos que


o controle do ganho foi feito de melhor forma e a sua queda veio mais rápido do que o
de primeira ordem. Vale lembrar que os valores diferem um pouco por conta de que, nos
filtros de segunda ordem butterworth, temos dois parâmetros, a1 = 1.4142 e b1 = 1.0000,
e no de primeira ordem temos somente um, a1 = 1.000.

23
f(Hz) Vin (V ) Vout (V ) A(Ganho)
20 6.4 12.8 2
60 6 12 2
100 5.92 11.8 1.99
600 6.16 11.8 1.92
900 7.28 11.5 1.58
1000 8.24 11.4 1.38
2000 18.4 9.6 0.52
4000 18.4 3.1 0.17
6000 18.4 2 0.11
10000 18.4 1.3 0.07
40000 18.8 1.2 0.06
60000 18.8 1.2 0.06
100000 19.2 1.7 0.08
400000 20.4 1.6 0.07
600000 20.4 1.5 0.07

Tabela 8: Resposta em Frequência do Filtro Passa-Baixa de Segunda Ordem no Simulador


TINA.

24
f(Hz) Vin (V ) Vout (V ) A(Ganho)
20 18.2 0.4 0.02
60 18.2 0.5 0.02
100 18.2 0.7 0.03
600 18.4 4.1 0.22
900 18.4 9.01 0.49
1000 18.2 10.4 0.57
2000 8.08 11.6 1.43
4000 6.24 12 1.92
6000 6.08 12.5 2.06
10000 6 12.8 2.13
40000 5.8 12.6 2.17
60000 6.2 13.3 2.14
100000 6.2 13.3 2.14
400000 7.2 13 1.80
600000 12.3 10 0.81

Tabela 9: Resposta em Frequência do Filtro Passa-Alta de Segunda Ordem no Simulador


TINA.

25
Assim como no experimento 1, os dados do simulador e da prática se coincidem,
concluindo a exatidão da coleta de dados.

Experimento 3:

f(Hz) Vin (V ) Vout (V ) A(Ganho)


20 6 11.4 1.9
50 6 11.4 1.9
100 6 11.4 1.9
200 6 11.3 1.88
500 6 9.84 1.64
600 6 8.88 1.48
700 6 7.68 1.28
800 6 6.48 1.08
900 6 5.28 0.88
1000 6 4.24 0.71
2000 11 1 0.09
3000 11 0.254 0.02
5000 11 0.048 0.00
6000 25.2 0.051 0.00
7000 25.2 0.035 0.00
8000 25.2 0.031 0.00
9000 25.2 0.025 0.00
10000 25.2 0.026 0.00

Tabela 10: Resposta em Frequência do Filtro Passa-Baixa de Quarta Ordem.

Em comparação com o experimento 1, este filtro decai muito rapidamente, e após uma
certa frequência, seu ganho é praticamente nulo, tendo tensão tão baixa que o oscilador não
foi capaz de coletar a tensão de saı́da exata, e por isso também, paramos a coleta de dados
na frequência de 10 kHz. Assim como no filtro de segunda ordem, o filtro de quarta ordem
também possui parâmetros. Por ser dois filtros de segunda ordem butterworth em série
teremos então quatro parâmetros, sendo eles: a1 = 1.8478, a2 = 0.7654 e b1 = b2 = 1.0000,
sendo os de subı́ndice 1 os parâmetros do primeiro filtro de segunda ordem e os de subı́ndice
2 os do segundo filtro.

26
Figura 20: Gráfico do Filtro Passa-Baixa de Quarta Ordem.

27
f(Hz) Vin (V ) Vout (V ) A(Ganho)
20 6 12 2
50 6 12 2
100 6 12 2
200 6 11.6 1.93
500 6 9.4 1.57
600 6 8.9 1.48
700 6 8.08 1.34
800 6 6.1 1.02
900 6 5.03 0.83
1000 6 4.94 0.82
2000 11 1 0.09
3000 11 0.2 0.02
5000 11 0.04 0.00
6000 25.2 0.051 0.00
7000 25.2 0.03 0.00
8000 25.2 0.03 0.00
9000 25.2 0.02 0.00
10000 25.2 0.02 0.00

Tabela 11: Resposta em Frequência do Filtro Passa-Baixa de Quarta Ordem no Simulador


TINA.

28
6 CONCLUSÕES

Pode ser visto que. ao ultrapassar a frequência de corte, o ganho não se manterá,
perdendo a caracterı́stica do filtro, seja ele passa-baixa ou passa-alta. Também perdemos a
caracterı́stica do filtro ao chegar em frequências muito altas pois o amplificador operacional
não abrange todas as frequências, onde por exemplo no passa-alta, ao ultrapassar os 400
kHz, começa-se a ter uma queda no ganho. No caso do filtro de quarta ordem, percebe-se
que se não tivermos um aparelho mais sofisticado e preciso, em frequências acima de 10
kHz, só será medido o nı́vel do ruı́do.

Ao analisar os dados, vê-se que tem uma tendência da frequência de corte abaixar
conforme aumentamos o nı́vel do filtro. Isso se deve à seus parâmetros de ordem e à relação
dos componentes em relação ao ganho, mas pode ser ajustada conforme a necessidade.

Após estes experimentos também podemos ver que os filtros de ordens superiores
são muito bons para mudanças de estado instantâneas ou quase instantâneas, pois seus
decibéis caem muito rapidamente, porém, quanto maior a ordem, maior a necessidade
de um filtro com componentes mais precisos. Nos experimentos nossos componentes são
muito desbalanceados, então para aplicações precisas que não sejam apenas para estudo, se
é necessário uma construção de uma placa com componentes fixos nela, sem interferências
externas, para melhor aproveitamento do sistema. Se necessário o uso de filtros de ordens
inferiores, também é recomendado a construção da placa pronta, todo e qualquer sistema
montado peça a peça haverá diversos erros, então recomenda-se utilizar este tipo peça a
peça somente para estudo de bancada.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BONFIM, M. J. do C. Filtros ativos. Universidade Federal do Paraná, 2017. Disponı́vel


em: <www.eletrica.ufpr.br/marlio/te054/capitulo5.pdf>. Acesso em: 27 mar. 2023.

BOYLESTAD, R. L.; NASHELSKY, L. Dispositivos eletrônicos. São Paulo: Pearson


Prentice Hall, 2013.

MALVINO, A.; BATES, D. Eletrônica - Volume II. 8. ed. Porto Alegre: AMGH, 2016.

PERTENCE JR., A. Amplificadores Operacionais e Filtros Ativos. 8. ed. [S.l.]: Bookman


Editora, 2015.

SEDRA, A. S.; SMITH, K. C. Microelectronic circuits. 5. ed. New York: Oxford


University Press, 2004.

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