Você está na página 1de 18
MELANIE KLEIN: — EVOIEESES Elias Mallerda Rocha BARROS axe Cree escuta Ao publicar este livro tomando por base uma série de artigos de analistas membros do grupo Kleiniano da Socie- dade Britinica de Psicandlise, busca-se trazer 20 leitor © ti- po de problemdtica de que se ocupam esses autores — as questées Ievantadas © as respostas por eles encontradas ~ ‘como uma expresso atual da evolugio do pensamento de | Melanie Klein. Spillius (1983), em artigo inclufdo nesta coletinea, faz ‘uma descri¢io bastante completa das principais linhas de desenvolvimento do pensamento kleiniano na Inglaterra. Posteriormente, em duas outras ocasides (19883, 1988), cela aprofunda suas reflexSes a este respeito. Procuraremos ndo repetir © que j foi dito por Spillius nestes artigos, bus- ccando apenas complementar suas reflexGes, embora sabendo | {que alguma repeticio é inevitével. ) ‘Ao ler esta coletinea, o leitor notaré como alguns con- ceitos desenvolvides por Melanie Klein foram mantidos pra- ticamente inalterados, outros foram aprofundados, mas co- ‘mo 0 corpo bésico de conceitos mantém uma grande unidade ¢ integragdo. Este exemplo de coeréncia intema ilustra a + Membro efetivo dt Socidade Britaica de Psicanslie © da Sociedade Brasileira de Psieandise de So Paulo. ** Membr efetivo da Sociedade Brtiica de PsicanSle,Paicanalista de CCrangas pela Sociedade Britnica de Psieanlise,Psicoterapeta de Cran pela TTavisock Clinie, Membro Associado da Sociedade Brasilia de Psicanlie de ‘SfoPauo. Digitalizado com CamScanner a [MELANIE KLEIN: EVOLUGOES possibilidade de um desenvolvimento eliico ¢ teérico basea- fo numa coeréneia doutrindria, sem que a doutrina tome-se se Soums, Ena coeréncia, dourindria tem sido enticada woe atadons do desenvolvimento do pensimento anal. ‘co, por autores que propéem uma atitude mais eclética como ‘Seah eatpnaglo veien que considera dominar’ © rretntan pieaalice nor tines anos. Acreditamos que [datas Mio a cathor reopora« uum eslagnayso tec ca mat Reglemsmenis 4 ni coun, pols leva a tina des rientagio tedrica e a uma dissolugdo conceitual que favorece 1S pelitegto, de “ortodonas” reasseguradora dias "he- teeddxian® ou atiialment “pluralsas ‘ads tenos cont una aliode pluralist em pscandise desde que est mio for inegragées arfiils ene iste mus de peasamento diferentes e, pelo contririo, que estcja dea A comprecnto eses €, atti, favorsa um dloge fratfero ent profissonas de eapergnias clinica © ter cas divers, Entetamo, nlo polemes nos esquccer que Dresete de integra exe pacsado vivo da transferécia com 0 Fat” 2d0 histo infrido Ruth Riesenberg Malcolm (1988), em artigo que df con- tinuidade as suas reflexdes sobre o papel da reconstrusio e da histéria na andlise da transferéneia, sugere que na andlise © paciente revive sua “biografia emocional”. Neste artigo, a autora aponta ainda para uma importante Por Digitalizado com CamScanner o MELANIE KLEIN: EVOLUGOES cexemplo hostlidade 20s pais ou irmios, mas pode dirigir-se ‘contra a prépria funcéo de pensar e voltar-se contra todo co- thecimento, Segal sublinha que esta luta pela liberdade de pensamento, incluindo a manutencéo da capacidade de pen- sar, & travada cotidianamente, conjuntamente com nossos pa- cientes. esta forma, entramos em contato com mais um dos ob- Jetives do processo analitico para os Kleinianos, qual seja 0 de permitir € promover a intemalizacio de um objeto capaz de pensar a experiéncia emocional, dando significado a esta. Ser capaz. de dar significado as préprias experiéncias emocio- nas € considera um dos requiitos bisicos da sade mental edo crescimento. vi eames ae a publeasio dos artigos condos neste livo, traduzidos com muita dedicacio, seriedade e competén- cia por Lidia Rosenberg Aratangy © Ana Maria Leandro, pos- mostrar que o pensamento Kleiniano permanece fecundo, Sr IEE Se enen re porancs fo Melanie Klein, nio os trata como uma “doxa” nio desafiével, continuando a evoluir e a propor-se questées. BIBLIOGRAFIA BARANGER, W. (1 Tete) fins ata de Mee Rin 2, PI W959) “Arcs co king” In Secon Tough, London: Willan panna: 197. p-93-109.Ogiauimentepublieado ot. Prychoanal.. BION, W. (1962. "A teary. of inking” In Second Thoughis iia 1967. BIS. Ptadoorginimetee nf, Prchaa BRENMAN, (1982), 303-310, (1982) “Separnon: a cinical problem", Jn. 7. Psychoanal. 63 FREUD, s. FREUD, 519. isa ee lactis. ‘Standard Edition, Vol. XIV, p. 178. Rosskunr Pencils Anas. Sundar ton Vo, XX p. 25. 78 Soup 89 Mele Kn: Her Welland Her Work. London: Hod- HEDMAN P.(1950). “op, countertansference” In. J. Prychoanal, 31: 81-94. INTRODUCAO. a KLEIN, M. (19523). “The origins of transference” la The Wrisngs of Melanie ‘Kien, Voi II. London: Hogarts Press, I: 43-56. KLEIN, M. (19520). “Some theoretical conclusions reparting the emotonal Tite ofthe infant In The Writings of Melanie Ki, Vol. I. London: Hogarth Pres, I: 61-83. KLEIN, M, (957. “Envy and gratiate™, In The Wrsings of Melanie Kien, Vol TI, London: Hogarth Press: IH: 176-235, LAPLANCHE, J. (1983). “Faut-il belle Melanie Kieia™” ta Prychanaise & Universi, Setebro, 1983, tomo 8 32. MELTZER, D. (1984). Dream Lye London, Cane Pres. MONEY KYRLE, R, (1956). “Normal countr-tansfereace and some ofits de- ations Jn. J-Peychoanal, 37: 360-366 CO'SHAUGNESSY, E. (1983), “Words and working through”, Int. J. Pochos- al, 64: 281-289. PETOT, J. M, (1979). Melanie Klein: Pronéres Découvertes et Promer Sere. 1919-1932. Pars: Bords. PICK, 1. Breaman. (1985). "Working through inthe coenter-transference”s nt ‘J.Paychoanal, 65: 157-166. RIESENBERG MALCOLM, R. (1986). “Isterpretaton: the past in the prea”. Uiernaional Review of Prchoanalss, 13:433-40. RIESENBERG MALCOM, R. (1988). “Construction as reliving bistory™. I Peychoanalysin Europe. Bullen 31, outno 1988. ROCHA BARROS, Lima Elizabeth. (1987. interpretsio como expresso ¢3 fungio contnente das identificagGes projevas: algnmas Tustaées lic”. ‘Minseoge ado, Trababo apreseatado sa Sociedade Brair de picanioe Sto Paulo em 14-10-1987. ROSENFELD, H. (1964) “On the paychopatbology of marian: a cisicl ‘approach’ In Pgchod States, London: Hogarts Pres. ROSENFELD, H. (1971). “A elnial approach w te pychoasalytal tory of Tite and death instincts an investigation into the aggressive aspects of mai sista It J. Prychoanal, 52: 169-178. ROSENFELD, H. (1972, latrdaction to the discussion on “A ebaical approach Oe te peycho-analyeal theory of ile and death instincts am investigation into tbe anreve aspect of sarin. In Sciemsic Buea ofthe Bish Poy cho- Anabel Soe). 55. [SALLES, 1. E. (1989). Resenba do ivr de J. ML Pétot, Vol. (No Preto Re~ vista IDE 1989). SEGAL, H. (1982). “Early infanle development as reflected in the pcb lytical process: tp in ftegration”, nt J.Prychoanal 63 15-22 ‘SEGAL, H. (1983). "Some clinical implications of Melani Klein work It. J ‘Paychoanal, 64: 269-276. ‘SEGAL, H (1985). Preticio ao livo: Ecole de Mele Kein por Biénsonn.G. (1985). Pare: Editions du Centurion. ~ SPILLIUS, E. (1983). “Developments from the work of Melanie Kisin™ J ‘Paychoanal 64: 321-332, Digitalizado com CamScanner a MELANIE KLEIN: EVOLUGOES, SPmLLIUs,E.(19860). Melanie Kein Today. Vo. 1. London: Tavistock Publica- SPILLIUS,E. (1988) Melanie Kein Teday. Vol. II. London: Tavistock Publica. ‘STEINER, J. (198D. “Pervers relationships between parts ofthe self: a clinical ‘station J.Pychoanal., 63: 241-251, STEINER, J. (1987, “The interplay between pathological organizations and the iurnoi-schzoid and depressive positions, Int. J. Prychoanal., 68: 69.80, Agradecimentos Elias Mallet da Rocha Barros Digitalizado com CamScanner

Você também pode gostar