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Psicologia Cognitiva
Antecedentes
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Primórdios da Psicologia – Estruturalismo (W. Wundt (1832-1920) – análise de
experiências sensoriais através da introspecção) VS Funcionalismo (W. James (1842-
1910) – foco nos processos de pensamento).
Pressupostos
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Existem processos mediacionais (cognitivos) entre o estímulo e a resposta.
A mente processa ativamente a informação que nos chega através dos sentidos (tato,
visão, audição, etc).
A info analisada sistematicamente numa sequência de passos ao longo dos quais a info
que entra no sistema (input) é processada e transformada de modo a gerar uma
resposta (output).
Não funcionamos com a realidade tal e qual ela é mas sim c/ as representações
mentais que a partir dela construímos: “Símbolo cognitivo interno que representa
aspetos da realidade externa”, ou um processo mental que faz uso de símbolos.
Psicologia Cognitiva
Pontos Fortes Limitações
1ª abordagem sistemática à compreensão A maior parte das tarefas cognitivas é
da cognição humana complexa e envolve muitos processos
diferentes
Fonte da maior parte das teorias e das Os dados comportamentais
tarefas usadas pelas outras abordagens proporcionam evidências indiretas dos
processos internos
Muito flexível e pode aplicar-se a Por vezes as teorias são vagas e difíceis
qualquer aspeto da cognição de testar empiricamente
Tem produzido e replicado inúmeras e Os resultados por vezes não se
importantes descobertas generalizam por causa de especificidades
dos paradigmas
Tem influenciado bastante a psicologia Falta um quadro teórico integrador
social, clínica e do desenvolvimento
Abordagens metodológicas no estudo dos processos cognitivos
Objetivos da investigação
Método experimental
Autorrelato
O indivíduo proporciona info sobre os seus próprios processos cognitivos (em curso ou
por via da recordação).
Estudo de caso
Estudo aprofundado dos processos cognitivos de um individuo, a partir do qual se
retiram conclusões gerais sobre o comportamento.
Elevada validade ecológica do caso, acesso a info muito completa sobre o indivíduo e
que poderia não ser acessível por outros métodos.
Observação naturalista
Estes métodos são preciosos p/ra o estudo de problemáticas difíceis de simular (até
por questões de éticas) ou que ocorrem raramente.
Percepção
Sensação e Percepção
As células recetoras localizadas nos órgãos dos sentidos enviam mensagens ao sistema
nervoso central.
Transdução
Processo pelo qual os receptores sensoriais convertem a energia ambiental (ex: luz,
som) em sinais neuronais elétricos.
Os impulsos nervosos viajam dos dendritos e do corpo celular de uma célula ao longo
do axónio e até aos terminais dos axónios.
Psícofísica
Quantidade mínima de energia do estímulo que deve estar presente para que o
estímulo seja detetado 50% do tempo (ex: quão fraca pode ser ma luz de modo a que,
ainda assim, seja detetada metade do tempo). Natureza probabilística dos limiares
sensoriais.
Quão diferente deve ser um estímulo de outro para que a diferença entre eles seja
detetável (varia, dependendo da intensidade dos estímulos) (ex: E. H. Weber, 1834, e
suas experiências sobre deteção de diferenças no peso).
As sensações evocadas pela luz são qualitativamente diferentes das evocadas pelo
som, toque, ou cheiro: não são confundíveis.
Retina; Coroide; Esclera; Nervo Ótico; Cristalino; Córnea; Pupila; Humor Aquoso; Irís.
Retina
3 camadas células.
Cones: ~5 milhões; visão diurna, visão fototópica, visão a cores, visão mais nítida; 3
tipos de cones: azul (sensível a luz de comprimentos de onda curtos); amarelo-verde
(sensível a luz de comprimento de onda médio); laranja-vermelho (sensível a luz de
comprimentos de onda longos).
Os sinais que chegam ao córtex visual esquerdo vêm dos lados esquerdos das duas
retinas, e os sinais que chegam ao córtex visual direito vêm dos lados direitos das duas
retinas.
Campo receptivo:
À medida que um estímulo se desloca no espaço visual, são diferentes as células que
lhe respondem.
Retinotipia:
Inibição lateral:
Assim se aumenta o contraste nas bordas dos objetos, facilitando a identificação dos
limites entre objetos.
Sistema retina-geniculado-estriado
Dois circuitos levam info distinta do olho ao cérebro, que o cérebro combina e
relaciona: Circuito Magnocelular (ou magnoparietal ou dorsal – “onde” e “como”:
processamento da localização e do movimento) e Circuito Parvocelular (ou
parvotemporal ou ventral – “o quê”: processamento da forma e da cor, e
reconhecimento de objetos).
Percepção da cor
Possibilita que um objeto se destaque no seu ambiente e facilita a sua
identificação.
Teoria Tricromática
A maioria dos estímulos ativa mais do que um tipo de cone: a cor que percebemos
resulta dos seus níveis de estimulação relativos.
Dicromacia: défice na visão a cores associada à falta de um dos tipos de cones (ex:
c/ dicromacia vermelho-verde, as pessoas vêem muito menos cores).
Limitações: não explica o que ocorre depois da ativação dos cones; não explica pós-
imagens negativas – percepção ilusória da cor complementar à que acabou de ser
fixada (verde é a cor complementar do vermelho e o azul é complementar do
amarelo).
Podemos perceber um matiz com base em duas cores (ex: cor de laranja), mas só
podemos detetar uma das cores opostas de cada vez: um membro do par de cores
suprime a outra cor.
Constância da cor
Visão a cores não depende somente dos comprimentos de onda da luz refletidos pelos
objetos (caso contrário a cor dos objetos mudaria muito e a capacidade para
reconhecer objetos rapidamente e com correção diminuiria).
Percepção da profundidade
Da imagem bidimensional da retina à percepção tridimensional do mundo. A
percepção da profundidade baseia-se em diversas pistas, visuais e outras (ex: sonoras),
frequentemente ambíguas ou em conflito.
Pistas binoculares
Ambliopia – condição em que um olho envia um input inadequado para o córtex visual
(“olho preguiçoso”). Diminuição da acuidade visual uni ou bilateralmente, sem
anomalia estrutural do olho.
Pistas oculomotoras
Baseadas na percepção das contrações musculares em redor dos olhos: vergência (os
olhos voltam-se para dentro para focer objetos mais próximos) e acomodação
(variação na potência ótica produzida pelo espessamento da lente do olho quando é
focado um objeto próximo).
Em geral, a investigação sugere que: as pessoas usam a abordagem aditiva (as pessoas
usam a info de todas as postas disponíveis mas dão mais peso às mais fiáveis – que
mudam menos); quando os conflitos entre as pistas são fortes as pessoas usam
somente uma pista; a percepção de profundidade aproxima-se do ótimo.
Constância do tamanho:
Teoria da percepção
Percepção direta
Características globais (aquelas que dão a forma total) vs locais (escala micro ou
detalhe em um determinado padrão).
Teoria da integração das características – 1º estádio, pré atentivo (uma cena visual é
analisada inicialmente por grupos especializados de recetores que respondem
seletivamente a diferentes características (cor, forma, orientação, movimento, etc) e
mapeiam essas características em diferentes áreas do cérebro. Processamento
paralelo, não consciente); 2º estádio, atenção focada (as características individuais de
um objeto são combinadas para perceber o objeto inteiro (processamento serial).
Atenção focal proporciona a cola que une as características. Os objetos assim
compostos continuam a ser assim percepcionados e memorizados).
Teoria da Gestalt
Lei da similaridade
Lei da Proximidade
Lei da continuidade
Lei do fechamento
Segmentação figura-fundo:
Considera-se que a figura: tem uma determinada forma (mas não o fundo); apresenta-
se à frente do fundo; a linha que separa a figura do fundo pertence à figura.
Vantagens Limitações
Focam aspetos centrais da percepção Pouca importância dada à experiência e à aprendizagem.
visual (ex agrupamento perceptivo,
segmentação figura-fundo).
Quase todas as leis de agrupamento (e a Proporcionam descrições mas não explicações.
segmentação figura-fundo) têm recebido As suas conclusões baseiam-se em desenhos bidimensionais
validação empírica (figuras artificiais e e que focam uma única lei, mas ignoram cenas naturais e a
cenas naturais). sua maior complexidade (ex oclusão de objetos)
Perspetivas atuais reforçam que a busca Não descobriram todos os princípios da organização
da organização mais simples possível pode perceptiva (ex: principio da acentuação) nem toda a
bem ser central para a percepção visual. complexidade do agrupamento perceptivo.
Abordagem inflexível: não perceberam que o agrupamento
percertivo e a segregação figura-fundo dependem de
interações complexas entre processos básicos
(possivelmente inatos) e experiência passada.
Reconhecimento de objetos
Modelo da percepção-ação
Dois sistemas visuais com funções diferentes mas que interagem: sistema de visão
para a percepção (“o quê”), que funciona para identificar e reconhecer objetos ou
cenários e se baseia no circuito ventral; sistema de visão para a ação (“como”), que
funciona para a ação visualmente guiada (ex: agarrar objetos) e se baseia no circuito
dorsal.
Ilusões visuais: não são tão claramente experienciadas quando o sistema da percepção
para a ação é envolvido (ex: apontar rapidamente) para além da visão para a
percepção (ex: estimativas do comprimento).
Frequência espacial
Pontos fortes:
Limitações:
Propriedades não acidentais: invariantes dos diferentes pontos de vista (ex bordas
retilíneas ou curvas). O reconhecimento do objeto é invariante relativamente ao ponto
de vista (isto é, os objetos podem ser reconhecidos c/ a mesma facilidade de todos os
pontos de vista possíveis). A percepção só é dificultada em condições de visibilidade
não ótimas e que não permitam identificar bem os geões (iões geométricos).
Teorias top-down
Abordagem interactiva-iterativa
Evidências:
Efeito de inversão: faces mais difíceis de identificar se apresentadas “de pés para o ar”
(efeito muito menor para outros objetos);
Efeito todo-partes: alterando uma característica da face (ex: boca) várias outras
regiões do rosto parecem estar também diferentes, ou é mais fácil reconhecer uma
parte do rosto quando integrada no rosto.
Efeito das faces compósitas: é difícil ignorar a parte de baixo de uma face quando o
objetivo é reconhecer a parte de cima, por exemplo.
Efeito Thatcher: um rosto parece bizarro se os olhos e a boca forem rodados em 180
graus – mas não no rosto invertido.
Integração perceptual muito forte de todo o rosto em que: o rosto forma uma gestalt –
a aparência do todo é mais do que a soma das partes (ex: alterar a aparência de uma
região facial pode afetar de forma impressionante a percepção de outras regiões da
face e de todo o rosto); todos os aspetos/infos faciais estão incluídos (ex: forma e cor
das características, e distâncias entre as características ou microcaracterísticas mais
prováveis); todas as regiões da face são percebidas simultaneamente.
Área fusiforme da face (no córtex temporal ventral); Mas: Outras regiões do cérebro
são também ativadas durante a percepção de faces; a área fusiforme também é
ativada durante o processamento de outros objetos.
Algumas evidências:
Obtém-se informação pessoal (ex: profissão) acerca de uma pessoa antes de recordar
o seu nome.