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Psicologia Cognitiva for Dummies Rafael Martinez Cláudio

Psicologia Cognitiva for Dummies Rafael Martinez Cláudio

Investigação na Psicologia Cognitiva

2 abordagens:

Laboratorial: independente da ideia de um espaço de laboratório, a investigação


laboratorial está associada à identificação das variáveis sabendo qual se vai manipular
e esperando observar a que não é manipulada. Implica o controlo das variáveis de
modo a tentar evitar o aparecimento de variáveis parasitas.

É actualmente o mais utilizado pelos investigadores sofrendo contudo criticas por ser
artificial.

Ecológica- Procura compreender a mente humana através do seu funcionamento


quotidiano, observando a mesma sem possibilidade de controlo de qualquer variável.

Abordagem mista: utiliza uma parte do quotidiano conjugado com uma certa
manipulação laboratorial camuflada de modo a verificar a ocorrência de determinado
facto.

TIPOS DE ABORDAGENS TEÓRICAS

Formal: Desenvolvimento de cálculos estatísticos a partir dos dados obtidos. Procura


que todos os dados sejam números. Critica as abordagens laboratoriais e ecológicas
porque a maioria dos dados fornecidos por elas são qualitativos e não quantitativos.

Comportamento Mutacional: consiste em implantar no campo todos os processos


cognitivos mentais do ser humano, tentando simulá-los. É importante para os
conceitos pois são mais universais, mas nem tudo se pode simular.

Psicologia Como Ciência

-Tem método cientifico

-Tem investigação (sistemática)

-Tem objecto de estudo

-Procura compreender e controlar o comportamento humano.

Circunstancias externas:
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-fora dos seres (meio ambiente)

-É exterior ao individuo podendo construir-se uma relação entre circunstância e


comportamento

Circunstancias internas:

-Estado do humor, inaturais e induzidas

-Afecta o comportamento, capacidade de reacção variável etc.

Método

Psicologia usa o método científico, principalmente o experimental

Método Experimental

-Controlo de Variaveis

-Pretende conseguir prever

-Existe uma relação de causa/efeito

-A pergunta terá de ter uma resposta imediata, de qual será o método de estudo
(temos de ter logo uma hipótese) de modo a que possa ser testada empiricamente

-Fazer questões (problemas)

-Relacionar, no mínimo, duas variáveis

-Fontes de questão de investigação; Investigações anteriores

- As questões devem ser o mais claras e sintéticas possíveis de modo a admitirem não
respostas ou respostas possíveis

-Conceitos definíveis e definidos de forma operacional (de modo a conseguir medir


diferentes níveis, ao caso não seja possível encontrar o mais adequado com a
investigação).

Operacionalização

Tornar um dado conceito de modo a que o mesmo seja reproduzível de modo a ser
contabilizado, medido. Sempre sendo necessária a sua verificação empírica.

Hipótese
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É importante e segue uma hierarquia de plausibilidade, é uma afirmação que tem que
ser testável, para que o possa ser de modo empírico. Tem de estabelecer uma relação
entre pelo menos duas variáveis. Uma boa hipótese é aquela que responde ao
problema.

Parcimonioso

Económico, claro e não repetitivo

TIPOS DE HIPOTESES

Hipótese teórica

Hipótese de âmbito geral, no nível conceptual, funciona no abstracto. (ex. se houver


frustração é gerada agressividade.

Hipótese empírica

Está no nível concreto. Serve só uma experiencia, refere-se a acontecimentos que


podem ser observados e medidos directamente nessa experiencia. É um modo
concreto de testar a hipótese teórica.

(uma hipótese teórica pode gerar varias hipóteses empíricas)

Variaveis- aspectos internos ou externos que podem tomar vários valores, na


investigação interessam variáveis que possam tomar vários valores.

Variável Independente

Variável que é propositadamente manipulada de acordo com o estipulado pelo


experimentador.

Variável Dependente

Modificação consequente do comportamento, é a resposta medida pelo


experimentador e que depende das alterações da variável independente, deve ser
medida com o maior rigor possível.

Medidas de Resposta

Frequencia de resposta- nº de vezes resposta ocorre

Latencia de resposta- tempo de reacção

Velocidade de resposta- tempo decorrido entre inicio e fim da resposta


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Precisão de resposta- implica um sistema métrico.

Variável Parasita

Qualquer variável que possa aparecer e que possa influenciar o comportamento do


sujeito, para alem da variável independente. Ao planear uma experiencia há que
identificar quais as parasitas e encontrar forma de as controlar

Controlo das parasitas:

Eliminação- Ausência total, forma de retirar totalmente a presença da variável parasita

Constância das Condições- Manter os nível da variável parasita constantes ao longo de


toda a experiencia.

Balanceamento- Procura de distribuição dos valores dispares da variável parasita pelos


grupos

Contrabalanceamento- A ordem como é apresentada. Aplica-se quando um mesmo


sujeito passa por varias situações experimentais

Aleatorização- fazer escolha aleatória, só é possível quando há um grande numero de


sujeitos

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Citação Curta:

Citação:

Para Matos (2002) a inveja “é um sentimento vivido na relação binária e que traduz
uma incompletude narcísica. É um sentimento de falta, experimentado na comparação
com o outro; e condiciona o desejo de possuir os atributos desse outro” (p. 133).

Referencia:

Matos, A. C. (2002). O desespero. Lisboa: Climepsi

Citação Longa:
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Citação:

Quando os educadores se familiarizarem com as descobertas da psicanálise ser-lhes-á


mais fácil reconciliarem-se com certas fases do desenvolvimento infantil e entre outras
coisas, não correr o perigo de sobrestimar a importância dos impulsos socialmente
inúteis ou perversos que aparecem nas crianças. Pelo contrário abster-se-ão de
qualquer tentativa de suprimir tais impulsos pela força (Lebovici & Castarede, 1996,
p. 19).

Referencia:

Lebovici, S., & Castarede, M.-F. (1996). Infância reencontrada: Uma vida em
psicanálise. Lisboa: Instituto Piaget.

Referencias:

Martins, M. A. (1996). Pré-história da aprendizagem da leitura. Lisboa: Instituto

Superior de Psicologia Aplicada.

Pereira, F. (1999). Sonhar ainda: Do sonho-desejo-realizado ao sonho

emblemático. Lisboa: Instituto Superior de Psicologia Aplicada.

Pereira, L. S. (2000). Médico, Xamã ou ervanária? Doença e ritual entre os

Mapuche do sul do Chile. Lisboa: Instituto Superior de Psicologia Aplicada.

Livros com vários autores

Kamoche, K. N., Cunha, M. P., & Cunha, J. V. (Eds.). (2002). Organizational


improvisation. London: Routledge.

Artigos de Revista

Alves-Martins, M., Peixoto, F., Gouveia-Pereira, M., Amaral, V., & Pedro, I.

(2002). Self-esteem and academic achievement among adolescentes. Educational


Psychology, 22, 51-62.
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PERCEPÇÃO

O corpo humano está repleto de sensores para detectar visões, sons, odores e
contactos físicos.

Este imenso sistema de processamento de informação criar um problema para a


cognição de nível superior pois é esta que tem de decidir o que deve ser atendido
entre todas as informações sensoriais em processamento

2 sistemas perceptivos:

-Percepcção visual

-Fala

A percepção implica mais do que apenas registar a informação que nos chega aos
olhos e aos ouvidos.

----Como exemplo demonstrativo deste facto----

Caso de um soldado que sofreu uma lesão por envenenamento com monóxido de
carbono- este podia reconhecer objectos por meio do tacto do olfacto e da audição
mas era incapaz de distinguir um circulo de um esboço de um quadrado ou distinguir
rostos e letras (Benson e Greenberg, 1969). Por outro lado este era capaz de distinguir
a intensidade da luz, os cores e a direcção em que um objecto se movia. Retira-se
deste caso que o seu sistema era capaz de registar informação visual mas que perdera
a capacidade de combinar as informações visuais em experiencia perceptiva.

Este paciente sofre do que se denomina por:

AGNOSIA VISUAL- Incapacidade de reconhecer objectos pela visão que não é causada
por uma perda intelectual geral nem por uma perda das capacidades sensoriaias
básicas.

As agnosias visuais podem ser subdivididas em:

Agnosia Aperceptiva- Incapacidade para reconhecer formas simples como triângulos


ou círculos e de desenhar formas que lhes sejam mostradas.

Agnosia Associativa- Capacidade de reconhecer formas simples e copiar com sucesso


até figuras complexas mas incapazes de reconhecer esses objectos.

Como exemplo da Agnosia Associativa temos o paciente estudado por Ratcliff e


Newcombe (1982).
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Considera-se assim que os pacientes com agnosia aperceptiva têm problemas no


processamento de informações nas etapas iniciais do processamento visual enquanto
os que sofrem de agnosia associativa têm o processamento inicial intacto mas
apresentam problemas com o reconhecimento de padrões que ocorre mas tarde no
processamento da informação.

Em resumo:

A percepcção visual pode dividir-se em duas fases:

Fase inicial: formas e objectos são extraídos da cena visual

Fase posterior ou tardia: na qual as formas e os objectos são reconhecidos.

Quem apresenta problema de agnosia aperceptiva terá uma lesão na fase inicial.
Quem apresenta um problema de agnosia associativa terá uma lesão na fase posterior
ou tardia.

PERCEPCÇÃO DO OBJECTO

Problema de uma representação no mundo é a segmentação dos objectos, não basta


detectar as barras e as linhas no espaço, é necessário saber quais são aquelas que
juntas formam um objecto.

O ser humano é propenso a organizar objectos em unidades de acordo com um


conjunto de princípios denominados de Principios Gestaltistas de Organização,
denominação elaborada pelos psicólogos gestaltistas nos quais se integram entre
outros ( Wertheimer, 1912).

Os princípios gestaltistas são:

Principio da Proximidade- os elementos que estão relativamente próximos constituem


uma unidade

Principio da Continuidade- elementos que estão orientados na mesma direcção


tendem a organizar-se da mesma forma

Principio da Semelhança- elementos relativamente semelhantes são percebidos como


pertencentes à mesma forma

Principio do Fechamento- tendência para se percepcionar contornos completos e


simples

A doutrina actual considera que o processamento visual até ao ponto em que a


posição e forma dos objectos é identificada no espaço tridimensional é especificado de
maneira inata, como se retira de Ganrud,1986 e 1987 as crianças são capazes de
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reconhecer os objectos e as suas formas bem como identifica los no espaço


tridimensional.

Reconhecimento de Padrões visuais

O ser humano organiza o mundo visual em objectos—isso não é contudo suficiente


para ver o mundo- cumpre identificar o que são os objectos e esta é a tarefa do
reconhecimento de padrões.

Exemplo como é que reconhecemos a letra A como uma instância do padrão A.

Correspondência de gabaritos

Meio mais obvio para o reconhecimento de um padrão será a teoria da


correspondência de gabarito, segundo esta a imagem retiniana de um objecto é
fielmente transmitida para o cérebro.

A correspondência de gabaritos envolve a tentativa de medir a exacta correspondência


entre um padrão e um estímulo. Este processo revela-se contudo de muito pouca
flexibilidade, como uma maquina como acontece na impressão dos números de contas
nos cheques. No caso humano esta solução parece ser redutora pois o
reconhecimento de padrões em seres humanos revela-se muito mais flexível.

Pelas dificuldades apresentadas por esta teoria da correspondência de gabaritos os


psicólogos sugerem uma outra:

Analise de Características

Neste modelo os estímulos são encarados como combinações de características


elementares. As características do alfabeto podem consistir em linhas horizontais,
verticais, diagonais e curvas.Podemos considerar a analise de características como um
avanço relativamente ao modelo da correspondência de gabaritos, pois na realidade as
características serão elas próprias minigabaritos. Como outra vantagem este modelo
da analise de características é possibilitar a especificação desse relacionamento entre
as características mais essenciais do padrão. Assim para o A o ponto critico são as 3
linhas que o compõe como tal os padrões que sigam esta essencialidade serão sempre
A´s como A, A ou A . Por fim este modelo tem ainda como vantagem que consiste na
utilização de características em vez de padrões maiores reduz o numero de gabaritos
necessarios, o que leva a uma maior economia.

Existem muitas evidencias comportamentais da existência de características como


componentes do reconhecimento de padrões. Por exemplo se as letras têm muitas
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características em comum como acontece com o C e o G, os sujeitos são propensos a


confundi-las ( Marsetta & Showman)

Outras experiencias que produz evidencias em favor das características envolve as


imagens estabilizadas. O olho tem um tremor muito suave denominado nistagmo, que
ocorre a uma frequência de 30 a 70 ciclos por segundo. Além disso, a direcção do olhar
vagueia vagarosamente pelo objecto.Esse movimento revela-se essencial para a
percepção. Quando se tenta manter uma imagem na mesma posição exacta da retina,
partes do objecto visado começam a desaparecer. Aparentemente se o mesmo ponto
da retina e as mesmas vias nervosas são usados constantemente, ficam fatigados e
param de responder.

Em resumo a analise de características implica reconhecer separadamente as


caracterisiticas que compõem um padrão e em seguida a combinação delas.

Percepção de Profundidade e distancia

Indicadores Fisiológicos- Quando se olha para um objecto no campo visual,


automaticamente o sistema de lentes do olho focaliza os raios de luz que recebe na
retina. Durante este processo de acomodação os músculos oculares fazem com que a
lente se espesse para focalizar objectos próximos ou se achate para focalizar objectos
distantes. Em ambos os casos o cérebro recebe sensações cineestéticas diferentes dos
músculos do olho. Essas sensações fornecem informações sobre distancia.

Indicações de movimento- Esta indicação provém dos próprios actos de quem percebe,
quando estamos em movimento os objectos próximos passam muito mais depressa
que os longínquos, a esta principio chama-se Paralaxe de Movimento.

Indicações Pictóricas- São varias as indicações deste tipo que uma imagem pode
conter, vamos dar destaque a:

Tamanho relativo
uma imagem que possua um conjunto de objectos semelhantes mas de tamanhos
diferentes, percepciona-se os mais pequenos como mais distantes

Sobreposição
um objecto que tape parte de outro, percepciona-se como estando perto um do outro

Altura relativa
entre objectos semelhantes o que parecem mais altos são percebidos como estando
mais distantes

Perspectiva linear
quando linhas paralelas parecem convergir são percepcionadas como tivessem
continuidade
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Estudos provaram que esta captação de indícios pictóricos é inata visto que funciona
também nos bébés.

Ainda relativamente aos bébés, importa ter em conta:

AVISO: As Linhas que se seguem são roubadas de outros apontamentos, como tal o
conhecimento expressso, a beleza da ortografia e mesmo a sensualidade do discurso
será bastante superior àquilo que se encontrou até aqui

Experiência de Eleanor Gibson e Richard Walk

Construíram um aparato semelhante a um precipício. Onde numa mesa de


vidro de um lado foi colocado tecido de xadrez colocado rente á superfície do outro
lado o mesmo tecido xadrez estende-se sobre o chão, dando impressão que a
superfície cai.
Aos 9 meses todos os bebés de um estudo de precipício demonstraram medo
do lado profundo. Todavia pouco depois de aprender a gatinhar os bebés
atravessaram o precipício a gatinhando. O medo da profundidade desenvolveu-se
pouco a pouco, aparentemente depois do período em que a criança sai gatinhando e
cai (ou quase cai) de sofás, camas, escadas, etc.

Desenvolvimento perspectivo após a infância

Embora um bebé de 8 meses veja o Mundo de forma bem parecida a um


adulto, a percepção pode ser imatura em alguns aspectos. As provas desta ideia
provém de estudos dos movimentos de olhos das crianças. Quando bebés exploram
objectos visualmente as maneiras pelas quais eles os fixam são mais espontâneas e
livres de convenções e menos previsíveis do que a dos adultos (Mackworth and
Bruner, 1970)

Importa ainda levar em conta 2 conceitos:

Constâncias perceptivas- é a tendência para ver os objectos sempre com a mesma cor,
com o mesmo tamanho e com a mesma forma, embora saibamos que, num objecto, a
cor varia com a luz ambiente, com o tamanho, com a posição em relação à nossa linha
de visão. Um objecto que temos dentro de nós fica mais distante, ou consoante a luz o
seu brilho vai variar etc. Apesar dessas variantes todas vamos sempre olhar para o
objecto, como ele se encontrava inicialmente. Exemplo: da parede branca, quando
esta de noite. A constância como o nome o diz, a ‘mania’ que temos de visualizar á
mesma o objecto inicial, apesar de variar vários aspectos, tipo cor, tamanho, brilho etc.

Este fenómeno facilita a nossa adaptação ao mundo, surgindo sempre como algo
habitual, de conhecido, e não como um conjunto de objectos em metamorfose
permanente, de acordo com as mudanças projectadas na retina.
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Assim existem constâncias de grandeza, forma, cor, brilho etc.

 Ilusões perceptivas

As ilusões é algo que visualizamos mas que não corresponde ao real.

Dividem-se em ilusões psicológicas e em ilusões neurológicas (ilusões com movimento)

Imagens ambíguas; Efeito figura-fundo; Imagens impossíveis; Imagens


invertidas/reversíveis, são alguns dos exemplos de ilusões perceptivas

Com isto pode-se afirmar que a percepção é um processo cognitivo complexo em que
intervêm as nossas estruturas fisiológicas (os receptores sensoriais, as estruturas do
sistema nervoso) e as nossas experiências pessoais- que dão sentido e significado ao
que percepcionamos.

………………………………..O plágio acaba aqui…………………………………

Atenção

O modelo proposto pelos psicologos considera a existência de um gargalo serial no


processamento humano da informação, este é o ponto a partir do qual não é possivel
continuar a processar informação paralelamente.

As diferentes teorias têm vindo a discutir sobre onde se situa este gargalo, nelas
contêm-se a teoria da selecção precoce e a teoria da selecção tardia.

Atenção auditiva

Muitas das pesquisas sobre a atenção auditiva têm-se centrado na tarefa de escuta
dicótica. Onde os sujeitos escutam através de headphones duas mensagens em
simultaneo (uma em cada ouvido) e são obrigados a sombrear uma das mensagens, ou
seja em repetir o que escutam em apenas um dos ouvidos.
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Cherry, 1953 e Moray, 1959 descobriram que muito pouco sobre a mensagem
sombreada é atendido pelos sujeitos. O que os sujeitos conseguiam reproduzir sobre
essa mensagem resumia-se a conseguir identificar se estavam perante uma voz
masculina ou feminina, humana ou ruido ou se o sexo da pessoa que falava se alterava
durante a mensagem. Não conseguiam sequer identificar que lingua era falada nem
lembrar-se de qualquer uma das palavras proferidas por muito que a mesma fosse
repetida varias vezes.

Estas experiencias vêm suportar a teoria da selecção precoce na medida em que as


informações são seleccionadas antes que a mensagem tenha passado por qualquer
processamento.

TEORIA DO FILTRO

Broadbente em 1958 propos uma teoria de selecção precoce que denominou de teoria
do filtro.

A ideia básica subjacente a esta teoria consistia em afirmar que as informações


sensoriais passam pelo sistema até que algum gargalo seja encontrado. Nesse ponto a
pessoa escolhe a mensagem que será processada com base numa caracteristica fisica
da mesma como o conhecimento da voz em causa ou o volume da mesma. Esta teoria
ainda que correcta não é contudo suficiente na medida em que há evidencias no
sentido de que além das caracteristicas fisicas o ser humano pode tambem basear a
sua selecção em caracteristicas do conteudo semantico da mensagem, como Moray,
1959, concluiu evidencia disto é o facto da pessoa focar automaticamente a atenção
quando por exemplo ouve o seu nome. Gray e Wedderburn, 1960 vieram a concluir no
mesmo sentido sobre o sucesso dos participantes em acompanhar uma mensagem
que passava entre os dois ouvidos conseguindo tirar conclusões provando assim que
seleccionavam o conteudo da mensagem trocando de ouvido “sombreado” com base
no seu conteudo.

Teoria da Atenuação

Treisman(1964) propôs a teoria da atenuação onde afirmava que certas mensagens


seriam enfraquecidas mas não filtradas inteiramente com base nas suas propriedades
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fisicas, assim na escuta dicótica os sujeitos minimaziriam oo sinal do ouvido não


atendido mas não o eliminariam.

O criterio de selecção semântica pode se aplicar a todas as mensagens, sejam


atenuadas ou não. Se a a mensagem foi atenuada seria mais dificil aplicar esses
criterios mas ainda seria possivel como no experimento de Gray e Wedderburn
referido anteriormente.

Teoria da Selecção Tardia

Teoria de Deutsch e Deutsch (1963) eles propuseram que todas as informações eram
processadas completamente não atenuadas. Em vez de existirem quaisquer limitações
de capacidade no sistema perceptivo, a ideia era que a limitação de capacidade estava
no sistema de resposta. As pessoas podem assim perceber varias mensagens mas só
podem sombrear uma de cada vez..Assim as pessoas sombreiam a mensagem
baseando-se no conteudo semantico percepcionado inicialmente.

Em resumo, o ser humano selecciona aquilo a que deve atender com base nas
propriedades fisicas da mensagem. A evidencia fisiologica é que melhoramos essa
mensagem e assim, na verdade, atenuamos as mensagens alternativas. Essas
mensagens alternativas não são totalmente bloqueadas e portanto têm a capacidade
de captar a nossa atenção se forem fisicamente salientes (volume alto), especialmente
importantes a nivel semantico (o nome do sujeito) ou relacionadas com a mensagem
que estamos processando (trocando de ouvido para acompanhar uma mensagem
significativa).

---------- mais um plágio-----------

Atenção visual

Temos uma maior limitação em captar o que no rodeia. Somos capazes de


captar uma enorme quantidade de informação mas se não se tiver com atenção essa
informação é perdida em grande parte.
Embora os nossos olhos registem uma larga parte do campo de visão, a nossa
fóvea só regista uma pequena fracção desse campo. Assim, escolhendo para onde
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fixar, estamos também a escolher dar máximo processamento visual a essa parte do
campo. Uma mudança de atenção frequentemente procedida por um movimento dos
olhos.
Nós reconhecemos os estímulos consoante o contexto em que o mesmo nos surge

Os modelos de encaixe (Template Matching) são uma teoria da percepção que


propõe que a imagem captada pela retina de um objecto é literalmente transmitida
para o cérebro e este compara a imagem directamente a vários padrões já
armazenados. Estes padrões são chamados de modelos. A ideia básica é que o sistema
perceptivo tenta comparar a imagem de uma letra a modelos que tem para cada letra
e depois responde conforme o modelo que lhe dá maior correspondência. O facto de
esta teoria requerer um modelo muito estandardizado de modelos para resultar, reduz
a sua credibilidade – pois nos humanos o reconhecimento de padrões é bastante
no local errado
flexível. Podemos reconhecer caracteres GRANDES e pequenos, , com orientações
sr n a
e t a h s, com formas inusuais e caracteres partidos ou até mesmo virados ao contrário

A atenção visual tem sido estudada através de dois modelos gerais: um


baseado na localização dos estímulos no espaço e outro baseado nas características
intrínsecas do objecto, independentemente da sua posição espacial. Estes dois
modelos guardam uma relação estreita com duas categorias de operações distintas.

--------fim do plágio--------

RECONHECIMENTO DE PADRÕES

Os objectos pertencem a um contexto e o ser humano utiliza esse contexto


para ajudar ao reconhecimento do objecto em causa. Muitas vezes o contexto geral
fornecido pelos objectos em causa pode forçar a interpretação adequada.
Quando o contexto ou o conhecimento geral orientam a percepção estamos
perante um processamento de TOP-DOWN, porque o conhecimento geral de alto nivel
contribui para a interpretação das unidades perceptivas de baixo nivel.
Por sua vez os processos BOTTOM-UP baseiam-se no aspecto fisico do estimulo.
A maneira como esses processos bottom-up se combinam com os processos
top-down são uma questão geral da percepção.

---ora mais um plagiozinho---

Reconhecimento de Padrões Visuais


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Os objectos distais podem produzir configurações diferentes do estímulo proximal.


A sua imagem retiniana torna-se maior ou mais pequena conforme a distância a
que se encontra, a sua forma retiniana modifica-se conforme a sua inclinação, a
quantidade de luz que projecta na retina aumenta ou diminui conforme a
iluminação que incide sobre ele. Nestas circunstâncias pode parecer surpreendente
que alguma vez consigamos ver as propriedades de um objecto distal. Mas a
verdade é que vemos mesmo. Como realiza o organismo esta proeza?

 Resposta dos EMPIRISTAS: estes tentam resolver o problema das


constâncias afirmando que a sensação produzida por um dado estímulo é
modificada e reinterpretada à luz do que aprendemos graças à experiência
passada. Considere-se no caso do tamanho percebido. As pessoas a metro e
meio de distância parecem tão altas como as que estão a quinze metros.
Isto não acontece só porque sabemos que são de estatura mediana e não
gigantes ou anões. Chamando assim a esta teoria a inferência inconsciente.
Vale a pena notar que a inferência inconsciente é na verdade uma primeira
versão da hipótese do processamento descendente da percepção.

 Resposta dos INATISTAS: a réplica dos Inatistas consiste em dizer que a


percepção do tamanho é directamente apreendida, argumentando que o estimulo
para perceber o tamanho de um objecto não esta no tamanho da imagem retiniana
enquanto tal. Esta antes numa relação entre o tamanho e alguns atributos que
pertencem à profundidade. Gibson estava convencido de que as características
essenciais de um objecto, tais como o seu tamanho, a sua forma e a sua distância, são
assinaladas por vários padrões de ordem superior aos quais o organismo é sensível de
modo inato.
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TEORIAS DA CAPACIDADE

o Processos Automáticos – Desencadeados de modo irreprimível, é muito


complicado deixarmos de os realizar. Funcionam em paralelo para
diferentes actividades (quem sabe conduzir muito bem consegue falar ao
telefone ao mesmo tempo) e têm um efeito facilitador no desempenho.
Contudo, quando se modifica a situação, estes processos são muito
inflexíveis e difíceis de mudar.

Processos Controlados – São desencadeados voluntariamente e implicam que


desviemos os nossos recursos e Atenção para algo. Embora facilitem o nosso
desempenho numa tarefa, acabam sempre por inibir outras. (Não conseguimos
resolver um problema matemático extremamente difícil e conversar ao mesmo
tempo.)

À medida que as tarefas são mais praticadas, tornam-se mais automáticas e


necessitam de menos atenção. Contudo, não é claro se o treino e a aprendizagem
tornam as coisas mais automáticas ou se são outros factores.

Efeito de Stroop
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A automatização dos sub componentes em actividades exercidas tem, contudo, um


custo para além de um benefício. O benefício é fácil de compreender. Permite-nos
automatizar o desempenho de muitas operações motoras e mentais de modo a
podermos dedicar a nossa atenção a outras tarefas. O custo aparece quando as
operações automatizadas são inadequadas para a tarefa em mãos, pois uma vez em
movimento a sua paragem pode ser difícil.

Uma demonstração disto é o fenómeno chamado Efeito de Stroop. A tarefa pedida aos
sujeitos consiste em dizerem o mais rapidamente possível os nomes das cores em que
estão impressos grupos de letras. Num caso os grupos de letras são consoantes ou
vogais não relacionadas. Nesta situação os sujeitos têm pouca dificuldade e, após um
curto espaço de treino, conseguem muito bem repetir as cores. A tarefa dos sujeitos
torna-se muito mais difícil se as letras estão agrupadas em palavras, em especial
nomes de cores. Pede-se-lhes que digam “verde”, “vermelho”, “amarelo”, mas eles
não conseguem deixar de ver as palavras “amarelo”, “preto”… pois a leitura é uma
competência automatizada. Como resultado, verifica-se um grande conflito de
resposta, conflito que se mantém mesmo depois de muita pratica. A forma encontrada
para ultrapassar esta dificuldade consiste em aprender a não focar o olhar.

O Efeito Stroop é a confusão mental e suas conseqüências comportamentais


quando nos é dada a tarefa de dizer os nomes das cores das letras com que está
escrito o nome de uma cor diferente daquela usada na escrita (por exemplo, dizer a
palavra "amarelo" a respeito da palavra amarelo escrita com letras vermelhas). Nesta
situação a velocidade de nomeação da cor de letras impressas fica lentificada.
Acredita-se que deva haver uma inibição da leitura, que é automatizada em pessoas
alfabetizadas, para o direcionamento da atenção para a cor das letras impressas.
Geralmente estuda-se a hesitação antes da resposta, a taxa de acerto erro e também
as regiões do cérebro recrutadas na tarefa, no caso de experimento neurolingüístico

----FIM DESTE PLÁGIO---


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Memória Humana

Codificação e Armazenamento

Primeira pesquisa experimental rigorosa sobre memória foi levada a cabo por
Ebbinghaus em 1985, na realização da sua pesquisa não havia sujeitos disponíveis o
que levou a que Ebbinghaus se utilizasse a si próprio como único sujeito da
observação. Numa das suas várias experiencias Ebbinghaus obrigou-se a decorar
silabas sem sentido depois registou o tempo que demorava a decorar as listas de
forma a conseguir reproduzi-las sem erros.

Estas experiencias de Ebbinghaus têm vindo a ser repetidas ao longo das décadas
usando um variadíssimo número de técnicas e medidas, houve um impulso gigantesco
nas pesquisas sobre a memória quando a psicologia cognitiva se separou do
behaviorismo em 1960, isto prende-se com duas principais razões:

1- Visto que o Behaviorismo se havia focalizado na aprendizagem em animais,


existiam muitas perguntas na memoria humana que se consideravam prontas a
ser respondidas, considerando-se a nova liberdade na teoria e nas pesquisas.

2- Comprovou-se que a memória humana tem alguns paradigmas de pesquisa que


eram uteis no tratamento de perguntas sobre a cognição mas não versavam
propriamente sobre a memória.

Devemos assim entender a memória como um processo psicológico que consiste no


armazenamento e recuperação de informação codificada, esta informação poderá ser
recuperada voluntária e conscientemente ou de modo involuntário.

Podemos considerar a MEMÓRIA como a capacidade para adquirir codificar, conservar


e recuperar informação, é uma função dinâmica e interactiva ligada a toda a
actividade psíquica no seu conjunto que depende de várias estruturas do cérebro,
fundamentalmente do córtex cerebral e do hipocampo.

Existem 3 operações comuns aos diferentes estádios da memória:

Codificação: através do qual se transformam as informações do meio em


representações mentais.

Armazenamento: permite arquivar a informação codificada

Recuperação: permite o acesso à informação armazenada.


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Em função do tempo que separa a apresentação de uma informação e a sua evocação


distingue-se habitualmente: A memoria sensorial, a memória a curto-prazo e a
memória a longo prazo. Estes 3 tipos de memória diferem entre si quanto à
NATUREZA, CAPACIDADE e período de permanência da informação.

----ora segue o plágio----

Memória ou Memórias?

Não existe um sistema único de memória ou só um conjunto de processos de


memória. O termo memória é simplesmente um amplo rótulo para um grande número
de processos que formam as pontes entre o passado e o presente. Mas esses aspectos
distinguem-se em aspectos importantes. Uma primeira distinção importante diz
respeito aos intervalos de tempo. Muitos psicólogos crêem que estes diferentes
intervalos de retenção estão conectados por diferentes sistemas de memória. O
exemplo mais importante relaciona-se com a memória a curto e a longo prazo. Outra
distinção diz respeito à consciência de recordar. Estamos a lidar neste caso com a
memória explícita e implícita.

Memória a curto e a longo prazo:

- Memória a Curto Prazo: é descrita como o centro da consciência humana.


Armazena todos os pensamentos, informações e experiências aos quais foi dada
atenção e que estiveram na mente de uma pessoa num determinado ponto do
tempo. Ela transfere conteúdo para a MLP, para registos mais permanentes, e
recupera dados dos depósitos sensoriais e de longo prazo. Acredita-se que esteja
envolvida em todas as actividades cognitivas fundamentais que não sejam
automáticas. Esta memória é muito limitada conseguindo no máximo um adulto
normal recordar 7 (+- 2) itens, sendo esta quantidade designada como número
mágico. Segundo Miller (1956 - recordar uma parte da informação ajuda a lembrar
o resto), “chunk” é a peça integral da informação e o limite de capacidade é = 7
chunks +- 2. Chunk – três grupos de números.

Há uma maior capacidade de construir chunks com palavras… apagam-se os traços.


Memory span – (conceito que define a capacidade limitada da memória a curto
prazo).

- As diferentes memórias sensoriais (MS) constituem a primeira etapa no


estabelecimento de um registo duradouro das nossas experiências e são, por isso,
uma fase importante no processamento global da informação. Permitem conservar
as características físicas de um estímulo (visual, auditivo, olfactivo, táctil ou
gustativo) captado pelos órgãos sensoriais durante algumas fracções de segundo.
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As mais estudadas têm sido: memória sensorial visual – ou memória icónica e a


memória sensorial auditiva – ou memória ecóica.

- Memória a Longo Prazo: a memória a longo prazo capacita-nos a recordar grande


quantidade de informações por períodos substanciais de tempo. Acredita-se que
qualquer coisa que armazenemos por minutos, horas, dias, semanas ou anos seja
cuidado pela MLP. Os psicólogos consideram ilimitada a capacidade da MLP, isto é,
não se pode esgotar o espaço por se aprender demais. Há sempre espaço para
mais. A informação passa para esta memória através de repetição. Os traços
apagam-se para dar lugar a novos traços.

Memória de trabalho:

Nos anos 70 começam-se a discutir os níveis de processamento de informação. A


maioria dos teóricos considera que as recordações a longo prazo são formadas através
de um processo mais activo, em que a forma de um sujeito codificar e organizar os
materiais, desempenha um papel importante. Assim, estes autores encaram a
memória a curto prazo mais como uma bancada de trabalho mental, em que os vários
itens de informação são codificados e não tanto como uma plataforma de
armazenamento transitório. De acordo com esta perspectiva, o facto dos materiais
serem retidos na memória o tempo suficiente para se tornarem recuperáveis, não
depende de uma simples transferência de um armazém para o outro. Dependerá sim,
da maneira como esse material é processado. Considerações como estas levaram
muitos psicólogos a abandonar o termo de memória a curto prazo e preferir o termo
memória de trabalho (funcional).

Em suma, memória do trabalho é definida como um sistema para manter e manipular


a informação temporariamente (aprendizagem). Esta memória é limitada e não deve
ser confundida com a memória a curto prazo.

Níveis de processamento:

Uma tentativa importante para explicar a razão porque determinada codificação é


mais útil à recordação, afirma que o sucesso em relembrar depende do nível a que a
nova informação foi processada. Os defensores desta perspectiva realizaram muitas
experiências em que comparam a influência do processamento “superficial” e do
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processamento “profundo” sobre a recuperação posterior. Para os materiais verbais o


termo superficial é geralmente utilizado para a codificação das características
superficiais, como o som de uma palavra ou o tipo de letra em que está impressa, ao
passo que o profundo se refere ao seu significado.

Algumas das primeiras formulações da hipótese relativa aos níveis de processamento


têm sido atacadas. Alguns críticos afirmam que não existe realmente uma definição
satisfatória para o nível de processamento. Mesmo assim, uma das mais importantes
afirmações desta teoria, mantém-se como uma útil regra prática: quanto mais atenção
prestamos ao significado do que ouvimos, lemos e vemos, melhor o recordamos. Isto
é, a motivação é muito importante quanto à memória – o que gostamos de fazer não
esquecemos tanto como o que não gostamos.

Processamento elaborado de textos:

- Examinar

- Questões

- Ler

- Reflectir

- Relatar

- Rever

---Plágio finalizado---

Memória Humana

Retenção e Recuperação
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O facto de as pessoas se esquecerem de algo pode ser explicado por 2 factores, o


primeiro deles, porque a memória desapareceu, o segundo porque ainda que a
memória permaneça não se consegue recuperá-la.

Interessa aqui referir que a memória nunca se perde, os factos esquecidos continuam
presentes mas não podem ser recuperados, os resultados de Penfield em 1959 são
consistentes com esta ideia.

Penfield estimulou electricamente partes do cérebro de pacientes e pediu para que


estes relatassem o que sentiam, a estimulação dos lobos temporais possibilitou que os
pacientes relatassem memórias que normalmente eram incapazes de recordar. Não
há contudo certezas de que as memórias relatadas pelos pacientes eram exactas pois
reportavam a factos passados os quais não havia forma de comprovar com certeza,
como tal estas experiencias de Penfield são desconsideradas pelos investigadores
contemporâneos ainda que sejam bastante sugestivas.

Uma experiencia conduzida por Nelson,1971, veio indicar no mesmo sentido que as
memorias esquecidas permanecem como existentes, nesta experiencia os sujeitos
tinham de memorizar vinte pares associados de números e substantivos, eles
estudaram a lista até que atingiram o critério de uma tentativa sem erros. Os sujeitos
voltaram para reteste duas semanas mais tarde recordando 75% dos itens. Os 25% dos
pares errados foram submetidos a novo estudo estando alguns deles iguais e outros
modificados. Desta feita quando foram testados os sujeitos recordaram 78% dos itens
não modificados e apenas 43% dos itens modificados, o que demonstra que os sujeitos
haviam retido alguma informação relativamente a esses pares sendo posteriormente
mais fácil recordarem os pares que já haviam sido estudados anteriormente.

Função de Retenção

A deterioração da informação é tanto maior quanto o tempo que medeia entre a


apreensão de determinada matéria e o seu “uso” ou “teste”. A este facto chama-se Lei
de Potencia do Esquecimento.

O facto de algumas matérias apresentarem um rápido declínio após alguns segundos e


outras após alguns dias prende-se com a força da codificação dos registos de memória.

Anderson e Schooler (1991) mostram que todas as funções de retenção são funções de
potencia, o grau de prática apenas afasta o ponto do declínio visível.

Assim esta teoria que afirma que os registos de memória enfraquecem com o passar
do tempo é uma das explicações comuns do esquecimento e denomina-se por TEORIA
DA DETERIORAÇÃO do esquecimento. A esta teoria opõe-se a TEORIA DA
INTERFERENCIA .
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Interferência e seus efeitos

Importa referir que a passagem do tempo não é o único factor que afecta a perda da
memória. A retenção é altamente influenciada também pela interferência.

De um modo geral as pesquisas demonstraram que é difícil para o ser humano manter
múltiplas associações para os mesmos estímulos, é mais difícil aprender novos itens e
reter os antigos simultaneamente. Baseados unicamente neste raciocínio poderiamos
concluir que sempre que o ser humano aprendesse algo sobre determinado assunto
esqueceria outro item sobre o mesmo assunto, as coisas não se processam contudo
desse modo, na medida em que existem factores adicionais que atenuam essa
interferência.

EFEITO DE LEQUE

Nome atribuído ao aumento do tempo de reacção relacionado com o aumento do


número de factos associados a um conceito. O tempo de reacção aumenta pois
aumenta o leque de factos que emanam da representação em rede do conceito.

Quantos mais factos forem associados a um conceito, mais lenta será a representação
de qualquer um deles.

INTERFERENCIA EM MEMORIAS PRÉ-EXPERIMENTAIS

Lewis e Anderson (1976) investigaram se o efeito leque podia ser obtido com material
que o sujeito já conhecia antes da experiencia. Nessa experiencia os dois
investigadores deram varia informação falsa sobre diversas personalidades famosas.
Vieram a perceber que quanto mais informação era dada, maior era o tempo de
reacção dos sujeitos quer relativamente à informação verdadeira apreendida na
experiencia quer sobre a informação verdadeira que estes já detinha anteriormente.
Por outro lado a informação verdadeira era muito mais rapidamente recuperada do
que a informação falsa.

Conclui-se assim que o material aprendido fora do laboratório pode ser influenciado
por aquele que se aprende neste.

INTERFERENCIA E DETERIORAÇÃO

Para além do enfraquecimento do registo e da interferência de outras memorias.


Existe alguma controvérsia no tocante a afirmar que a deterioração das memorias ou
seja o seu desvanecimento após um intervalo da retenção está relacionado com a
interferência de outras memórias adquiridas pelo sujeito.

Ekstrand, 1972 veio a confirmar que durante o período de sono o esquecimento é


menor na medida em que há um menor numero de memorias interferentes.
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Hockey,Davies e Gray (1972) vieram contudo a concluir que a variável critica se


prendia com a hora do dia em que o material é apreendido.

Há relativamente às teorias da degradação uma grande controvérsia pois estas não


identificam os fenómenos que originam o esquecimento limitando-se a afirmar a
existência de um desvanecimento das memórias com o tempo.

As conclusões quanto à deterioração poderão não ser meramente psicológicas mas


também fisiológicas.

A falta de melhor conclusão parece ser necessário concluir apenas que os efeitos da
interferência e da deterioração contribuem para o esquecimento.

REDUNDANCIA E INTERFERENCIA

Relativamente à redundância e à interferência cumpre apenas afirmas que a


aprendizagem de material redundante não interfere com uma memoria alvo e pode
até favorecer a mesma.

----Relativamente ao esquecimento fica mais um plágio----

Esquecimento

De uma maneira geral, o esquecimento aumenta com o intervalo de retenção.


Aparentemente, perdemos lembranças durante a codificação, o armazenamento e a
recuperação. Uma vez adquirida a recordação, o que explica que a retenção das
recordações a longo prazo pareçam declinar ao longo do tempo?

- decadência
uma das principais teorias do esquecimento sustenta que, tal como as
montanhas sofrem erosão dos ventos e das águas. Também os traçados
mnésicos sofrem, com a passagem do tempo, uma decadência gradual. Na
origem da erosão da memória estariam processos metabólicos normais por
acção dos quais o traço mnésico vai enfraquecendo até acabar por se
desintegrar.

- interferência
na perspectiva desta teoria, uma recordação esquecida não está perdida
nem deteriorada, está simplesmente mal colocada no meio de outras
recordações que interferem com a recuperação da informação visada.
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Inibição retroactiva: novas aprendizagens perturbam a recordação de


aprendizagens anteriores; inibição proactiva: aprendizagens anteriores
perturbam a recordação de aprendizagens novas.

---fim deste plágio---

RECUPERAÇÃO E INFERENCIA

Quando o sujeito não consegue recuperar um determinado facto ele consegue


recordar-se de factos relacionados e assim inferir o facto visado com base nesses
factos, como exemplo disto temos o estudo de Sulin e Dooling (1974)- com o texto
sobre Carol Harris/ Helen Keller.

Recuperação Plausivel

Reconhecimento e recordação de factos que não foram especificamente


apresentados:

O Bojinov era um jogador do Sporting, que além de ser gordo jogava realmente mal. O
Bojinov tinha uma mulher muito bonita e diziam que ela lhe punha os cornos e por isso
ele jogava mal. O presidente do Sporting correu com o Bojinov.

1-O Bojinov era Gordo e tinha uma mulher bonita (exacta)

2 O Bojinov foi corrido do Sporting por jogar mal( plausível)

3 O Bojinov era Argentino (nem exacta, nem plausível)

No estudo de Reder (1982) veio-se a comprovar que com o retardo os sujeitos ficavam
mais vagarosos em recordar a condição exacta e mais rápidos em recordar a condição
plausível.

No meu exemplo a condição 2 (plausível) era recordada mais rapidamente do que a


exacta (1) apesar de inicialmente a plausível ser recordada mais vagarosamente essa
tendência inverte em 2 dias.

Assim em resumo os seres humanos geralmente julgam que a plausibilidade deve ser
verdadeira em vez de tentarem recuperar factos exactos.

Esta tendência é mais evidente quando há elaboração do material em estudo situação


em que os sujeitos se recordarão melhor de condições exactas estudadas mas também
inferências não estudadas.

Estas inferências podem levar a graves erros de memória quando as pessoas não
conseguem separar o que realmente vivenciaram do que foi inferido.
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ESTRUTURA ASSOCIATIVA E RECUPERAÇÃO

Honestamente não me apetece estar a escrever sobre isto, como tal fica aqui o
destaque para o método de Loci que em resumo funciona utilizando-se uma sequência
fixa de localizações para orientar a recuperação de memórias.

Tudo o resto é sobre o facto de ser mais fácil recuperar a informação apreendida
quando a mesma está organizada, hierarquicamente etc, e cenas a experiência da aula.

E pronto!

EFEITOS DO CONTEXTO NA CODIFICAÇÃO

Entre as pistas que podem estar associadas a uma memória algumas pertencem ao
contexto em que a mesma se formou.

Esta conclusão foi congruente em várias experiencias como as de Smith, Glenberg e


Bjork (1978) e Godden e Baddeley (1975)- relativamente a contextos físicos.

Bower Monteiro e Gilligan (1978)- relativamente ao contexto emocional

Estes efeitos, acontecem somente em ocasiões especiais não sendo sempre repetíveis.

Destaque contudo para o efeito da:

CONGRUENCIA DO HUMOR

Refere-se ao facto de ser mais fácil recordar memórias felizes em um estado de


felicidade e memórias tristes em estado de tristeza.

Outro fenómeno relacionado é o da Aprendizagem dependente do Estado ( as pessoas


consideram mais fácil recordar informações se puderem retornar ao mesmo estado
emocional e físico em que estavam quando aprenderam as informações).

Assim em resumo, as pessoas apresentam melhor memória se os contextos externos e


suas condições internas se ajustam no estudo e no teste.

---Ainda assim fica aqui um plágio para ficar mais completo----

Hipótese da Incongruência do Humor:


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É mais fácil recordar memórias felizes quando estamos felizes, e tristes quando nos
encontramos tristes. Isto diz respeito ao conteúdo da memória.

As pessoas raciocinam melhor quando há congruência de estados emocionais. A


emoção tem um papel fundamental no esquecimento (recalcamento – Freud). A «não
recordação» devido ao recalcamento, não se traduz apenas numa uma espécie de
buraco na memória. Traduz-se também por memórias substitutivas. As recordações
estão lá mas nem sempre nos é fácil aceder a elas. Muita coisa pode ser recordada. O
recalcamento é uma defesa mas essas recordações não desaparecem. Permanecem,
saindo de várias maneiras (actos falhados, perturbações, etc.) A motivação está por
detrás do acto falhado.

---FIM DO PLÁGIO---

Memória Implicita- A expressão que descreve os conhecimentos que não conseguimos


recordar e aceder conscientemente mas que se manifestam no bom desempenho que
obtemos na realização de determinadas tarefas.

Memória explicita- Conhecimento que podemos recordar conscientemente

-------Mais alguma informação sobre memória e memória em contexto retirada de


outros apontamentos a.k.a Plágio---------

Mnemónicas

- mnemónicas através da organização verbal


é muito mais fácil recordar material verbal se este estiver organizado.
Utiliza-se particularmente o verso, a organização de sequências de palavras
que mantêm o ritmo fixo e a rima.
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- mnemónicas através de imagens visuais


uma das mais eficazes que se conhecem, implicam a utilização deliberada
de imagens mentais. Durante a recordação, cada localização é
inspeccionada mentalmente e o item aí colocado, em imaginação, é assim
recuperado.

Memória Retroactiva: quando relembramos aquilo que fizemos.

Memória Prospectiva: quando relembramos aquilo que temos de fazer.

Memória e Organização da Tarefa: quem organiza relembra-se melhor.

A Memória Explicita: algo que recordamos explicitamente. (ex: teorema de Pitágoras).

A Memória Implícita: quando evocamos a memória sem ter disso a mínima


consciência. Mostramos que conhecemos e sabemos não de uma forma consciente,
mas através do seu desempenho. (ex. quando escrevemos ao computador, sabemos
onde cada letra se situa).

Viragem (século XIX/XX) – introspecção; desejo que a psicologia se torne num método
experimental. Ultimas décadas – viragem importante.

1978 – Conferência Naizer: perceber a memória do ser humano no quotidiano. Crítica


à abordagem laboratorial.

Defensores da abordagem laboratorial criticam a abordagem do quotidiano


argumentando que esta não pode controlar as variáveis.
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Estas posições são ambas extremistas. O ideal é uma posição intermédia, que é
utilizada hoje em dia.

MEMÓRIA EM CONTEXTO:

N Multi-armazéns da memória: esta teoria afirma que existem vários sistemas de


armazenamento, cada qual com diferentes propriedades. A convicção de que existem
vários armazéns tem origem no facto de que a memória pode recuar vários anos, mas
também podem dizer respeito a acontecimentos que ocorreram há instantes apenas.

Atitude perceptiva - pré-disposição nossa.

A percepção dinâmica - daí por vezes inventarmos.

A percepção tem a ver com os factores culturais, com as necessidades e com os


factores emocionais.

- Memória, emoção e cognição

- Memória no mundo real

- Teorias da memória e amnésia.

Hipótese Geral do Contexto - recordamos mais facilmente quando o contexto


emocional é idêntico ao contexto em que memorizamos.

Memória Quotidiana:

- São realçados os aspectos funcionais

- A grande importância dada ao contexto

- O que se memoriza é o acidental

- Preocupa-se mais com a qualidade.


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Memórias Autobiográficas: importância para a construção e manutenção da nossa


identidade.

Memória Laboratorial:

- O que memoriza é intencional

- Preocupa-se mais com quantidade.

Experiências Naturalistas (ecológicas) - no laboratório estudar a memória dos sujeitos


mas de uma forma natural.

MEMÓRIA NO MUNDO REAL:

Principais Áreas de Investigação da Memória:

- Memórias Autobiográficas

- Memórias de Testemunhos Oculares

Tulving: distinção entre memória das experiências individuais e os conhecimentos


gerais.

2 SISTEMAS SEPARADOS: (mas em simultâneo cruzam-se na MLP) – Que tipo de


experiências é que as pessoas se recordam ou se esquecem mais? Como mostrar que
certas memórias são verdadeiras ou falsas?

- Memória Semântica: conhecimentos gerais, factos acerca do mundo.

- Memória Episódica: experiências pessoais. Evento especifico experienciado num


dado momento e lugar.
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Como se memorizam as caras?

De uma forma olistica, como um todo.

Teorias da Memória e Amnésia

Podemos falar de AMNÉSIA e AMNÉSIAS! As amnésias são um grupo homogéneo.

Características:

a) Deficiência para lembrar novas informações após a amnésia – antrógrada

b) Grande dificuldade em recordar acontecimentos que sucederam antes da amnésia -


retrógrada

- A inteligência e a memória imediata não variam muito da normal

- Após o início da amnésia, em geral, têm um baixo nível na memória a longo prazo

Distinção entre memória episódica e semântica no caso das amnésias:

As coisas estão mais relacionadas do que parecem. Por vezes as memórias episódicas
vão-se desvanecendo, transformando-se em semânticas. Os conhecimentos adquiridos
antes da amnésia são menos esquecidos do que os adquiridos depois da amnésia. As
memórias semânticas adquiridas depois da amnésia não são retidas.

Existem conhecimentos declarativos - conhecimentos que podemos expressar


verbalmente.
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Existem conhecimentos proce dimentais – de gestos, comportamentos, expressar


situações

Os amnésicos têm maiores dificuldades nos conhecimentos declarativos.

-----O resto da matéria refere-se às representações mentais que já foram abordadas


atrás mas que colocarei aqui o resumo de outros apontamentos por questões de
sistematização e os conhecimentos que estão também eles explicados noutros
apontamentos de forma muito melhor do que eu conseguiria fazer----

Representações

Imagens mentais

Muito do nosso conhecimento baseia-se em memórias analógicas, com frequência


chamadas imagens mentais, que preservam alguns dos atributos característicos dos
nossos sentidos. Vemos o Mundo na “nossa visão mental”.

Rotação mental

Apresentava-se ao sujeito um dígito ou uma letra, quer segundo a orientação vertical


normal, quer em espelho e igualmente podiam sofrer várias rotações. A tarefa do
sujeito consistia em carregar num botão se o estímulo estava numa orientação normal
e noutro botão se o estímulo estava numa orientação em espelho. Á medida que a
orientação das letras variava da vertical para 80 ou 160 graus, o tempo de reacção
médio de reconhecimento das letras aumentava. O mesmo acontecia no casa das
letras invertidas em espelho. Os autores consideram que estes resultados demonstram
a existência de um sistema de memória visual separado.

Inspecção de imagens mentais

Apresenta-se aos sujeitos um mapa de uma ilha fictícia que continha vários
objectos: uma cabana, uma árvore, um poço, etc. Após memorizarem este mapa,
copiando-o várias vezes, os sujeitos executavam uma tarefa de tempo de reacção. O
experimentador nomeava dois objectos no mapa. A tarefa dos sujeitos consistia em
evocar uma imagem mental de toda a ilha e depois imaginar uma pequena pinta preta
que se deslocava do primeiro para o segundo local. Os resultados mostraram que o
tempo de reacção dos sujeitos eram directamente proporcional à distância entre os
dois pontos.
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Elementos simbólicos

- conceitos
o termo conceito é geralmente utilizado para descrever uma classe ou
categoria que agrupa um determinado número de casos particulares. Um
exemplo de conceito será habitação, que inclui cabana, casa, tenda,
apartamento e igloo.

- preposições
uma forma importante de relacionar conceitos é de a fazer qualquer
afirmação sobre eles, por exemplo, “os cães mordem geralmente os
carteiros”. Estas afirmações chamam-se preposições. Apresenta uma
afirmação que relaciona um sujeito e um predicado de uma forma que pode
ser verdadeira ou falsa.

A rede hierárquica

A memória semântica é organizada mas em que consiste exactamente essa


organização? Muitos investigadores propõem um modelo em rede, no qual as palavras
e os conceitos armazenados na memória semântica estão ligados através de um
sistema complexo de relações. Nessas redes, as palavras, ou conceitos, são indicadas
por nódulos, enquanto as associações entre elas são indicadas por linhas ou setas. Este
esquema hierárquico é muito elegante mas nem sempre a natureza é assim tão
elegante. Nem todas as características são tudo ou nada, por vezes surgem duvidas
onde colocar determinada palavra.

Um modelo de rede baseado na distância semântica

As dificuldades do modelo hierárquico levaram á formulação de várias


alternativas. Uma deles é o modelo de propagação de activação no qual as relações
semânticas são representadas directamente na rede. Neste modelo relações mais
curtas entre dois nódulos indicam uma relação semântica mais próxima.

Conhecimentos

Tipo de conhecimentos:

- explicito
estando as pessoas familiarizadas com determinadas noções para as
definirem só têm que se concentrar nelas (know-that – conhecimento
declarativo, que pode ser adquirido muito rapidamente, é flexível.

- tácito
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permitem interagir com o mundo (know-how- conhecimento


procedimental, tende a ser apreendido gradualmente e requer prática)
constituídos por procedimentos opacos (métodos de acção que são
desencadeados automaticamente sem grande esforço, estão, por definição,
fora da consciência.

- de modelos
constroem-se através dos conhecimentos anteriores

são as representações que retêm muitos dos inventos. Infelizmente, estes detalhes
nem sempre são recordados da maneira como gostariamos mas por outro lado
felizmente as nossas cabeças têm capacidade de recordar o que é mais importante.

Memória para informação verbal

As pessoas normais extraiam de uma mensagem o seu significado e não as


palavras exactas por quais elas foram ditas. Esta memória é igualmente boa se
tivermos ou não advertidos para algo mas caso seja pedido que decorem palavra por
palavra, as pessoas terão que ser advertidas inicialmente. A memória de informação
estilística é mais pobre que a memória de significado.

Memória para informação visual

Em muitas das ocasiões a nossa capacidade de memória visual parece melhor


que a informação verbal. Numa experiência levada a cabo por Shepard mostrou-se que
a memória era razoavelmente alta nas condições de oração (onde os sujeitos tentavam
recordar imagens apenas mentalmente) mas era virtualmente perfeita nas condições
visuais (em que se mostravam imagens aos sujeitos e eles tinham que identificar se
eram ou não iguais á inicial). Concluiu-se assim a superioridade da memória visual mas
também que ambas eram pobres a níveis de detalhes físicos.

Redes semânticas

As redes de representação são utilizadas para estruturar o conhecimento. As


ligações são feitas por setas onde a cada categoria estão associadas várias
propriedades de cada uma delas. As categorias que são verdadeiras num nível superior
também serão verdadeiras nos níveis inferiores. mostrou-se também que as categorias
do nível superior são mais facilmente envocadas que as do nível inferior.

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