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PESQUISA QUANTITATIVA

Contextualização Histórica
WUNDT

 Século XIX;
 Fundou o primeiro laboratório de psicologia em Leipzing (1979);
 Com isso traz a ideia de que o comportamento pode ser medido/quantificado;
 Permitiu não somente que a psicologia se separasse da filosofia como fosse
reconhecida como ciência por meio da introdução de noções de
quantificação e mensuração.
 Ideia central: É possível uma ciência do comportamento
 Os behavioristas têm visões diferentes sobre o que é ciência e o que é
comportamento. Mas, concordam que pode haver uma ciência do
comportamento.
 A ciência do comportamento veio a ser chamada de Análise
Comportamental.
 O behaviorismo não é propriamente uma ciência, mas uma filosofia da
ciência – propõe uma reflexão sobre por que fazemos o que fazemos e o
que devemos e não devemos fazer.
 Behaviorismo – Embasamento teórico;
 Alguns psicólogos do séc. XIX sentiam-se pouco à vontade com a
introspecção com método científico.
MÉTODO TRIDIMENSIONAL DA INTROSPECÇÃO
1. Prazer / Desprazer
2. Tensão / Relaxamento
3. Excitação / Depressão

 Parecia muito pouco confiável, muito vulnerável a distorções pessoais,


muito subjetiva.
 MÉTODO TRIDIMENSIONAL DA INTROSPECÇÃO:
I. Ideia Estruturalista;
II. Filosófico e Subjetivo;
III. Se duas pessoas treinadas em introspecção discordassem sobre
suas conclusões seria difícil resolver o conflito.
 Conclui-se que se fossem utilizados métodos objetivos, seria possível
notar as diferenças de procedimento que explicassem os resultados.
 Em 1865, iniciam-se experimentos em que media-se o tempo de reação
das pessoas – o tempo exigido para detectar uma luz ou um som e apertar
um botão.

DONDERS
 Estabeleceu um ponto de corte – o que é resposta e o que é estímulo;
 Introduz o conceito de tempo de reação (tempo que leva entre o primeiro
estímulo e sua resposta primária)
I. BASE
Tem-se um estímulo e uma resposta possível.
S R
II. SELEÇÃO
Tem-se dois estímulos e duas respostas possíveis.
(Selecionar qual estímulo para qual resposta)
S1 R1
S2 R2
III. IDENTIFICAÇÃO
Tem-se dois estímulos, uma resposta e uma não-resposta.
(Identificar qual estímulo deve gerar a resposta e qual deve gerar uma não-resposta.)
S1 R1
S2

GUSTAV FECHNER (1801-1887)


 O pensamento de Fechner foi que, se é possível medir a quantidade de
estímulo físico, deve ser possível medir a percepção das pessoas acerca
desses estímulos. (Ex.: Volume da TV – neto e avó)
 Encontrou uma equação que descreveria a relação entre a estimulação
física e as sensações.
 S = k.logE – S (SENSAÇÃO), K (CONSTANTE DE WEBER), E (INTENSIDADE DO ESTÍMULO FÍSICO).
 Fechner acredita que é possível calcular essas diferentes percepções, visto
que é claro a existência delas. Esse cálculo se daria através de fórmulas e
números que geram a obtenção de dados.
 Pensava-se que o comportamento mais simples era percepção e a atenção.
 Acreditava que a Psicologia experimental poderia ser desenvolvida para
estudar os processos mentais mais elevados , e não apenas os processos
sensoriais tal como Wundt acreditava.
EBBINGHAUS (1890)
 Era o seu único sujeito em todos os seus experimentos
 Os processos mentais complexos são: atenção, memória, funções executivas
(capacidade de abstração, raciocínio, etc. Desses processos, Ebbinghaus só
se aprofunda na memória.
 EXPERIMENTO – MEMÓRIA:
I. 30 sílabas sem sentido. Leria em voz alta para si mesmo a um ritmo
uniforme. Logo em seguida, cobriria a lista e então tentaria repeti-la
para si ou escrevê-la.
II. Leria mais uma vez até que conseguisse lembrar da lista por
completo.
III. Tentativa para o critério – número de vezes que precisaria ler a lista
até que lembrasse ela totalmente.
IV. Após um mês tentou reaprender a série exatamente como a tinha
aprendido inicialmente, lendo em voz alta repetidas vezes, tentando
recitá-las ou escrevê-la.
V. Índice de economia.
 Introduz o conceito de índice de economia – para relembrar por completo a
lista novamente, poderia precisar de um número de repetições muito
menores do que tinha sido experimentado da primeira vez.
 Determinou que toda vez que estiver exposto a um estímulo, após a primeira
vez, o número de tentativas para consolidar a memorização é menor.

MÉTODO QUANTITATIVO

OBJETIVOS:
 Predição – Capacidade de antecipar o resultado de um experimento, pois,
através de estudos e observação o comportamento torna-se previsível.
Basicamente, saber de antemão se, sob determinadas condições, o evento
ocorrerá ou não e de que forma.

 Controle – Capacidade de controlar as variáveis e manipular as condições


do experimento. Basicamente, o experimentador detendo o poder sobre as
condições do seu experimento – capaz de manipular as variáveis para obter
resultados e conclusões.
INSTRUMENTO DE PESQUISA:
 Utiliza-se instrumentos de pesquisa como questionários, testes
padronizados, entrevistas e observações, que também podem ser
empregados em outros tipos de estudo.
 Escolhemos os instrumentos de maneira que tenhamos a possibilidade
de obter, dos indivíduos pesquisados, respostas passíveis de serem
quantificadas, possibilitando o tratamento estatístico que, depois, servirá
para verificar a consistência das hipótese.
 Pode-se criar um instrumento ou utilizar algum já desenvolvido por
outro pesquisador (com a devida autorização).

ANÁLISE
 A análise é feita através da elaboração de dados estatísticos.

Pesquisa Quantitativa
Focaliza uma quantidade pequena de conceitos;
Inicia com ideia preconcebidas do modo pelo qual os conceitos estão
relacionados;
Utiliza procedimentos estruturados e instrumentos formais para coleta de
dados;
Coleta os dados mediante condições de controle;
Enfatiza a objetividade, na coleta e análise dos dados.
Analise os dados num éticos através de procedimentos estatísticos

VARIÁVEIS QUANTITATIVAS
As variáveis contidas na pesquisa quantitativa são apresentadas em uma das
formas: escore contínuo, dicotomia artificial, dicotomia verdadeira e categórica.

I. Escore Contínuo  Varia continuamente.


 Transtornos psicológicos não são escore contínuo, ou uma pessoa é
considerada deprimida ou não.
 Pode ocorrer em um ponto ao longo de um contínuo.
 Se classificada e denominada a condição, não é Escore Contínuo.
 Pode ser obtido em testes de inteligência, testes de avaliação e testes
padronizados. Ao dizer que uma variável é contínua, interpreta-se que o
escore da variável pode teoricamente ocorrer em um ponto ao longo de um
continuum.
 Ao dizer que uma variável é contínua, interpreta-se que o escore da
variável pode teoricamente ocorrer em um ponto ao longo de um
continuum.
 Ao medir o QI de uma pessoa, é possível obter teoricamente um escore em
qualquer ponto da amplitude.
 Os transtornos psiquiátricos deveriam ser avaliados como uma
variável contínua?

II. Dicotomia Artificial  Interferência do pesquisador.


 Também chamado de categoria artificial.
 Ocorre quando é o pesquisador que faz a divisa sobre o que é
considerado coisa x em tal estudo.
 Exemplo: Um estudo sobre estudantes pobres. O pesquisador que
determina qual renda faz de um estudante pobre.
 Os dados são descritos em apenas duas categorias.
 É preciso ter cuidado para as informações não ficarem inverossímeis
ao serem dicotomizadas (escala de comportamento divididas em 1)
sempre ocorre e 2) nunca ocorre)

III. Dicotomia Verdadeira  Sem interf. Do pesquisador.


 O pesquisador estabelece um ponto arbitrário para dividir o número de
casos em dois grupos.
 Nesse caso, os membros de um possuem algumas características que, de
fato, os diferenciam dos indivíduos do outro grupo. Um exemplo que
representa essa dicotomia é ser universitário ou não.
 Por exemplo: Uma pesquisa entre estudantes universitários e não
estudantes. O pesquisador não precisa definir esses parâmetros.

Características do Método Quantitativo


 Controle máximo sobre o contexto, produzindo ambiente artificiais com o
objetivo de eliminar variáveis interferentes.
 Cautela com a artificialidade e suas consequências na interpretação dos
dados. Quanto mais ecológico (natural) for o ambiente, mais real o
comportamento.
 O pesquisador interage com o objeto de estudo com certa neutralidade e
objetividade (seus sentimentos e percepções não são relevantes para a
interpretação dos dados).
 Crenças e valores pessoais não são considerados fontes de influência no
processo de investigação científica;
 O embasamento teórico que deve permear todo o processo de análise. A
análise de um dado quantitativo deve ser bastante semelhante, independente
do pesquisador que está diante do estudo.

Análise dos Dados no Método Quantitativo


 Os dados colhidos são analisados por uma linguagem matemática (as
análises estatísticas e as teorias de probabilidade) para explorar os
fenômenos.

Amostra/Grupo de Estudos
 Deve ser selecionada de maneira aleatória/randômica: representativa
estatisticamente de uma população.
 A aleatoriedade é importante na escolha da amostra representativa, pois a
partir disso, é possível realizar a generalização dos dados.

Apresentação dos Dados


 Em linguagem matemática (tabelas, quadros), habitualmente em separado
no relatório. Ex.: Curva de distribuição

Existem três tipos de métodos inseridos no método quantitativo:


 Observacional;
 Correlacional;
 Experimental (apenas esse estabelece uma relação de causa e efeito)

MÉTODO OBSERVACIONAL
Características
 Não deve ser iniciado com pré-concebimentos.
 Nossas observações são falíveis.
 Nossas percepções são reprodução inexatas do mundo, que perpassam a
nossa interpretação.
 Não há uma intervenção ativa do investigador.
 São realizadas observações sistemáticas, que são pré-estabelecidas, com o
intuito de permitir uma conclusão causal.

Subdivisões
 Essas observações sistemáticas podem ser didaticamente subdivididas em:
descritivos e analíticos.
I. Descritivas  Pontuar/descrever minuciosamente os fatos,
expondo os dados observacionais.
II. Analíticas  Tenta-se explicar o motivo do comportamento,
Interpretação dos detalhes e de determinados comportamentos.
 Os estudos observacionais analíticos usualmente são feitos pela formulação
de hipóteses.
 Geralmente utilizam-se alguns dados de estudos descritivos prévios.

Categorias dos Estudos Observacionais Descritivos e Analíticos


 Os estudos observacionais descritivos e analíticos, podem ser categorizados
em: transversal (cross-sectional), longitudinal (cohort) e do tipo caso-
controle.

I. Estudo de caso-controle  Investiga-se a associação entre dois


grupos, com inicialmente um grupo de indivíduos de caso e outro de
controle.
Por exemplo: Caso  Recebe o medicamento.
Controle  Recebe placebo.
Tanto o grupo de caso quanto o de controle devem ser semelhantes,
com idade próxima etc. Se o grupo for muito diferente, fica difícil inferir
o que está sendo alterado em um grupo.

II. Estudo transversal (de prevalência)  Estabelece-se um


tempo/período para observação de um comportamento. Não se
analisa o que ocorre desde o início, e sim o que prevalece naquele
período específico.

III. Estudo longitudinal  Fornece dados acerca de eventos ou


mudanças que ocorrem em determinado espaço de tempo. A coletas
de dados são feitas ao longo do tempo. Acompanha-se a evolução do
comportamento.

 As técnicas empregadas pelos cientistas tentam prevenir os erros de


percepção, assegurar que as observações reflitam o estado da natureza
com maior precisão possível.
A observação é o passo inicial para vários tipos de pesquisas posteriores –
fornece o principal montante de banco de dados que pode levar à pesquisa
subsequente e mais controlada
 Observação naturalística – descreve o comportamento dos organismos,
fornecendo a base para a correlação e para a experimentação.

Nas observações científicas há dois problemas básicos que ameaçam a


validade e integridade das observações:
I. Observação Focada  Escolher alguns comportamentos a serem
estudados, tal limitação é necessária pois, a partir dela, é possível
aprofundar no que é relevante para análise.
 Essa escolha dos comportamentos observados podem ser orientados
por pesquisas prévias de observação do mesmo tema.
 Deve pautar-se em teorias científicas. Caso contrário, ficará restrita a
assuntos de interesses pessoais do observador.
 Exemplo: Movimento rápido das sobrancelhas. – Eibl-Eibesfeldt –
estudo sobre as expressões faciais. Fotos de expressões faciais em
uma variedade de contextos. Algumas são similares, outras não.

II. Questão da reatividade  Pode limitar qualquer estudo em psicologia.


 Observações não reativas
 A maneira das pessoas se comportarem enquanto estão sendo
vigiadas ou filmadas pode ser alterado.
 A maneira como uma pessoa pode se comportar em grupo ou
sozinha também. Exemplo: assistir filme sozinho ou com outra
pessoa.

Observação participante
 O pesquisador insere-se no ambiente e se relaciona com os organismos a
fim de pesquisa-los.
 Vantagens: Amplitude, alcance do problema de interesse.
Não permite que infira como os fatores podem estar
relacionados.
Em alguns tipos de situações, só estará disponível para
pesquisa a observação.
 Desvantagens: Grande parte das observações não permitem reprodução
dos dados, o que pode gerar dúvidas da fidedignidade dos dados. Encontra-
se abertos a questionamentos por parte de outros investigadores.
 Outra questão desvantajosa é até que ponto nossos esquemas
conceituais determinam e distorcem aquilo que vemos nos fatos –
percepções são influenciadas pelas nossas concepções de mundo – questão
da influência cultural.

Medidas não reativas


 São indiretas por serem resultados do comportamento.
 Ao invés de observar o comportamento diretamente, examina-se após o
fato, olhando o produto do comportamento. Em vez de observar o
comportamento dos alunos, observamos seus trabalhos ou a maneira que
deixaram a sala após a aula. Pode ser utilizado em psicologia criminal.

MÉTODO DE CORRELAÇÃO

Correlação não estabelece relação de causa e consequência entre as


variáveis.

Aspectos Relevantes
 Post facto;
 Variáveis;
 Pareamento (análise em par);
 Frequência de ocorrência de um falo (se x sobe y sobe).

Características
 Determina como geralmente duas ou mais variáveis relacionam-se entre si.
 Normalmente não envolve a manipulação de variáveis.
 Os dados que se relacionam são denominados dados ex post facto “após
o fato”.
 Os dados que são relacionados originam-se de eventos naturais, que não
envolvem manipulação direta do pesquisador.

Superstições
 Correlações falsas.
 Pensa-se que duas ou mais (caso analisadas em par) variáveis são
correlacionadas.

Hipótese Prévia
 Esta etapa serve como meio de apoio, que guiará a observação do
experimentador, bem como na determinação de todas as técnicas a utilizar.
 É a parte é feita na parte teórica prévia ao estudo de correlação.

Coeficiente de Correlação
 O Coeficiente de Correlação indica a variância comum partilhada pelas
variáveis.

-1 -0,5 0 +0,5
+1
Correlação Correlação Correlação Correlação Correlação
Negativa Negativa Nula Positiva Positiva
Perfeita Forte Forte Perfeita

 Correlação positiva – os respondentes que obtiveram escores altos na


variável X tende a obter escores também altos na variável Y.
 Correlação negativa – respondentes que obtiveram escores baixos em X
tendem a obter escores altos em Y.
 Até correlações quase perfeitas não podem levar a relação de causa e
efeito, pois há a ocorrência de correlações falsas. Ex.: Milhos e idosos.
 Correlação falsa – quando duas variáveis parecem estatisticamente estarem
relacionadas mas não estão. Exemplo: Show ontem no Rio de Janeiro e alunos
da UFF Campos com sono durante a aula.

Limitações:
 Falta de controle sobre outras variáveis que não as postas em questão no
estudo.
Exemplo: pesquisa demonstra haver uma correlação positiva entre
idade da mãe e desenvolvimento cognitivo dos filhos, uma terceira variável pode
ser responsável pelo efeito.
 Só se pode correlacionar eventos após suas ocorrências.
 Não é possível estabelecer relação de causalidade.

Vantagens
 É possível realizar o experimento em um ambiente mais compatível com a
realidade do organismo;
 Consegue prever acontecimentos futuros;
 Pode ser o ponto de partida para estudos experimentais.

Variação Restrita
 Invalido para generalização, visto que ao analisa um grupo homogêneo, é
possível que as conclusões sejam falsas e não se apliquem a todos.
 Alguns fatores poderia gerar correlações baixas ou nulas e podem ocultar uma
relação de fato. Isso seria decorrente da variação restrita – para que seja
calculado um coeficiente de relação significativo, deve haver diferenças entre as
duas variáveis de interesse.
 Assim, o problema da variação restrita pode gerar um correlação reduzida
mesmo quando estiver presente uma correlação efetiva entre as variáveis.
 Para se evitar estes erros, que pode levar a interpretações errôneas, procurar
não pegar populações muito homogêneas.

Diagrama de Dispersão
 Correlação Positiva:

Poucos pontos possuem Vários pontos possuem Todos pontos possuem


uma relação diretamente uma relação uma relação
proporcionais. diretamente diretamente
proporcional. proporcional.

 Correlação Negativa:
Defasagem Cruzada
 Faz-se um estudo longitudinal para prever o sentido da causação entre as
variáveis.
Exemplo: Filme Violento ------- Ser Violento
Ser Violento ------- Filme Violento

Método de Correlação
 Variáveis analisadas em pares;
 Coeficiente de correlação;
 Não estabelece relação de causalidade;
 Podem servir de base para estudos experimentais;
 Variação restrita;
 Defasagem cruzada.
 Prova: Aplicabilidade desses conceitos.

MÉTODO EXPERIMENTAL

Características
 Tinham como premissa o conhecimento da natureza através do método
científico que era capaz de controlar e manipular as variáveis que interferiam
no objeto de estudo.
 Selecionam variáveis relevantes que influenciam no comportamento estudado
para analisar experimentalmente.
 A ciência busca observar, descrever, interpretar, prever e controlar fenômenos.
 O conhecimento científico é o resultado da aplicação de uma metodologia
organizada e coerente.
 Interesse nas causas do comportamento humano. Descobrir por que os
homens se comportam da maneira como o fazem.
 Qualquer condição ou evento que tenha algum efeito demonstrável sobre o
comportamento deve ser considerado

Análise
 Analisar significa dividir em partes. Quando um comportamento é analisado,
ele é “dividido” em suas “partes constituintes” (eventos ambientais e eventos
comportamentais) e tentamos estabelecer a relação entre estas ‘”partes”.
Relações Funcionais
 Na busca de estabelecer as relações funcionais entre as variáveis, os analistas
do comportamento frequentemente lançam mão do método experimental.
 Se a variável dependente se modifica de acordo com a manipulação na
variável independente, conclui-se que há um relação funcional entre elas.

Características de todos experimentos


 Possuem variáveis dependentes e independentes.
I. Variável Dependente  Medida da resposta que é dependente da
pessoa.
 Medidas mais comuns: Velocidade, número de respostas,
porcentagens de erros.
 A única coisa que depende do sujeito.
II. Variável Independente  É a variável que supõe-se que afeta a variável
dependente.
 Quando o experimento começa, as variáveis independentes já
estão pré-definidas.
 É a variável que manipulamos (modificamos) para poder observar ou
medir os sujeitos dessas manipulações na VD.
 A variável independente em um experimento com roedores poderia
ser desde quantidade de bolinhas de alimento, mudar a alimentação,
água ou qualquer outro tipo de reforçador.
III. Variável Estranha  São as variáveis já presentes na situação
experimental que poderiam interferir na variável dependente e nos
resultados e que, portanto, devem ser mantidas constantes ou eliminadas.

Finalidade
 A finalidade de todo experimento consiste em testar hipóteses a respeito dos
efeitos de uma ou mais variáveis independentes na variável dependente.

Níveis
 Um experimento precisa ter dois níveis. É necessário que, pelo menos, duas
condições sejam comparadas entre si para determinar se a variável
independente causa a alteração no comportamento ou no resultado.
 Nível – termo técnico para um único tratamento ou condição de uma variável
independente.
Conclusões
 Os fatores subjetivos do experimentando também pode influenciar caso o
mesmo sujeito atue de maneiras diferentes no mesmo experimento, seja por
aprendizagem, fadiga, alterações emocionais.

DELINEAMENTO DE GRUPO

Definição
 Ao delinear um experimento, um dos fatores relevantes é de como designar
participantes para os vários níveis de variáveis independentes.
I. Delineamento de grupo
 Designar apenas alguns sujeitos para cada nível de variável
independente.
 Um tratamento não interfere no outro;
 É preciso ter noção que diferenças individuais podem influenciar no
resultado;
 É necessário identificar se as diferenças são devido a manipulação da
variável independente ou em função da variabilidade entre os sujeitos.
 A fim de garantir a fidedignidade dos resultados o experimentador deve
minimizar as diferenças entre os indivíduos nos grupos que serão
delineados.
 Para que os grupos se tornem passíveis de comparação é preciso
assegurar que ambos sejam equivalentes no início do tratamento.
II. Delineamento Individual
 O mesmo indivíduo será testado em uma condição de variável
independente e na outra.
 Exemplo: Acidentes em determinada curva durante o dia e a noite. No
delineamento de grupo, a pessoa que participou do teste de dia não será
a mesma que participará a noite, enquanto no delineamento individual, a
mesma pessoa fará a experiência nos dois horários.

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