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Curso: Licenciatura em Psicologia

Disciplina:

Ano de frequência: 1° Ano

Os Métodos da Psicologia

Descente: Lígia António

Nampula, Março de 2024


Os Métodos da Psicologia

1. Método Introspetivo

A introspeção propõe o conhecimento das emoções através da observação interna e reflexão por
parte do próprio sujeito. O indivíduo é ao mesmo tempo sujeito do conhecimento e objeto de
estudo num processo de auto-observação.
A introspeção controlada implica a presença de observadores externos e estruturação da
descrição dos conteúdos dos seus próprios estados mentais, tomando consciência deles.
Alguns conteúdos mentais passíveis de introspeção são as crenças, as imagens, memorias
(visuais, auditivas, olfativas, sonoras e tácteis), intenções, as emoções e o pensamento em geral
(conceitos, raciocínios, associações de ideias).
Este método é defendido pela corrente estruturalista.

2. Observação controlada

Processo através do qual observadores humanos, utilizando como referência definições


operacionais, registam comportamentos manifestos verbais e/ ou motores.
A realização da observação isolada do método experimental (geralmente constitui o primeiro
momento do método experimental) sucede por, em determinadas ocasiões, e por motivos práticos
ou deontológicos, não ser possível o recurso ao método experimental. Contudo é sempre possível
estabelecer hipóteses e recorrer a técnicas de observação que permitam a verificação das
hipóteses sem passar pela experimentação.

3. Metodo Experimental

O método experimental baseia-se no método científico comum à maioria das ciências.


É defendido pelo behaviorismo, mas utilizado por outras correntes de psicologia. No método
experimental, o psicólogo manipula ativamente a experiência, escolhendo as respostas a serem
medidas e controlando as influências estranhas que poderiam afetar os resultados da sua
experimentação. O objetivo é verificar a veracidade das hipóteses, sendo que o experimentador
tem que manipular um determinado factor ou condição (variável independente) e observar as
consequências dessa manipulação no comportamento em estudo (variável dependente). A sua
finalidade última é o estabelecimento de leis gerais, permitir conhecimentos sobre
comportamentos comuns a um grupo de pessoas, não sendo aplicável a casos individuais.

Fases do método experimental:

I. Formulação de hipóteses (hipótese prévia) - esta etapa serve como meio de apoio, que guiará
observação do experimentador.

II. Experimentação - fase de verificação da hipótese. Esta etapa é um conjunto de observações


realizadas.

4. Método clínico

Não é um método de pesquisa nem pretende descobrir leis do comportamento, constituindo-se


como uma série de procedimentos de diagnóstico e tratamento de pessoas com problemas de
comportamento e/ ou emocionais.
O estudo desenvolve-se assim sobre um único indivíduo ao longo de determinadas fases:
i. anamnese - levantamento da história individual do paciente
ii. entrevista - colocação de questões ao paciente na tentativa de selecionar hipóteses a partir
das suas respostas verbais e não-verbais
iii. observação - estudo dos comportamentos do paciente no seu ambiente natural de modo a
confirmar a hipótese selecionada.

5. Método psicanalítico
Com o objetivo de conhecer o inconsciente Freud Estabelece um conjunto de procedimentos que
nos podem fornecer informações sobre o inconsciente do paciente, responsável pelos seus
distúrbios.

i. hipnose - induzir o paciente, através de uma sugestão intensa, num estado semelhante ao
sono.
ii. interpretação dos sonhos - os sonhos apresentam imagens figurativas de recalcamentos,
ansiedades e medos, que depois de interpretados vão permitir ao psicanalista confirmar os
resultados das suas investigações sobre problemas de comportamento apresentados pelo
paciente.
iii. atos falhados - fenómenos ligados a lapsos de linguagem, de escrita, esquecimentos
momentâneos de palavras. São acidentes de carácter insignificante e de curta duração.
iv. transferência - transferência inconsciente para a figura do psicanalista de sentimentos de
ternura ou de hostilidade (transferência positiva ou negativa). É um processo de catarse,
descarga psíquica, restabelecendo a relação entre a emoção e o objeto que inicialmente a
despertou.
Referências Bibliográficas.

BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. de L. Psicologias: uma introdução ao estudo


de psicologia. 13.ed. São Paulo: Saraiva, 2001.

ARAUJO, S. F. (2006). Wilhelm Wundt e o estudo da experiência imediata. In: A. M. Jacó-


Vilela, A. A. L. Ferreira & F. T. Portugal (Orgs.). História da Psicologia: rumos e percursos.
(pp. 93-104). Rio de Janeiro: Nau.

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