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Experimental
Referências
Cap 02 – O método experimental
“De um modo geral, fazemos muitos dos nossos juízos corriqueiros usando a intuição. Isso geralmente
significa que agimos com base no que “parece certo” ou no que “parece razoável”.
Realismo: as coisas são pra além de mim, a um mundo real fora do sujeito.
Pragmatismo: porque estamos discutindo isso? Qual a consequência prática desta discussão?
Livre Arbítrio x Determinismo
A EXPERIMENTAÇÃO E O MÉTODO
CIENTÍFICO
É possível estudar “fenômenos humanos” no laboratório?
“O método que utiliza experimentos para investigar as causas do comportamento humano supõe a
aceitação de uma estrutura determinista e atomista, por meio da qual o comportamento e suas causas
são observados como sendo objetivamente especificáveis e divisíveis em unidades discretas”.
“Dito isso, essas primeiras influências também fizeram com que a metodologia fosse associada a uma
abordagem mecanicista do pensamento e do comportamento humano.” (Breakwell,2019)
Mas o que é um experimento?
ATIVIDADE I
Pensem em um tipo de experimento e conte-nos como os realizaria.
Mas o que é um experimento?
Então o professor de vocês cuida de orquídeas.. Todas as seis plantas recebem a mesma quantidade
de água e luz. Na tentativa de avaliar qual melhor fertilizante para suas plantas, constatado pela
condição de saúde das plantas ou floração, o nosso pretenso botânico separa as plantas em 3 grupos:
Grupo A: duas plantas recebem o fertilizante para floração X;
Grupo B: duas plantas recebem o fertilizante para floração Y;
Grupo C: uma planta não recebe qualquer fertilizante;
ATIVIDADE II:
◦ Dentro do seu exemplo anterior de experimento, formule a hipótese trabalhada.
Exemplos de hipóteses
Analisemos algumas hipóteses e predições:
Assistir a programas de televisão agressivos torna as pessoas mais agressivas.
Os homens acreditam que são melhores motoristas do que as mulheres.
As crianças que são sensíveis à̀ rima na primeira infância fazem melhor progresso na aprendizagem da
leitura do que aquelas que não o são.
As mães que concentram a atenção de seus bebes em objetos são mais propensas a ter crianças cujo
vocabulário inicial contem um grande número de nomes de objetos do que as mães que não o fazem.
Lembrar uma lista de itens é́ mais fácil se a lista é lida duas vezes em vez de uma.
*Falseabilidade da hipótese
Exemplos de hipóteses
Causalidade e Experimentação
Causalidade ou correlação?
Ex: indivíduo que pratica atividade física regularmente e a alta taxa de longevidade.
Causalidade: Os psicólogos entendem a causa de um fenômeno quando são satisfeitas as três condições
necessárias para a inferência causal: covariação, uma relação de ordem temporal e a exclusão de causas
alternativas plausíveis.
Ex: bater a cabeça na porta e sentir dor / ser exposto ao césio radioativo e desenvolver, rapidamente, um câncer.
Causalidade e Experimentação
O método da diferença (Mill, 1984):
Usando esse método, aplica-se um teste duplo (digamos, à mesma pessoa duas vezes, ou a dois grupos de
pessoas). Essas aplicações de teste são idênticas, exceto em um aspecto, e quaisquer diferenças
observadas no desempenho dos participantes pode ser, então, atribuída à diferença de tratamento.
Um caso: Imaginem que João alega estar estressado e ansioso por conta do trabalho. Ao procurar ajuda
médica, recebe uma licença de 15 dias do trabalho. Durante esse período, João relata estar bem mais
tranquilo e sossegado, sem grandes problemas. Findo os 15 dias de licença, o cliente volta a trabalhar e os
sintomas de desconforto voltam a acontecer.
O intrigante Hans!
Variáveis
Uma variável é qualquer característica que possa variar através das pessoas ou das situações e
que pode ser de diferentes níveis ou tipos.
A variável dependente deve não apenas ser mensurável com sensibilidade suficiente para
detectar algum efeito que suporte o teste estatístico, mas, também, deve ser potencialmente
sensível a alterações no nível da variável independente.
Atividade III:
Identifique as Vis e Vds do seu experimento!
Variáveis
Muita pesquisa atual trata de questões relativas a processos mentais que não são diretamente
observáveis, mas em que uma medida é considerada como sintomática de algum processo
subjacente. É esta natureza influente da pesquisa psicológica que a torna tão difícil.
Validade: refere-se ao fato de um experimento explicar ou não o que por meio dele se pretende
explicar: em outras palavras, a verdade da causalidade que está sendo inferida.
Delineamento
Experimental
Veja uma pesquisa realizada por Klinesmith, Kasser e McAndrew (2006), que testou se sujeitos do sexo
masculino que manuseavam uma arma em um ambiente laboratorial ficavam mais agressivos subsequentemente:
Os pesquisadores disseram aos sujeitos que o experimento investigaria se prestar atenção a detalhes
influencia a sensibilidade ao paladar. Os participantes foram divididos aleatoriamente em duas condições.
Em um grupo, cada sujeito manuseava uma arma e escrevia um conjunto de instruções para montar e
desmontar a arma. Na segunda condição, os participantes escreviam instruções semelhantes, enquanto
interagiam com o jogo Mouse TrapTM. Depois, cada um provava e avaliava uma amostra de água (85g)
com uma gota de molho picante, preparada pelo sujeito anterior. Essa era a parte do “teste de sensibilidade”
do experimento. A seguir, os sujeitos recebiam água e molho picante e deviam preparar a amostra para o
próximo participante. A quantidade de molho picante que acrescentavam servia como medida da
agressividade.
Delineamento
Experimental
Resultado?
De forma condizente com suas previsões, os pesquisadores observaram que os sujeitos que haviam
manuseado a arma adicionaram uma quantidade significativamente maior de molho picante à água (M =
13,61g) do que os sujeitos que interagiram com o jogo (M = 4,23g).
Quasi-experimentos;
Pré-Experimentos
Os pré́-experimentos são concebidos mais apropriadamente como estudos realizados apenas
para ter uma ideia inicial do que está ocorrendo em uma situação particular antes de conduzir
uma investigação mais rigorosa.
Pré-Experimentos
“Certa vez participei de um curso de leitura rápida em uma tentativa de aumentar a velocidade
com a qual pudesse ler e compreender trabalhos escritos. A universidade estava contente em
fornecer esse treinamento, pois ajudaria seu corpo docente a obter melhor desempenho, e isso,
por sua vez, ajudaria a universidade a ser mais eficiente. Um especialista foi contratado para
ministrar o curso. Devido à atual preocupação política com avaliar tudo, o especialista sentiu-se
obrigado a conduzir um experimento para ver se o treinamento havia realmente funcionado.
Antes de o treinamento ter inicio, foi-nos dado um relato para ler e fomos convidados a
cronometrar nossa leitura e a responder algumas questões factuais acerca do conteúdo do relato.
Tendo feito isso, o treinamento prosseguiu e, ao fim do dia, fomos novamente testados a fim de
avaliar nossa leitura. Para que os tempos e os escores do teste fossem logo comparáveis, lemos o
mesmo texto e respondemos às mesmas questões”. (Breakwell, 2014, p.103)
Aspectos estranhos que comprometem a
validade interna.
História: o indivíduo é ingênuo ou já fez o experimento antes? A sua história de vida
influencia na pesquisa?
Maturação: como a passagem do tempo influencia na variável dependente?
Pré-testes
Quasi-experimentos
Muitos dos problemas discutidos em relação aos pré́-experimentos reduzem o grau de certeza que
o pesquisador pode ter quanto ao “tratamento” ter realmente causado as diferenças observadas na
variável dependente que lhe interessa (isto é, a validade interna do estudo). Por causa disso, é
raro ver pré́-experimentos em periódicos acadêmicos de grande prestigio. Entretanto, muitas das
questões de pesquisa que gostaríamos de responder simplesmente não podem ser respondidas
recorrendo-se a experimentos verdadeiros. Isso geralmente ocorre ou porque não podemos – por
razões praticas – alocar os participantes aleatoriamente em situações de tratamento, ou porque
não seria ético fazê-lo (por exemplo, se isso implica negar tratamento a alguém que precisa dele).
Alguns experimentos...
A prisão de Stanford:
https://www.youtube.com/watch?v=bSYAfIh1JD0
A experiência de Milgram:
https://www.youtube.com/watch?v=yamoMFFKB4I
O pequeno Albert:
https://www.youtube.com/watch?v=wO0rHEom91I
https://www.youtube.com/watch?v=h_XoXmnV-WM