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MÉTODO DE PESQUISA EM PSICOLOGIA

ÍNDICE

INTRODUÇÃO…………………………………………………………..………2

DESENVOLVIMENTO………………………………………………………...3

Método de pesquisa em psicologia social………………………………....3

Métodos de investigação em psicologia…………………………………..…4

Os métodos experimentais……………………………………………………..4

Estudos observacionais……………………………………………….……..…5

Observação naturalística………………………………………………..……...6

Observação participante………………………………………………………..6

Estudos de self-report………………………………………………………….7

O problema do disfarce dos objetivos da investigação………………..…7

Entrevistas…………………………………………………………………..……8

CONCLUSÃO………………………………………………….……………….10

BIBLIOGRAFIA…………………………………………….…………….……11

Autor: Osvaldo Mendes (Apolo), Luanda-Angola: +244 925 177 980


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MÉTODO DE PESQUISA EM PSICOLOGIA

INTRODUÇÃO

A Psicologia desde o seu nascimento esteve comprometida com os critérios


rígidos de objetividade e pragmatismo ditados pela ciência positivista. A partir do
século XX se inicia uma revolução nos critérios de cientificidade. Antes deste
período se acreditava que através da objetividade, do empirismo e da racionalidade
era possível chegarmos a um conhecimento verdadeiro, absoluto e inquestionável.
Porém, no inicio do século XX os cientistas começam a desconfiar da existência de
uma verdade absoluta, instaura-se então a relativização da realidade.

Desse modo, assim como a realidade é objetiva e subjetiva o conhecimento


científico sobre a realidade deve abarcar essas duas instancias. Além disso, o
conhecimento cientifico está amarrado ao momento histórico em que é construído, à
medida que não mais é suficiente para resolver os problemas ditados pelas
demandas histórico-sociais de sua época é substituído por outro igualmente
legítimo.

A psicologia social surge com o objetivo de resgatar o caráter social do


indivíduo presente desde o nascimento da psicologia como ciência nas obras de
Wundt. Porém esse caráter social da obra de Wundt não foi devidamente valorizado
e durante muito tempo só foram levados ao conhecimento do público às resultantes
da pesquisa experimental do pai da Psicologia.

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METODO E PESQUISA EM PSICOLOGIA SOCIAL

O métodos de pesquisa são os recursos que dispomos para determinar se


existe alguma congruência entre as nossas conjecturas e a realidade. Os métodos
devem ser considerados a partir das duas posições metacientíficas básicas
anteriormente discutidas, a naturalista e a hermenêutica. As indicações
apresentadas anteriormente devem ter sido suficientes para evidenciar que os dois
modelos metacientíficos representam duas maneiras distintas de conceber a
investigação psicológica. A partir da apresentação das características das pesquisas
quantitativa e qualitativa você deverá ser capaz de reconhecer a existência de uma
relação extremamente íntima entre o modelo naturalista e a investigação quantitativa
e entre o modelo hermenêutico e a investigação qualitativa.
Considere algumas das principais diferenças entre os métodos
quantitativos e qualitativos de investigação. Em relação aos métodos quantitativos
podemos dizer que eles se sustentam em algumas premissas básicas. Em primeiro
lugar, aceita-se a admissão de que o mundo opera de acordo com leis causais. Em
segundo lugar, aceita-se o ponto de vista fundacionalista de que os dados da
pesquisa se originam da observação sensorial. Enfim, privilegia-se a suposição de
que a realidade, por um lado, consiste em estruturas e instituições identificáveis
enquanto dados brutos e crenças e valores, por outro. Estas duas ordens se
correlacionam para fornecer regularidades e generalizações. Ora, se tudo isto for
aceitável é possível dizer que a pesquisa quantitativa procura essencialmente a
busca das relações não -casuais entre as variáveis independentes e variáveis
dependentes. A pesquisa qualitativa, por sua vez, preocupa-se com um nível de
realidade que não pode ser quantificado. Por esta via, o objetivo do pesquisador
passa a ser a busca de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e
atitudes. Com base nestes interesses pode-se destacar três grandes modalidades
de pesquisa qualitativa: uma primeira que busca descrever o conteúdo dos
fenômenos, uma segunda que busca identificar a essência ou a estrutura destes
fenômenos e uma terceira, voltada para o desenvolvimento de formas de
representação

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MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO EM PSICOLOGIA

Ora, se considerarmos as abordagens naturalista e hermenêutica como os


dois pólos de um contínuo, não nos parecerá difícil posicionar as distintas
modalidades de investigação psicológica em algum ponto deste eixo. Contudo, é
necessário esclarecer como é possível realizar uma investigação psicológica. Em um
sentido mais amplo, podemos diferenciar três estratégias distintas de obtenção de
dados na pesquisa psicológica:
1) experimentar - envolve a manipulação de determinados aspectos do
mundo natural com o intuito de identificar as relações não-contingenciais entre duas
ou mais variáveis;
2) observar - envolve o reconhecimento ostensivo da existência de
determinados objetos presentes no mundo natural e a suposição de que se é
possível esclarecer as relações porventura existentes entre os objetos; e
3) perguntar - supõe a possibilidade de se adentrar o universo conceitual do
interlocutor com o objetivo de circunscrever através de uma relação intersubjetiva o
sentido das ações humanas.

OS MÉTODOS EXPERIMENTAIS

No caso dos experimentos em psicologia social, a sua adoção se justifica


quando podemos supor que estão a se manifestar condutas nômicas. Mas o que são
condutas nômicas ? Podemos afirmar que se tratam de “comportamentos
enquadrados por normas e costumes sociais compartilhados por membros da
sociedade submetidos a processos de socialização semelhantes” (Kruger, p. 22).
Pensando assim, são comportamentos altamente previsíveis e que podem ser
submetidos a uma investigação experimental Poderíamos citar uma série de
comportamentos dotados de semelhante grau de previsibilidade e que podem ser
submetidos à investigação através da modalidade experimental: o prestígio social; o
comportamento em filas; a utilização do espaço em bares e restaurantes; as
posturas e gestos nos encontros sociais etc. Ao estudar fenômenos desta natureza
os psicólogos seguem alguns princípios básicos. Em primeiro lugar, há de se
identificar e posteriormente manipular as variáveis independentes, mensurar o efeito
desta manipulação nas variáveis dependentes, tendo-se previamente o cuidado de
se controlar o efeito das varáveis intervenientes e estranhas. Os experimentos
possuem algumas vantagens quando comparados a outros comportamentos sociais.
Em um certo sentido, eles parecem ser a única metodologia capaz de fornecer
algum indício acerca da direção da causalidade. Além disso, um experimento pode
ser replicado muitas vezes, introduzindo-se pequenas modificações, observando-se
então os resultados sistemáticos relativos a esta co-variação das condições.
Entretanto, podem ser apresentadas algumas objeções acerca da utilização da

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metodologia experimental no estudo dos comportamentos humanos. A principal


delas relaciona-se com um ponto que já discutimos anteriormente, que é o fato do
sujeito experimental fazer exatamente aquilo que é instruído pelo experimentador.
Outras objeções a respeito da experimentação perfazem críticas de natureza
técnicas, em especial a suposição de que quanto mais sofisticado e mais rigoroso
for um experimento mais ele perderia no plano da validade ecológica, de críticas de
natureza ideológica, ao se partir do pressuposto que a abordagem experimental
assume uma determinada concepção acerca da estabilidade e da previsibilidade
inerente ao mundo e de que isto levaria inevitavelmente a uma postura política de
manutenção do status quo e de críticas filosóficas, relacionadas sobretudo com a
admissão de que a utilização da metodologia experimental é inseparável da
aceitação da doutrina determinista e o abandono da suposição que os serem
humanos são dotados de liberdade.

ESTUDOS OBSERVACIONAIS

Nos estudos observacionais o investigador observa de uma forma


relativamente livre e natural o comportamento de alguém, com ou sem o
conhecimento de quem está sendo observado. Para se diferenciar a observação que
normalmente realizamos em muitas outras atividades daquela que visa a obtenção
de dados cientificamente significativos, podemos denominar a esta última de
observação sistemática.
Podemos considerar uma série de fatores que justificam a realização
de um estudo que envolve a observação sistemática:
1. quando se aceita a admissão de que um experimento poderá gerar padrões
de comportamento muito artificiais;
2. nas circunstâncias em que a observação é a única forma de se registrar o
comportamento, como, por exemplo, no caso de bebês muito pequenos; e
3. quando o experimento não pode ser realizado por justificativas de natureza
moral, por exemplo, no caso de estudos que envolveriam a privação em crianças.
Mas, afinal de contas, o que pode ser observado ? Certamente que nem tudo
pode ser observado. Os observadores precisam inicialmente definir o que e como
irão realizar as suas observações. Eles precisam definir os termos em que serão
realizadas as amostras de comportamentos a serem observados. Podemos
circunscrever, neste particular, três tipos de amostra: i) amostra temporal: observa-
se o que ocorre em determinados períodos. Por exemplo, entre 14 e 14:15 h; na
hora do recreio etc. ii) amostra pontual: observa-se exclusivamente o
comportamento de um dado indivíduo, passando-se para o seguinte apenas quando
o registro anterior estiver completo; e iii) amostra por evento: observa-se um tipo
específico de evento todas as vezes em que ele se manifesta. Por exemplo, registro
de lutas infantis, de episódios de interação social etc.

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Uma das principais características da observação sistemática é a de que ela


pode ser considerada um recurso extremamente impressionista e dependente dos
estados subjetivos do observador. Para lidar com esta dificuldade, e tornar mais
confiáveis os dados obtidos através da observação, os investigadores procuram
estabelecer a correlação entre os registros de vários observadores que fizeram as
suas observações em uma mesma circunstância. Esta correlação permite
estabelecer uma estimativa de confiabilidade inter-observadores. Assim, nas
circunstâncias em que esta estimativa é baixa, pode-se dizer que se manifestou um
forte viés do observador, sendo necessário tratar os resultados com uma cautela
extrema.

OBSERVAÇÃO NATURALÍSTICA

Muitas vezes a observação controlada deixa a desejar, sobretudo porque ela


é muito artificial e os comportamentos não ocorrem em um contexto em que eles se
manifestariam naturalmente. Em decorrência desta dificuldade, muitos
pesquisadores adotam a estratégia de realização de observações naturalísticas.
Estas observações são realizadas no contexto específico em que o comportamento
que se deseja estudar costuma ocorrer. Pensando assim, este tipo de observação
pode ser considerada mais realista e provavelmente possui uma taxa mais alta de
validade ecológica. Contudo, o observador deve fazer o possível para se tornar parte
do ambiente em que a observação está sendo realizada e isto não é muito fácil.
O principal problema com a observação naturalista reside na necessidade de
se definir claramente o sistema de registro e de classificação dos comportamentos a
serem observados. O problema pode ser considerado extremamente grave, uma vez
que ele não se localiza na acurácia ou na adequação do sistema de registro, mas
sim na suposição de que o simples fato de se estabelecer um sistema de
classificação já é o suficiente para se perder completamente a dimensão contextual
e as condições reais em que o comportamento se manifesta.

OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE

O princípio básico da observação participante assenta-se na noção de que se


você não pode observá-los, junte-se a eles . Neste caso, o grau de envolvimento do
observador com quem está sendo observado pode variar bastante. O observador
pode trabalhar a descoberto ou pode disfarçar os seus objetivos.

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ESTUDOS DE SELF-REPORT

A característica mais marcante dos métodos de self-report é a que neste caso


o psicólogo faz algumas indagações e o participante do estudo, ao responder à
pergunta do investigador, gera um auto-relato que pode ser considerado fidedigno e
válido.

Os métodos de self-report podem ser estruturados ou não-estruturados.


Quanto menos estruturado for o método, mais ricas serão as informações coletadas,
o pesquisador pode dizer o que pensa, a validade ecológica é alta e o investigador
pode adotar uma estratégia flexível na obtenção dos dados. No plano oposto, com a
adoção de um modelo mais estruturado de método de self-report, os dados podem
ser considerados mais verificáveis ou generalizáveis, o investigador não necessita
estar intensamente treinado ou possuir habilidades interpessoais dignas de nota, o
investigador está menos sujeito aos seus viéses pessoais, podendo adotar, ainda,
uma postura mais distante em relação ao objetivo do estudo.

O PROBLEMA DO DISFARCE DOS OBJETIVOS DA INVESTIGAÇÃO

Há uma suposição amplamente aceita na pesquisa psicológica de que o


investigador não pode deixar transparecer para o participante do estudo o
verdadeiro objetivo da investigação, sob pena de comprometê-la. Por que ? Pode-se
admitir que se o participante sabe o verdadeiro objetivo da investigação ele pode
dirigir as suas respostas para duas direções distintas. Ele pode, para agradar ao
pesquisador, responder não de acordo com o que pensa, mas de acordo com aquilo
que imagina que o pesquisador gostaria de encontrar. Por outro lado, o participante
do estudo pode, ao procurar demonstrar que os seus padrões de comportamento
fogem do convencional, modificar as suas respostas com a finalidade de mostrar ao
pesquisador que possui características individuais próprias. Além desses dois
aspectos, não podemos perder de vista o fato de que se as informações forem
potencialmente embaraçosas para o participante e se ele tiver clareza que as
respostas solicitadas pelo pesquisador se encaminham nesta direção, ele pode
modificar o teor das suas respostas.
Se tudo isto é verdadeiro, é perfeitamente natural que o pesquisador procure
disfarçar o verdadeiro objetivo da sua investigação. Quais as estratégias que podem
ser adotadas para atingir esta finalidade ?
1. inserir a questão de interesse no meio de outras questões indiferentes para
a investigação em questão; e
2. utilizar algum indicador mais objectivo concomitantemente à entrevista (por
exemplo, um medidor do potencial eléctrico da pele)

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Estas precauções, no entanto, não são suficientes para livrar o investigador


de algumas preocupações recorrentes quando se utiliza os diferentes métodos de
self-report. Na literatura especializada já se encontram isolados uma série de fatores
que são capazes de afetar os métodos de self-report. Eis alguns deles: a) gênero:
as pessoas respondem de forma mais positiva a investigadores do sexo oposto,
desde que as achem atraentes; b) origem étnica: as pessoas reagem mais
formalmente em relação aos membros de outros grupos étnicos do que em relação
aos membros do seu próprio grupo; c) formalidade do papel: o participante pode
considerar o pesquisador uma figura importante e ajustar a sua linguagem àquela do
investigador; d) subjetividade: pode existir uma química entre o pesquisador e
alguns participantes que favoreça a expressão de dados mais autênticos e
genuínos; e) desejabilidade social: o participante pode responder não o que acha,
mas sim o que imagina ser a resposta desejada pelo investigador; e f) pistas
avaliativas: o participante procura obter do pesquisador pistas e indícios a respeito
das suas respostas. Para lidar com esta situação o investigador deve evitar
expressar indícios que ensejem ao participante pensar que ele concorda ou discorda
com os pontos de vista expostos.
Podemos identificar dois tipos básicos de métodos de self-report: as
entrevistas e os métodos instrumentalizados.

ENTREVISTAS

A entrevista pode ser caracterizada em seu sentido mais amplo como um


processo de interação social entre duas ou mais pessoas onde uma procura obter
informações sobre a outra As entrevistas, como os demais métodos de self-report,
podem ser estruturadas e não-estruturadas. As estruturadas podem ser submetidas
a análise através dos métodos quantitativos, enquanto as não-estruturadas se
adaptam melhor a uma análise realizada através da metodologia qualitativa.
Quais são os principais tipos de entrevista adotadas pelos psicólogos ?
1. Não-diretiva: muito utilizada na terapia centrada no cliente. O seu objetivo
primordial não é o de obter dados, mas sim o de ajudar ao paciente.
2. Informal: voltada para a obtenção de dados, neste tipo de entrevista o
entrevistado é convidado a falar abertamente, enquanto o entrevistador escuta
pacientemente, apresentando no máximo alguns comentários
"inteligentes", evitando apresentar argumentos diretos.
3. Semi-estruturada: o entrevistador deve seguir um conjunto de questões
previamente definidas, mas ele o faz em um contexto muito semelhante ao de uma
conversa informal. O entrevistador fica atento, dirigindo no
momento que achar oportuno a discussão para o assunto que o interessa.

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4. Estruturada, mas aberta: existe um conjunto fixo de questões que o


entrevistador deve seguir, mas ele pode responder livremente a qualquer
questionamento feito pelo entrevistado.
5. Estruturada: existe um número fixo de questões, uma ordem apropriada
para a apresentação das mesmas e o entrevistador determina as possíveis
respostas que podem ser escolhidas pelo entrevistado.

INSTRUMENTALIZADOS: Alguns métodos de self-report confiam em


instrumentos psicológicos como o principal recurso para a obtenção dos dados da
investigação. Quais são os principais instrumentos utilizados pelos psicólogos para a
obtenção dos seus dados empíricos ?

QUESTIONÁRIOS: Os questionários são frequentemente utilizados em


surveys para a obtenção de dados sobre um amplo conjunto de questões, em
especial a respeito de determinados padrões de comportamento . Alguns temas são
tradicionalmente investigados através da aplicação de questionários: modalidades
de disciplina infantil; hábitos (alimentares; sexuais etc); atividades de lazer;
princípios morais; comportamento eleitoral etc

ESCALAS: As escalas são construídas com a finalidade primordial de


identificar posições relativamente permanentes ou habituais de uma determinada
pessoa a respeito de um dado assunto. Elas são construídas geralmente a partir da
definição de um conjunto de proposições sobre as quais o participante deve indicar o
seu grau de concordância ou discordância.

ESTUDO DE CASOS: Trata-se de um método que envolve o estudo


aprofundado de uma pessoa ou de um grupo de pessoas. A utilização deste método
justifica-se em uma série de circunstâncias:
a) casos incomuns. Na situação em que exista um número reduzido de
fenômenos semelhantes em estudo ou de que o número não permita uma
investigação de natureza quantitativa, o estudo de casos pode ser uma boa
alternativa;
b) contradição de uma teoria. De acordo com a perspectiva refutacionista que
discutimos anteriormente, um único contra-exemplo pode trazer sérios danos para
uma teoria firmemente estabelecida. Assim, pode-se utilizar o estudo de casos para
esclarecer este exemplo; e
c) coleção de dados. Se em uma determinada área de estudos existe um
número muito reduzido de exemplares submetidos a investigação, o estudo de
casos pode ajudar a preencher este espaço vazio, na medida em que através deste
método se é possível acumular uma quantidade razoável de casos que podem vir a
ser submetidos a uma análise posterior.

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CONCLUSÃO

Cheguei a seguinte conclusao:

Inicialmente podemos dizer que todos os métodos de investigação possuem


as suas vantagens e desvantagens. Se isto é aceitável, podemos afirmar ainda que
a escolha do método a ser adotado em uma determinada investigação depende
fundamentalmente de dois fatores: a natureza do problema a ser investigado e a
preferência pessoal do investigador

Se o investigador está preocupado com a busca das causas de um


determinado comportamento, se ele deseja trabalhar com dados mais objetivos ou
se a sua intenção é a de generalizar os resultados para outras situações além
daquelas em que as observações foram realizadas, ele deve preferencialmente
procurar o suporte nos métodos quantitativos de investigação. Se, no entanto, a
busca das intenções subjacentes aos atos dos agentes humanos ou se a procura
dos significados ocultos das ações humanas for o principal interesse do investigador
e se ele não tem a preocupação em generalizar os seus resultados para outras
situações que não aquela em que fez as suas observações, o investigador deve dar
preferência aos métodos qualitativos de investigação.

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BIBLIOGRAFIA

O conteúdo deste trabalho não é da minha inteira autoria, sendo que


puderam encontrar alguma semelhança entre este e outros trabalhos,
anteriormente feitos.

Este material destina-se a uso puramente educacionais.

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