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Economia com Destaque para a Microeconomia.- Resumos -


1ANO, 1 Semestre
Economia Politica (Universidade Autónoma de Lisboa)

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Economia com Destaque para a


Microeconomia
~Primeiro Capítulo~

Economia Política – A ciência económica que estuda o


comportamento dos indivíduos, distinguindo-se de outras ciências
Ciência Económica – É a ciência que consiste na análise da Produção,
Distribuição e Consumo de bens e Serviços.
↳ Parte de um RACIOCINIO ECONÓMICO que se baseia numa
Análise da escolha racional

Análise Económica ➝ é o processo de decomposição de um fenómeno


em diversos constituintes, a fim de obter uma melhor compreensão. Isto
pode aplicar-se ao comportamento humano.
Ex:. Ciência Política

As Questões Económicas afetam a vida Humana

Forma Direta Forma Indireta

Devido à criação de riqueza e à sua Distribuição que embora tenha as


suas oscilações, pretende ter alguma equidade.

Positivismo Económico: ramo da economia que pretende descrever e


explicar os fenómenos económicos, focando-se em factos observáveis e
nas relações CAUSA-EFEITO, baseando-se na análise e na verificabilidade

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das questões. Assim as Afirmações verificáveis podem ser VERDADEIRAS


ou FALSAS.

Leis Económicas → Aplicam-se ao comportamento de pessoas que não


têm um propósito, uma intenção, procurando influenciar o mundo
material e outros indivíduos.

Atividades económicas → Supõe a existência de relações entre os


fenómenos, existindo uma interação entre INDIVIDUOS-NATUREZA.

Conhecimento Economico → Pretende que se evidencie as relações


entre INDIVIDUOS-NATUREZA e são determinados por um grande
número de variáveis (de difícil previsão).

Necessidade de distinguir a VERDADE de uma LEI da sua


APLICABILIDADE

Verdade de uma lei → Depende da lógica do raciocínio e a sua


aplicabilidade depende da verificação das condições e pressupostos,
necessário à existência da lei.

HOMEM → Vive num mundo de Escassez, em que é necessário


esforço para obter os bens necessários, que são ilimitados, devido à
sucessiva / excessiva procura. Assim podemos verificar que através do
Consumo e da aquirição de bens o homem adquire a sua felicidade,
atuando inconscientemente (por vezes) em conformidade com esses
sentimentos.
Conhecimento Científico → É a forma do saber, produzido através do
raciocínio lógico, testado pela experiência empírica.

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O conhecimento tem 3 ramos essenciais:


1. NEUROECONOMIA – Tenta combater a falta de compreensão do
comportamento na tomada de decisões
(contribuiu para a construção de modelos mais precisos no que toca à
tomada do processo decisório).
2. SOCIOLOGIA – estudo científico das sociedades humanas e dos factos
sociais.
3. ECONOMIA COMPORTAMENTAL – Estuda os efeitos de fatores
psicológicos, sociais e cognitivos, no que toca à tomada de decisões de
indivíduos e instituições.
De um modo geral, o impacto de diferentes tipos de comportamentos,
em diferentes tipos de ambientes).

↳ Experiência empírica: Conhecimento/recolha de dados que é


adquirido através da experiência.
↳ Raciocínio lógico distingue-se em 3 tipos:
1. Dedução – Determina a conclusão, usando a regra e a
premissa.
2. Indução – Determina a regra, em que a premissa antecede a
conclusão.
3. Abdução – Determina a premissa, que se utiliza a conclusão e
a regra para defender a premissa.

Assim, a lógica que estuda as relações entre as variáveis, baseia-se nos


Juízos. Juízos sintéticos, que diferem dos juízos de valor.

Método científico → Apura Descobrir a verdade.

PROCEDIMENTO:
1. Parte da observação da realidade _ 2. para a Identificação _ 3. De
seguida, para a Descrição _ 4. Posteriormente para a Investigação

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experimental_ 5. e por último, para o Desenvolvimento de um


fenómeno.

Técnicas: Exatas, objetivas e sistemáticas → desenvolvidas através de


regras que forma conceitos para a condução de observações que
conduzem à realização de experiências, contudo, não consegue explicar
a realidade absoluta, permitindo de forma provisória a interação com o
mundo, sustentado no conhecimento. Conhecimento esse que é parcial,
dedutivo e dinâmico, que permite previsões futuras e a criação de
mecanismos que intervenham sobre os mesmos.
(O conhecimento científico não é certo, estando sujeito a falhas.)

Assim, a Ciência revela os resultados a que se chega evidenciando o seu


método, permitindo que os outros possam desenvolver as suas próprias
conclusões, podendo mesmo chegar a conclusões contrárias, pois o
conhecimento é provisório, não definido, estão em constante evolução.
Nesse sentido a VERDADE é analiticamente verificável quando se
compreende logo à partida, sendo só evidente quando manifesta a sua
certeza, sendo recebida com contestação pelo espírito, que se adquire
através da “intuição intelectual”.
Já a TEORIA é a dimensão da ação que nos aponta uma direção quanto
ao que devemos fazer.

Teoria científica: utiliza-se os juízos de existência que são objetivos e


que partem do real, constituindo a ciência, apenas explica, não condena.

O Normativismo Económico permite que um argumento pode ser


formulado objetivamente.
↳ Afirmação Normativa – determina o que “deve ser”
(expressam uma opinião individual ou coletiva sobre um assunto e
não se pode provocar a sua verificabilidade através de factos.
Depende de pessoa para pessoa, e tem um carácter subjetivo, ou
seja, não é cientificamente testável, distinguindo-se por evidencias

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factuais e juízos de valor. Facilmente se cai na armadilha do


conhecimento comum, falacioso, parcial, quando se utiliza o
argumento normativo).
↳ Economia Normativa – é uma análise baseada em juízos de
valor

Métodos seguidos pelo espírito:


1. Método Dedutivo: É a modalidade do raciocínio lógico que faz
uso da dedução para chegar a uma conclusão.
Ex:. Método Matemático
(Método seguido pelos economistas clássicos e Neoclássicos).
Quando os dados não correspondem á verdade o rigor do
tratamento matemático não tem potencial para tornar as
conclusões verdadeiras.
↳ Método Dedutivo Formal – Orienta a economia ortodoxa
(neoclássica)
2.. Método Indutivo: baseia-se na indução de vários casos
particulares que leva a uma conclusão/verdade geral.
Ex: Método Histórico; estatístico.
(passa-se do facto aos fenómenos, sendo estes o que há de
comum nos factos). Vai do particular para o geral.
Atomismo Social – unidades explicativas de análise social, que
traduz o Individualismo Metodológico.

- Algo que é logicamente dedutivo tem por base definições, resulta da


observação da realidade e introspeção (escolhas do individuo).
Dedução Lógica é a forma de raciocínio que parte de uma
sentença que passo a passo leva a uma conclusão.
Assim um Axioma é um pressuposto de onde se parte o sistema
dedutivo, provado, mas não assumido como verdadeiros. (Provoca
afirmações menos obvias).

Dados empíricos – podem parecer contrários a determinar leis


económicas, sem que leve a rejeição da lei.

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Aparente falsificação (lei da economia) – significa que os pressupostos


em que se baseia a lei ou teoria não se verifica.
(TEM QUE SE TER EM ATENÇÃO OS PRESSUPOSTOS)

Ciências Naturais → estudam aspetos do mundo natural, explicando a


relação com o consciente e com a razão, determinando as decisões dos
indivíduos, que são movidas pela emoção, pelos fatores biológicos,
sentimentos e contextos.

Juízos ➥ Juízos Sintéticos ou Juízos de experiência – são considerados


independentes dos valores de natureza moral, ética, religiosa ou social –
não referem o dever, e descrevem.
➥ Juízos Analíticos – em que o predicado B pode estar contido
no sujeito A. É extraído por pura análise.
(O predicado explicita ou explica o sujeito).
➥ Juízos de Valor – são subjetivos e variam de pessoa para
pessoa, traduzindo-se na opinião, que varia através do conhecimento,
valores, crenças e interesses, Têm um padrão que se baseia na Norma
Moral, Ética e Social, que varia Diacronicamente e espacialmente.
➥ Juízos Lógicos – Existe um sujeito que atribui um predicado
que se domina de proposição, podendo atribuir o valor de Verdadeiro ou
Falso. Podendo diferir das Normas Normativas, em que se expressa o
que deve ser.
Assim a equação pessoal passa por um conjunto de conhecimentos, de
valores e crenças pessoais, que fundamentam as ideologias do progresso
pessoal, podendo considerar que estas crenças se alteram consoante o
conhecimento e a experiência vivida. Logo, o individuo é influenciado por
esses valores que se encontram intrínsecos ao sujeito, condicionando o
seu comportamento com o meio envolvente
Em geral, podemos averiguar que o sujeito age em conformidade com
as suas emoções, que segundo Richard Thaler viola a Teoria neoclássica,
e pela cultura, que se apreende através do contacto direto e indireto,
definindo o comportamento individual de cada sujeito.

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(Teoria Neoclássica- A racionalidade e o sentimento não se misturam.)

Assim a atuação da pessoa nunca parte só da parte racional, objetiva ou


emotiva. O comportamento do ser humano não é dicotómico entre o
racional e emocional como a Dicotomia cartesiana, contudo abrange
sempre 2 âmbitos.
A doutrina, baseia-se em ideias que devem ser ensinadas, e é a partir
dos juízos de valor que qualificam atos relativamente a um fim, partindo
de alguns juízos de existência, desenvolvendo conceitos de justiça
distributiva e equidade, que é pertencente ao MUNDO MODERNO.

Falácias
As falácias distorcem o pensamento científico, logo o cientista deverá
afasta-los para chegar a uma conclusão, sendo esta objetiva.
As falácias visão o pensamento, e dificultam por vezes a chegada a
conclusões.
Tipos de falacias:
1. Falácia da composição: verifica-se quando a analise é feita para um
nível e é considerado geral, não sendo necessariamente válida para
outro nível mais amplo
2. Falácia Pos Hoc: verifica-se quando a partir de 2 acontecimentos se
tira uma conclusão, sem haver uma relação CAUSA-EFEITO. Acontece
com as superstições.

Relação CAUSA-EFEITO: relação entre 2 acontecimentos, sendo o


segundo acontecimento uma consequência do primeiro.

DIFERENTE

Relação Causal e correlação: A correlação de 2 eventos implica


que um evento tenha causado a ocorrência de outro

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3. Falácia dos Termos coletivos: verifica-se quando se utiliza termos que


são considerados abstrações. O comportamento é sempre individual,
embora seja influenciado pelas multidões.
- Esta falácia conduz o comportamento negativo fruto da ignorância e
de preconceitos.
4. Falácia do Badwagon Effect (falácia de seguir a maioria, falácia da
autoridade de muitos, apelo da maioria): verifica-se quando uma
preposição é verdadeira porque é aceite pela maioria. Esta atitude está
em desacordo com a realidade e revela uma falta de espírito crítico.
5. Falácia de que o orçamento equilibrado é sempre bom: Traduz a ideia
de que é sempre benéfico para a economia o orçamento equilibrado.
Assim o Défice orçamental (aquilo que falta numa conta, para completar
determinado valor ou para alcançar certa identidade numérica, isto
relativamente ao orçamento). Sendo assim benéfico para a economia,
criando estímulos ao consumo, havendo maior produção e por
consequente maior empregabilidade, que se traduz numa maior venda e
poder de compra.

Formação da Declaração Positivista


“ SE A, ENTÃO B”

Construção → previsão positivista “se-então” → pode ou não ser


correta
A precisão não afirma necessariamente a Positividade
As previsões dos economistas podem divergir, usando a mesma
metodologia. Os economistas podem concordar que um evento A pode
causar o evento B, mas discordam sobre a pressuposição de que o
evento A irá efetivamente ocorrer.

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Modelos:
Um modelo é uma representação simplificada da realidade, usada para
compreender a relação da CAUSA entre variáveis ou categorias.
Descreve o funcionamento de um sistema económico, exprimindo-se
num conjunto de equações, que exprime as relações.
↳ objetivo: construir uma abstração das complexidades do mundo
real, tornando os acontecimentos compreensíveis, existindo uma
captação das relações da CAUSA-EFEITO entre as variáveis.

Para se construir um modelo parte-se de um pressuposto não


considerado real, adequando o modelo às previsões.
Assim, com a generalização + a abstração, consegue-se chegar a um
modelo. Deste modo, não se descreve a realidade, mas extraísse as
relações essenciais entre os fenómenos que se baseiam em relações
uniformes e continuas.
Nesse sentido, as leis económicas são condicionadas pelos pressupostos
de onde se parte.

Na formação das leis e princípios tem de se ter em conta a hipótese


simplificadora, que se afaste da realidade, considerando assim todos os
fatores.

Desenvolver um modelo
1º - identificar o problema
2º - identificar variáveis necessárias para formular o modelo → a partir
disso pode-se tentar explicar o problema que estudamos
3º - simplifica-se o modelo → implica a remoção / eliminação de
algumas variáveis (a priori menos importantes)
4º- Obtêm-se os resultados, testam-se e verifica-se se o modelo se
ajusta aos dados.

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se se ajustar: confirma-se/aceita-se a conclusão: Valida-se a teoria


se não se ajustar o modelo é rejeitado, recomeçando o estudo.

Os modelos são imperfeitos e não podem ser modelizados em


equações.

A Cláusula Ceteris Paribus


Na formação de um modelo, assume-se as variáveis “estáveis”

Ceteris Paribus
Que significa que enquanto algumas
variáveis se alteram e todas as
outras permanecem constantes.

Distinção entre Correlação e Relação causal

Um modelo é válido apenas se existirem relações causais


entre as variáveis

⇂ ⇂

Dependentes Independentes Explicadas Explicativas

Relação Causal → Define-se como uma relação na qual um fenómeno é


consequência de outro.

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Nas causas de apenas existência de correlação as variáveis podem variar


no mesmo sentido e no sentido contraditório. (não são causa de outra).
Correlação → Dependência entre duas variáveis.

Racionalidade Económica
Os constrangimentos externos e internos
Constrangimentos externos condicionam em certa parte os
acontecimentos internos em certa parte.
Os constrangimentos sociais estão inseridos nos constrangimentos
externos, já os constrangimentos internos, são limitações das decisões.

O conceito “As if “ de Milton Friedman



“como se “ → A economia deve basear-se em
pressupostos mesmo irrealistas

comportamento dos indivíduos é imprevisível
e age de acordo com as suas emoções e
sentimentos.

Framing Effect – efeito provocado no comporta-
mento dos indivíduos pela forma como é
apresentado um assunto.

O Princípio da Racionalidade

A metáfora da “mão invisível” e a harmonia de interesses. As meta-


externalidades

Princípio da racionalidade → O sujeito procura aumentar o seu prazer, a


sua utilidade, a sua satisfação, o seu interesse e minimizar o custo e
todos os sentimentos que lhe causam o desprazer. Os indivíduos
preocupam-se com a sua imagem/reputação e nesse sentido
desenvolvem-se atividades com sinais das suas características.

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Atividade do procedimento. Os valores morais e o Ultimatum Game


Os indivíduos não valorizam apenas os resultados das suas ações, mas
também o modo como as mesmas são obtidas, aceitando resultados
inferiores se no seu processo tenha utilizado a Ética e a Equidade.
Designando-se assim Ultimatum Game.

Ética: Análise das razões que orientam a maneira de agir do ser humano.

Equidade: senso de justiça, que trata da igualdade. Opinião e na correção


do modo de agir.

No âmbito Político e social os resultados são mais eficazes se forem


compreendidos pela sociedade. Isto a Nível MICROECONOMICO (em que
é definido como um problema de divisão de recursos escassos em
relação a uma serie possível de fins. Estuda o comportamento individual
de consumidores e firmas mais a distribuição da produção e rendimento
entre eles) e MACROECONOMICO (é uma das divisões da ciência
económica dedicada ao estudo, medida e observação de uma economia
Regional ou Nacional, como um todo individual).

O Interesse Próprio e as Previsões


Modelo Geral que tem um conjunto ilimitado de características próprias
do comportamento humano, provém da racionalidade do individuo e da
resposta/reação a estímulos de qualquer natureza.
Contudo o indivíduo tem preferências transitivas.

Os indivíduos são criadores


Os indivíduos podem fazer mudanças no meio e conseguem perceber
as consequências das suas ações, criando por consequências novas
oportunidades.
Assim, os indivíduos habituam-se a Novas Leis e às normas jurídicas que
mudam de sociedade para sociedade, permitindo que o individuo faça
previsões.

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Os perigos no caminho atual do pensamento económico


Os modelos são ferramentas importantes que devem ser manuseadas
com cuidado e que ajudam a prever o impacto das mudanças.
Nesse sentido o Pensamento económico visa evitar erros de raciocínio

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