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ROTEIRO DA AULA:
• Conceito de Ciência
• Peculiaridades das Ciências
• Tipos de Conhecimento
• Métodos Científicos
• Referências
Filosofia da Ciência
Conceito de Ciência
Conceito de Ciência
• Marconi e Lakatos (2019), apresentam várias classificações para a ciência, mas destacam
a seguinte:
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Ciência Social
➢ A rigor, não existe uma única ciência, mas uma multiplicidade de ciências. Dentre
elas, estão as ciências sociais, que tratam dos aspectos relacionados com o
comportamento humano ao longo do tempo e como esses comportamentos
podem influenciar a estrutura da sociedade.
➢ O cientista social precisa deixar de lado seus sentimentos e valores pessoais, pois
são subjetivos.
➢ O cientista social, ao estudar a sociedade, estará estudando algo de que faz parte.
➢ Ante aos fatos sociais, o pesquisador não é capaz de ser absolutamente objetivo.
Ele tem suas preferências, inclinações, interesses particulares, caprichos,
preconceitos, interessa-se por eles e os avalia com base num sistema de valores
pessoais.
➢ É preciso admitir que o princípio da objetividade não pode ser rigidamente
aplicado às ciências sociais.
➢ As ciências sociais lidam com fenômenos que não são tão facilmente
quantificáveis quanto dos das ciências naturais.
➢ O comportamento social é complexo e muito mais mutável que o comportamento
de rochas metais ou gases.
➢ Os fenômenos sociais não podem ser quantificados com o mesmo nível de
precisão observado nas ciências naturais.
➢ Isto não significa, porém, que seja impossível mensurá-los.
CONHECIMENTO POPULAR
CONHECIMENTO FILOSÓFICO
CONHECIMENTO RELIGIOSO
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
• Reflexivo – estando limitado pela familiaridade com o objeto, não pode ser reduzido a
uma formulação geral;
• Verificável – visto que está limitado ao âmbito da vida diária e diz respeito ao que se
pode perceber no dia a dia;
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• Falível e inexato – se conforma com a aparência e com o que se ouviu dizer a respeito
do objeto. Em outras palavras, não permite a formulação de hipóteses sobre a existência
de fenômenos situados além das percepções objetivas.
• Valorativo – seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não podem ser submetidas
à observação: as hipóteses filosóficas baseiam-se na experiência e não da
experimentação;
• Infalível e exato – visto que, quer na busca da realidade capaz de abranger todas as
outras, quer na definição do instrumento capaz de apreender a realidade, seus
postulados, assim como suas hipóteses, não são submetidos ao decisivo teste da
observação (experimentação).
I. é valorativo, pois seu ponto de partida consiste em hipóteses que não poderão ser
submetidas à observação.
II. é não verificável, já que os enunciados das hipóteses filosóficas, ao contrário do que
ocorre no campo da ciência, não podem ser confirmados nem refutados.
III. é racional, em virtude de consistir num conjunto de enunciados logicamente
correlacionados.
IV. é falível e não exato, já que, quer na busca da realidade capaz de abranger todas as
outras, quer na definição do instrumento capaz de apreender a realidade, seus
postulados, assim como suas hipóteses, são submetidos ao decisivo teste da
experimentação.
Estão corretos os itens:
a) I, II, III e IV
b) I, II e III, apenas
c) II, III e IV, apenas
d) III e IV, apenas
Associe a segunda coluna de acordo com a primeira e, depois, assinale a alternativa que
apresenta a sequência correta:
a) 1 – 3 – 2 – 4
b) 4 – 2 – 3 – 1
c) 4 – 1 – 2 – 3
d) 2 – 3 – 4 – 1
e) 1 – 4 – 3 – 2
• Método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança
e economia, permite alcançar o objetivo de produzir conhecimentos válidos e
verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões
do cientista.
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• Métodos de abordagem:
➢ Constitui uma abordagem mais ampla, com um nível de abstração mais elevado,
dos fenômenos da natureza e da sociedade. Entre eles: indutivo, dedutivo, dentre
outros.
• Métodos de procedimento:
Métodos de Abordagem
Método Indutivo
• Proposto pelos filósofos empiristas (Bacon, Hobbes, Locke, Hume), para os quais o
conhecimento é fundamentado exclusivamente na experiência (GIL, 2021, p. 11-12).
• Caracterização:
• Exemplo:
O corvo 1 é negro.
O corvo 2 é negro.
O corvo 3 é negro.
O corvo n é negro.
(Todo) corvo é negro.
Método Indutivo
• O que aconteceria se
encontrássemos um corvo
albino?
• Exemplo:
Pedro, José, João... são mortais.
Ora, Pedro, José, João... são homens.
Logo, (todos) os homens são mortais.
Ou:
O homem Pedro é mortal.
O homem José é mortal.
O homem João é mortal.
[...]
(Todo) homem é mortal.
• Principal crítica ao método indutivo: tem foco no “salto indutivo”, isto é, a passagem de
“alguns” (observados, analisados, examinados etc.) para “todos”, incluindo os não
observados e os inobserváveis.
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• Já nas ciências sociais, o uso desse método é bem mais restrito, em virtude da
dificuldade para se obter argumentos gerais, cuja veracidade não possa ser colocada em
dúvida.
➢ Exemplo: na Economia, têm sido formuladas leis gerais, como a lei da oferta e da
procura e a lei dos rendimentos decrescentes.
Método Dedutivo
e Indutivo
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• Dedutivo:
Todo mamífero tem um coração.
Ora, todos os cães são mamíferos.
Logo, todos os cães têm um coração.
• Indutivo:
Todos os cães que foram observados tinham um coração.
Logo, todos os cães têm um coração.
• Característica 1:
➢ No argumento dedutivo, para que fosse falsa a conclusão “todos os cães têm um
coração”, uma das premissas ou as duas premissas teriam de ser falsas: ou nem
todos os cães são mamíferos ou nem todos os mamíferos têm um coração.
➢ Por outro lado, no argumento indutivo é possível que a premissa seja verdadeira
e a conclusão falsa: o fato de não ter, até o presente, encontrado um cão sem
coração não é garantia de que todos os cães tenham um coração.
• Característica 2:
➢ Quando a conclusão do argumento dedutivo afirma que todos os cães têm um
coração, está dizendo alguma coisa que, na verdade, já tinha sido dita nas
premissas; portanto, como todo argumento dedutivo, reformula ou enuncia de
modo explícito a informação já contida nas premissas. Dessa forma, a conclusão,
em rigor, tem de ser verdadeira se as premissas o forem.
➢ No argumento indutivo, por sua vez, a premissa refere-se apenas aos cães já
observados, ao passo que a conclusão diz respeito a cães ainda não observados;
portanto, a conclusão enuncia algo não contido na premissa.
• O método hipotético-dedutivo foi definido por Karl Popper a partir de críticas à indução.
➢ A indução, no entender de Popper, não se justifica, pois o salto indutivo de
“alguns” para “todos” exigiria que a observação de fatos isolados atingisse o
infinito, o que nunca poderia ocorrer, por maior que fosse a quantidade de fatos
observados.
Segundo Cervo e Bervian (2002, p. 23), método “é a ordem, que se deve impor aos
diferentes processos necessários para atingir um certo fim ou um resultado desejado. Nas
ciências, entende-se por método o conjunto de processos empregados na investigação e
na demonstração da verdade”.
Tomando-se como base as considerações dos autores, numere a 2ª coluna de acordo com
a 1ª no que tange aos diferentes tipos de métodos.
a) 3-2-1-4
b) 1-4-3-2
c) 2-4-3-1
d) 4-2-1-3
e) 3-4-1-2
a) Método dedutivo.
b) Método dialético.
c) Método hipotético dedutivo.
d) Método indutivo.
e) Método monográfico.
Métodos de Procedimento:
• Exemplos:
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• Sua ampla utilização nas ciências sociais deve-se ao fato de possibilitar o estudo
comparativo de grandes grupamentos sociais, separados pelo espaço e pelo tempo.
➢ Assim é que podem ser realizados estudos comparando diferentes culturas ou
sistemas políticos.
• Exemplos:
• Exemplos:
➢ Verificar a correlação entre nível de escolaridade e número de filhos;
➢ Pesquisar as classes sociais dos estudantes universitários e o tipo de lazer
preferido pelos estudantes de 1º e 2º graus [hoje, estudantes de ensino
fundamental e médio].
A sequência correta é:
a) 1-4-3-5-2
b) 3-4-1-5-2
c) 3-5-2-1-4
d) 4-3-2-5-1
e) 4-3-5-1-2
Referências
GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 7. ed. São Paulo: Atlas,
2021.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica. 7. ed. São
Paulo: Atlas, 2019.
OLIVA, Alberto. Filosofia da Ciência. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.