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História

Henry Thomas Buckle nasceu em 1822

Vem de uma família de comerciantes, mas se nega a suceder os negócios

Abandonando os estudos aos 14 anos, passa a se dedicar a leitura de diferentes obras


que mais tarde influenciariam seu material historiográfico.

Sua grande ambição era escrever um livro sobre a história da civilização, essa ideia
acaba por moldar-se no História da Civilização na Inglaterra

Em 1840, após a morte do pai inicia a escrita de sua obra

Morre em 1861, aos quarenta anos durante uma viagem pelo Oriente Médio

Contexto histórico

A historiografia inglesa se via dominada por um Moralismo Vitoriano – a história


deveria ser uma moral, o passado um exemplo.

Buckle se inspira em Comte

Para Buckle a historiografia deveria se opor a moralidade para se tornar uma ciência, o
passado não deveria ser belo ou de exaltações, tão pouco um exemplo a ser seguido,
mas real. Buckle condena a antiga forma de se fazer história, combatendo a visão
historiográfica e o próprio historiador que se contenta a narrar fatos da vida de um
homem, sem que uma análise mais profunda seja feita, o aspecto cronista da história,
como também moral.

Comte critica a historiografia centrada no Estado ou grandes homens

Buckle, por sua vez, irá não só criticá-la, mas também o moralismo vitoriano. Para ele a
historiografia deveria generalizar-se, aprender a olhar para um todo, e assim desvendar
o passado.

Ao mesmo tempo que Buckle é contra a moralização da história, ele se contradiz a


aplicando em sua obra História da Civilização da Inglaterra, ao colocar seu país como
modelo civilizatório. O modelo agora não é um homem, mas um povo, o que não deixa
de ser problemático.

Estrutura do livro e ideias

Dividido em dois volumes, o livro de Buckle serve como o que define, um manual. Em
seu primeiro volume o autor regressa a assuntos gerais da história, ao mesmo tempo que
tenta formular métodos que levariam um povo da barbárie à civilização, conceituando
desse modo o caminho para o progresso através do conhecimento

A história da historiografia

A história como ciência

Os fatores que influenciam o avanço de um povo rumo ao progresso, a civilização

A influência da natureza da tomada de decisões na humanidade

Sua obra coloca a Inglaterra como modelo civilizatório

O segundo volume passa a se centra em contra exemplos, apontando a Espanha e a


Escócia como lugares contrários ao progresso, dado sua maior proximidade a
superstição.

Buckle compara esses dois países ao continente americano pré-conquista, em que o


espaço se encontrava dominado por um estado de “selvageria”. Tais locais estariam
repletos por crenças supersticiosas, o que acabava por afastá-los do processo
civilizatório. Esses países estariam próximos desse estado uma vez que seu território se
encontrava ainda em grande parte sob o domínio do mundo natural, sem grandes
edificações de destaque. A superstição atrasa o progresso, e por consequência impede o
processo civilizatório. Quanto mais isolado o homem, mais vulnerável ele se encontra
de abraçar crenças contraditórias, mais próximo assim de aderir a superstição. Com base
nisso se faria sua distinção entre cidade e campo, em específico entre o homem da
cidade e o homem do campo. Para ele o homem do campo era sinônimo de atraso, uma
vez que visto em seu isolamento ele estaria adepto a crenças místicas, a cidade seria
uma fortaleza, um lar da razão, em grande parte por ser um aglomerado de indivíduos.
Para Buckle a superstição é a principal fonte de atraso e é isso que diferencia a Europa
de outras regiões ao qual considera menos civilizadas.

A superstição é um sinal de atraso

Cidade e campo – progresso e superstição. Quanto mais isolado o homem, mais


propicio está a aceitar o misticismo.

Clima, alimentação, solo – ciclo

O conhecimento só pode ser construído com o conforto, quando o homem não escapa
empenhado em lutar pela própria sobrevivência.

O conforto provém do acúmulo de riquezas

Plantar além do consome – acumular riquezas – conseguir conforto – com o conforto se


produz conhecimento, visto que a mente não estará mais focada em uma luta pela
sobrevivência, mas sim terá tempo para reflexões.

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