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20/05/2019 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.

Módulo 5:

(A) Avaliação da inteligência segundo a abordagem psicométrica

Leitura Obrigatória:
GOULART, I. B. Piaget: experiências básicas para utilização pelo professor. 25ª. Ed. –
Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

Leitura para Aprofundamento:


PIAGET, Jean. Seis Estudos de Psicologia. Trad. Maria Alice Magalhães D’Amorim e Paulo
Sérgio Lima Silva. 24ª. Ed. - Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003.

Com a finalidade de descrever as habilidades intelectuais do indivíduo, compreender como o


sujeito pensa e constrói o conhecimento, Piaget utilizou como método de investigação o método
clínico. O objetivo do método clínico piagetiano é compreender como o sujeito pensa e a forma
como resolve situações-problema, de que maneira responde às questões elaboradas. O enfoque
está em compreender como e quando o sujeito utiliza determinado conhecimento e no processo
que o leva a dar uma determinada resposta. Portanto, a resposta “errada” pode ser uma forma
de raciocínio do sujeito em determinado momento de seu desenvolvimento e isso deve estar
bem claro para o adulto. Dessa forma, o método clínico de Piaget tem como pressuposto uma
avaliação da inteligência a partir de uma abordagem psicogenética (avaliação dos processos de
desenvolvimento da inteligência), que difere da maneira mais tradicional utilizada em psicologia,
à abordagem psicométrica (avaliação ou quantificação das respostas corretas dadas pelo sujeito
ao exame).

A seguir, apresentamos as principais diferenças entre as duas abordagens:

Abordagem psicométrica – o primeiro teste de inteligência em uma perspectiva psicométrica,


foi elaborado em 1905, pelos psicólogos franceses Theodore Simon (1872-1961) e Alfred Binet
(1857-1911). Alfred Binet nasceu em 8 de julho de 1857 (Nice) e faleceu em 28 de outubro de
1911 em Paris. Psicólogo e pedagogo renomado pelos estudos da inteligência pela psicometria,
foi o primeiro a elaborar testes psicométricos para avaliação o quociente intelectual (QI).

Este teste, de caráter verbal e elaborado em grau crescente de dificuldade, visava obter o
Quociente Intelectual (QI). Ao longo dos anos surgiram outros testes na tentativa de aperfeiçoar
os critérios de medição da inteligência. Em 1939, David Wechsler (1896-1981) psicólogo
americano, desenvolveu um dos mais importantes testes para avaliação clínica de capacidade
intelectual: a Escala de Inteligência para Crianças (WISC) e a Escala de Inteligência para
Adultos (WAIS).

O objetivo dos testes psicométricos é a mensuração das habilidades mentais. A aplicação dos
testes é feita por meio do controle de variáveis ambientais, rapport com o examinador, controle
por meio de um manual com: perguntas específicas a serem feitas, respostas padronizadas a
serem dadas pelo sujeito e controle do tempo (cronômetro). Para que não haja interferência no
desempenho do sujeito é necessário, portanto, a padronização do material e o controle do
ambiente.

Abordagem psicogenética – o objetivo é investigar a forma como o sujeito pensa e resolve


determinadas situações que lhe são apresentadas. O controle está no entendimento das
respostas e instruções (controle psicológico), ao invés da padronização das mesmas e das
situações externas (controle fisicalista). O investigador, nessa perspectiva, está interessado em
compreender o processo que leva um sujeito a esta ou àquela resposta. Para isso deve ter
amplo conhecimento da teoria piagetiana, que irá nortear as perguntas que irá fazer durante a
aplicação das provas bem como a maneira como irá avaliar as respostas dadas pela criança.
Assim, todas as respostas dadas pelo sujeito são interpretadas com a finalidade de entender o
processo que as gerou e as diferenças individuais não são avaliadas como indicadores de

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inteligência - como na abordagem psicométrica - e sim como indicadores do estádio do


desenvolvimento cognitivo em que o sujeito se encontra.

Atividades recomendadas:

1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, para aprofundar os estudos sobre as
diferenças dos métodos de avaliação da inteligência na abordagem psicométrica e na
abordagem psicogenética.

2) Levante informações por meios tradicionais ou eletrônicos sobre os estudos já realizados


sobre a avaliação da inteligência na psicologia.

3) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício:

Vamos supor que você é um psicólogo e trabalha em uma escola de educação infantil e ensino
fundamental. Há poucos dias, uma professora lhe procura com a queixa de que alguns alunos
estão com dificuldade na área da alfabetização. A fim de conhecer essas crianças e os seus
respectivos desempenhos, você decide aplicar algumas provas operatórias de Piaget. A
professora não conhece essa proposta de avaliação e pede para você explicar os princípios das
mesmas.
Com relação ao método de investigação proposto por Piaget, você responderia à professora que
o Método Clínico consiste em: (assinale a alternativa correta)
a) Um estudo detalhado e sistemático da personalidade da criança, analisando as etapas de
desenvolvimento infantil: período sensório-motor, pré-operatório e operatório.
b) Um estudo da lógica infantil, com objetivo da divisão do desenvolvimento em etapas, a
saber: pré-operatória, operatória concreta e formal.
c)) Estudo detalhado e sistemático da percepção e da lógica infantil com especial destaque ao
processo de equilibração.
d) Conjunto de provas e testes de mensuração da inteligência infantil, com objetivo de
classificar as crianças em diferentes grupos: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto
e operatório formal.
e) Conjunto de provas classificatórias e operatórias de avaliação de desempenho da criança para
atender às demandas educacionais.

A alternativa correta é a (C). O método clínico de Piaget não consiste em um conjunto de provas
e testes de mensuração da inteligência infantil ou um estudo detalhado e sistemático da
personalidade da criança e sim em um estudo detalhado e sistemático da percepção e da lógica
infantil com especial destaque ao processo de equilibração.

(B) A avaliação da inteligência segundo a abordagem psicogenética.

Leitura Obrigatória:
GOULART, I. B. Piaget: experiências básicas para utilização pelo professor. 25ª. Ed. –
Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

Leitura para Aprofundamento:


PIAGET, Jean. Seis Estudos de Psicologia. Trad. Maria Alice Magalhães D’Amorim e Paulo
Sérgio Lima Silva. 24ª. Ed. - Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003.

Para aplicar o método clínico, Piaget utilizou entrevistas puramente verbais e também
apresentou situações-problema com materiais concretos, a fim de possibilitar ao sujeito a
antecipação e a explicação, após determinada demonstração. A isso Piaget denominou provas
operatórias. Piaget salienta que somente após um ano de exercícios diários de estudo e
aplicação das provas operatórias, fundamentados em uma base teórica sólida, é que irá permitir
ao psicólogo a utilização do método clínico de maneira a propiciar uma compreensão sobre o
pensamento do sujeito.

Nas palavras de Piaget (1926:11): O bom experimentador deve, efetivamente, reunir duas
qualidades muitas vezes incompatíveis: saber observar, ou seja, deixar a criança falar, não

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desviar nada, não esgotar nada e, ao mesmo tempo, saber buscar algo de preciso, ter a cada
instante uma hipótese de trabalho, uma teoria, verdadeira ou falsa, para controlar. É preciso
ter-se ensinado o método clínico para compreender a verdadeira dificuldade. Ou os alunos que
se iniciam sugerem à criança tudo aquilo que desejam descobrir, ou não sugerem nada, pois
não buscam nada e, portanto, também não encontram nada.

De acordo com Terezinha Nunes Carraher, quatro procedimentos devem ser levados em
consideração pelo psicólogo durante a aplicação do método clínico:
- Acompanhar o raciocínio, não corrigir ou completar suas respostas de acordo com seu próprio
raciocínio, não concluir pelo sujeito.
- Buscar justificativas para respostas dadas, uma vez que o interesse principal do estudo da
inteligência na teoria de Piaget está em compreender o processo pelo qual o sujeito chegou
àquela resposta, as relações estabelecidas entre os fatos e a compreensão se a resposta foi
dada com convicção ou ao acaso.
- Verificar a certeza com que o sujeito responde, ou seja, se a resposta está inserida em um
sistema dedutivo o sujeito responde com convicção, se a resposta é dada na ausência deste
sistema, o sujeito a modifica toda vez que o examinador faz questionamentos.
- Evitar ambiguidades nas respostas dadas pelo sujeito, não cabe ao psicólogo escolher qual dos
possíveis significados foi aquele pretendido pelo sujeito.

Outro aspecto fundamental na aplicação do método clínico piagetiano são os critérios de


avaliação das respostas dadas pelo sujeito. Diferentemente da abordagem psicométrica, a
avaliação das respostas não se faz pela contagem de acertos e erros, mas sim pela
compreensão do raciocínio utilizado pelo sujeito para chegar àquela resposta, na compreensão
da perspectiva a partir da qual o sujeito responde. Nesse sentido, o erro é tão importante, ou
mais, que o acerto, uma vez que indica, para nós, o processo de pensamento ou raciocínio do
sujeito durante o processo de construção de conhecimento. O erro no construtivismo é possível
e necessário, pois faz parte de um processo interno, de uma autoregulação - para aprender o
sujeito precisa compreender e internalizar os fatos por oposição a simples cópia e repetição de
modelos externos.

Piaget propõe níveis de desenvolvimento ao avaliar as respostas dadas pelas crianças durante o
método clínico:
Nível I - corresponde aquele em que a criança não resolve o problema, nem sequer o entende,
ou então, responde erroneamente, mas com convicção.
Nível II - corresponde ao conflito, ambivalência, dúvida, em que a criança oscila em suas
respostas, apresentando flutuações. Percebe o erro somente depois de ter cometido, não sendo
capaz de antecipá-lo, por isso as ações da criança se baseiam em ensaio e erro, na tentativa, na
solução empírica.
Nível III - corresponde aquele em que a criança apresenta uma solução suficiente à questão e
a compreensão do problema como é colocado. Os erros podem ocorrer, mas o que muda é a
maneira como sujeito lida com eles: podem ser antecipados, neutralizados, pré-corrigidos ou
compensados.

A questão fundamental que se coloca do ponto de vista psicológico e pedagógico é como


podemos criar situações-problema que possibilitem ao sujeito transformar o erro em um
observável para si mesmo, a ponto de que possa antecipá-lo, neutralizá-lo, corrigi-lo ou
compensá-lo de maneira autônoma.

Atividades recomendadas:

1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, para aprofundar os estudos sobre as
diferenças dos métodos de avaliação da inteligência na abordagem psicométrica e na
abordagem psicogenética.

2) Elabore situações-problema que possibilitem ao sujeito transformar o erro em um observável


para si mesmo, a ponto de que possa antecipá-lo, neutralizá-lo, corrigi-lo ou compensá-lo de
maneira autônoma. Leve para sala de aula como sugestão a ser discutida com seu professor e
colegas.

3) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício:

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Maria Helena está aprendendo a jogar cartas com seu irmão mais velho. Pedro lhe explique as regras do
jogo, Maria Helena no momento parece compreender, mas durante as jogadas comete os mesmos erros e
nem se apercebe disso, deixando seu irmão furioso. Ela diz: “O que eu fiz de errado?”.
Estabelecendo relação com os níveis de erro observados por Piaget para avaliar as respostas de
crianças durante o método clínico, podemos afirmar que Maria Helena apresenta:
I. Erro tipo I, não resolve o problema, nem sequer o entende, ou então, responde
erroneamente, mas com convicção.
II. Erro do tipo II, percebe o erro somente depois de ter cometido, não sendo capaz de
antecipá-lo, por isso as ações da criança se baseiam em ensaio e erro, na tentativa, na solução
empírica.
III. Erro tipo III, apresenta uma solução suficiente à questão e a compreensão do problema
como é colocado. Os erros podem ocorrer, mas o que muda é a maneira como sujeito lida com
eles: podem ser antecipados, neutralizados, pré-corrigidos ou compensados.
Assinale a alternativa correta:
a) I apenas.
b) II apenas.
c) III apenas.
d) II e III apenas.
e) I, II e III.

A alternativa correta é a (A). Maria Helena apresenta erro tipo I, em que não resolve o problema
e nem sequer percebe que errou.

(C) O Método Clínico de Piaget

Leitura Obrigatória:
GOULART, I. B. Piaget: experiências básicas para utilização pelo professor. 25ª. Ed. –
Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

Leitura para Aprofundamento:


PIAGET, Jean. Seis Estudos de Psicologia. Trad. Maria Alice Magalhães D’Amorim e Paulo
Sérgio Lima Silva. 24ª. Ed. - Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003.

O método clínico de Piaget consiste em uma técnica de entrevista com crianças, em que por
meio de um conjunto de intervenções sistemáticas, se faz uma investigação sobre o
pensamento do sujeito. As perguntas abordam conceitos da física, matemática, moral, natureza
e vários outros temas que compõe o conhecimento geral. Durante a entrevista o psicólogo
elabora perguntas e contra argumentações a partir das respostas dadas pela criança e avalia
sua qualidade e abrangência.

Dessa forma, há três tipos de perguntas características no método clínico-crítico:


Perguntas de exploração è o objetivo é fazer aflorar a noção cuja existência e estruturação se
quer comprovar.
Perguntas de justificação è que centram o sujeito sobre as razões do estado atual do objeto e
nas explicações concernentes a sua produção e a legitimação de seu ponto de vista.
Perguntas de contra argumentação è o objetivo é estabelecer se as aquisições da criança são ou
não estáveis e qual o grau de equilíbrio de suas ações ante os problemas bem como apreender
sua atividade lógica profunda.

Em relação ao experimentador, é esperado que apresente duas qualidades:


Saiba observar, permita que a criança fale e não desvie ou esgote nada.
Saiba buscar algo de preciso, tenha a cada instante uma hipótese de trabalho, uma teoria,
verdadeira ou falsa, para investigar.

A entrevista inicia à medida que o experimentador propõe uma tarefa à qual a criança
apresentará uma resposta. Não há resposta certa ou errada, a intenção do psicólogo é avaliar o
nível de pensamento da criança e sua atitude durante a aplicação, deve ser flexível,
possibilitando uma interação espontânea com a criança. Nesse sentido o rapport é muito
importante para deixá-la à vontade durante as atividades.

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Assim que a criança dá uma resposta, o experimentador faz outras perguntas, colocando uma
variação no problema, ou seja, criando uma nova situação-problema. Para isso, utiliza sua
experiência e o referencial teórico piagetiano. Sendo assim, as perguntas (exploração,
justificação, contra argumentação) tem como objetivo esclarecer o que está implícito na
resposta da criança e propiciar uma melhor compreensão de sua estrutura cognitiva (a maneira
como o sujeito pensa e em qual estádio do desenvolvimento está incluído).

Portanto, no método clínico piagetiano, não há como criar uma padronização das perguntas a
serem feitas, pois o objetivo e seguir o pensamento da criança para onde quer que ele se dirija.
Somente o conhecimento aprofundado da teoria é que permitirá ao psicólogo a utilização desta
técnica de entrevista para avaliação e compreensão da inteligência.

Nas palavras de Piaget, (1926/2005, p.11): Acima de tudo, sou da opinião de que na psicologia
infantil e na psicopatologia é necessário pelo menos um ano de prática diária, para que se
ultrapasse o período de hesitação do principiante. É tão difícil, especialmente para um
pedagogo, não falar demais quando entrevista uma criança! È tão difícil não sugerir! E acima de
tudo é tão difícil encontrar o equilíbrio entre a sistematização decorrente de ideias
preconcebidas e a incoerência decorrente da ausência de qualquer hipótese diretiva! O bom
experimentador deve, na realidade, unir duas qualidades frequentemente incompatíveis; precisa
saber observar, isto é, deixar a criança falar livremente sem controlar ou desviar sua expressão
e, ao mesmo tempo, deve estar constantemente alerta para o aparecimento de algo definido;
precisa ter sempre uma hipótese de trabalho, alguma teoria, verdadeira ou falsa, que está
tentando verificar. Os alunos principiantes ou sugerem à criança tudo que esperam encontrar ou
não sugerem nada, pois não estão procurando nada e, neste caso, certamente jamais
encontrarão alguma coisa. Em resumo, a tarefa não é simples e o material que produz deve ser
submetido à crítica mais severa.

Atividades recomendadas:

1) Faça uma pesquisa por meios tradicionais ou eletrônicos para obter mais informações sobre o
método clínico piagetiano.

2) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício:

Piaget afirma que podem ser feitas três tipos de perguntas durante o método clínico-crítico.
Verifique a seguir quais seriam essas perguntas:
I. Perguntas de exploração com o objetivo é fazer aflorar a noção cuja existência e estruturação
se quer comprovar.
II. Perguntas de justificação que centra o sujeito sobre as razões do estado atual do objeto e
nas explicações concernentes a sua produção e a legitimação de seu ponto de vista.
III. Perguntas de contra argumentação com o objetivo é estabelecer se as aquisições da criança
são ou não estáveis e qual o grau de equilíbrio de suas ações ante os problemas bem como
apreender sua atividade lógica profunda.
Assinale a alternativa correta:
a) I apenas.
b) II apenas.
c) III apenas.
d) II e III apenas.
e) I, II e III.

As pesquisas e os estudos que você realizou até aqui sobre o método clínico de Piaget devem
ter-lhe dado subsídios para assinalar a alternativa (E). Perguntas de exploração, justificação e
argumentação são as que melhor conduzem a avaliação da inteligencia.

3) Realize os exercícios deste módulo, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução.
Estas dúvidas devem ser motivo de novas pesquisas bibliográficas, na tentativa de saná-
las. Caso elas persistam, apresente-as ao professor, nas aulas presenciais.

Exercício 1:
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O experimentador coloca 11 bolas de gude em uma vasilha fina e comprida e, ao mesmo tempo, conta
o número de bolas colocadas nessa vasilha. Simultaneamente, para cada bola que o experimentador
coloca em sua vasilha, a criança coloca uma bola em outra vasilha, bem mais larga. Ao final, o examinador
pergunta quantas bolas há na vasilha da criança.
Maria, de 5 anos, retira todas as bolas da segunda vasilha, faz a contagem à medida que as recoloca
na vasilha e responde: “11 bolas”. Patrícia, de 12 anos, responde imediatamente: “10 bolas”. Embora
tenha cometido um erro de contagem, Patrícia reconheceu haver uma correspondência entre as duas
vasilhas.

Está correto afirmar que

A)
a resposta de Maria é resultante de um processo cognitivo mais elaborado do que o de Patrícia.

B)
Maria é mais inteligente do que Patrícia.

C)
apesar do erro cometido por Patrícia, sua resposta indica um processo cognitivo mais elaborado do
que o de Maria.

D)
uma análise piagetiana constataria que Patrícia regrediu para o estágio pré-operacional.

E)
uma análise piagetiana constataria que as duas meninas foram reprovadas.

Comentários:

Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários

Exercício 2:

Leia atentamente o protocolo abaixo.

O examinador (E.) coloca sobre a mesa 6 moedas explicando á criança (Cr.) que sua mãe lhe deu
dinheiro para comprar confeitos e deu dinheiro também a seu irmão. Porém, os dois devem receber
a mesma quantidade de dinheiro: um não pode ter mais do que o outro, devem ficar iguais. Para obter
a igualdade, a criança constrói uma fila de moedas para o irmão, colocando cada moeda diante da fila
construída pelo E., depois conta os elementos de uma fila e diz: “Pronto”. E.: “Está igual?” Cr.: “Está.”
E.:“Não tem ninguém mais rico do que o outro?” Cr.: “Não.” (E. junta as moedas de uma das fileiras,
deixando a outra espalhada). Depois pergunta à criança: “Você ficou mais rico do que o Leo?” Cr.: “Não”.
E.: “O Leo ficou mais rico então?” Cr.: “Não, todos os dois são iguais.” E.: “Por quê?” Cr.: “Tava igual.”
E.: “Mas a sua fila é tão curtinha e a dele é tão comprida...” Cr.: “É porque você juntou tudo, mas está
igual.” E.: “Observe bem, você tem certeza de sua resposta?” Cr.: “Claro!”

A partir desse protocolo, podemos afirmar que

I a prova aplicada avalia a noção de conservação de quantidade.


II a prova aplicada avalia a inteligência aritmética da criança.
III a criança apresenta pensamento de tipo indutivo.
IV a criança apresenta pensamento típico do estágio operatório-concreto.

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Está correto o afirmado em

A)
I e II.

B)
I e III.

C)
I e IV.

D)
II e III.

E)
II e IV.

Comentários:

Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários

Exercício 3:

Leia com atenção a afirmação abaixo, relativa a estudos sobre inteligência realizados por Piaget.

Concluindo, vemos que, enquanto a metodologia tradicional no estudo da inteligência enfatiza controle
pela padronização de situações externas (forma específica das perguntas e instruções, número de vezes
que essas podem ser repetidas, tempo máximo dado ao sujeito para responder etc.), a metodologia
piagetiana procura voltar-se para a situação psicológica do sujeito, reconhecendo que a
padronização de condições externas não pode satisfazer o requisito de colocar todos os sujeitos na
mesma situação psicológica. (CARRAHER, 1989, p.18)

A este respeito, afirma-se que

I o método utilizado por Piaget adota uma abordagem psicométrica, enquanto a forma tradicional de
estudar-se a inteligência está baseada em uma abordagem psicogenética.
II o método utilizado por Piaget adota uma abordagem psicogenética, enquanto a forma tradicional de
estudar-se a inteligência está baseada em uma abordagem psicométrica.
III os estudos tradicionais voltam-se para a mensuração da inteligência, enquanto Piaget preocupa-
se em compreender o processo que leva o sujeito a dar essa ou aquela resposta.
IV embora partindo de abordagens diferentes, tanto a avaliação tradicional quanto a piagetiana procura
compreender o processo que leva o sujeito a dar essa ou aquela resposta.

Está correto o afirmado em

A)
I e II.

B)
I e III.

C)
I e IV.
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D)
II e III.

E)
II e IV.

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Exercício 4:

Vamos supor que você é solicitado por uma escola a fazer uma avaliação de três alunos que estão
apresentando dificuldade de aprendizagem. Um deles tem 4 anos e os demais, 8 e 14 anos.

Assinale a afirmativa incorreta:

A)
Como piagetiano, você procuraria investigar a inteligência do sujeito utilizando o método clínico como
estratégia de investigação.

B)
Como piagetiano, você aplicaria algumas provas operatórias para medir a capacidade intelectual das
crianças.

C)
Como piagetiano, você procuraria verificar se há, realmente, um problema de aprendizagem ou se os
erros cometidos pelos sujeitos dizem respeito à forma como “pensam”.

D)
Como piagetiano, você procuraria investigar se as crianças possuem estrutura de pensamento própria
de seu estágio de desenvolvimento.

E)
Como piagetiano, se fosse necessário, você proporia um trabalho no sentido de favorecer a construção
de novas estruturas de pensamento pela criança.

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Exercício 5:

Leia atentamente o texto abaixo.

Marcos está na escolinha brincando com seis carrinhos e quatro motos. Nessa brincadeira ele é o dono
do posto de gasolina e está “abastecendo” os carros e as motos. Chega o momento do lanche e a professora
pede para as crianças guardarem os brinquedos. Nesse momento a professora pergunta: – Marcos,
você tem mais carrinhos ou mais motos? Marcos responde: – Tenho mais carrinhos, olha! A professora
pergunta: – Você tem mais carrinhos, mais motos ou mais brinquedos? Então Marcos responde: – Eu
tenho mais carrinhos, você não está vendo?!

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Uma avaliação do pensamento com base na aplicação de provas operatórias permite afirmar que
Marcos apresenta

A)
pensamento indutivo e está no estágio operatório-concreto.

B)
pensamento dedutivo e está no estágio pré-operatório.

C)
pensamento dedutivo e está no estágio operatório formal.

D)

pensamento indutivo e possui noção de inclusão de classes.

E)
pensamento transdutivo e não possui noção de inclusão de classes.

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Exercício 6:

Leia atentamente o fragmento abaixo.

Maria está brincando com sete rosas e quatro margaridas. Nesse momento sua mãe pergunta: –
Maria, você tem mais rosas, mais margaridas ou mais flores? Maria pensa um pouco, conta, observa
e pergunta para a mãe: – Rosas e margaridas são flores? – A mãe responde: – Sim, rosas e
margaridas são flores. Maria responde: – Então eu tenho mais flores.

Em qual estágio de desenvolvimento está Maria?

A)
Sensório-motor.

B)
Pré-operatório.

C)
Operações concretas.

D)
Operações formais.

E)
Organização das percepções e hábitos.

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Exercício 7:
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Leia atentamente o fragmento abaixo.

A mãe de um menino de 3 anos despeja a mesma quantidade de suco em dois copos de formatos
diferentes. Seu filho escolhe o que é mais estreito e fino, no qual o líquido atinge um nível mais alto,
por acreditar que contém mais suco.

De acordo com a teoria de desenvolvimento do pensamento lógico, essa situação pode ser entendida
como um exemplo

A)
do conceito de conservação de líquidos.

B)
do conceito de deslocamento.

C)
da liberação do pensamento em relação ao campo perceptivo.

D)
da generalização de uma condição específica a outros contextos.

E)
de pensamento intuitivo com primazia da percepção.

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Exercício 8:

Analise atentamente a situação abaixo.

Um psicólogo conversa com uma professora sobre quais atividades são mais indicadas e qual deve
ser a postura do experimentador ou do aplicador ao trabalhar com o método clínico proposto por Piaget.
Ambos decidem analisar um relato de Piaget sobre o papel do experimentador, em que a atividade descrita
refere-se à inclusão de classes por meio do trabalho com frutas - 4 maçãs e 8 bananas. Com base
nesse relato o psicólogo propõe uma atividade e, ao agrupar todas as frutas, pergunta à criança: –
Você não acha que há mais bananas do que frutas nessa cesta? A criança responde: – Acho. E
ele pergunta: – Por quê? E a criança não consegue responder.

Com base nos estudos realizados nessa disciplina, assinale a alternativa correta.

A)
O psicólogo não agiu corretamente, pois a prova de inclusão de classes deve ser realizada com
exemplos de flores, especificamente margaridas e rosas.

B)
A situação descrita revela um bom preparo do pesquisador, principalmente na elaboração de
questionamentos pertinentes a essa situação específica.

C)
Apesar de o psicólogo utilizar uma prova piagetiana, a maneira como conduziu a atividade
assemelhou-a à aplicação de um teste de inteligência.

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D)
A situação descrita revela o problema de induzir as respostas desejadas pelo pesquisador ao aplicar
provas.

E)
Para melhor avaliar essa situação e a resposta da criança, seria importante mencionar a idade dela,
pois,caso contrário, não se pode formar opinião.

Comentários:

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