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HOSPITAL DE CLÍNICAS
PRECAUÇÕES E ISOLAMENTO
SUMÁRIO
1. OBJETIVO........................................................................................................... 3
2. MECANISMO DE TRANSMISSÃO DOS MICRORGANISMOS................................ 3
3. TIPOS DE PRECAUÇÕES...................................................................................... 4
4. DEMAIS MEDIDAS DE CONTROLE DA TRANSMISSÃO DE MICRORGANISMOS
MULTIRRESISTENTES............................................................................................... 16
5. RECOMENDAÇÕES .............................................................................................. 18
6. REFERÊNCIAS..................................................................................................... 19
7. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO............................................................... 19
SIGLÁRIO
BAAR - bacilos álcool-ácido resistentes
CCIRAS – Comissão de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde
Ebserh - Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
EPI - Equipamentos de Proteção Individual
h – hora
HC-UFTM - Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro
MR - Microrganismo multidrogarresistente
NSP – Núcleo de Segurança do Paciente
PP - Precauções Padrão
PRT – Protocolo
RN – Recém-Nascido
SRPA - Sala de Recuperação Pós- Anestésica
STGQ – Setor de Gestão da Qualidade
UTI - Unidade de Terapia Intensiva
1. OBJETIVO
Atualizar as medidas de precaução e isolamento para garantir o controle da ocorrência
de infecções nas unidades do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-
UFTM), administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
AGENTE
INFECCIOSO
Bactérias
Fungos
HOSPEDEIRO Vírus FONTE
SUSCEPTÍVEL
Protozoários Pessoas
Imunossuprimidos
Parasitas Água
Idosos
Soluções
Recém-nascido
Medicamentos
Queimados
Equipamentos
Cirúrgicos
PORTA DE ENTRADA
PORTA DE SAÍDA
Trato gastrointestinal
Excreção
Trato urinário
Secreção
Trato respiratório
Gotículas
Pele não íntegra FORMA DE
Outros fluídos
Mucosas TRANSMISSÃO
Contato (direto e
indireto)
Gotículas
Aérea (aerossóis)
3. TIPOS DE PRECAUÇÕES
Higienização das Higienizar as mãos antes e após contato com o paciente, antes da
mãos (HM) realização de procedimentos assépticos, após risco de exposição a fluidos
corporais e após contato com as áreas próximas ao paciente.
Higienizar as mãos com água e sabonete líquido ou antisséptico quando
estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos
corporais;
Usar preparação alcoólica para as mãos (70%) quando não estiverem
visivelmente sujas;
O uso de luvas não substitui a necessidade de higiene das mãos. No
cuidado específico com cateteres intravasculares, a higiene das mãos deverá
ser realizada antes e após tocar o sítio de inserção do cateter, bem como antes
e após a inserção, remoção, manipulação ou troca de curativo;
Não utilizar adornos como anéis, pulseiras e relógios.
Paramentação Luvas
Utilizar luvas sempre que houver risco de contato com sangue, fluido
corporal, secreção, excreção, pele não íntegra e mucosa, com o objetivo de
proteger as mãos do profissional;
Retirar as luvas imediatamente após o uso, antes de tocar em
superfícies ou contato com outro paciente, descartando-as;
Trocar as luvas entre um procedimento e outro no mesmo paciente;
Higienizar sempre as mãos imediatamente após a retirada das luvas.
Máscara, óculos de proteção/ protetor facial
Utilizar máscara e óculos de proteção sempre que houver risco de
respingos de sangue, fluido corporal, secreção, excreção, pele não íntegra e
mucosa, com o objetivo de proteger a face do profissional;
Colocar máscara cirúrgica e óculos com proteção lateral, para cobrir
olhos, nariz e boca durante os procedimentos com possibilidade de respingo
de material biológico;
A máscara cirúrgica e os óculos devem ser individuais;
Avental Descartável
Utilizar avental sempre que houver risco de contato com sangue, fluido
corporal, secreção, excreção;
Se houver risco de contato com grandes volumes de sangue ou líquidos
corporais, usar avental impermeável;
Retirar o avental após o procedimento, desprezá-lo no lixo e lavar as
mãos;
Não utilizar jaleco ou avental comum como substituto do avental com
finalidade de proteção contra agentes infecciosos.
Artigos e Utilizar luvas ao removê-los e transportá-los em sacos
equipamentos impermeáveis/recipientes próprios fechados ou carrinhos fechados para evitar
utilizados durante o contaminação ambiental;
cuidado ao paciente Atenção para o uso inadequado de luvas. Evitar tocá-las nas superfícies.
Ambiente Realizar rotina de limpeza e desinfecção das superfícies, que incluem
camas, colchões, grades, mobiliários do quarto, equipamentos, e superfícies
frequentemente tocadas, a cada 24 horas (h), e entre um paciente e outro. A
Cópia Eletrônica não Controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
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Quarto privativo Os pacientes devem ser internados em quarto privativo ou, caso não
seja possível, coorte de pacientes infectados ou colonizados pelos mesmos
microrganismos;
Separar, antes de entrar no quarto, todo o material que será
utilizado para o procedimento.
Transporte de pacientes Antes de encaminhar o paciente, avisar o setor de realização do
para realização de exame sobre as precauções de contato;
exames
O leito do paciente deverá ser sinalizado com as precauções necessárias para sua
assistência, conforme placa a seguir (Figura 2).
Quarto privativo O paciente deve ser internado em quarto privativo ou, caso não seja
possível, coorte de pacientes com a mesma doença, respeitando a distância
mínima de um metro entre os leitos;
Manter porta fechada
Transporte do paciente Antes de encaminhar o paciente, avisar o setor de realização do
para realização de exame exame sobre as precauções de gotículas;
O paciente deverá utilizar máscara cirúrgica durante todo o período
em que estiver fora de seu quarto.
Visitas As visitas devem ser restritas e orientadas quanto à higienização das
mãos e uso de máscara; em caso de dúvida quanto o isolamento, entrar em
contato com a equipe de enfermagem.
O leito do paciente deverá ser sinalizado com as precauções necessárias para sua
assistência, conforme placa abaixo. (Figura 3).
PRECAUÇÃO DE GOTÍCULAS
Infecção / Condição / Microrganismo Período
Bronquiolite / Infecção Respiratória – Vírus Sincicial Até o 10° dia após o início dos
Respiratório, Vírus Parainfluenzae, Adenovírus – lactente e pré- sintomas e na ausência de sinais
escolar clínicos nas últimas 24 horas
Caxumba Até 9 dias após início da
tumefação
Coqueluche Terapêutica eficaz 5 dias
O leito do paciente deverá ser sinalizado com as precauções necessárias para sua
assistência, conforme placa abaixo. (Figura 4).
PRECAUÇÃO DE AEROSSÓIS
Infecção / Condição / Microrganismo Período
Sarampo Até o 4º dia após início do exantema
Tuberculose Laríngea (suspeita ou confirmada) 15 dias Terapêutica eficaz + 2 BAAR
negativos (pesquisa de bacilos álcool-
ácido resistentes)
Tuberculose Pulmonar (suspeita ou confirmada) 15 dias de Terapêutica eficaz+ 2 BAAR -
PRECAUÇÃO DE AEROSSÓIS E CONTATO
Infecção / Condição / Microrganismo Período
Varicela Até todas as lesões tornarem-se crostas
Herpes Zoster localizado em pacientes Até todas as lesões tornarem-se crostas
imunodeprimidos
Herpes Zoster disseminado (acometendo dois ou Até todas as lesões tornarem-se crostas
mais dermátomos)
Infecção pelo SARS-CoV-2 - Pacientes assintomáticos não
imunossuprimidos: 10 dias após a data do
primeiro teste RT-PCR em tempo real positivo
- Pacientes assintomáticos e imunossuprimidos:
pelo menos 20 dias desde o primeiro teste RT-
PCR em tempo real positivo.
- Pacientes com quadro leve a moderado, não
imunossuprimidos: pelo menos 10 dias desde o
início dos sintomas E pelo menos 24 horas sem
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Visita dos irmãos Antes da visita, o profissional deve entrevistar os pais para obter
informações sobre o estado de saúde de cada irmão;
Nenhuma criança com febre ou sintomas de doença aguda, tais
como infecção de via aérea superior ou gastroenterite, deve ser permitida
visitar;
A visita de irmão que foi recentemente exposto à doença
transmissível (exemplo: varicela) também não deve ser permitida;
A criança deve realizar a higienização das mãos e ser
supervisionada pelos pais ou responsável adulto.
DOENÇA/AGENTE ALEITAMENTO
HIV soropositivo Contraindicado.
Sífilis Permitido, se mãe tratada (no mínimo de 24h após penicilina) e
ausência de lesões.
Toxoplasmose Sem contraindicações.
possibilidade de realização de
exame de controle:
1 - Realizar novo teste de RT-PCR
para SARS-CoV-2, após 14 dias do
primeiro exame positivo e proceder
da seguinte forma:
• resultado negativo para SARS-
CoV-2, descontinuar as precauções
adotadas
• resultado positivo para SARS-
CoV-2, completar 20 dias de
precauções
Influenza A, B e C Gotículas Adultos por 7 dias; Precaução por aerossóis
Crianças por 10 dias. em procedimentos
geradores de aerossóis
(intubação/aspiração)
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-
uftm/documentos/manuais/copy_of_MA.STGQ.001BoasPrticasnaPrescrioeDispe
nsaodeAntimicrobianosverso5.pdf
Link do "Formulário digital para a solicitação de antimicrobianos":
https://forms.office.com/Pages/ResponsePage.aspx?id=3U3TZPCvlU238Qc0pchF
5UGwX-4HvUxMgFA7P67WD25UQks2NUw3TFlaVThEOVdPVFVFNzNLSlY4Wi4u
Monitoramento de Laboratório de microbiologia: utilização de metodologias de análises
microrganismos fenotípicas validadas ou contidas nas Notas Técnica da Agência Nacional de
resistentes e Vigilância Sanitária. Subsidiar a vigilância epidemiológica das Infecções
identificação de novos Relacionadas à Assistência à Saúde, pela CCIRAS do serviço de saúde. Identificação
mecanismos de de microrganismos ou mecanismos de resistência novos.
resistência aos Serviço de Controle de Infecção Hospitalar: Identificação de possíveis
antimicrobianos surtos por microrganismos multirresistentes no serviço de saúde. Instituir medidas
de prevenção e controle, assim como investigação e monitoramento.
As estratégias de abordagem para a vigilância epidemiológica da MR são iniciativas
Identificação,
que envolvem práticas visando a busca oportuna da infecção e a prevenção da
Prevenção e Controle
ocorrência delas. Integram uma abordagem multiprofissional no cenário
das Infecções
hospitalar, sendo um trabalho mútuo e contínuo entre a CCIRAS, Núcleo de
Relacionadas à
Segurança do Paciente (NSP) e equipes assistenciais:
Assistência à Saúde
relacionadas à Educação Permanente
Processo dinâmico de ensino e aprendizagem, ativo e contínuo, com a finalidade
multirresistência
de análise e melhoramento da capacitação de pessoas e grupos.
Visita multiprofissional nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) adulto,
coronariano e neonatal e pediátrica).
Monitoramento através de ronda junto às equipes assitenciais da unidade
de internação.
Huddles
Rounds caracterizados por reuniões rápidas (máximo 10 minutos) onde o
enfermeiro da unidade reúne a equipe para um breve encontro junto à equipe
multiprofissional; realiza levantamento de problemas de segurança e riscos
agudos nas unidades assistenciais; um representante da equipe comunica os
problemas e riscos agudos à alta liderança; feedback à equipe assistencial.
Segregação e Bloqueio Segregação e Isolamento:
Pacientes infectados e/ou colonizados por bactérias MR de alta vigilância (KPC e
VRE) deverão ser segregados em quartos de isolamento privativo ou em coortes
(enfermarias com pacientes que compartilhem do mesmo agravo).
Bloqueio de enfermarias:
As enfermarias que apresentarem pacientes com bactérias multirresistentes
(infectados e/ou colonizados) deverão ser bloqueadas totalmente até a saída do
caso fonte. Com a saída do caso fonte, realizar rastreio com swab nos contactantes
e estabelecer precaução de contato no leito até liberação do resultado.
Liberação/Alta de Pacientes
Após dois resultados negativos de swab de rastreamento à multirresistência, os
pacientes colonizados poderão ser liberados do isolamento;
6. REFERÊNCIAS
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à
Assistência à Saúde. Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Brasília – DF. 2017.
APECIH. Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar. Precauções e Isolamento.
2°edição. São Paulo – SP. 2012.
7. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO
VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA AÇÃO/ALTERAÇÃO
4 8/8/2023 Revisão e atualização do protocolo (PRT)