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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

HOSPITAL DE CLÍNICAS

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PROTOCOLO
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Título do MANEJO DA MORTE ENCEFÁLICA NO PACIENTE Emissão: 4/5/2023 Próxima revisão:
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MANEJO DA MORTE
ENCEFÁLICA NO PACIENTE
ADULTO

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1. SIGLAS E CONCEITOS ..................................................................................................................................2


2. OBJETIVOS ..................................................................................................................................................4
3. FISIOPATOLOGIA DA MORTE ENCEFÁLICA .................................................................................................4
4. JUSTIFICATIVAS...........................................................................................................................................5
5. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E DE EXCLUSÃO ..................................................................................................5
6. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS, RESPONSABILIDADES ..............................................................................6
6.1 Colaboradores Envolvidos ............................................................................................................................6
6.2 Colaboradores Excluídos do Processo de Determinação de Morte Encefálica ............................................6
6.3 Direção Clínica ..............................................................................................................................................6
6.4 Equipe Médica .............................................................................................................................................6
6.5 Equipe de Enfermagem ................................................................................................................................7
6.6 Serviço Social ...............................................................................................................................................7
6.7 Psicologia ......................................................................................................................................................8
7. HISTÓRIA CLÍNICA .......................................................................................................................................8
A) Lesão Encefálica Grave e Irreversível.............................................................................................................8
B) Período de Observação e Tratamento ...........................................................................................................8
C) Afastar Causas Reversíveis de Coma ..............................................................................................................8
D) Parâmetros Fisiológicos Mínimos Durante a Determinação da Morte Encefálica ........................................9
Temperatura central > 35°C ...............................................................................................................................9
Pressão arterial sistólica ≥ 100 mm Hg ou pressão arterial média ≥ 65 mm Hg ..............................................10
Saturação arterial de oxigênio > 94% ...............................................................................................................10
E) Diagnóstico Diferencial (Condições Clínicas que não Excluem o Diagnóstico de ME) .................................10
F) Contraindicações da Determinação da Morte Encefálica relacionados a História Clínica e Exame Físico ..10
8. PROCEDIMENTOS CLÍNICOS E DIAGNÓSTICOS INDICADOS .....................................................................11
Etapa 2 – Exame Clínico....................................................................................................................................11
A) Coma não perceptivo ...................................................................................................................................11
B) Ausência de Reflexos de Tronco Encefálico .................................................................................................11
C) Repetição do Exame Clínico .........................................................................................................................11
D) Conduta nas Exceções .................................................................................................................................11
E) Registro do Exame Clínico ............................................................................................................................12
Etapa 3 – Teste da Apnéia ................................................................................................................................12
A) Preparação para o Teste ..............................................................................................................................12
B) Metodologias para Realizar o Teste de Apneia ...........................................................................................13
Metodologia “clássica” .....................................................................................................................................13
C) Métodos Alternativos para Realização do Teste de Apneia ........................................................................14
D) Interrupção do Teste de Apneia ..................................................................................................................14
E) Interpretação dos Resultados ......................................................................................................................15
F) Registro dos Dados Gasométricos ................................................................................................................15
Etapa 4 – Exames Complementares .................................................................................................................15
9. TRATAMENTO INDICADO E PLANO TERAPÊUTICO. ..................................................................................15
10. CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO. ................................................................................................................15
11. CONDUTAS DO PROCESSO DE DETERMINAÇÃO DE MORTE ENCEFÁLICA ...........................................15
11.1 Comunicação aos Familiares ....................................................................................................................16
A) Comunicação aos Familiares ou Responsável Legal ....................................................................................16
B) Retirada do suporte vital..............................................................................................................................17
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12. DESFECHO DO PROCESSO DE DETERMINAÇÃO DE MORTE ENCEFÁLICA ............................................18


A) Termo de Declaração de Morte Encefálica (TDME) .....................................................................................18
B) Declaração de Óbito.....................................................................................................................................18
13. FLUXOGRAMAS.....................................................................................................................................19
14. REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................20
15. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO ......................................................................................................21

1. SIGLAS E CONCEITOS
BNM - Bloqueadores Neuromusculares
CET - Central Estadual de Transplantes
CFM - Conselho Federal de Medicina
CIHDOTT - Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes
CPAM– Núcleo de Protocolos Assistenciais Multiprofissionais
CPAP – Continuous Positive Airway Pressure
DO - Declaração de Óbito
Ebserh - Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
EEG - Eletroencefalograma
FDSNC - Fármacos Depressores do Sistema Nervoso Central
FIO2 - Fração Inspirada de Oxigênio
HC-UFTM - Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro
HLA – Antígeno Leucocitário Humano
IML – Instituto Médico Legal
ME - Morte Encefálica
O2 - Oxigênio
OPO - Organização de Procura de Órgãos
PA - Pressão Arterial
PaCO2 - Pressão Parcial de Gás Carbônico no Sangue Arterial
PAM - Pressão Arterial Média
PAS - Pressão Arterial Sistólica
PRT – Protocolo
SaO2 - Saturação de Oxigênio no sangue periférico
SNC - Sistema Nervoso Central
SVO – Serviço de Verificação de Óbito
TCE - Trauma Crânioencefálico
TDME - Termo de Declaração de Morte Encefálica
UPLAG – Unidade de Planejamento, Gestão de Riscos e Controles Internos
UTI - Unidade de Terapia Intensiva

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2. OBJETIVOS
 Reconhecer a morte encefálica (ME) em pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
adulto;
 Passar informações seguras para os familiares acerca do seu parente;
 Evitar terapia inútil (tratar cadáver);
 Reduzir custos e otimizar leitos de terapia intensiva;
 Oferecer à família a opção de ajudar outras pessoas por meio da doação de órgãos e tecidos.

3. FISIOPATOLOGIA DA MORTE ENCEFÁLICA

EDEMA
CEREBRAL E
INJÚRIA AUMENTO DA
NEURONAL PRESSÃO
INTRACRANIANA
(PIC)

REDUÇÃO DO
FLUXO
SANGUINEO
CEREBRAL

Figura 1: Fisiopatologia da Morte Encefálica

 A morte encefálica está intrinsicamente relacionada a quedas críticas da oxigenação tissular


encefálica, que levam a um aumento da pressão intracraniana de tal maneira que ela exceda a
pressão arterial média (PAM); desta forma não há gradiente de pressão para que exista pressão de
perfusão cerebral efetiva e, consequentemente, o fluxo sanguíneo cerebral fica insuficiente para
manutenção da vida celular encefálica.
 Isso acontece porque ocorre uma descompensação do equilíbrio entre os componentes
intracranianos (cérebro, líquor e sangue) responsáveis pela manutenção da pressão intracraniana.
 Há lesão irreversível da célula nervosa, por alteração da permeabilidade celular e distúrbios
eletrolíticos no interior da célula.
 Com a destruição progressiva do cérebro e tronco encefálico, ocorre o comprometimento
das funções vitais, como o descontrole da temperatura corporal e labilidade hemodinâmica.
 Todas essas alterações transformam o paciente em ME num individuo único, com
peculiaridades no diagnóstico e no tratamento dos distúrbios clínicos.
 Depleção do hormônio antidiurético induz distúrbio do sódio, como o diabetes insipidus.
 Pode haver perda dos níveis adequados dos hormônios da tireoide e do cortisol.

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Quadro 1. Causas que podem levar à ME


 Encefalopatia hipóxico-isquêmica  Trauma cranioencefálico
 Meningite ou outra infecção  Infecção do SNC
 Lesão vascular do Sistema Nervoso Central (SNC)  Asfixia
 Trauma não-acidental  Quase afogamento
 Doenças metabólicas  Doenças metabólicas
 Doenças cerebrovasculares  Doenças cerebrovasculares
 Causas diversas

4. JUSTIFICATIVAS
A morte encefálica é determinada e fundamentada por um arcabouço legal e ético,
composto por leis, decretos, disposições éticas do Código de Ética Médica e normas definidas em
resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM), apontadas a seguir:
 Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997;
 Lei nº 11.521, de 18 de setembro de 2007;
 Decreto nº 9.175, de 18 de outubro de 2017;
 Resolução do CFM nº 1.826, de 6 de dezembro de 2007;
 Resolução do CFM nº 2.173, de 23 de novembro de 2017.

No Brasil, compete ao CFM definir os critérios para diagnóstico de morte encefálica,


conforme determina o artigo 3º da Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997, que dispõe sobre a
retirada de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento. O
Decreto Presidencial de no 9.175, de 18 outubro de 2017, reafirma, no §1º do artigo 17º, que o
diagnóstico de morte encefálica será confirmado com critérios neurológicos definidos pelo CFM.

5. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E DE EXCLUSÃO


A morte encefálica é definida pela perda completa e irreversível das funções encefálicas,
definida pela cessação das atividades corticais e de tronco encefálico conforme os termos da
Resolução nº 2.173/17 do CFM.
Os procedimentos para determinação da ME deverão ser obrigatoriamente realizados
em todos os pacientes em coma não perceptivo e apneia, independentemente da condição de
doador ou não de órgãos e tecidos.
Seguindo essa orientação, todos os pacientes que apresentarem o quadro descrito
acima serão submetidos ao protocolo de ME vigente.
Destacamos que pacientes que apresentem suspeita de morte encefálica, mas que
tenham deterioração hemodinâmica e/ou ventilatória não serão submetidos aos testes
comprobatórios de ME, nesta situação, sugere-se que seja discutida com a família ou responsável
legal, a possibilidade de restrição de medidas invasivas, porém, caso haja estabilização clínica do
paciente será retomada a orientação de abertura do protocolo.

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Identificar possível causa da ME:


 Pacientes em coma arresponsivo (Escala de Coma de Glasgow = 3) que chegam à emergência
ou que já estão internados (em geral na UTI);
 Com causa conhecida ou suspeitada, em apneia e, portanto, em ventilação mecânica;

Afastar causas reversíveis de coma:


 Uso de drogas depressoras;
 Distúrbios metabólicos ou hemodinâmicos graves (hipoxemia, hipo ou hipernatremia,
hipotensão) ou hipotermia;
 Exame clínico;
 Exames complementares.

6. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS, RESPONSABILIDADES

6.1 Colaboradores Envolvidos


Profissionais que atuam diretamente nos cuidados dos pacientes adultos, internados na
UTI Adulto do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM).

6.2 Colaboradores Excluídos do Processo de Determinação de Morte Encefálica


O Art. 43 do Capítulo VI da do Código de Ética Médica enfatiza que o médico pertencente
à equipe de transplantes está proibido de participar do processo de diagnóstico da morte ou da
decisão de suspender meios artificiais para prolongar a vida do possível doador.
O Art. 46 deste mesmo código é claro quando dispõe que é vedado ao médico participar
direta ou indiretamente da comercialização de órgãos ou de tecidos humanos.

6.3 Direção Técnica


A Direção Técnica, em cumprimento ao estabelecido no art. 10 da Resolução CFM nº
2.173/2017, deve indicar os médicos capacitados a realizar e interpretar os procedimentos e
exames complementares para determinação de ME no hospital.
Estas indicações e suas atualizações deverão ser encaminhadas à Central Estadual de
Transplantes (CET) e, na ausência de médico indicado pela Direção Técnica do hospital, caberá a
esta indicar um profissional e à Direção Técnica do Hospital, disponibilizar as condições
necessárias para sua atuação (Resolução do CFM nº 2.173/2017).

6.4 Equipe Médica


Fornecer informações seguras aos familiares e estabelecer um plano terapêutico a fim
de evitar terapias inúteis, reduzindo assim os custos e otimizando a ocupação dos leitos de
terapia intensiva além de oferecer à família a opção pela doação de órgãos. Ao menos um dos
médicos que realiza o procedimento de determinação de ME deverá ser especialista em:
 Medicina Intensiva;
 Medicina Intensiva Pediátrica;
 Neurologia;
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 Neurologia Pediátrica;
 Neurocirurgia ou;
 Medicina de Emergência.
Na ausência de um dos especialistas citados acima, o procedimento deverá ser concluído
por outro médico especificamente capacitado (Resolução do CFM nº 2.173/2017).
Para fazer parte do processo de diagnóstico da morte encefálica, os médicos deverão ser
especificamente capacitados, com experiência de, no mínimo, um ano no atendimento de
pacientes em coma ou que tenham acompanhado ou realizado pelo menos dez determinações
de ME ou realizado treinamento específico em programa que atenda as normas determinadas
pelo CFM.

6.5 Equipe de Enfermagem


A doação de órgãos e tecidos é vista pela sociedade como ato solidário no qual há
possibilidade de fornecer parte do corpo para ajudar a terapêutica de pessoas que não
encontram outra forma de tratamento, favorecendo evolução da expectativa de vida de milhares
de pessoas. A equipe multidisciplinar desempenha papel importante na manutenção das funções
vitais do potencial doador, mas para isso é necessário que tenha conhecimento científico e
técnico a respeito de todos os aspectos da morte encefálica, pois a viabilidade dos órgãos ou
tecidos a serem doados depende diretamente de sua adequada conservação (1, 2).
Destaca-se, nessa atuação, o papel do enfermeiro responsável por prestar o cuidado
direto ao potencial doador de órgãos e seus familiares, tendo importância fundamental no
manejo das repercussões fisiopatológicas próprias da morte encefálica, na monitorização
hemodinâmica e na prestação de cuidados individualizados (2, 3, 4)
Quando iniciado o processo de morte encefálica, ocorrem mudanças no organismo. Os
cuidados iniciais envolvem avaliação das prescrições medicamentosas relativas ao quadro
neurológico; mudança de decúbito, evitando úlceras por pressão; e elevação da cabeceira a 30
graus. Além disso, o profissional de enfermagem deve realizar aspiração, a fim de manter vias
aéreas desobstruídas; avaliação periódica dos acessos, como cateteres; e mensuração dos sinais
vitais em período de 24 horas 5. Cabe ainda ao enfermeiro da UTI adulto avaliar e anotar em
prontuário todos os sinais vitais e assistência; prestar cuidados às córneas, sempre as
umedecendo; efetuar higienização corporal, a fim de evitar infecções; observar e anotar os
valores glicêmicos e de coagulação sanguínea. É recomendado o cumprimento de todos os
Protocolos Institucionais do HC-UFTM para a assegurar os cuidados ao potencial doador. Link da
página de protocolos:
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-
uftm/documentos/protocolos-assistenciais

6.6 Serviço Social


Caberá ao assistente social realizar acolhimento/atendimento familiar com vistas ao
reconhecimento da realidade social.
Acompanhar o familiar durante todo o período de internação na Unidade, com as intervenções
pertinentes que incluem:
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 Acompanhamento de comunicações médicas;


 Acompanhamento de visitas presenciais dos familiares na UTI;
 Acolhimento relacionado ao luto, prestar orientações acerca dos direitos sociais e demais
providências cabíveis (benefícios previdenciários, seguro DPVAT, auxílio funeral, fluxos para o
Instituto Médico Legal (IML), Serviço de Verificação de Óbito (SVO), ou necropsia no HC-UFTM,
providências quando ao registro da Declaração de Óbito (DO), entre outros.

6.7 Psicologia
Caberá ao psicólogo realizar o acompanhamento, durante toda a internação do paciente
em ME, com as intervenções pertinentes à cada etapa do processo, visando o suporte psicológico
dos familiares que incluem:
 Acompanhamento de comunicações médicas;
 Acompanhamento de visitas presenciais dos familiares na UTI;
 Atendimento de suporte familiar;
 Acolhimento relacionado ao luto, e se necessário, realiza encaminhamento psicológico para
os serviços da Rede de Atenção Psicossocial do município de origem.

7. HISTÓRIA CLÍNICA
Antes de dar início aos procedimentos para o diagnóstico de ME é essencial que todas
as seguintes condições preambulares sejam observadas:

Etapa 1
A) Lesão Encefálica Grave e Irreversível
Presença de lesão encefálica grave, de causa conhecida, irreversível e capaz de causar o
quadro clínico compatível com ME. O diagnóstico da lesão causadora do coma deve ser estabelecido
pela avaliação clínica e confirmada por exames de neuroimagem ou por outros métodos
diagnósticos. A incerteza da presença de uma lesão irreversível, ou da sua causa, impossibilita a
determinação de ME.

B) Período de Observação e Tratamento


Deverá ser respeitado um período mínimo de observação e tratamento adequado em
ambiente hospitalar de 6 horas após o estabelecimento do coma. Quando a causa primária do
quadro for encefalopatia hipóxico-isquêmica, esse período de tratamento e observação deverá ser
de, no mínimo, 24 horas após a parada cardiorrespiratória, ou 24 horas após o reaquecimento, se
utilizado hipotermia terapêutica, antes de iniciar a determinação de ME.

C) Afastar Causas Reversíveis de Coma


Trata-se de afastar fatores que, quando graves e não corrigidos, podem ocasionar ou
agravar o coma e confundir o diagnóstico de ME. Portanto, quando estiverem presentes, deve-se
(1) instituir as medidas adequadas para correção das alterações antes de iniciar determinação de
ME e (2) registrar no prontuário do paciente a análise justificada da situação clínica encontrada.

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Os principais fatores de confusão observados são: distúrbios endócrino-metabólicos


graves (exemplo: distúrbios do sódio, distúrbios ácido-base, hipotireoidismo), hipotermia,
hipotensão, intoxicação exógena, fármacos depressores do SNC (FDSNC) e bloqueadores
neuromusculares (BNM). Na presença ou suspeita de distúrbios hidroeletrolíticos, acidobásicos,
endocrinológicos e intoxicação exógena graves, é necessário definir se essas anormalidades são
causa ou consequência do coma observado.

Tabela 1. Principais fármacos depressores do SNC e intervalo de tempo da suspensão do uso até o
início da determinação da morte encefálica.
Intervalo Intervalo (Infusão Intervalo
MEDICAMENTO Meia vida (Dose única ou contínua) (Insuficiência
intermitente) hepática/renal)
Midazolam 2 horas 6 horas 10 horas Individualizar
Fentanil 2 horas 6 horas 10 horas Individualizar
Tionembutal 12 horas 35 horas 60 horas Individualizar

Halotano 15 minutos 45 minutos 1 hora e 15 minutos Individualizar

Isoflurano 10 minutos 30 minutos 50 minutos Individualizar


Sevoflurano 12 minutos 36 minutos 1 hora Individualizar
Succinilcolina 10 minutos 30 minutos 50 minutos Individualizar
Pancurônio 2 horas 2 horas 10 horas Individualizar
Atracúrio 20 minutos 1 hora 1 hora e 40 minutos Individualizar
Cisatracúrio 22 minutos 1 hora e 6 minutos 1 hora e 50 minutos Individualizar
Vecurônio 1 hora e 5 minutos 3 horas e 15 minutos 5 horas e 25 minutos Individualizar
Rocurônio 1 hora 3 horas 5 horas Individualizar
Etomidato 3 horas 9 horas 15 horas Individualizar
2 horas e 30
Cetamina 7 horas e 30 minutos 12 horas e 30 minutos Individualizar
minutos
Propofol 2 horas 6 horas 10 horas Individualizar

D) Parâmetros Fisiológicos Mínimos Durante a Determinação da Morte Encefálica

Temperatura central > 35°C


A hipotermia grave é um fator que pode mimetizar ME. O reflexo fotomotor é perdido
com temperaturas entre 28 e 32°C e os outros reflexos de tronco encefálico tornam-se ausentes
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com temperaturas inferiores a 28°C. Portanto, é necessário corrigir a hipotermia, obtendo-se a


temperatura central (retal ou vesical ou esofágica) superior a 35°C.
Diante da indisponibilidade de termômetros centrais, a verificação de uma temperatura
axilar superior a 35°C é suficiente e segura. A comparação de aferições da temperatura axilar às da
temperatura retal, em diferentes faixas etárias, demonstrou que a soma de 1°C à temperatura
axilar reflete a temperatura retal e pode ser usada com segurança.

Pressão arterial sistólica ≥ 100 mmHg ou pressão arterial média ≥ 65 mmHg


A hipotensão grave, independentemente da causa, pode levar a coma. Para realizar os
exames clínicos para determinação de ME em adultos é obrigatória a obtenção de pressão arterial
sistólica (PAS) ≥ 100 mm Hg ou PAM ≥ 65 mm Hg. É mandatório realizar a correção da hipotensão
com infusão de fluidos e/ou drogas vasopressoras antes de iniciar os procedimentos clínicos e
gráficos para determinação de ME.

Tabela 2. Valores pressóricos mínimos a serem obtidos durante os procedimentos para


determinação da morte encefálica, de acordo com a faixa etária:
Pressão Arterial
Faixa etária Sistólica (mmHg) Sistólica (mmHg)
7 a 16 anos incompletos 90 65
16 anos ou mais 100 65

Saturação arterial de oxigênio > 94%


Deve-se obter uma saturação arterial de oxigênio (SaO2) > 94% antes de cada
procedimento para determinação da ME, para garantir uma oferta adequada de oxigênio aos
tecidos, incluindo o encéfalo, de forma a excluir a interferência deste fator na função encefálica.

E) Diagnóstico Diferencial (Condições Clínicas que não Excluem o Diagnóstico de ME)


Movimentos involuntários (reflexos espinhais) e reflexos tendinosos, abdominais e
cremastérico; Sinal de Lázaro; Sinal de Babinski persistente; Síndrome de Encarceramento (Locked-
in Syndrome), Guillain-Barrè acometendo nervos periféricos e pares cranianos e trauma
raquimedular cervical alto.

F) Contraindicações da Determinação da Morte Encefálica relacionadas a História Clínica e Exame


Físico
Para contraindicar a determinação da morte encefálica, os distúrbios hidroeletrolíticos
e metabólicos graves devem ser a causa primária do coma e não consequência secundária da lesão
encefálica que determinou o coma, como, por exemplo, a hipernatremia causada pelo diabetes
insípidus central após trauma cranioencefálico (TCE) grave. Nesta situação, instituem-se medidas para
correção da hipernatremia e segue-se com os procedimentos para o diagnóstico de ME. A incidência
de hipernatremia é alta em pacientes neurológicos graves e frequentemente é motivo de confusão.
Importante: a hipernatremia grave e refratária ao tratamento não inviabiliza determinação de ME,
exceto quando é a única causa do coma.
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No caso de utilização de FDSNC e BNM, deve-se suspender a droga e aguardar o tempo


necessário antes de iniciar os procedimentos para determinação de ME, para garantir que o exame
neurológico não esteja alterado pela presença destes fármacos.
Para doses intermitentes, recomenda-se aguardar 3 vezes a meia vida da droga e, para
infusão contínua, 5 vezes a meia vida da droga (Tabela 1). Na presença de insuficiência renal e/ou
hepática, deve-se considerar a gravidade da disfunção orgânica e discutir a conduta em cada caso
individualmente. Quando disponível, pode-se dosar o nível sérico dos fármacos utilizados e iniciar a
determinação da ME, desde que estejam dentro ou abaixo do nível terapêutico.
O coma não deve ser atribuído a drogas incapazes de causar coma arreflexo em suas
doses terapêuticas (exemplo: fenitoína, clonidina, morfina, dexmedetomidina), sendo
desnecessário retardar o início dos procedimentos de diagnóstico de ME.
Importante: na presença de fatores de confusão recomenda-se fortemente dar preferência a
exames complementares que avaliem o fluxo/perfusão intracraniana quando da escolha da prova
gráfica, uma vez que estes não são alterados por estes fatores. O eletroencefalograma não é
recomendado nestas situações pois pode sofrer alterações diante de tais condições, podendo
resultar em falso-positivo para ME.

8. PROCEDIMENTOS CLÍNICOS E DIAGNÓSTICOS INDICADOS

Etapa 2 – Exame Clínico


O exame clínico deve demonstrar de forma inequívoca a existência das seguintes condições:

A) Coma não perceptivo

B) Ausência de Reflexos de Tronco Encefálico


 Ausência do reflexo fotomotor (pupilar)
 Ausência de reflexo córneo-palpebral (corneano)
 Ausência do reflexo oculocefálico (olhos de boneca)
 Ausência do reflexo vestíbulo-ocular (prova calórica)
 Ausência do reflexo de tosse

C) Repetição do Exame Clínico


O segundo exame clínico deve ser realizado por outro médico especificamente
capacitado, utilizando a mesma técnica do primeiro exame. Deve ser observado um intervalo
mínimo de uma hora entre o 1º e o 2º exame clínico em maiores de 2 anos de idade.
Não será necessário repetir o teste de apneia após o segundo teste clínico caso tenha
sido realizado após o primeiro exame clínico e evidenciado ausência de movimentos respiratórios
na vigência de Pressão parcial de gás carbônico arterial (PaCO2)> 55 mm Hg.

D) Conduta nas Exceções


Na presença de alterações morfológicas ou orgânicas, congênitas ou adquiridas, que
impossibilitam a avaliação bilateral dos reflexos fotomotor, córneo-palpebral, oculocefálico ou
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vestíbulo-ocular, sendo possível o exame em um dos lados, e constatada ausência de reflexos do


lado sem alterações morfológicas, orgânicas, congênitas ou adquiridas, dar-se-á prosseguimento às
demais etapas para determinação de ME. A causa dessa impossibilidade deverá ser fundamentada
no prontuário.

E) Registro do Exame Clínico


As conclusões do exame clínico deverão ser registradas pelos médicos examinadores no
Termo de Declaração de Morte Encefálica (TDME) e no prontuário do paciente ao final de cada
etapa.

Etapa 3 – Teste da Apneia


A apneia é definida pela ausência de movimentos respiratórios espontâneos após a
estimulação máxima do centro respiratório pela hipercapnia (PaCO2 superior a 55 mmHg). A
realização do teste de apneia é obrigatória na determinação da ME e deve ser realizado uma única
vez por um dos médicos responsáveis pelo exame clínico.
É vedada a realização do teste de apneia nas situações clínicas que podem cursar com
ausência de movimentos respiratórios de causas extracranianas ou farmacológicas, até a reversão
da situação.

A) Preparação para o Teste


A metodologia usada antes e durante o teste deve permitir a obtenção da
estimulação máxima do centro respiratório ao mesmo tempo que previne a ocorrência de hipóxia.

 Condições fisiológicas obrigatórias


Algumas barreiras podem se interpor para a conclusão bem-sucedida do teste de
apneia, como instabilidade hemodinâmica e disfunção respiratória graves. Assim, para realizar o
teste de apneia com segurança e mitigar as chances de intercorrências durante a sua execução, o
paciente deverá preencher os seguintes critérios fisiológicos:
o Temperatura corporal (esofagiana, vesical ou retal) > 35°C e
o SaO2 > 94% e
o PaCO2 entre 35 e 45 mm Hg.
o PAS e PAM, conforme a idade:

Tabela 3. Condições fisiológicas obrigatórias


Faixa etária PAS (mm Hg) PAM
≥ 16 anos 100 65
7 a 16 anos incompletos 90 65

 Prevenção de instabilidades durante o teste


Com o intuito de atingir as condições fisiológicas ideais e para garantir o atendimento
rápido a eventuais intercorrências durante o teste de apneia, alguns cuidados devem ser adotados,
tais como:
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o Obtenção de acesso arterial para monitorização da pressão arterial e coleta de amostras


sanguíneas;
o Disponibilização de cristaloide e vasopressores (noradrenalina) para pronta intervenção,
caso haja instabilidade hemodinâmica grave;
o Disponibilização de material para atendimento de eventual arritmia grave ou parada
cardíaca;
o Instalação de oxímetro de pulso para detecção de qualquer alteração da oxigenação
sanguínea em tempo real;
o Considerar métodos alternativos que permitam a manutenção do recrutamento alveolar,
especialmente nos casos de disfunção respiratória grave, quando há maior risco de hipoxemia.

B) Metodologias para Realizar o Teste de Apneia


1. Verificar pré-requisitos:
 SaO2 > 94%;
 Temperatura > 35º;
 PAS ≥ 100 mmhg;
 Ausência de efeito de sedativos e relaxantes musculares.
2. Estabilizar.
3. Hiperoxigenar – fração inspirada de oxigênio (FIO2) de 100% por 10 min.
4. Instalar oxímetro digital.
5. Coletar gasometria arterial inicial:
 PaCO2 inicial deve estar entre 35 a 45 mmHg;
 PaO2 inicial idealmente superior a 200 mmHg;
6. Desconectar a ventilação mecânica.
7. Estabelecer fluxo contínuo de O2 por:
 Cateter intratraqueal ao nível da carina (6 L/min); ou
 Tubo T (12 L/min); ou
 CPAP (Continuous Positive Airway Pressure) - até 12 L/min + até 10 cm H2O.
8. Observar a presença de qualquer movimento respiratório por oito a dez minutos.
9. Colher gasometria arterial final.
10. Reconectar a ventilação mecânica.

Metodologia “clássica”
1. Ventilação com FiO2 de 100% aumenta em 7 vezes o conteúdo alveolar de oxigênio, permitindo
um tempo maior de apneia sem queda significativa da SaO2. A FiO2 de 100% deve ser mantida por
no mínimo 10 minutos antes do teste para maximizar a oxigenação e atingir, idealmente, uma PaO2
≥ 200 mmHg na gasometria pré-teste. Além disso, a PaCO2 dessa gasometria deve estar entre 35 e
45 mmHg.
2. Colher gasometria antes da desconexão do ventilador mecânico (idealmente por cateterismo
arterial).
3. Oximetria de pulso.

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4. Desconectar o ventilador mecânico.


5. Garantir oxigenação.
- Instalar cateter intratraqueal ao nível da carina e instilar O2 a 6 L/min ou
- Instalar peça em T e gerar fluxo contínuo de O2 a 12 L/min
6. Observar a presença de qualquer movimento respiratório por 8 a 10 minutos. O tempo de 8 a 10
minutos é um intervalo sugerido e não obrigatório para estimar o tempo de desconexão necessário
para a obtenção da PaCO2 alvo, considerando que é esperada uma elevação desta de cerca de 3
mmHg/min nos adultos e de 5 mmHg/min nas crianças. Mesmo que o teste seja interrompido antes
de completar 8 minutos, o teste será considerado positivo se a PaCO2 for superior a 55 mm Hg e
não ocorrerem movimentos respiratórios.
Importante: o teste deve ser interrompido caso sejam verificadas PAS < 100 mm Hg ou hipoxemia
significativa ou arritmia cardíaca. Esta possibilidade reforça a importância da instalação prévia de
cateter arterial e da atenção da equipe assistencial para providenciar a coleta de amostra de sangue
para gasometria arterial final a qualquer momento.
7. Colher gasometria arterial final.
8. Reconectar ao ventilador mecânico, reajustar os parâmetros ventilatórios anteriores ao teste.
Manobras de recrutamento alveolar podem ser necessárias após o teste de apneia.

C) Métodos Alternativos para Realização do Teste de Apneia


As condições respiratórias de alguns pacientes não permitem a interrupção da
ventilação mecânica pelo tempo suficiente para gerar o aumento necessário da PaCO2 sem que isso
implique em hipoxemia. Além disso, em pacientes com pulmões normais, a desconexão para o teste
de apneia pode resultar em atelectasias e consequente hipoxemia após a realização do teste. Tanto
para evitar a hipoxemia em pacientes com lesão da membrana alvéolo-capilar quanto para diminuir
as chances de atelectasia entre os indivíduos com pulmões normais, existe a possibilidade de realizar
teste de apneia preservando o volume residual funcional, o recrutamento alveolar e a superfície
alveolar de troca gasosa. Assim, cabe considerar alternativas técnicas ao método tradicional de
realização do teste de apneia:
 Teste de apneia com “Peça em T” e válvula de CPAP;
 Teste de apneia com equipamento específico para ventilação não-invasiva;
 Teste de apneia sem desconexão do ventilador mecânico em uso.

D) Interrupção do Teste de Apneia


Caso ocorra hipotensão (PA sistólica < 100 mmHg ou PA média < que 65 mmHg),
hipoxemia significativa ou arritmia cardíaca, deverá ser colhida uma gasometria arterial e
reconectado o respirador, interrompendo-se o teste.
Se o PaCO2 final não for superior a 55 mmHg deve-se refazer o teste após a melhora
da instabilidade hemodinâmica.

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E) Interpretação dos Resultados


1) Teste positivo (presença de apneia) - PaCO2 da gasometria final (pós apneia) em qualquer valor >
55 mm Hg, sem movimentos respiratórios, mesmo que o teste tenha sido interrompido antes dos
dez minutos previstos.
2) Teste inconclusivo - PaCO2 da gasometria final (pós apneia) ≤ 55 mmHg, sem movimentos
respiratórios.
3) Teste negativo (ausência de apneia) - presença de movimentos respiratórios, mesmo débeis, com
qualquer valor de PaCO2. Atentar para o fato de que em pacientes magros ou crianças os batimentos
cardíacos podem mimetizar movimentos respiratórios débeis gerando falsos negativos para ME.

F) Registro dos Dados Gasométricos


Os dados gasométricos pré e pós-apneia deverão ser registrados pelos médicos
examinadores no TDME e no prontuário do paciente ao final de cada etapa.

Etapa 4 – Exames Complementares


A metodologia a ser utilizada na realização do exame deverá ser específica para
determinação de ME e o laudo deverá ser elaborado por escrito e assinado por profissional
capacitado com comprovada experiência na realização do exame nessa situação clínica. Os testes
complementares preferenciais para o diagnóstico de ME são:
 Angiografia cerebral;
 Doppler transcraniano;
 Cintilografia cerebral;
 Eletroencefalograma (EEG).
A escolha do exame complementar ideal para cada caso deve levar em consideração a
situação clínica e as disponibilidades locais, devendo ser justificada no prontuário.
O laudo do exame complementar deverá ser elaborado e assinado por médico
especialista no método em situações de ME.
O resultado do exame complementar deverá ser registrado e assinado pelo médico que
realizou o exame no TDME e no prontuário do paciente.
A presença de perfusão sanguínea ou atividade elétrica cerebral deve ser interpretada
como a existência de atividade encefálica focal residual. Em situações de ME, a repetição desses
exames após horas ou dias constatará inexoravelmente o desaparecimento dessa atividade residual.

9. TRATAMENTO INDICADO E PLANO TERAPÊUTICO


Não se aplica

10. CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO


Não se aplica

11. CONDUTAS DO PROCESSO DE DETERMINAÇÃO DE MORTE ENCEFÁLICA


Os familiares do paciente serão obrigatoriamente informados do início do procedimento
para diagnóstico da morte encefálica (Decreto nº 9.175/2017). Caso a família solicite, deve ser
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permitida a presença de um médico de confiança da família do paciente para acompanhar os


procedimentos de determinação de ME.
Nos casos em que a doação não for viável, por quaisquer motivos, o suporte terapêutico
artificial ao funcionamento dos órgãos será descontinuado, hipótese em que o corpo será entregue
aos familiares ou à instituição responsável pela necropsia, nos casos em que se aplique (Decreto nº
9.175/2017). A manutenção dos suportes terapêuticos em não doador em morte encefálica pode
ser considerada no caso de gestantes com feto vivo, em que a conduta é determinada pelo obstetra.
Os procedimentos para determinação de ME devem ser iniciados em todos os pacientes
que apresentem coma não perceptivo, ausência de reatividade supraespinhal e apneia persistente,
e que atendam a todos os pré-requisitos previstos na Resolução do CFM nº 2.173/2017. A
comprovação da ME deve ser realizada utilizando critérios precisos, bem estabelecidos,
padronizados e passíveis de serem executados por médicos em todo território nacional (Resolução
do CFM nº 2.173/2017).
O diagnóstico de ME deve ser firmado de maneira inequívoca, por meio de métodos que
garantam 100% de especificidade (nenhum falso diagnóstico de ME). Portanto, qualquer dúvida na
determinação de ME impossibilita esse diagnóstico. Para tanto, é fundamental que os
procedimentos para determinação da morte encefálica sigam um padrão metodológico rígido, que
inclui 5 etapas obrigatórias:
• ETAPA 1: Atendimento a TODOS os pré-requisitos antes da realização dos testes clínicos e
do exame complementar para diagnóstico de ME;
• ETAPA 2: Dois exames clínicos evidenciando coma aperceptivo e ausência de reflexos de
tronco encefálico;
• ETAPA 3: Teste de apneia que confirme ausência de movimentos respiratórios após
estimulação máxima dos centros respiratórios, evidenciada pela aferição de PaCO2 > 55 mm Hg ao
final do teste;
• ETAPA 4: Exame complementar que evidencie ausência de atividade encefálica;
• ETAPA 5: Formalização da conclusão da determinação da ME.

11.1 Comunicação aos Familiares

A) Comunicação aos Familiares ou Responsável Legal


É atribuição do médico assistente do paciente ou de seu substituto, de acordo com a
Resolução do CFM nº 2.173/2017, esclarecer aos familiares ou aos responsáveis legais sobre a
situação crítica do paciente e que há possibilidade de morte encefálica (ME), o que equivale à
morte. Informar como será realizada a determinação e a confirmação da ME, evitando o uso de
linguajar técnico. Em cada caso há particularidades, mas, via de regra, a estratégia de
comunicação da ME deverá ser dividida em 3 etapas:

ETAPA 1. Primeira comunicação


Sempre que houver a suspeita de ME o médico deverá comunicar essa suspeita à família
em local adequado (reservado, todos sentados, telefones desligados, disponibilidade de lenços e
água) e explicar que:
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1. Há uma lesão cerebral grave;


2. Há a suspeita de que o paciente esteja morto (sugere-se evitar a expressão “morte
encefálica”);
3. Será dado início aos procedimentos para determinação da morte que consistem na
realização de dois exames clínicos e de um exame complementar.
É fundamental verificar se os familiares compreenderam o que lhes foi dito; caso
persistam dúvidas, todas as informações deverão ser explicadas novamente, até que todas as
questões sejam adequadamente compreendidas.

ETAPA 2. Comunicação durante o processo de determinação da ME


Durante esse processo, podem ser necessários múltiplos encontros com a família para
esclarecimento da situação e de dúvidas, devendo esta ser acolhida e informada. Os resultados
dos testes diagnósticos, à medida que forem realizados, devem ser informados aos familiares,
além de informar qual será o próximo passo. Sob nenhuma hipótese, durante a fase de
determinação da ME a equipe assistencial deverá falar sobre doação de órgãos.
Somente após completadas todas as etapas do diagnóstico de ME a doação de órgãos
deverá ser discutida com familiares ou responsáveis legais do paciente. Caso haja
questionamentos por parte dos familiares sobre a possibilidade de doação de órgãos, deve-se
explicar que o objetivo da reunião é esclarecer sobre a realização das provas diagnósticas e que
este não é o momento para tratar do assunto, pois o diagnóstico de morte não está concluído.

ETAPA 3. Comunicação após a confirmação do diagnóstico de ME


A comunicação da morte aos familiares deve ser realizada em local adequado, não
devendo ser feita em locais improvisados como nos corredores, à beira do leito ou na recepção
da UTI. E deve ser realizada de forma clara evitando-se linguajar técnico.
O médico deve certificar-se de que houve entendimento do que foi dito e colocar-se à
disposição para esclarecimentos. Durante todo o período de determinação da morte encefálica,
considera-se a liberação de visitas, o que pode facilitar o entendimento de todo o processo.
Considerando a possibilidade da ocorrência de reflexos espinhais como o sinal de Lázaro
durante a permanência dos familiares, sugere-se a inibição desses reflexos com o uso de
relaxantes neuromusculares desde que a determinação da morte encefálica tenha sido
concluída.

B) Retirada do suporte vital


Do ponto de vista ético e legal, considerando que a ME equivale à morte, após seu
diagnóstico, é dever do médico, no caso de não doadores, retirar os procedimentos de suporte
que mantêm artificialmente o funcionamento dos órgãos vitais utilizados até o momento de sua
determinação. A suspensão desses recursos não caracteriza ortotanásia, eutanásia nem qualquer
espécie de agravo contra a vida, visto que não se trata de um paciente terminal, e sim de uma
pessoa morta. Conforme a resolução 1.826/2007, “é legal e ética a suspensão dos procedimentos
de suportes terapêuticos quando determinada a morte encefálica em não-doador de órgãos. ”

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Importante: A comunicação da morte do paciente deverá ser relatada no prontuário, fazendo


constar a data, o local, a hora e as pessoas presentes no momento da informação.

12. DESFECHO DO PROCESSO DE DETERMINAÇÃO DE MORTE ENCEFÁLICA

A) Termo de Declaração de Morte Encefálica (TDME)


As conclusões dos exames clínicos e os resultados dos exames complementares do
paciente, deverão ser registrados em seu prontuário e no TDME ao término de cada etapa, pela
equipe médica que determinou a ME e comunicadas ao médico assistente do paciente ou a seu
substituto e a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes
(CIHDOTT).

B) Declaração de Óbito (DO)


A DO deverá ser preenchida pelos médicos que determinaram o diagnóstico de ME ou
os médicos assistentes ou seus substitutos. A data e a hora da morte corresponderão ao momento
da conclusão do último procedimento para determinação da ME.
A DO nos casos de morte por causas externas (acidente, suicídio ou homicídio),
confirmada ou suspeita, será de responsabilidade do médico legista, que deverá receber o relatório
de encaminhamento médico e uma cópia do TDME.

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13. FLUXOGRAMAS

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14. REFERÊNCIAS

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Disponível: http://bit.ly/1ZUFWfH

2.Cavalcante, Layana de Paula et al. Cuidados de enfermagem ao paciente em morte encefálica e


potencial doador de órgãos. Acta Paulista de Enfermagem [online]. 2014, v. 27, n. 6 [Acessado 9
Dezembro 2021], pp. 567-572. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1982-0194201400092>.
ISSN 1982-0194. https://doi.org/10.1590/1982-01942014000

3.Conselho Federal de Medicina (CFM). Resolução CFM nº 1480, de 21de agosto de 1997. Determina
os procedimentos para a determinação de morte encefálica. Diário oficial da união, 21 de agosto de
1997; (1): 18227

4.Conselho Federal de Medicina (CFM). Resolução CFM nº 1826, de 24 de outubro de 2007. Dispôs
sobre a legalidade e o caráter ético da suspensão de procedimentos de suporte terapêutico quando
da determinação de morte encefálica de indivíduo não doador. Diário oficial da união, 6 de
dezembro de 2007;(1): 133

5.Conselho Federal de Medicina (CFM). Resolução CFM nº 2173, de 15 de dezembro de 2017.


Determina os procedimentos para a determinação de morte encefálica. Diário oficial da união, 15
de dezembro de 2017; (1): 274.

6.Costa, Carlane Rodrigues, Costa, Luana Pereira da e Aguiar, NicolyA enfermagem e o paciente em
morte encefálica na UTI. Revista Bioética [online]. 2016, v. 24, n. 2 [Acessado 9 Dezembro 2021] ,
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https://doi.org/10.1590/1983-80422016242137.

7.Dantas FA, Vieira DS, Souza JO, Fernandes LTB, Zaccara AAL. Aspectos éticos e legais da doação e
transplantes de órgãos no Brasil. [Internet]. 15º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem.
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8.Diament, Aron. Neurologia infantil. 5.ed. Atheneu.2010.

9.Manual para Notificação, Diagnóstico de Morte Encefálica e do Potencial Doador de Órgãos e


Tecidos da Central Estadual de Transplantes do Paraná. Disponível em:
http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/CET/Manual_UTI.pdf.

10.Westphal G.A. et al. Curso para Determinação de Morte Encefálica. Associação de Medicina
Intensiva Brasileira. 2019.
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11.Passos IMS, Figueiredo JBV, Menezes MO, Silva DP, Oliveira DML. Manutenção hemodinâmica
na morte encefálica: revisão literária. Cadernos de Graduação Ciências biológicas e da saúde Unit.
[Internet]. 2014 [acesso 22.mar.2015]; 2(1):73-86. Disponível: http://bit.ly/1rsMRAV
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12. Código de Ética Médica. Capítulo Doação de Órgãos. Acesso em 5/1/2022. Link:
https://portal.cfm.org.br/etica-medica/codigo-2010/codigo-de-etica-medica-res-1931-2009-
capitulo-vi-doacao-e-transplante-de-orgaos-e-tecidos/

15. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO

VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA AÇÃO/ALTERAÇÃO


1 22/2/2021 Elaboração do Protocolo (PRT)

Elaboração Data: 4/5/2023


Ivan Monteiro Borges, médico intensivista
Ayres Alexandre Carlos Menezes, médico intensivista
Milva Guimarães Leal, assistente social
Heloísa Coelho, psicóloga
Edward Meirelles de Oliveira, chefe da UTI Adulto, em 22/2/2021
Nicolle Lidiane Silva, enfermeira da UTI Adulto
Vinícius dos Santos Sguerri, médico psiquiatra
Validação
Edward Meirelles de Oliveira, chefe da UTI Adulto, em 28/1/2022
Cintia Machado Dutra, chefe do Setor de Paciente Crítico
Ivonete Helena Rocha, chefe da Divisão de Gestão do Cuidado
Marlos Aureliano Dias de Sousa, chefe da Divisão Médica, em 17/5/2022
Andreia Duarte de Resende, presidente do Núcleo de Protocolos Assistenciais Multiprofissionais, em
29/8/2022
Registro, análise e revisão
Maria Aparecida Ferreira, enfermeira da Unidade de Planejamento, Gestão de Riscos e Controles
Internos (UPLAG)
Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da UPLAG
Aprovação
Andreia Duarte de Resende, gerente de atenção à saúde

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