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DA GRANDE DOURADOS
1. SUMÁRIO
2. SIGLAS E CONCEITOS
AGHU: Aplicativo de Gestão dos Hospitais Universitários
DNV: Declaração de nascido vivo
HU-UFGD: Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados
PAGO: Pronto-Atendimento Ginecológico e Obstétrico.
RN: Recém-nascido. O mesmo que neonato.
VIGIHOSP: Software de notificação de incidentes relacionados à segurança do paciente.
3. OBJETIVOS
• Garantir a correta identificação do paciente, assegurando que o cuidado seja prestado à pessoa para
a qual se destina.
• Padronizar a identificação de pacientes.
• Estabelecer fluxos para a identificação de pacientes.
4. JUSTIFICATIVA
Falhas na identificação do paciente podem ocorrer, desde a admissão até a alta do serviço, em todas
as fases do diagnóstico e do tratamento. Podem resultar em eventos adversos como erros de medicação, erros em
transfusão de hemocomponentes, em diagnósticos, realização de procedimentos em pacientes errados e/ou locais er-
rados, entrega de bebês às famílias erradas, entre outros. A adequada identificação do paciente é o caminho para que
as múltiplas rotinas de cuidado possam ser dirigidas ao paciente correto (BRASIL, 2013).
IDENTIFICADORES
✓ Nome completo do paciente (sem abreviaturas),
✓ Data de nascimento (data de óbito/parto para natimorto),
✓ Prontuário,
✓ Nome completo da mãe (obrigatório para crianças, neonatos, natimortos)
✓ Sexo (obrigatório para neonatos/natimortos nascidos no hospital).
A técnica de identificação mais segura é a tripla checagem: paciente declara sua identificação, profis-
sional confirma com dados da pulseira e compara a identificação de documento ou rótulo (ver item 7).
Mesmo quando não houver condições para uso de pulseira (como desabastecimento ou contraindica-
ção), as demais rotinas para identificação do paciente devem ser realizadas, visando o cuidado certo ao paciente certo.
Profissionais de saúde:
Confirmar a identificação do paciente antes de CADA CUIDADO (não apenas no início do
plantão/turno), mesmo que o paciente seja conhecido da equipe.
Enfermagem;
Realizar a identificação com no mínimo DOIS IDENTIFICADORES (ver descrição da rotina
Assistente Social; nos tópicos a seguir).
Biomédico e equipe;
ORIENTAR paciente e/ou acompanhante, sobre a necessidade do processo de identificação
Farmacêutico e segura – garantir o cuidado certo para o paciente certo.
equipe;
Identificar corretamente DOCUMENTOS como prescrição, evolução, requisição, laudo com
Fisioterapeuta;
no mínimo DOIS IDENTIFICADORES.
Fonoaudiólogo;
Identificar corretamente ETIQUETAS E ROTULAGENS de medicamentos, hemoderivados e
Médico;
hemocomponentes, amostras de exames, dietas;
Nutricionista;
COMPARAR a identificação de DOCUMENTOS, ETIQUETAS E ROTULAGENS COM PULSEIRA
Psicólogo;
de identificação e dados informados pelo paciente/acompanhante.
Profissionais da área
de imagem; Contribuir para a manutenção da PULSEIRA durante a toda a internação do paciente. Ava-
liar a LEGIBILIDADE da pulseira, e o MEMBRO onde está instalada. Solicitar nova pulseira
Vacinadores;
para realizar a troca quando necessário.
Outros.
Notificar no VIGIHOSP incidentes relacionadas a falhas de identificação.
Regulação Solicitar na ficha CORE (Complexo Regulador Estadual) a documentação do paciente: do-
cumento oficial com foto, certidão de nascimento (para menos de 18 anos sem registro
geral de identidade), DNV para RN não registrado.
Nutrição e Copeiragem Confirmar a dieta certa para o paciente certo. Formulários, evoluções, prescrições e censo
de dieta precisam conter no mínimo DOIS IDENTIFICADORES.
Identificar a dieta com no mínimo DOIS IDENTIFICADORES do paciente.
Confirmar a identificação do paciente na ENTREGA DE CADA DIETA, conforme os procedi-
mentos descritos nesse protocolo.
ORIENTAR paciente e/ou acompanhante, sobre a necessidade do processo de identificação
segura – garantir o cuidado certo para o paciente certo.
Participar do processo de educação permanente junto a equipe.
Notificar no VIGIHOSP incidentes relacionadas a falhas de identificação.
Gestores de contratos Estabelecer mecanismo para que esse protocolo seja atendido.
Para assegurar que todos os pacientes sejam corretamente identificados, é necessário usar pelo me-
nos DOIS IDENTIFICADORES.
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Devem ser utilizados os identificadores padronizados. O número do leito não é identificador, porque
há risco de troca de leito no decorrer do atendimento hospitalar. NUNCA suponha que o paciente está no leito correto,
ou que a placa beira-leito realmente seja daquele paciente.
IDENTIFICADORES
✓ Nome completo do paciente (sem abreviaturas),
✓ Data de nascimento (data de óbito/parto para natimorto),
✓ Prontuário,
✓ Nome completo da mãe (obrigatório para crianças, neonatos, natimortos)
✓ Sexo (obrigatório para neonatos/natimortos nascidos no hospital).
Ao preencher formulários e rotulagens, também deve usar os identificadores padronizados para que
cuidado certo será prestado ao paciente certo. Por isso, sempre que possível utilize o sistema AGHU e os sistemas
relacionados.
Por isso é importante que todos profissionais orientem paciente e acompanhante sobre o processo
de garantir que o cuidado certo seja realizado com o paciente certo.
7.2 Identificação do RN
Se a puérpera estiver internada, a técnica da identificação do RN é a mesma acima, ACRESCIDA DE:
Comparação da pulseira de RN e puérpera, em todo momento de entrega do RN à mãe ou responsável legal (em caso
de impossibilidade da mãe).
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A pulseira deve ser colocada obrigatoriamente no local do nascimento, quando ocorrer no HU-
UFGD/EBSERH.
7.4 Pós-morte
O corpo deve ter pulseira de identificação. Conferir a presença da pulseira de identificação e a
legibilidade dos dados, antes de encaminhar para o morgue. Se ilegível ou ausente, solicitar impressão de nova pulseira
à recepção de internação e colocá-la no punho ou tornozelo, certificando-se que os dados contidos na mesma se refere
ao paciente/corpo certo.
A obrigatoriedade da pulseira também aplica ao natimorto. Na ausência ou ilegibilidade da pulseira,
providenciar uma nova. A pulseira deve ser colocada obrigatoriamente no local do nascimento.
Em casos de desabastecimento da pulseira de identificação, confeccionar uma utilizando fita crepe,
micropore ou esparadrapo, inserindo no mínimo DOIS IDENTIFICADORES.
IDENTIFICADORES
✓ Nome completo do paciente (sem abreviaturas),
✓ Data de nascimento (data de óbito/parto para natimorto),
✓ Prontuário,
✓ Nome completo da mãe (obrigatório para crianças, neonatos, natimortos)
✓ Sexo (obrigatório para neonatos e natimortos nascidos no hospital).
Sobre o corpo lençol ou saco mortuário, fixe a placa de identificação beira-leito, que deve ter
acrescentado a data e hora do óbito.
Em situações que o paciente não tenha prontuário no HU-UFGD (como natimortos), e outras situações
específicas para identificar sobre corpo, como risco biológico, consulte POPs e Protocolos específicos sobre manejo de
corpos / óbitos.
8. CADASTRAMENTO DO PACIENTE
Todo paciente precisa ser cadastrado no sistema de atendimento do HU-UFGD. É este cadastro que
guia os demais documentos do paciente, como pulseira de identificação e prontuário.
O cadastro e a impressão de pulseiras são realizados nas recepções. É exceção o recém-nascidos no
HU-UFGD, em que o enfermeiro da unidade realiza tais atividades.
Para pacientes encaminhados ao HU-UFGD via sistema de regulação, o NIR solicita na ficha CORE que
tragam documentações para a internação, incluindo documento de identificação. Esse mecanismo auxilia a identificar
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se a pessoa que será internada é a mesma que consta na Autorização de Internação Hospitalar ou instrumento seme-
lhante.
No ato da admissão, a recepção fará o cadastro mediante a confirmação com um dos documentos a
seguir.
Em casos de paciente sem documentação, o cadastro será feito com as informações verbais forneci-
das pelo paciente, acompanhante ou responsável. Deve haver a orientação de apresentar os documentos assim que
possível.
✓ Documento oficial com foto: carteira de identidade, carteira de trabalho, carteira profissional,
carteira de identificação funcional, passaporte, ou outro documento público que permita a iden-
tificação do indicado – os documentos civis e militares são equiparados (Lei nº 12.037/09).
✓ Menores de 18 anos que não possuam carteira de identidade, solicitar certidão de nascimento.
✓ Admissão de recém-nascido não registrado (sem certidão de nascimento): conferir a Declaração
de Nascido Vivo. A carteira de vacinação NÃO pode ser considerada documento de identificação,
pois, reflete as informações resumidas de parte específica do prontuário do paciente, não bas-
tando para que identifique o paciente.
✓ Recém-nascido que teve a certidão de nascimento registrada durante internação: a família/res-
ponsável deve ser orientado apresentar a certidão de nascimento à recepção para atualização do
cadastro AGHU.
a) Os dados do documento serão comparados com os dados fornecidos verbalmente. Se paciente estiver
sido referenciado, comparar se é o mesmo paciente que foi regulado.
d) Deve ser assegurado o uso do nome social a pessoas que não se reconhecem com o gênero atribuído
ao nascer: Registrar o nome civil oficial e o nome social em campos específicos do AGHU. Todo documento
deve constar o nome civil e o nome social, este entre parênteses.
acompanhante ou responsável. Deve haver a orientação de apresentar os documentos assim que possível.
Em ausência de informações sobre a identidade da pessoa – paciente desacordado, sem documentos
ou sem acompanhantes, pessoa em situação de rua, pessoa proveniente de casa de acolhimento, vítima de catástrofes,
estrangeiros sem documentos:
a) Registrar no AGHU, no campo NOME:
• Sexo,
• Idade presumida,
• Raça/cor,
• Características físicas mais acentuadas (inclua tatuagens, manchas de pele),
• Data e hora que foi admitido na unidade de saúde,
• Local e situação onde e como foi encontrado.
• Não usar termos pejorativos para descrever o paciente.
• Exemplo: Mulher não identificada, idosa, parda, cabelos brancos longos, politraumatizada.
b) Durante a assistência, outras características relevantes podem ser observadas no exame físico. A
equipe assistencial deve informar a recepção para atualização do cadastro.
c) Comunicar serviço social do HU-UFGD sobre paciente sem documento, que poderá verificar no decor-
rer de atendimento a possibilidade de exame datiloscópico junto à delegacia.
d) Atualizar o cadastro quando houver confirmação da identidade do paciente.
9. PULSEIRA DE IDENTIFICAÇÃO
• Pulseira de preenchimento manual: Materiais: Pulseira; Caneta esferográfica azul ou preta. Preencher
com letra de forma legível.
b) Dados da pulseira: ter no mínimo dois identificadores. Os nomes não podem ser abreviados:
• Adulto e criança: nome civil completo, nome da mãe e data de nascimento (DD/MM/AAAA). Pode ser
acrescido o número do prontuário.
• Adulto com nome social: nome social, data de nascimento (DD/MM/AAAA). Pode ser acrescido o nú-
mero do prontuário.
• Neonato não registrado: sigla “RN” seguida do nome completo da mãe, data de nascimento
(DD/MM/AAAA), hora de nascimento e sexo. Pode ser acrescido o número do prontuário.
• Natimorto: “Natimorto de” seguida do nome completo da mãe, data do nascimento/óbito
(DD/MM/AAAA), e sexo.
• Neonato com certidão de nascimento: nome completo do paciente, nome completo da mãe, data de
nascimento (DD/MM/AAAA), e sexo. Pode ser acrescido o número do prontuário.
1ª 2ª 3ª 4ª
punho direito punho esquerdo punho direito punho esquerdo
4ª 3ª 2ª 1ª
a) Retirar a pulseira apenas na ALTA, SOMENTE na porta de saída do HU-UFGD. Atribuição: profissional
que acompanha paciente.
b) NÃO retire a pulseira de identificação em caso de óbito. Substitua se não estiver legível.
c) NÃO use tesoura ou material cortante para pulseira com feixe adesivo, pois é possível puxar a aba
interna para rasgá-la.
Encontre as abas sobrepostas da pulseira. Puxe as abas em direção contrárias. A pulseira será destacada.
11. MONITORAMENTO
As falhas de identificação serão monitoradas através de notificações no VIGIHOSP: número de inci-
dentes relacionados a falhas na identificação do paciente (anexo A).
Qualquer falha na identificação do paciente precisa ser notificada. Exemplos de falhas de identificação:
cadastro errado, identificação errada, falhas na assistência em decorrência a falha de identificação, ausência de identi-
ficadores no paciente, ilegibilidade dos dados, conflito de dados, ausência de checagem pela equipe durante assistência.
O NSP realizará visitas técnicas nas unidades assistenciais para análise da adesão aos protocolos de
segurança do paciente, com mensuração da proporção de pacientes com pulseiras padronizadas (anexos B e C).
12. REFERÊNCIAS
CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE (BR). Resolução nº 553, de 9 de agosto de 2017. Aprova a atualização da Carta dos
Direitos e Deveres da Pessoa Usuária da Saúde, que dispõe sobre as diretrizes dos Direitos e Deveres da Pessoa Usuária
da Saúde anexa a esta Resolução. Diário Oficial da União, Brasília – DF, 15 jan. 2018. Seção 1, N. 10, p. 43-44. Disponível
em <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt2095_24_09_2013.html>. Acesso em 15 mar. 2020.
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL
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MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Anexo 2:
Protocolo de identificação do paciente. In: BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria nº 2.095, de 24 de setembro de 2013.
Aprova os protocolos básicos de segurança do paciente. Diário Oficial da União. Brasília – DF, 25 set. 2013. Seção 1, nº
186, p. 113. Disponível em <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt2095_24_09_2013.html>. Acesso
em 15 mar. 2020.
SÃO PAULO (SP). SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE. COORDENAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE. COMITÊ TÉC-
NICO DE SAÚDE INTEGRAL LGBTI. Protocolo para o atendimento de pessoas transexuais e travestis no município de
São Paulo. Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, 2020. E-Book. Disponível em: https://www.prefei-
tura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/Protocolo_Saude_de_Transexuais_e_Traves-
tis_SMS_Sao_Paulo_3_de_Julho_2020.pdf
Elaboração
Angela Mendonça de Souza Data: 30/06/2016
Revisão
Versão 4 – Jackeline Camargos Pereira (UGRA) Data: 23/02/2021
Versão 3 – Graciela Mendonça dos Santos Bet (UGRA) Data: 15/12/2019
Versão 2 - Angela Mendonça de Souza (SVSSP) Data: 31/01/2018
Análise
Núcleo de Segurança do Paciente - Despacho - SEI Data: 14/06/2021
NSP/UVS/SVSSP/GAS/HU-UFGD (14247170)
Validação
Fuad Fayez Mahmoud - Despacho - SEI SVSSP/GAS/HU-UFGD Data: 13/04/2021
(12975799)
Aprovação
Thaisa Pase - Gerência de Atenção à Saúde Data: 15/06/2021
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Ações Esperadas Incentivar a implementação de processos que contribuam para correta identificação do paci-
para Causar Impacto ente e consequente redução da ocorrência de erros ocasionados por identificações incorre-
no Indicador tas.
Limitações e Vieses Subnotificação
Fonte: EBSERH. Painel de indicadores de segurança do paciente.
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