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DA GRANDE DOURADOS
SUMÁRIO
2. SIGLAS E CONCEITOS..................................................................................................................................2
3. OBJETIVO....................................................................................................................................................3
4. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................................3
5. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E DE EXCLUSÃO .................................................................................................3
6. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS, RESPONSABILIDADES ............................................................................3
6.1 Questões éticas e legais da enfermagem no preparo e administração de medicamentos ............4
6.1.1 Sobre a prescrição: ....................................................................................................................4
6.1.2 Sobre administração de medicamento preparado e/ou diluído por outro profissional.........5
7. PRÁTICAS SEGURAS PARA O PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS ..................................5
7.1 Paciente certo ..........................................................................................................................................7
7.2 Medicamento certo ...........................................................................................................................8
7.3 Forma certa ........................................................................................................................................9
7.4 Dose certa ..........................................................................................................................................9
7.5 Via certa ...........................................................................................................................................10
7.6 Hora certa ........................................................................................................................................11
7.7 Orientação correta...........................................................................................................................12
7.8 Registro certo ...................................................................................................................................12
7.9 Resposta certa .................................................................................................................................13
8. MONITORAMENTO ..................................................................................................................................13
9. REFERÊNCIAS............................................................................................................................................13
10. HISTÓRICO DE REVISÃO .......................................................................................................................14
Publicação: Portaria nº 67, de 07 de junho de 2021 – Boletim de Serviço nº 260, de 15 de junho de 2021.
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2. SIGLAS E CONCEITOS
AGHU: Aplicativo de Gestão dos Hospitais Universitários
VIGIHOSP: Software utilizado por todos os hospitais da rede Ebserh para agilizar a notificação de
incidentes relacionados a assistência a saúde, propiciando a melhoria dos serviços prestados.
Uso seguro de medicamentos: inexistência de injúria acidental ou evitável durante o uso de
medicamentos. A utilização segura engloba atividades de prevenção e minimização dos danos
provocados por eventos adversos que resultam do processo de uso dos medicamentos.
Farmacovigilância: A ciência e atividades relacionadas com a detecção, avaliação, compreensão e
prevenção dos efeitos adversos dos produtos farmacêuticos.
Queixa técnica a medicamentos é quando se observa um afastamento dos parâmetros de
qualidade exigidos para a comercialização ou aprovação no processo de registro de um produto
farmacêutico.
Evento adverso a medicamento: dano ao paciente resultante da medicação, devido a uma reação
farmacológica a uma dose normal, ou devido a erro de medicação.
Reação Adversa a Medicamento: Qualquer efeito prejudicial ou indesejado que se apresente após
a administração de doses normalmente utilizadas para profilaxia, diagnóstico ou tratamento.
Erro de medicação: é qualquer evento evitável que, de fato ou potencialmente, possa levar ao uso
inadequado de medicamento quando o medicamento se encontra sob o controle de profissionais
de saúde, de paciente ou do consumidor, podendo ou não provocar danos ao paciente. Os erros de
medicação podem ser relacionados à prática profissional, produtos usados na área de saúde,
procedimentos, problemas de comunicação, incluindo prescrição, rótulos, embalagens, nomes,
preparação, dispensação, distribuição, administração, educação, monitoramento e uso de
medicamentos. (BRASIL, 2013; OMS, 2011).
Erro de prescrição: erro em decorrência da redação da prescrição e/ou da decisão terapêutica
Medicamento contraindicado (alergias, interações). Prescrição ilegível, abreviaturas não
padronizadas, ausência de identificação do paciente, do prescritor e/ou de data. Falta ou erro em
concentração/dosagem, forma farmacêutica, via de administração, diluente, tempo de infusão,
velocidade de infusão, duração do tratamento (BRASIL, 2013, ISMP, 2016).
Erro de dispensação: quando a dispensação envolve entrega de medicamento diferente do
prescrito ou não prescrito; concentração/dosagem dispensada diferente (maior/menor) que a
prescrita; forma farmacêutica diferente da prescrita; com alterações nas características físicas e
organolépticas; com armazenamento em temperatura inadequada; com danos na embalagem; sem
identificação ou ilegível; com prazo de validade expirado (ISMP, 2016).
Erro de administração: quando o medicamento é administrado: ao paciente erado; administrado
errado; sem necessidade; omitido; dose omitida; com dose maior que a prescrita; com dose menor
que a prescrita; com dose duplicada; pela via errada; com forma farmacêutica errada; com erro de
preparo, manipulação e/ou acondicionamento; tempo de infusão divergente do prescrito;
velocidade de infusão errada; administração simultânea de medicamentos incompatíveis; em via
correta, porém lateralidade incorreta; fracionar ou triturar inadequadamente formas farmacêuticas
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sólidas; em horário errado; com frequência errada; com data de validade expirada; deteriorado;
com alergia referida; diferente do prescrito; registro incorreto (ISMP, 2016; BRASIL 2013).
Medicamentos de alta vigilância ou Medicamentos Potencialmente Perigosos (MPP):
medicamentos que possuem maior potencial de provocar danos graves no paciente, quando existe
erro na sua utilização.
Dupla checagem de medicamentos é fundamentada na probabilidade de que duas pessoas
cometerem o mesmo erro, com o mesmo medicamento e o mesmo paciente é menor. Dois
profissionais realizam a conferência independente de cálculo/dose/controle de infusão. É
empregada quando a gravidade de danos é elevada (extremos de idade, MPP).
3. OBJETIVO
Promover práticas seguras nos processos de preparo e administração, e de
monitoramento do uso de medicamentos.
4. JUSTIFICATIVA
Incidentes relacionados a medicamentos podem acarretar prejuízos ao paciente e
familiares nos aspectos de saúde física, mental e social, comprometer a imagem e a confiabilidade
da instituição, e ainda, implicar os profissionais em processos e ações ético-legais. Esses incidentes
podem ser previsíveis e preveníveis, e ocorrer em qualquer etapa do processo medicamentoso,
necessitando que as áreas envolvidas (medicina, farmácia e enfermagem) adotem medidas
preventivas (COREN-SP, 2017; OMS, 2017)
Este protocolo envolve a segurança nas fases de preparo e administração de
medicamentos, e o monitoramento do paciente. Como essas são as últimas etapas do processo,
configuram as últimas barreiras para evitar incidentes relacionados a medicamentos e para
identificar incidentes em tempo oportuno de reduzir a gravidade e danos.
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d) Preparar medicamentos em local específico para tal, organizado sem fontes de distração
(alto fluxo de pessoas, telefone, som).
e) Não interromper o preparo de medicamentos.
f) Organizar bandeja com medicamentos de APENAS UM paciente – prevenir administração ao
paciente errado.
g) Evitar estoques de medicamentos nas unidades assistenciais. Se imprescindível:
i. Atender à lista e quantitativo máximo estabelecido entre chefia/liderança de
unidade e Unidade de Dispensação Farmacêutica (UDF),
ii. Estocar medicamentos de alta vigilância somente se imprescindível e se constar
na lista descrita no tópico anterior. O armazenamento deve ser em local separado
dos demais medicamentos (outra gaveta, outro bim, outra caixa). Esse local deve
ter identificação destacada com o nome do medicamento.
iii. Não estocar/guardar ampolas de cloreto de potássio concentrado nas unidades
assistenciais.
iv. Controlar a validade dos frascos multidose depois de abertos,
v. Atender as normativas institucionais sobre temperatura e higienização de
geladeira de medicamentos. Ter disponível o “Plano de contingenciamento para
falhas nos refrigeradores de armazenamento de medicamentos”.
h) Todo profissional, ao administrar um medicamento, deve sempre checar os nove certos:
paciente certo, medicamento certo, forma certa, dose certa, via certa, hora certa, orientação
certa, registro certo, resposta certa.
i) Todo medicamento precisa ser rotulado com os certos da administração. O modelo
institucional de rótulo de medicamentos orienta as informações necessárias. Disponível em
Sistemas> Sistemas assistenciais > Rótulo de Medicamentos (figura 1).
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(1a). Acesso ao formulário “Rótulo e Medicamentos” em Sistemas AGHU, que direciona para uma página de Busca
de Paciente por Prontuário. Digitando o prontuário aparecerá uma folha de impressão com oito rótulos de
medicação (1b) já preenchida com o nome de data de nascimento do paciente. Se não tiver o prontuário, sairá
todos os campos em branco.
Fonte: SVSSP, 2021.
c) No ato da administração:
i. Pedir ao paciente ou seu acompanhante que DECLARE o nome completo, e o
segundo identificador. Exemplo: “Por favor, diga-me o seu nome completo” e
“qual sua data de nascimento”.
ii. Verificar se resposta é condizente com identificação da pulseira.
iii. Caso o paciente não tenha condições de confirmar o nome, confira o nome do
paciente descrito na prescrição/medicação com a pulseira de identificação.
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(2a) Embalagens semelhantes: sempre leia o rótulo. (2b) Medicamentos com grafias e sons semelhantes, e o
sistema de destaque para as sílabas que são diferentes – atenção quando ver sílabas em caixa alta na prescrição.
Fonte: SVSSP, 2021.
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Figura 3 – Exemplos de alertas em embalagens de medicamentos que não podem ser mastigados,
triturados, repartidos.
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(a) (b)
(4a) Alerta em embalagens de medicamentos orais sólidos e seringas. (4b) Bomba de infusão com identificação do
medicamento de alta vigilância, para maior controle do ajuste de velocidade.
Fonte: SVSSP, 2021.
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(a) (b)
(5a) Sulfato de Morfina injetável de uso IM, IV, Peridural, Intratecal. (5b) Sulfato de Morfina injetável de uso
espinhal.
Fonte: Internet, 2021
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Figura 6. Checagem de prescrição com rubrica que está relacionada ao carimbo do profissional.
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8. MONITORAMENTO
Eventos adversos a medicamentos e queixas técnicas precisam ser notificadas no
VIGIHOSP (ver POP.UGRA.003). As notificações contribuem para ações de Farmacovigilância,
incluindo o planejamento de melhoria nos processos assistenciais.
O NSP realizará visitas técnicas nas unidades assistenciais para análise da adesão aos
protocolos de segurança do paciente.
9. REFERÊNCIAS
BRASIL. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM (COFEN). CAMARA TÉCNICA DE LEGISLAÇÕES E
NORMAS (CTLN). Parecer nº 013/2015: Legislação profissional: “preparo de medicamentos por um
profissional de enfermagem e a respectiva administração de medicamento por outro”. Brasília, 25
de maio de 2015. Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/parecer-no-
0132015cofenctln_54431.html>. Acesso em: 14 jul. 2020.
BRASIL. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM (COFEN). Resolução nº 487, de 25 de agosto de
2015. Veda aos profissionais de Enfermagem o cumprimento da prescrição médica a distância e a
execução da prescrição médica fora da validade. Diário Oficial da União. Brasília – DF, 28 de agosto
de 2015. Seção 1, nº 165, p. 243.
BRASIL. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM (COFEN). Resolução nº 514, de 5 de maio de 2016.
Aprova o Guia de recomendações para os registros de enfermagem no prontuário do paciente, com
a finalidade de nortear os profissionais de saúde. Diário Oficial da União. Brasília – DF, 7 de junho
de 2016. Seção 1, nº 107, p. 84.
BRASIL. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM (COFEN). Resolução nº 564, de 6 de novembro de
2017. Aprova o novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Diário Oficial da União.
Brasília – DF, 6 de dezembro de 2017. Seção 1, nº 233, p. 157.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. FUNDAÇÃO
OSWALDO CRUZ. FUNDAÇÃO HOSPITALAR DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Anexo 3: Protocolo de
segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos. In: BRASIL, Ministério da Saúde.
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Elaboração
Jackeline Camargos Pereira Data: 05/11/2020
Priscyla Tainan Camargo
Stéphane Durand Santos
Análise
Núcleo de Segurança do Paciente Data: 26/01/2021
Validação
Graciela Mendonça Dos Santos Bet – UGRA/SVVSP Data: 26/01/2021
Aprovação
Thaisa Pase - Gerência de Atenção à Saúde Data: 07/06/2021
Publicação: Portaria nº 67, de 07 de junho de 2021 – Boletim de Serviço nº 260, de 15 de junho de 2021.