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HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL

DA GRANDE DOURADOS

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PROTOCOLO
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SUMÁRIO

2. SIGLAS E CONCEITOS..................................................................................................................................2
3. OBJETIVO....................................................................................................................................................3
4. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................................3
5. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E DE EXCLUSÃO .................................................................................................3
6. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS, RESPONSABILIDADES ............................................................................3
6.1 Questões éticas e legais da enfermagem no preparo e administração de medicamentos ............4
6.1.1 Sobre a prescrição: ....................................................................................................................4
6.1.2 Sobre administração de medicamento preparado e/ou diluído por outro profissional.........5
7. PRÁTICAS SEGURAS PARA O PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS ..................................5
7.1 Paciente certo ..........................................................................................................................................7
7.2 Medicamento certo ...........................................................................................................................8
7.3 Forma certa ........................................................................................................................................9
7.4 Dose certa ..........................................................................................................................................9
7.5 Via certa ...........................................................................................................................................10
7.6 Hora certa ........................................................................................................................................11
7.7 Orientação correta...........................................................................................................................12
7.8 Registro certo ...................................................................................................................................12
7.9 Resposta certa .................................................................................................................................13
8. MONITORAMENTO ..................................................................................................................................13
9. REFERÊNCIAS............................................................................................................................................13
10. HISTÓRICO DE REVISÃO .......................................................................................................................14

Publicação: Portaria nº 67, de 07 de junho de 2021 – Boletim de Serviço nº 260, de 15 de junho de 2021.
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2. SIGLAS E CONCEITOS
AGHU: Aplicativo de Gestão dos Hospitais Universitários
VIGIHOSP: Software utilizado por todos os hospitais da rede Ebserh para agilizar a notificação de
incidentes relacionados a assistência a saúde, propiciando a melhoria dos serviços prestados.
Uso seguro de medicamentos: inexistência de injúria acidental ou evitável durante o uso de
medicamentos. A utilização segura engloba atividades de prevenção e minimização dos danos
provocados por eventos adversos que resultam do processo de uso dos medicamentos.
Farmacovigilância: A ciência e atividades relacionadas com a detecção, avaliação, compreensão e
prevenção dos efeitos adversos dos produtos farmacêuticos.
Queixa técnica a medicamentos é quando se observa um afastamento dos parâmetros de
qualidade exigidos para a comercialização ou aprovação no processo de registro de um produto
farmacêutico.
Evento adverso a medicamento: dano ao paciente resultante da medicação, devido a uma reação
farmacológica a uma dose normal, ou devido a erro de medicação.
Reação Adversa a Medicamento: Qualquer efeito prejudicial ou indesejado que se apresente após
a administração de doses normalmente utilizadas para profilaxia, diagnóstico ou tratamento.
Erro de medicação: é qualquer evento evitável que, de fato ou potencialmente, possa levar ao uso
inadequado de medicamento quando o medicamento se encontra sob o controle de profissionais
de saúde, de paciente ou do consumidor, podendo ou não provocar danos ao paciente. Os erros de
medicação podem ser relacionados à prática profissional, produtos usados na área de saúde,
procedimentos, problemas de comunicação, incluindo prescrição, rótulos, embalagens, nomes,
preparação, dispensação, distribuição, administração, educação, monitoramento e uso de
medicamentos. (BRASIL, 2013; OMS, 2011).
Erro de prescrição: erro em decorrência da redação da prescrição e/ou da decisão terapêutica
Medicamento contraindicado (alergias, interações). Prescrição ilegível, abreviaturas não
padronizadas, ausência de identificação do paciente, do prescritor e/ou de data. Falta ou erro em
concentração/dosagem, forma farmacêutica, via de administração, diluente, tempo de infusão,
velocidade de infusão, duração do tratamento (BRASIL, 2013, ISMP, 2016).
Erro de dispensação: quando a dispensação envolve entrega de medicamento diferente do
prescrito ou não prescrito; concentração/dosagem dispensada diferente (maior/menor) que a
prescrita; forma farmacêutica diferente da prescrita; com alterações nas características físicas e
organolépticas; com armazenamento em temperatura inadequada; com danos na embalagem; sem
identificação ou ilegível; com prazo de validade expirado (ISMP, 2016).
Erro de administração: quando o medicamento é administrado: ao paciente erado; administrado
errado; sem necessidade; omitido; dose omitida; com dose maior que a prescrita; com dose menor
que a prescrita; com dose duplicada; pela via errada; com forma farmacêutica errada; com erro de
preparo, manipulação e/ou acondicionamento; tempo de infusão divergente do prescrito;
velocidade de infusão errada; administração simultânea de medicamentos incompatíveis; em via
correta, porém lateralidade incorreta; fracionar ou triturar inadequadamente formas farmacêuticas

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sólidas; em horário errado; com frequência errada; com data de validade expirada; deteriorado;
com alergia referida; diferente do prescrito; registro incorreto (ISMP, 2016; BRASIL 2013).
Medicamentos de alta vigilância ou Medicamentos Potencialmente Perigosos (MPP):
medicamentos que possuem maior potencial de provocar danos graves no paciente, quando existe
erro na sua utilização.
Dupla checagem de medicamentos é fundamentada na probabilidade de que duas pessoas
cometerem o mesmo erro, com o mesmo medicamento e o mesmo paciente é menor. Dois
profissionais realizam a conferência independente de cálculo/dose/controle de infusão. É
empregada quando a gravidade de danos é elevada (extremos de idade, MPP).

3. OBJETIVO
Promover práticas seguras nos processos de preparo e administração, e de
monitoramento do uso de medicamentos.

4. JUSTIFICATIVA
Incidentes relacionados a medicamentos podem acarretar prejuízos ao paciente e
familiares nos aspectos de saúde física, mental e social, comprometer a imagem e a confiabilidade
da instituição, e ainda, implicar os profissionais em processos e ações ético-legais. Esses incidentes
podem ser previsíveis e preveníveis, e ocorrer em qualquer etapa do processo medicamentoso,
necessitando que as áreas envolvidas (medicina, farmácia e enfermagem) adotem medidas
preventivas (COREN-SP, 2017; OMS, 2017)
Este protocolo envolve a segurança nas fases de preparo e administração de
medicamentos, e o monitoramento do paciente. Como essas são as últimas etapas do processo,
configuram as últimas barreiras para evitar incidentes relacionados a medicamentos e para
identificar incidentes em tempo oportuno de reduzir a gravidade e danos.

5. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E DE EXCLUSÃO


O protocolo de segurança no preparo e administração de medicamentos deverá ser
aplicado em todos os locais do HU-UFGD/EBSERH em que medicamentos sejam utilizados para
profilaxia, exames diagnósticos, tratamento e medidas paliativas.

6. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS, RESPONSABILIDADES


A terapêutica medicamentosa é uma atividade multiprofissional, interligando áreas
de conhecimento da Enfermagem, Farmácia e Medicina, envolvendo as seguintes fases:
a) Prescrição: consiste na escolha do tratamento medicamentoso apropriado para cada
situação clínica. Responsável: médico, enfermeiro e cirurgião-dentista, respeitadas as
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regulamentações de exercício profissional.


b) Dispensação: consiste em assegurar que o medicamento esteja disponível para
administração ao paciente conforme necessário. Responsável: equipe da Unidade de
Dispensação Farmacêutica (UDF).
c) Preparo: Consiste na técnica de manipulação dos medicamentos para administrar ao
paciente. Responsáveis:
i. Profissionais de enfermagem: medicamentos dispensados por sistema de
distribuição coletiva ou individualizadas.
ii. Farmacêuticos: medicamentos de distribuição por dose unitária, prontos para
administração pela enfermagem; medicamentos citostáticos (Exemplos:
Ciclofosfamida, Ganciclovir, Metotrexate, Azacitidina - POP.UDF.027).
d) Administração: Aplicação do medicamento ao paciente. Responsáveis: Profissional de
enfermagem, cirurgião-dentista e médico, respeitados as regulamentações de exercício
profissional.
e) Monitoramento: Monitorar o efeito do medicamento no paciente e os aspectos técnicos,
como tempo de infusão e rede venosa. Responsável: equipe de saúde (respeitadas as
formações profissionais).

6.1 Questões éticas e legais da enfermagem no preparo e administração de medicamentos

6.1.1 Sobre a prescrição:


Código de ética dos profissionais de enfermagem - dos deveres:
art. 46 Recusar-se a executar prescrição de Enfermagem e Médica na qual não
constem assinatura e número de registro do profissional prescritor, exceto em
situação de urgência e emergência
§ 1º O profissional de Enfermagem deverá recusar-se a executar prescrição de
Enfermagem e Médica em caso de identificação de erro e/ou ilegibilidade da
mesma, devendo esclarecer com o prescritor ou outro profissional, registrando no
prontuário.
§ 2º É vedado ao profissional de Enfermagem o cumprimento de prescrição à
distância, exceto em casos de urgência e emergência e regulação, conforme
Resolução vigente. (Resolução COFEN 564/2017)

Resolução COFEN 487/2015: Veda aos profissionais de Enfermagem o cumprimento


da prescrição a distância, sendo exceções:
Art. 2º (...)
I – Prescrição feita por médico regulador do Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU);

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II – Prescrição feita por médico à pacientes em atendimento domiciliar;


III – Prescrição feita por médico em atendimento de telessaúde.

Resolução COFEN 487/2015: Veda aos profissionais de Enfermagem o cumprimento


da prescrição fora da validade:
Art. 3º (...) consideram-se válidas as seguintes prescrições médicas:
I – Nos serviços hospitalares, prescrições pelo período de 24 horas;
II – Nos demais serviços, as receitas e prescrições com a indicação do tipo de
medicamento, procedimentos, doses e período de tratamento definidos pelo
médico;
III – Protocolos de quimioterapia, com quantidade de doses e período de
tratamento definidos pelo médico.

6.1.2 Sobre administração de medicamento preparado e/ou diluído por outro


profissional
PARECER Nº 013/2015/COFEN/CTLN:
(...) pode ocorrer após a certificação de que no recipiente em questão encontra-se
uma etiqueta de identificação contendo o nome do paciente, dose/dosagem,
princípio ativo e solução utilizada para a diluição do medicamento, horário e a
identificação do profissional (nome e inscrição no respectivo Conselho)
(...) antes da administração, checar a integridade da embalagem, a coloração da
droga, e a possível presença de corpos estranhos bem como o prazo de validade do
medicamento.
(...) os profissionais envolvidos nesta tarefa, compartilham da responsabilidade do
cuidado, sendo que a recusa na administração poderá ocorrer caso o profissional
não encontre todas as informações necessárias para a garantia de uma prática
segura, para si e para o paciente.
(...) todas as ações descritas devem ser fomentadas pela efetivação plena da
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) prevista na Resolução COFEN
358/09, e subsidiada pela elaboração de protocolo institucional (...).

7. PRÁTICAS SEGURAS PARA O PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

a) Não realize prescrição se tiver dúvida. Consulte:


i. Manuais e POPs institucionais,
ii. Outros profissionais (enfermeiro, médico prescritor),
iii. Unidade de Farmácia Clínica / Unidade de Dispensação Farmacêutica.
b) Não transcrever prescrição, pela possibilidade de errar grafia ou perder informação.
Consultar a prescrição original.
c) Utilizar materiais e técnicas assépticas no preparo e administração.

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d) Preparar medicamentos em local específico para tal, organizado sem fontes de distração
(alto fluxo de pessoas, telefone, som).
e) Não interromper o preparo de medicamentos.
f) Organizar bandeja com medicamentos de APENAS UM paciente – prevenir administração ao
paciente errado.
g) Evitar estoques de medicamentos nas unidades assistenciais. Se imprescindível:
i. Atender à lista e quantitativo máximo estabelecido entre chefia/liderança de
unidade e Unidade de Dispensação Farmacêutica (UDF),
ii. Estocar medicamentos de alta vigilância somente se imprescindível e se constar
na lista descrita no tópico anterior. O armazenamento deve ser em local separado
dos demais medicamentos (outra gaveta, outro bim, outra caixa). Esse local deve
ter identificação destacada com o nome do medicamento.
iii. Não estocar/guardar ampolas de cloreto de potássio concentrado nas unidades
assistenciais.
iv. Controlar a validade dos frascos multidose depois de abertos,
v. Atender as normativas institucionais sobre temperatura e higienização de
geladeira de medicamentos. Ter disponível o “Plano de contingenciamento para
falhas nos refrigeradores de armazenamento de medicamentos”.
h) Todo profissional, ao administrar um medicamento, deve sempre checar os nove certos:
paciente certo, medicamento certo, forma certa, dose certa, via certa, hora certa, orientação
certa, registro certo, resposta certa.
i) Todo medicamento precisa ser rotulado com os certos da administração. O modelo
institucional de rótulo de medicamentos orienta as informações necessárias. Disponível em
Sistemas> Sistemas assistenciais > Rótulo de Medicamentos (figura 1).

Publicação: Portaria nº 67, de 07 de junho de 2021 – Boletim de Serviço nº 260, de 15 de junho de 2021.
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Figura 1 – Rótulo de medicação e como acessar.

(1a). Acesso ao formulário “Rótulo e Medicamentos” em Sistemas AGHU, que direciona para uma página de Busca
de Paciente por Prontuário. Digitando o prontuário aparecerá uma folha de impressão com oito rótulos de
medicação (1b) já preenchida com o nome de data de nascimento do paciente. Se não tiver o prontuário, sairá
todos os campos em branco.
Fonte: SVSSP, 2021.

7.1 Paciente certo


a) Utilizar DOIS identificadores do paciente, conforme Protocolo de Identificação do Paciente
(PRT.NSP.001).
b) Ao preparar o medicamento, confirme os identificadores do prontuário do paciente a quem
se destina o tratamento.
j) Registre os dois identificadores na etiqueta que será fixada no recipiente do medicamento.
A etiqueta com os DOIS identificadores pode ser impressa em Sistemas > Sistemas
assistenciais > Rótulo de Medicamentos (figura 1).

c) No ato da administração:
i. Pedir ao paciente ou seu acompanhante que DECLARE o nome completo, e o
segundo identificador. Exemplo: “Por favor, diga-me o seu nome completo” e
“qual sua data de nascimento”.
ii. Verificar se resposta é condizente com identificação da pulseira.
iii. Caso o paciente não tenha condições de confirmar o nome, confira o nome do
paciente descrito na prescrição/medicação com a pulseira de identificação.

Publicação: Portaria nº 67, de 07 de junho de 2021 – Boletim de Serviço nº 260, de 15 de junho de 2021.
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iv. Compare se os identificadores na etiqueta da medicação conferem com os da


pulseira e resposta do paciente.
d) Envolver o paciente: Informar ao paciente/família/acompanhante a razão do
questionamento do seu nome e a verificação da sua pulseira de identificação toda vez que
for ser administrado um medicamento.

7.2 Medicamento certo


a) Antes de preparar o medicamento, conferir se o nome do medicamento que tem em mãos
é o que está prescrito, lendo a prescrição e o rótulo do medicamento.
b) Ler sempre a etiqueta da embalagem, prevenindo erro por embalagens semelhantes.
c) Para reduzir erros devido confusão entre medicamentos com sons ou grafias semelhantes,
a prescrição no AGHU é destaca em caixa alta as sílabas diferentes de nomes parecidos
(figura 2).

Figura 2 – Cuidado com a semelhança dos medicamentos!

(2a) Embalagens semelhantes: sempre leia o rótulo. (2b) Medicamentos com grafias e sons semelhantes, e o
sistema de destaque para as sílabas que são diferentes – atenção quando ver sílabas em caixa alta na prescrição.
Fonte: SVSSP, 2021.

d) Alergias: confira se o paciente tem ou não alergia ao medicamento – na prescrição, no painel


de riscos do leito do paciente e questionando antes da administração.
e) Associações: alguns medicamentos são associações. Nesses casos, é necessário conhecer a
composição dos medicamentos para identificar se o paciente não é alérgico a algum dos
componentes do medicamento.

Publicação: Portaria nº 67, de 07 de junho de 2021 – Boletim de Serviço nº 260, de 15 de junho de 2021.
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7.3 Forma certa


a) Checar se o medicamento possui a forma farmacêutica prescrita:
i. Formas sólidas: pós, granulados, comprimidos, drágeas, cápsulas, supositórios;
ii. Formas semissólidas: géis, loções, pastas, cremes e pomadas;
iii. Formas líquidas: soluções, xaropes, elixires, suspensões, emulsões, injetáveis;
iv. Formas gasosas: aerossóis (sprays).
b) Checar se forma farmacêutica e a via de administração prescritas estão apropriadas à
condição clínica do paciente (por exemplo, se o nível de consciência permite administração
de medicação por via oral).
c) Sanar as dúvidas relativas à forma farmacêutica e a via de administração prescrita junto ao
enfermeiro, farmacêutico ou prescritor.
d) Caso seja necessário realizar a trituração e suspensão do medicamento para adequar dose
ou via de administração (ex: sonda), consultar é seguro essa alteração da forma farmacêutica
sem comprometer a segurança (ex: inativação do princípio, irritação do trato
gastrointestinal, aumento ou redução da absorção).
i. Essa consulta pode ser realizada em “Recomendações para administração de
medicamentos via sonda”, do HU-UFGD. Também confira a embalagem do
comprimido se tem algum desenho ou alerta (figura 3).

Figura 3 – Exemplos de alertas em embalagens de medicamentos que não podem ser mastigados,
triturados, repartidos.

Fonte: UDF, 2021

7.4 Dose certa


a) Evitar distrações e interrupções, como conversas, telefone ou som, durante cálculos e
preparo.
b) Conferir atentamente a dose prescrita para o medicamento.
c) Doses escritas com “zero”, “vírgula” e “ponto” devem receber atenção redobrada,
conferindo as dúvidas com o prescritor sobre a dose desejada.

Publicação: Portaria nº 67, de 07 de junho de 2021 – Boletim de Serviço nº 260, de 15 de junho de 2021.
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d) Conferir atentamente os cálculos para reconstituição e diluição de medicamentos. Se houver


dúvidas nos cálculos, confirmá-los com outro profissional.
e) Controlar a velocidade de infusão por gotejamento ou por bomba de infusão. Consultar
tempo de infusão em “Guia de preparo de medicamentos injetáveis”.
f) Para medicamentos sinalizados na embalagem e/ou prescrição com *ALTA VIGILÂNCIA*
(figura 4):
i. Realizar dupla checagem de cálculos para o preparo,
ii. Usar bomba de infusão para administração endovenosa,
iii. Realizar dupla checagem para a programação na bomba de infusão,
iv. Identificar o nome do medicamento na bomba de infusão.

Figura 4 – Sinalização de medicamentos de Alta Vigilância

(a) (b)

(4a) Alerta em embalagens de medicamentos orais sólidos e seringas. (4b) Bomba de infusão com identificação do
medicamento de alta vigilância, para maior controle do ajuste de velocidade.
Fonte: SVSSP, 2021.

7.5 Via certa


a) Identificar a via de administração prescrita.
b) Verificar se a via de administração constante na embalagem/etiqueta do medicamento é
compatível com a prescrição médica (figura 5).
c) Verificar se o diluente (tipo e volume) foi prescrito. Caso precise ser estabelecido, consulte
o “Manual de medicamentos injetáveis”.

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Figura 5 – Diferentes vias de administração para mesmo medicamento e forma farmacêutica.

(a) (b)
(5a) Sulfato de Morfina injetável de uso IM, IV, Peridural, Intratecal. (5b) Sulfato de Morfina injetável de uso
espinhal.
Fonte: Internet, 2021

d) Todo medicamento precisa ter um rótulo/etiqueta que identifique o paciente,


medicamento, concentração, via de administração.
i. Use o modelo da figura 1 para soluções de infusão endovenosa.
ii. Assegurar a identificação correta de seringas, utilizando etiquetas contendo
nome do paciente, nome da solução, concentração e via de administração.
e) Não utilizar seringas parenterais para fracionar soluções tópicas ou orais.
f) Identificar no paciente qual a conexão correta para a via de administração prescrita.
g) Não fazer improvisações para adaptar conexões que são exclusivas para uso das vias
parenterais em outras vias, e vice-versa.
h) Identificar a VIA ENTERAL na parte distal da sonda para evitar erros de conexão.

7.6 Hora certa


a) Preparar o medicamento em horário que assegure a estabilidade. A estabilidade pode ser
consultada no Manual de preparo de medicamentos injetáveis do HU-UFGD.
b) Administrar o medicamento no horário previsto no aprazamento.
c) A antecipação ou o atraso da administração em relação ao horário predefinido somente
poderá ser feito com o consentimento do enfermeiro e do médico plantonista, e deverá ser
justificado nas anotações de enfermagem.

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7.7 Orientação correta


a) Informar o paciente/acompanhante sobre:
i. Qual medicamento está sendo administrado (nome);
ii. Indicação/função do medicamento;
iii. Como será feita a administração;
iv. Efeitos esperados e que necessitam de acompanhamento e monitorização.

7.8 Registro certo


a) Para evitar erro de duplicidade, checar o medicamento na prescrição médica,
imediatamente após a administração.
i. Checar o horário administrado e rubricar. Circular o horário não administrado.
ii. Carimbar a folha da prescrição (abaixo ou espaços laterais), e faça a mesma
assinatura que fez na checagem (figura 6).
iii. Caso não esteja com o carimbo, escreva as informações: nome completo, a sigla do
conselho profissional, número de inscrição e categoria profissional.

Figura 6. Checagem de prescrição com rubrica que está relacionada ao carimbo do profissional.

Fonte: Divisão de enfermagem, 2017.

b) Relatar no prontuário as informações dos medicamentos administrados do seu período de


trabalho. Em seguida, colocar seu nome completo, função e registro do conselho
profissional.
c) Registrar todas as ocorrências relacionadas aos medicamentos, tais como adiamentos,
adiantamentos, cancelamentos, desabastecimento, recusa do paciente e eventos adversos.

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7.9 Resposta certa


a) Observar o paciente para identificar se foi obtido o efeito desejado após a administração do
medicamento.
b) Comunicar ao prescritor e registrar no prontuário as reações adversas com medicamentos.
c) Considerar a observação e relato do paciente e/ou cuidador sobre os efeitos dos
medicamentos administrado, incluindo respostas diferentes do padrão usual.
d) Atentar para alterações em parâmetros de monitorização após a administração dos
medicamentos, ex: taquicardia, ansiedade, dispneia, hiperglicemia, hipoglicemia, entre
outros.

8. MONITORAMENTO
Eventos adversos a medicamentos e queixas técnicas precisam ser notificadas no
VIGIHOSP (ver POP.UGRA.003). As notificações contribuem para ações de Farmacovigilância,
incluindo o planejamento de melhoria nos processos assistenciais.
O NSP realizará visitas técnicas nas unidades assistenciais para análise da adesão aos
protocolos de segurança do paciente.

9. REFERÊNCIAS
BRASIL. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM (COFEN). CAMARA TÉCNICA DE LEGISLAÇÕES E
NORMAS (CTLN). Parecer nº 013/2015: Legislação profissional: “preparo de medicamentos por um
profissional de enfermagem e a respectiva administração de medicamento por outro”. Brasília, 25
de maio de 2015. Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/parecer-no-
0132015cofenctln_54431.html>. Acesso em: 14 jul. 2020.
BRASIL. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM (COFEN). Resolução nº 487, de 25 de agosto de
2015. Veda aos profissionais de Enfermagem o cumprimento da prescrição médica a distância e a
execução da prescrição médica fora da validade. Diário Oficial da União. Brasília – DF, 28 de agosto
de 2015. Seção 1, nº 165, p. 243.
BRASIL. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM (COFEN). Resolução nº 514, de 5 de maio de 2016.
Aprova o Guia de recomendações para os registros de enfermagem no prontuário do paciente, com
a finalidade de nortear os profissionais de saúde. Diário Oficial da União. Brasília – DF, 7 de junho
de 2016. Seção 1, nº 107, p. 84.
BRASIL. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM (COFEN). Resolução nº 564, de 6 de novembro de
2017. Aprova o novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Diário Oficial da União.
Brasília – DF, 6 de dezembro de 2017. Seção 1, nº 233, p. 157.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. FUNDAÇÃO
OSWALDO CRUZ. FUNDAÇÃO HOSPITALAR DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Anexo 3: Protocolo de
segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos. In: BRASIL, Ministério da Saúde.

Publicação: Portaria nº 67, de 07 de junho de 2021 – Boletim de Serviço nº 260, de 15 de junho de 2021.
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL
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PROTOCOLO
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Título do SEGURANÇA NO PREPARO E Emissão: 07/06/2021 Próxima revisão:
Documento ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS Versão: 01 07/06/2023

Portaria nº 2.095, de 24 de setembro de 2013. Aprova os protocolos básicos de segurança do


paciente. Diário Oficial da União. Brasília – DF, 25 set. 2013. Seção 1, nº 186, p. 113. Disponível em
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mar. 2020.
CAMARGO, Priscyla Tainan. Guia cuidativo-educativo para prevenção de erros de medicação em
pediatria. Dourados, MS: UEMS, 2019. Disponível em:
<https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/559714/2/produto%20t%C3%A9cnico.pdf>.
Acesso em 14 jul. 2020.
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO (COREN SP). Uso seguro de medicamentos:
guia para preparo, administração e monitoramento. São Paulo: COREN-SP, 2017.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Estrutura Concetual da Classificação Internacional sobre Se-
gurança do Doente: Relatório Técnico. 2009. Tradução realizada pela Divisão de Segurança do Do-
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ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Medication without harm: Global Patient Safety
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INSTITUTO PARA PRÁTICAS SEGURAS NO USO DE MEDICAMENTOS (ISMP). Medicamentos
potencialmente perigosos de uso hospitalar: lista atualizada 2019. Boletim ISMP Brasil, Belo Horizonte, v.
8, n. 1, fevereiro 2019.
INSTITUTO PARA PRÁTICAS SEGURAS NO USO DE MEDICAMENTOS (ISMP). Nomes de medicamentos com
grafia ou som semelhantes: como evitar os erros? Boletim ISMP Brasil, Belo Horizonte, v. 3, n. 6, abril
2014.
INSTITUTO PARA PRÁTICAS SEGURAS NO USO DE MEDICAMENTOS (ISMP). Programa nacional de
segurança do paciente: indicadores para avaliação da prescrição, do uso e da administração de
medicamentos. Boletim ISMP Brasil, Belo Horizonte, v. 5, 2016.

10. HISTÓRICO DE REVISÃO

VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO

01 05/11/2020 Modificação do modelo de POP para Protocolo.


Atualização. Incorporação dos assuntos: questões legais e éticas da
enfermagem para administração de medicamentos;
medicamentos de grafias e sons semelhantes; medicamentos de
alta vigilância.

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Elaboração
Jackeline Camargos Pereira Data: 05/11/2020
Priscyla Tainan Camargo
Stéphane Durand Santos

Análise
Núcleo de Segurança do Paciente Data: 26/01/2021

Validação
Graciela Mendonça Dos Santos Bet – UGRA/SVVSP Data: 26/01/2021

Aprovação
Thaisa Pase - Gerência de Atenção à Saúde Data: 07/06/2021

Assinado eletronicamente no processo SEI 23529.013280/2020-14

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