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Sumário
1. DEFINIÇÃO..................................................................................................................................... 1
2. OBJETIVO ...................................................................................................................................... 2
3. PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS E ABRANGÊNCIA .............................................................................. 2
4. INDICAÇãO .................................................................................................................................... 2
5. MATERIAL NECESSÁRIO: ................................................................................................................ 2
6. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO ................................................................................................... 8
6.1Transmissão/Transferência de informação na transição do cuidado ................................................ 8
6.2 Registro Em Prontuário ................................................................................................................... 9
6.3 Ferramenta Sbar ............................................................................................................................. 9
7. RECOMENDAÇÕES ....................................................................................................................... 11
8. BIBLIOGRAFIA ................................................................................... Error! Bookmark not defined.
9. HISTÓRICO DE REVISÃO ............................................................................................................... 12
1. DEFINIÇÃO
Na saúde um dos desafios para garantir a segurança do paciente no ambiente hospitalar
é enfatizar a comunicação efetiva como meta a ser atingida pela equipe interdisciplinar, garantindo
uma assistência de qualidade, gerando impacto direto sobre os resultados, como também,
proporcionar um ambiente de trabalho harmonioso com assistência livre de danos. Uma vez que há
falhas nos processos de comunicação eletrônica, verbal e escrita essas são reconhecidas como
contribuintes para a ocorrência de eventos adversos, inclusive de óbitos.
Nesse sentido, esse protocolo tenta facilitar a comunicação através do uso de
ferramentas que devem ser aplicadas no HOSPITAL UNIVERSITARIO DA UNIVERSIDADE DO VALE DO
SÃO FRANCISCO (HU-UNIVASF), com o objetivo de minimizar a ocorrência de incidentes e eventos
adversos relacionados a falha de comunicação entre a equipe multiprofissional. Espera-se que todo o
processo de troca de informação entre pessoas deva resultar em compreensão sobre o que está sendo
comunicado em todas as unidades de cuidado.
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2. OBJETIVO
A Comunicação efetiva é aquela que produz um efeito real, positivo, quando uma
mensagem é transmitida do emissor para o receptor e compreendida sem ruído e falhas, resultando na
execução correta da atividade ou ação comunicada.
A prática da comunicação efetiva é chave para garantir a segurança do paciente e no HU-
UNIVASF é considerada prioridade institucional, requerendo para sua implementação a adoção de
ferramentas e de comportamentos padronizados para melhorar o trabalho em equipe e reduzir risco.
O desenvolvimento das equipes é elemento essencial para o HU- UNIVASF e, no campo da
comunicação, as ações devem ser inseridas em um plano anual de capacitação, no sentido do
aprimoramento das competências relacionais, da felicidade no trabalho, da construção de feedback
positivo e do uso de metodologias padronizadas de comunicação, de forma a conferir a clareza, a
objetividade e a assertividade necessárias para a assistência oportuna, segura, humana e desejada pelo
paciente.
4. INDICAÇÃO
Deve ser aplicado em todo Hospital Universitário (HU-UNIVASF) e na Policlínica.
5. MATERIAL NECESSÁRIO:
Ferramentas de comunicação e público-alvo
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Deve-se reconhecer, que nos dias atuais, as pessoas são multicanais, ou seja, consomem
informações diversas em meios diferentes, o que torna a divulgação de informações uma tarefa
complexa e que requer planejamento. A comunicação é fundamental para a interação entre as pessoas
e sua qualidade impacta sobre as atividades cotidianas, sobre as relações interpessoais, sobre o senso
de pertencimento e sobre a qualidade da assistência.
A informação é considerada ativo estratégico e deve chegar até cada público-alvo de
forma clara e objetiva, sustentando condutas padronizadas e a apropriação, por parte do público-alvo,
de conteúdo atualizado e de boa qualidade. A disseminação de uma informação cujo foco é a segurança
do paciente, deve ser planejada para atingir o público-alvo pretendido e ser convertida em ação segura.
No HU –UNIVASF os canais e ferramentas padronizadas para a comunicação de
informações sobre segurança do paciente para os diferentes usuários da instituição estão apresentados
na tabela a seguir.
Carta do cidadão
Site institucional Protocolos e Serviços ofertados
Guia do acompanhante
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Metas de segurança;
Notícias
Redes sociais Ações preventivas realizadas
Vídeos pelo HU-Univasf para tornar a
assistência mais segura;
Desempenho do HU-Univasf
frente as ações propostas para a
Indicadores segurança do paciente (Metas
Painel Gestão à Vista Protocolos de segurança);
Indicadores institucionais;
Formulário de Admissão
Notificação de não
conformidades e queixas
técnicas Feedback eletrônico ao
notificador
Notificação de reações
adversas Tipos e número de notificações
Vigihosp Plano de ação para prevenção e
Notificação de eventos
adversos em saúde correção
Memorando
Comunicado
Boletim
Atualização e publicação de
Informativo
protocolos, fluxos, POP e rotinas
Notícia
Normas
Alertas sanitárias
Capacitações
Convite
E-mail institucional Informações da Anvisa, OPAS e
Protocolo Ministério da Saúde
Norma Alertas
Fluxograma
Procedimento operacional
Padrão
Indicadores
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Indicadores de estrutura,
Gráficos e tabelas com processo e resultado para a
Painel Gestão à Vista segurança do paciente
resultados dos indicadores
Planos de ação
Atualização de protocolos
críticos, Atualizações;
Papel de parede no
Notícias
computador da instituição Capacitações
Campanhas
Relatório
Gráficos
Protocolos, fluxogramas,
Tabelas normas, rotinas e POP
Reunião
Documentos impressos Resultados de indicadores
(fluxogramas, POP,
protocolos, planos de Conteúdo de Plano de Ação
ação, legislação, padrão,
etc)
Protocolo POP
Intranet Relatórios
Instrução de trabalho
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6. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
Diante da necessidade de garantir uma comunicação clara, precisa, completa e sem
ambiguidade para o receptor a Unidade de Segurança do Paciente vem implementando os
procedimentos operacionais específicos em determinadas situações da assistência a fim de alcançar a
melhoria da efetividade na comunicação.
É justamente dentro desse contexto que o SBAR se estabeleceu como um modelo útil
para garantir o fluxo de comunicação dentro do ambiente hospitalar. A ferramenta SBAR
estrutura a comunicação para reduzir chances de erros e omissões durante a passagem
de plantão dos profissionais de saúde. É um modelo de comunicação que nos últimos
anos ganhou destaque na atuação de profissionais dessa área. O método oferece
diretrizes claras para promover uma manutenção da estrutura de trabalho e reduzir ao
máximo a chance de erros e omissões durante a troca de turnos.
Os elementos da ferramenta SBAR: SITUAÇÃO, BACKGROUND/ HISTÓRIA PRÉVIA,
AVALIAÇÃO e RECOMENDAÇÃO, funcionam como um check-list que garante que a troca
de informações será completa para garantir a segurança do paciente.
S – SITUAÇÃO:
O que está acontecendo com o paciente?
Identifique-se;
Identifique a unidade do paciente;
Explique resumidamente o problema. Qual é, quando aconteceu ou iniciou e qual a sua
gravidade;
Determine a causa da sua preocupação.
A – AVALIAÇÃO:
O que mudou?
Diga o que você considera que seja o problema: mudanças que ocorrem em relação à
avaliação anterior, a condição do paciente instável ou se agravando.
R – RECOMENDAÇÃO:
O que eu faria para corrigi-lo?
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7. RECOMENDAÇÕES
Investigar a qualidade da comunicação é uma estratégia relevante para subsidiar a
tomada de decisão gerencial com vistas ao aprimoramento das linhas de comunicação,
e para a promover a reflexão entre os profissionais de saúde melhorando suas ações. O
próximo passo do SBAR é conhecido no Brasil como Avaliação ou Análise. Se até então o
profissional estava transmitindo apenas fatos e dados do paciente, esse é o primeiro
momento em que ele se coloca de maneira mais clara no processo de comunicação.
Os profissionais da saúde: os técnicos, enfermeiros, médicos entre outros precisam
reservar uma parte de sua comunicação para dar sua análise do cenário que eles estão
vivenciando. Assim, o profissional de saúde vai apresentar o diagnóstico que ele acredita
ser mais apropriado para o caso, de acordo com as informações coletadas até o fim do
seu turno. Esse também é o momento de expressar possíveis preocupações sobre como
ele acredita que o quadro vai se desenvolver dali em diante. Essas informações passadas
durante a troca de plantão são essenciais, pois moldam o ponto de vista de quem está
chegando a partir das informações fornecidas. Por isso, os profissionais e as instituições
de saúde que aplicam o método proposto no SBAR em seu dia a dia podem observar
diversos benefícios em seus resultados quase que imediatamente. Podemos começar
mencionando uma diminuição do tempo de transição entre turnos, como os
profissionais contam com um modelo de comunicação, esse processo acaba sendo mais
ágil e prático.
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8. REFERÊNCIA
ARISTÓTELES. A política, São Paulo: Martin Claret, 2006.
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente e Qualidade em
Serviços de Saúde: uma Reflexão Teórica Aplicada à Prática. [Cartilha na Internet] Brasília, 1.
ed., 2013. 174 p. [Acesso em: 05 de março de 2015). Disponível em:
http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/images/documentos/ livros/Livro1-
Assistencia_Segura.pdf.
BRASIL. Ministério da Saúde. ANVISA. Eventos adversos relacionados à comunicação no
ambiente dos serviços de saúde. In: Assistência Segura: uma reflexão teórica aplicada à pratica.
Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 2013. p. 67 – 68
FERREIRA, ABH. AURÉLIO JR. Dicionário escolar da língua portuguesa. 2ª edição, Editora
Positivo, 2011.
PRONOVOST PJ et al. J Crit Care, 21 (4): 305‐315, 2006
WHO. Collaborating centre for Patient Safety Solutions. Communication during patient hand-
overs. Patient Safety Solutions. 2007 [Acesso em 2016 Mar 12]; 1:12-5. Disponível em:
http://www.jointcommissioninternational.org/WHO-CollaboratingCentre-for-Patient-Safety-
Solutions/.
9. HISTÓRICO DE REVISÃO
VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO
1°Versão 09/10/2020
Validação
Elaboração/Revisão
Data: ____/____/_____
Laiany Nayara Barros Gonçalves
Margarida Maria Paiva Matos de Sousa
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Análise/ Aprovação
Data: ____/____/_____
Katia Regina de Oliveira (Gerente de Atenção à Saúde)