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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA
DE ENFERMAGEM

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

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CURSO DE
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA
DE ENFERMAGEM

MÓDULO III

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
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do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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MÓDULO III

21 HISTÓRICO DE ENFERMAGEM

21.1 ESTRUTURA DO HISTÓRICO DE ENFERMAGEM

A documentação de enfermagem, atualmente, requer um conteúdo


organizado e compreensível, registrando mais dados em menos tempo e em menor
espaço, com a finalidade de elucidar aspectos clínicos e administrativos da
prestação da assistência de enfermagem. Portando, o enfermeiro deverá enfatizar
claramente o estado do paciente e o que aconteceu com ele.
Um registro malfeito dará margem a interpretações distorcidas, podendo
sugerir uma assistência de enfermagem sem qualidade e provocar uma série de
outros questionamentos, principalmente quando legalmente investigados. A
legislação não determina os padrões para a documentação de enfermagem, mas
julga de acordo com um padrão preestabelecido determinado pelo departamento de
enfermagem, conforme a complexidade da assistência e filosofia da instituição.
A enfermeira durante a coleta de dados do cliente/ paciente, família ou um
grupo utiliza como recursos a entrevista, a observação, dados do exame físico e
resultados de exames complementares. Há dois tipos de investigação:

 A entrevista, realizada na admissão, para verificar o estado de saúde atual e


condições físicas;
 A avaliação, que são investigações contínuas realizadas em cada turno, para
cada cliente, podendo ser direcionadas de acordo com determinações feitas
pela enfermeira, cliente ou família.

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21.1.1 Coleta de Dados – Histórico

É o roteiro sistematizado composto por entrevista e exame físico para o


levantamento de dados significativos para o enfermeiro, que tornam possíveis a
identificação dos problemas, subsidiando, dessa forma, o(s) diagnóstico(s) de
enfermagem. A coleta de dados de enfermagem ou histórico de enfermagem é um
processo deliberado, sistemático e contínuo, realizado com o auxílio de métodos e
técnicas variadas, que têm por finalidade a obtenção de informações sobre a
pessoa, família ou coletividade humana e sobre suas respostas em um dado
momento do processo saúde e doença. (COFEN, 2009).
Para o levantamento dos dados essenciais e desenvolvimento do trabalho
do profissional enfermeiro, faz-se necessário ter conhecimento do referencial teórico
dos dados físicos, emocionais, sociais e espirituais, considerando o ser humano na
sua integralidade, utilizando ainda os conhecimentos de psicologia, antropologia,
sociologia e demais ciências que venham colaborar para uma assistência de
qualidade.
Usar técnicas de comunicação, saber avaliar dados disponíveis, além de
incorporar princípios e valores para que haja um clima de equilíbrio entre a
crescente evolução técnico-científica no tratamento dos diversos problemas de
enfermagem e os valores éticos indispensáveis à prática profissional, torna-se
primordial ao enfermeiro.
O enfermeiro deverá conhecer e explorar, na entrevista, os denominados
focos de atenção, que são condições em que o cliente/paciente que necessita de
cuidados de enfermagem pode apresentar e que, sendo detectados e explorados
pelo enfermeiro, proporcionarão os dados necessários ao planejamento da
assistência de enfermagem. São eles:

 Percepção/ Cognição: atenção, orientação;


 Sensação/ Percepção: cognição e comunicação;

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 Oxigenação: padrão respiratório, troca gasosa, permeabilidades das vias
aéreas;
 Hidratação: líquidos vasculares e intersticiais;
 Nutrição: ingestão, digestão, absorção, metabolismo;
 Eliminação: renal, gastrintestinal, pele e pulmões;
 Atividade/Repouso: sono/repouso, exercício/atividade, equilíbrio de energia e
respostas cardiopulmonares;
 Sexualidade e reprodução: identidade sexual, função sexual e reprodução;
 Segurança e proteção: infecção, lesão física, violência, riscos ambientais,
processos defensivos;
 Termorregulação: temperatura;
 Circulação/Função Cardíaca: débito cardíaco, perfusão cardíaca e periférica,
perfusão renal, gastrintestinal, pulmonar e cerebral;
 Conforto: físico, ambiental e social;
 Integridade tegumentar: pele, mucosas e tecidos subcutâneos;
 Crescimento e Desenvolvimento: crescimento e desenvolvimento;
 Comunicação: verbal e não verbal;
 Enfrentamento/tolerância ao estresse: resposta pós-trauma, resposta de
enfrentamento e estresse neurocomportamental;
 Autopercepção: autoconceito, autoestima e imagem corporal;
 Campo de Energia;
 Promoção da saúde: consciência da saúde e controle da saúde;
 Princípios de vida: valores, crenças e congruência entre valores e
crenças/ações;
 Papéis Sociais: papel de cuidador, relações familiares e desempenho de
papel;
 Comunidade: processo comunitário e composição da comunidade;
 Natureza: ambiente físico e biológico;
 Ambiente artificial: infraestrutura, desenvolvimento territorial, sistema de
abastecimento, prestação de serviços, normas e atitudes e regime político.

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Todas as informações colhidas deverão ser documentadas em impresso
próprio, que poderá ser preenchido pelo enfermeiro, paciente ou responsável. A
escolha vai depender da situação no momento da coleta de dados. Por exemplo: a
enfermeira poderá delegar ao próprio cliente/paciente, para que haja um maior
comprometimento e entrosamento entre ele e o profissional, delegar ao responsável
pelo paciente quando na impossibilidade de colher dados do paciente ou, ainda,
quando o profissional enfermeiro priorizar um atendimento de urgência à coleta de
dados.
Esse momento do processo de sistematização da assistência de
enfermagem constitui em importante instrumental para o enfermeiro já estabelecer o
enfoque e a abordagem da assistência de enfermagem a ser planejada, iniciando o
processo de negociação de metas e resultados a serem alcançados, com o
paciente/cliente/família.

21.2 ENTREVISTA

É um processo intencional elaborado para permitir que o enfermeiro e o


paciente forneçam e recebam informações. A entrevista tem como objetivo permitir
que o enfermeiro adquira informações específicas, necessárias para o diagnóstico e
planejamento da assistência, por meio do diálogo que vai facilitar a relação
enfermeiro/cliente/família, auxiliando na determinação de áreas para investigação
específica. Para tanto, é necessário aprimorar habilidades de comunicação e
interação.
São tipos de dados colhidos durante uma entrevista:

 Subjetivos - são descritos pelo cliente diante dos acontecimentos. São


percepções, sentimentos, ideias do cliente sobre seu estado pessoal da
saúde.
 Objetivos - são observáveis e mensuráveis por intermédio da visão, olfato,
audição e tato.

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 Histórico - informações acerca de eventos ocorridos antes do presente.
Exemplo: hospitalização anterior.
 Atuais - acontecimentos que ocorrem no presente. Exemplo: vômitos e dor
no pós-operatório.

Na entrevista são chamadas de fonte de dados primários, quando o cliente


partilha percepções, sensações pessoais sobre a saúde e a doença, validando as
informações individuais colhidas que determinam as intervenções e tratamentos.
Porém, devemos considerar as informações adicionais às secundárias, para
esclarecer dados fornecidos pelo cliente. As fontes secundárias podem ser a família,
alguém importante do relacionamento do paciente ou membro da equipe de saúde.
A entrevista pode ser segmentada em introdução, corpo e fechamento,
para maior entendimento e aplicação de estratégias, garantindo resultados positivos
para o profissional e para o cliente. Na introdução, quando a enfermeira e o cliente
começam a desenvolver uma relação terapêutica, a comunicação deverá ocorrer em
um clima de respeito, tendo como foco de atenção o cliente, reportando-se ao
familiar/acompanhante somente quando necessário.
A individualização do cliente se inicia quando nos reportamos a ele pelo
nome, provocando uma relação de confiabilidade e positiva. A segunda parte da
entrevista é o corpo, quando a enfermeira localiza o diálogo sobre áreas
específicas, que começa com a queixa principal do cliente e abrange outras áreas,
tais como histórico médico anterior, dados familiares, religiosos e culturais.
Na fase final da entrevista, o fechamento, a enfermeira prepara o cliente
para o encerramento da entrevista. O cliente poderá querer discutir tópicos
adicionais, porém o bom-senso deverá prevalecer: escutá-lo ou sugerir uma nova
entrevista? No fechamento devem-se resumir os dados mais significativos coletados
durante a entrevista.

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21.2.1 Técnicas de Entrevista

A técnica verbal é compreendida por perguntas abertas, fechadas, dirigidas,


reflexões e colocações suplementares. A técnica não verbal compreende a
expressão apropriada, sobrecenho franzido e falta de contato visual (tato, tom,
silêncio, audição ativa), levando em consideração os fatores ambientais, tais como
o espaço, iluminação, privacidade, posicionamento, conforto e barulhos.
As técnicas verbais mais utilizadas são as perguntas, o reflexo e as
declarações suplementares. As perguntas permitem que o enfermeiro obtenha
informações, esclareça percepções e reações do cliente e confirme outros dados
objetivos e subjetivos. As perguntas podem ser Abertas, Fechadas ou
Tendenciosas.
As perguntas abertas são as que, por natureza, indicam as percepções que
um cliente tem de um acontecimento ou a descrição de preocupações e
sentimentos. Geralmente, tais perguntas exigem mais que uma resposta com uma
ou duas palavras.

Exemplos:

“O que houve que fez o senhor vir ao setor de emergência?”


“Como você se sentiu quando o médico contou-lhe sobre a alteração da sua pressão
sanguínea?”
“Que remédio você toma regularmente?”
“O que você normalmente faz quando sente dor?”

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IMPORTANTE:

Perguntas que iniciam por “o que”, “como” ou “qual” tendem a resultar na


resposta mais detalhada do cliente. Perguntas iniciadas por “por que?” tendem a
colocar o cliente em uma posição defensiva.

Exemplos:

“Por que você fez aquilo?”


“Por que não consultou mais cedo um médico?”

Analisando a técnica de entrevista com perguntas abertas podemos


verificar que oferecem estímulos ao cliente para expressar preocupações
importantes, tornando-se instigante, para o cliente, uma resposta mais fidedigna e
menos assustadora. Por outro lado, temos as desvantagens de propiciar ao cliente
um tempo além do necessário, levando-o a respostas longas e prolixas, desviando-
se do assunto focalizado, detendo-se em tópicos irrelevantes.
As perguntas fechadas são as que exigem respostas curtas, com uma ou
duas palavras. São usadas, com maior frequência, para a obtenção de dados
específicos.

Exemplos:

“Você tomou hoje seu remédio para a pressão?”


“Quanto tempo permaneceu a dor?”
“Quando foi seu mais recente período menstrual?”
“Quantas vezes você teve diarreia ontem?”

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As perguntas fechadas evitam as respostas longas, permitindo ao
enfermeiro focalizar a entrevista. Porém, desencorajam a verbalização e limitam o
tipo e a quantidade de dados obtidos. Tendem a fazer o cliente ficar na defensiva.
As perguntas dirigidas são as que tendem a provocar uma resposta ou
reação específica do cliente. Podem ser abertas ou fechadas. As mais
frequentemente utilizadas são perguntas orientadas ou pressionadas.
Perguntas orientadas indicam que há preferência por determinada resposta.
Os clientes tendem a responder a essas perguntas com respostas que eles sentem
serem as desejadas.

Exemplos:

“Você não usa drogas, usa?”


“Não existe um passado de doença mental em sua família, existe?”
“Você está se sentindo melhor hoje, não?”
Perguntas dirigidas são utilizadas para avaliar a reação do cliente a um
tópico específico. A enfermeira, normalmente, está tentando avaliar a resposta não
verbal do cliente, mais do que o conteúdo da verdadeira resposta à pergunta. O uso
do reflexo e a percepção que a enfermeira tem da resposta do cliente é repetida ou
reordenada. A repetição estimula o cliente a continuar a discussão de uma área
especial do conteúdo.
A enfermeira repete palavras-chave que foram utilizadas pelo cliente, em
suas afirmações, auxiliando o cliente a explorar o assunto de modo mais completo.

Exemplo:

Enfermeira: “Como você se sentiu quando o médico contou-lhe sobre sua pressão
alta?”
Cliente: “Fiquei realmente com medo.”
Enfermeira: “Você realmente teve medo?” (repetição da palavra-chave)
Cliente: “Sim, pensei que poderia ter um derrame cerebral e morrer ou ficar
inválido.”

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Uma vez que o reordenamento de palavras dá ao cliente a interpretação que
a enfermeira fez da informação debatida, tal artifício permite que ambos
amplifiquem, esclareçam ou corrijam a percepção da enfermeira.

Exemplo:

Cliente: “Descobri esse nódulo em meu peito na semana passada, ao tomar banho.
Minha mãe também teve isso, antes de morrer com câncer.”
Enfermeira: “Você receia ter câncer?”
Cliente: “Sim. Sou muito jovem para morrer, meus filhos precisam de mim.”

Nesse caso as percepções da enfermeira foram confirmadas pelo cliente.

Exemplo:
Cliente: “Jamais tivera esta tontura ou náusea, antes de médico iniciar com esse
novo remédio para a pressão.”
Enfermeira: “Você acha que esse remédio constitui a causa dos problemas que
você apresenta agora?”
Cliente: “Não verdadeiramente, embora ache que possa ser parte do problema.”

O cliente, aqui, esclareceu a interpretação dada pela enfermeira para sua


afirmação inicial. Após declarações reflexas, os clientes podem buscar conselhos ou
conforto, ou pedir à enfermeira que confirme seus sentimentos. O cliente poderá
responder com “o que você acha”; “está bem”; “não está”; ou “o que você faria”. Tais
reações podem ser também uma tentativa do cliente obter mais informações.
A enfermeira deve evitar conselhos, conforto artificial ou emissão de opinião,
uma vez que isso tende a mudar a responsabilidade pela tomada de decisão, do
cliente para a enfermeira.

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Exemplo:

Cliente: o médico contou-me que posso fazer histerectomia depois de amanhã ou ir


para casa e voltar daqui a seis semanas. O que você faria enfermeira?
Enfermeira: Você não tem certeza se deve se submeter à cirurgia agora ou mais
tarde? Vamos considerar os prós e os contra de cada ação.

Esse método permite à enfermeira reorganizar as preocupações do


paciente, esclarecer a decisão que precisava ser tomada pelo cliente e opções de
modo objetivo, antes de tomar uma decisão.

São diretrizes para a realização do histórico de enfermagem:

 Realizar o histórico logo na admissão, para dar sequência às demais etapas


do processo de enfermagem;
 Iniciar a abordagem apresentando-se e citando a sua função dentro da
instituição;
 Solicitar a colaboração do paciente esclarecendo o seu propósito;
 Utilizar vocabulário adequado à compreensão do paciente;
 Utilizar um ambiente privativo para esse fim, ou biombos, em caso de
enfermaria ou pronto-socorro;
 Dar explicações sobre os procedimentos realizados, partindo sempre do que
o paciente já sabe e deseja saber;
 Registrar aos achados de maneira clara, objetiva e precisa, utilizando essas
informações como parâmetros de comparação para avaliações subsequentes.

São dificuldades na realização do histórico de enfermagem:

 Falta de empatia, confiança e reciprocidade, isto é, dificuldade na relação


enfermeiro-paciente;

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 Falha na abordagem de alguns itens da entrevista e do exame físico, como
por exemplo: a sexualidade e os aspectos psicossociais;
 Interrupções e interferências;
 Falta de privacidade;
 Dificuldade de comunicação;
 Pressa do enfermeiro;
 Dificuldade do enfermeiro quanto à interpretação.

O enfermeiro, no momento da entrevista e do histórico, deve agir com


extrema atenção, dedicação aos objetivos a serem alcançados, buscando
inspiração, incorporando a abordagem científica e técnica do conhecimento para
obter os elementos necessários à sistematização da assistência de enfermagem,
mostrando-se competente na obtenção dos dados e informações necessárias ao
processo de intervenção.

21.3 EXEMPLOS DE HISTÓRICO DE ENFERMAGEM

Exemplo 1

Hospital e Maternidade Santo Expedito


Departamento de Enfermagem
Educação Continuada

HISTÓRICO DE ENFERMAGEM

Registro Geral: 012782


Leito: 150 b.
Nome: Ângelo Roberto Barbosa.
Idade: 17 anos.
Sexo: masculino.

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Profissão: estudante.
Estado civil: solteiro.
Naturalidade: Presidente Prudente.
Estado: SP.
Escolaridade: Segundo grau completo.
Endereço: Rua Hypólito, 150.
Bairro: Lapa.
CEP: 01812-666.
Telefone: (21) 5543-2789
Pessoa significativa: Maria Luiza Barbosa.

Dados significativos:

Diagnóstico médico: Adenocarcinoma Pulmonar.


Cirurgias anteriores: nenhuma.
Medicações em uso: sem medicação.
Antecedentes Pessoais:
( N ) Diabetes.
( N ) Cardiopatias.
( N ) Doenças Infectocontagiosas.
( N ) Outras doenças.
( N ) Tabagismo.
( N ) Elitismo.
( N ) Drogas.
( N ) Alergia.

Antecedentes Familiares – Não

Histórico da moléstia atual:

Paciente informa que há cinco meses foi para os Estados Unidos, por meio
de um intercâmbio cultural, para permanecer seis meses. Refere que no momento

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do seu embarque encontrava-se muito estressado. Após três meses no país
começou a perder peso e apresentar sudorese noturna importante, com perda de
apetite e cansaço a pequenos esforços e ou caminhadas curtas, porém não deu
importância aos sintomas. Há um mês apresentou um estado gripal, com dor
torácica e dispneia.
Ao procurar atendimento médico, foi submetido ao exame de RX de tórax,
quando foi observada uma imagem de nódulo no pulmão direito, lobo superior.
Recebeu orientações para retornar ao Brasil e procurar um atendimento
especializado. Deu entrada no hospital, proveniente dos USA, com relatório médico
daquele país informando a suspeita diagnóstica de Adenocarcinoma pulmonar a D
em lobo superior.

Outras informações:

Realiza exames periódicos de ressonância magnética e laboratoriais para


controle.

Exemplo 2 (Histórico com ênfase nos problemas de saúde pública).

Unidade Básica de Saúde Florence Nightingale


Departamento de Enfermagem
Educação Continuada

HISTÓRICO DE ENFERMAGEM

1. Identificação:

Nome: Luís Carlos Soares.


Prontuário: Nº 1999.
Data de nascimento: 13/07/1960.
Sexo: masculino
Profissão: mecânico (x) ativo ( ) aposentado ( ) aposentado invalidez.

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Estado civil: casado.
Naturalidade: Bauru.
Estado: SP
Escolaridade: ( ) analfabeto ( ) semianalfabeto (x) 1º grau completo ( ) 2º grau
completo ( ) 3º grau completo.
Endereço: Rua Itu, 150.
Bairro: Boa Vista.
CEP: 01812-666.
Telefone: (11) 5543-2789
Pessoa significativa: Sônia Maria de Jesus.

2. Histórico Social

Residência: 4 cômodos
Material: (x) alvenaria ( ) taipa ( ) madeira ( ) outros.
Nº de pessoas da família: 7
Nº de dependentes: 5
Nº de pessoas que trabalham: 3
Renda Familiar em salários mínimos: ( ) 0-1 ( ) 1-3 (x) 3-5 ( ) 5-10 ( ) acima de 10
Grau de parentesco entre os residentes e relacionamento familiar:

3. Saneamento Básico
Água: (x) filtrada ( ) fervida ( ) clorada ( ) sem tratamento.
Lixo: (x) coletado ( ) queimado ( ) enterrado ( ) céu aberto
Fezes: (x) esgoto ( ) fossa ( ) céu aberto.
Energia elétrica: (x) sim ( ) não.

4. Hábitos de Vida

Horas de sono / dia: 8 horas.


Tabagista: (x) sim ( ) não Nº de cigarros / dia: 20 unidades.
Toma bebida alcoólica? (x) sim ( ) não.

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Deseja diminuir ou parar? (x) sim ( ) não.
Bebe pela manhã? (x) sim ( ) não.
Qual a quantidade de bebida consumida por semana? Em média 5 litros
Qual a bebida de sua preferência? Aguardente.
Atividade física: Não faz
Nº de vezes por semana: -
Tempo: -
Nº de refeições por dia: 3
Onde faz as refeições? Em casa
Frequência de consumo: Frutas, 1 vez por semana – Verduras, 4 a 5 vezes por
semana.
Predominância de alimentos das refeições: arroz, feijão, farinha, macarrão.

5. Histórico da Doença

Há antecedentes familiares?

(n) Diabetes mellitus.


(s) Doenças cardiovasculares.
(s) Doenças cerebrovasculares.
(n) Dislipidemia.
(n) Osteoporose.
(n) Artrite/ Artrose.
(s) Hiperuricemia.
(n) Depressão.
(n) Outras.
Sofreu intervenção cirúrgica? (x) não ( ) sim Qual (is)?
Foi internado? (x) sim ( ) não Quantas vezes: 1 Motivo(s) Intoxicação alimentar.

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6. História Atual da Doença

Sintomas e queixas atuais:


Senhor Luís Carlos informa que vem sentindo, há cerca de três meses,
dores de cabeça de forte intensidade, que melhoram com analgésicos que não
soube dizer o nome, além de sentir cansaço ao subir pequenos lances de escadas e
caminhadas mais longas. Refere que ao fazer esforços de média intensidade sente
dificuldades para respirar. Sente-se muito pesado após ter aumentado o seu peso
em mais ou menos 10 quilos e vem observando que seu abdômen está muito
elevado.
Refere ainda que tem sentido o abdômen empachado após as refeições e
dores nos tornozelos, principalmente quando estão muito inchados. Procurou o
ambulatório da empresa comunicando que já passou por consultas médicas
anteriores no posto de saúde do bairro e que tem consciência da alteração de sua
pressão arterial e da necessidade de tratamento, mas que não estava sendo feito,
pois não considerava suas queixas graves.

Terapêutica medicamentosa atual

Medicamentos: não usa


Dosagem: -
Efeitos colaterais: -
Insulinoterapia: ( ) sim (x) não
Nº de doses diária -
Uso adequado de rodízio: ( ) sim ( ) não
Administração (hora e quantidade):
Efeitos colaterais e frequência:

8. Terapêuticas anteriores e alternativas

Usa medicamento conforme prescrito? ( ) sim (x) não

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Se não, qual o motivo? Tem receio de tomar o remédio junto com a bebida
alcoólica.

Medicamentos utilizados anteriormente e motivo da interrupção:


Não sabe dizer o nome do medicamento usado para a pressão alta, mas que aos
poucos foi deixando de tomar após sentir melhoras e pela constante ingestão de
bebida alcoólica.

Terapêuticas alternativas (chás, ervas, homeopatia, pomadas, acupuntura,


outros): Não usa.

9. Últimos exames e consultas

Exames (Mês e ano Alterado):


ECG: ( ) sim ( ) não.
Papanicolau: ( ) sim ( ) não.
PSA: ( ) sim ( ) não.
Glicemia: ( ) sim ( ) não.
Triglicérides: ( ) sim (x) não.
Colesterol: ( ) sim (x) não.
Ácido úrico: ( ) sim (x) não.
HbA1C: ( ) sim ( ) não.

Consultas (Mês e ano):

Médica: 01/2002
Odontológica:
Ginecológica:
Oftalmoscópica:
Vacinação:
Antitetânica (reforço) 03/2002

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As demais vacinas, diz ter tomado, mas não tem documento que comprove e
desconhece as que já recebeu.

INSTRUMENTO DE COLETAS DE DADOS PARA PACIENTES CRÍTICOS

Identificação

Nome: Data de nascimento

Idade Sexo: ( ) masculino ( ) feminino

Horário de admissão: Data da admissão:

Diagnóstico: Leito:

Nacionalidade: Naturalidade:

Nível de escolaridade: Estado civil:

Número de filhos:

Familiares? Quem? (Descrever)

Procedência:

Informante:

Endereço: Telefone:

Entrevista

Como e quando começou a sentir problemas? ______________________________

Doença de base (início dos sintomas, quais os sintomas):_____________________

Algum tratamento já foi iniciado? ________________________

Qual a sua ocupação antes do problema? E atualmente? ____________________

Já se submeteu a alguma cirurgia? Qual? ____________________

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Fatores de riscos/história pregressa de doença

Cardiopatia congênita ( )

Hipertensão arterial ( )

Diabetes ( )

Aterosclerose ( )

Angina ( )

IAM ( )

Obesidade ( )

Insuficiência Renal ( )

Sedentarismo ( )

Uso de contraceptivo oral ( )

Outras informações:

FIM DO MÓDULO III

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