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SECRETARIA DA SAÚDE DO CEARÁ

HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA


COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

PROTOCOLO DE LAVAGEM DAS MÃOS DO HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA

FORTALEZA/CE
2021
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Hospital Geral de Fortaleza
Biblioteca HGF

P967 Hospital Geral de Fortaleza. Núcleo de Segurança do Paciente e Qualidade. Comissão de


Controle de Infecção Hospitalar
Protocolo de Lavagem das Mãos do Hospital Geral de Fortaleza / Organizado por Danilo
Amâncio Campos; Araguacy Rebouças Simplício, et al. .- Fortaleza: HGF, 2021.

20 p.

Inclui bibliografia.

Higienização - Mãos. 2. Protocolo. 3. Hospital Geral de Fortaleza. I. Título. II. Alves, Lana
Valéria Clemente. III. Carvalho, Larisse Alves Fernandes. IV. Silva, Dherlen Lemos da. V.
Simplício, Araguacy Rebouças. VI. Campos, Danilo Amâncio. VII. Nobre, Evarilda Maria
Honório. VIII. Freitas, Alexandre Araújo. VIX. Ferreira, Vera Lúcia Bento. X. Melo, Thaissa
Pinto de. XI. Rocha, Maria Sônia. XII. CCIH.

CDU 616.7
Bibliotecário: Kelson de Oliveira Monteiro CRB-3/1457.
O trabalho PROTOCOLO DE LAVAGEM DAS MÃOS DO HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA do Núcleo de
Segurança do Paciente e Qualidade está licenciado com uma Licença Creative Commons
Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional. Baseado no trabalho disponível em
http://www.hgf.ce.gov.br.

Elaboração, distribuição e informações


HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA
NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE E QUALIDADE
COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

Hospital Geral de Fortaleza - Rua. Ávila Goulart, 900 - Papicu, Fortaleza/CE CEP:
60.175-295 - Fone: (85) 3101.3165
© Governo do Estado do Ceará. Todos os direitos reservados. Home Page:
http://www.hgf.ce.gov.br

Editores
Editora HGF
Kelson de Oliveira Monteiro

Normalização: Núcleo de Segurança do Paciente e Qualidade


Revisão: Danilo Amâncio Campos e Núcleo de Segurança do Paciente e Qualidade
Colaboração: Danilo Amâncio Campos, Evarilda Maria Honório Nobre, Alexandre
Araújo Freitas, Vera Lúcia Bento Ferreira, Thaissa Pinto de Melo, Maria Sônia Rocha

Organizadores:
Danilo Amâncio Campos
Araguacy Rebouças Simplício
Lana Valéria Clemente Alves
Larisse Alves Fernandes Carvalho
Dherlen Lemos da Silva
Camilo Sobreira Santana
Governador do Estado do Ceará

Maria Izolda Cela Arruda Coelho


Vice-governadora do Estado do Ceará

Dr. Carlos Alberto Martins Rodrigues Sobrinho


Secretário da Saúde do Estado do Ceará

Dra. Magda Moura de Almeida


Secretária Executivo Administrativo Financeiro da Saúde do Estado do Ceará

Dr. João Francisco Freitas Peixoto


Secretário Executivo de Planejamento e Gestão Interna da Saúde do Estado do
Ceará

Dr. Ivan Batista Coelho


Secretária Executiva de Atenção à Saúde e Desenvolvimento Regional do Estado do
Ceará

Dr. Marcos Antônio Gadelha Maia


Secretário Exectivo de Políticas de Saúde do Estado do Ceará

Dr. Daniel de Holanda Araújo


Diretor Geral do Hospital Geral de Fortaleza- HGF

Dr. Francisco de Lucena Cabral Júnior


Diretor Médico do Hospital Geral de Fortaleza- HGF

Dra. Judith Rodrigues da Costa Caetano


Diretora Técnica do Hospital Geral de Fortaleza- HGF
Equipe da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Geral de
Fortaleza

Danilo Amâncio Campos


Coordenador da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Geral de
Fortaleza

Evarilda Maria Honório Nobre


Enfermeira da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Geral de
Fortaleza

Alexandre Araújo Freitas


Enfermeiro da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Geral de
Fortaleza

Vera Lúcia Bento Ferreira


Enfermeira da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Geral de
Fortaleza

Thaissa Pinto de Melo


Enfermeira da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Geral de
Fortaleza

Maria Sônia Rocha


Enfermeira da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Geral de
Fortaleza
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SUMÁRIO

1. OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO.............................................................................................. 2

2. DEFINIÇÕES /SIGLAS...................................................................................................................... 2

3. OUTRAS PARTICULARIDADES NA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS....................................................... 2

4. INDICAÇÕES.................................................................................................................................. 2

5. TÉCNICAS...................................................................................................................................... 4

6. CINCO MOMENTOS PARA HIGIENE DAS MÃOS........................................................................... 11

7. ESTRUTURA E ACESSIBILIDADE PARA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS............................................... 11

8. OBSERVAÇÃO DOS MOMENTOS DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS.................................................. 12

9. INDICADORES DE MONITORAMENTO.......................................................................................... 13

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................................. 15


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1. OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO

Prevenir e controlar a transmissão de microrganismos e, consequentemente, diminuir a


incidência das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), visando à segurança do
paciente, dos profissionais de saúde e de todos aqueles envolvidos nos cuidados aos
pacientes.

2. DEFINIÇÕES/SIGLAS
IRAS - Infecções relacionadas à assistência à saúde
SCIH - Serviço de Controle de Infecção Hospitalar
OMS - Organização Mundial de Saúde

3. OUTRAS PARTICULARIDADES NA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS


A higienização das mãos é a medida individual mais simples e importante para prevenir
a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde.
Tem por finalidade remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais
da pele, assim como o suor, a oleosidade, células descamativas, interrompendo a
transmissão de agentes infecciosos relacionados ao contato; além de reduzir risco de
transmissões cruzadas.
Os seguintes princípios devem ser seguidos:
 Deixar punhos e dedos livres, sem a presença de adornos (ex.: relógios, pulseiras,
anéis, alianças entre outros);
 Atentar para presença de lesões nas mãos (dedos, dorso, palma e punho),
protegendo-as depois da higienização (lesões e/ou úlceras extensas e/ou profundas,
solicitar afastamento de atividades assistenciais);
 Manter as unhas naturais, limpas e curtas;
 Não usar unhas postiças quando a atividade exercida requerer o contato direto
com os pacientes;
 Evitar o uso de esmaltes nas unhas;
 Caso opte por aplicar regularmente um creme protetor para as mãos, o mesmo
deverá ser de uso individual.

4. INDICAÇÃO
Devem higienizar as mãos todos os profissionais que trabalham em serviços de saúde
que mantêm contato direto ou indireto com os pacientes e que manipulam medicamentos,
alimentos e materiais estéreis ou contaminados. Recomenda-se ainda que familiares,
acompanhantes e visitantes higienizem as mãos antes e após terem contato com os
pacientes e/ou áreas próximas (ilha do paciente).
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USO DE ÁGUA E SABONETE LÍQUIDO

As mãos devem ser higienizadas com água e sabonete nas seguintes situações:
 Quando estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue ou outros
fluidos corporais.
 Ao iniciar e terminar o turno de trabalho.
 Antes e após ir ao banheiro.
 Antes de preparar alimentos.
 Antes de preparar e manipular medicamentos.
 Antes e após contato com pacientes e áreas próximas, principalmente, se
colonizado ou infectado por Clostridium difficile (o álcool não tem eficácia contra esporos)
 Após várias aplicações consecutivas do produto alcoólico nas mãos (5 a 10
aplicações em média).
 Após a remoção das luvas (procedimento e estéreis).
USO DE ÁGUA E DEGERMANTE LÍQUIDO

As mãos devem ser higienizadas com água e degermante líquido nas seguintes
situações:

 Em casos de precaução de contato cujo microorganismo isolado é multirresistente.


 Em caso de surtos (salientamos que para SARS-COV-2, o uso de água e sabonete
líquido simples já é suficiente).

USO DE PREPARAÇÕES ALCOÓLICAS

A higienização das mãos deve ser feita com preparação alcoólica quando estas não
estiverem visivelmente sujas, em todas as situações descritas a seguir:
 Antes de ter contato com o paciente;
 Após ter contato com o paciente;
 Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos;
 Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram
preparo cirúrgico;
 Após risco de exposição a fluidos corporais;
 Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado
ao paciente;
 Após ter contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas
ao paciente, e
 Após a remoção das luvas (procedimento e estéreis)
DEGERMAÇÃO DA PELE E DAS MÃOS (ANTISSEPSIA CIRÚRGICA)

As mãos devem ser higienizadas como antissepsia cirúrgica nas seguintes situações:
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 Antes de qualquer procedimento cirúrgico, no pré-operatório, todos os membros


da equipe devem realizar a degermação da pele e das mãos;

 Antes de procedimentos invasivos (inserção de cateter central de qualquer tipo,


punção e drenagem de cavidades, endoscopias, entre outros).

5. TÉCNICAS
Dependendo do objetivo ao qual se destinam, as técnicas de higienização das mãos
podem ser divididas em:
 Higienização simples;
 Higienização antisséptica;
 Fricção das mãos com preparações alcoólicas;
 Antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório. A eficácia da higienização das
mãos depende da duração e da técnica empregada. O uso de qualquer tipo de adorno (ex.:
anéis, pulseiras, relógios,etc) inviabiliza a antissepsia, pois tais objetos podem acumular
microrganismos e prejudicar o alcance à área da pele a qual encobre.

HIGIENIZAÇÃO SIMPLES

Finalidade

Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele (microbiota


teransitória), retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de
microrganismos.

Duração
De 40 a 60 segundos.

Materiais e equipamentos
1. Pia exclusiva para higienização das mãos;
2. Torneira com água limpa e corrente (recomendado comandos que dispensem o
contato das mãos do profissional);
3. Dispensador de sabonete líquido comum (preferível a utilização de refis);
4. Dispensador de papel toalha (recomendado material de fácil limpeza);
5. Lixeira para descarte do papel toalha após uso (recomendado o uso de lixeiras que
dispensem a abertura manual e utilização de saco plástico de cor preta).

Técnica
1. Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar-se à pia;
2. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir
toda a superfície das mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante);
3. Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si;
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4. Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os


dedos, e vice-versa.
5. Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais;
6. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando
os dedos, com movimento de vai-e-vem, e vice-versa;
7. Esfregar o polegar direito com o auxílio da palma da mão esquerda, realizando
movimento circular, e vice-versa;
8. Friccionar as polpas digitais e as unhas da mão esquerda contra a palma da mão
direita, fechada em concha, fazendo movimento circular, e vice-versa;
9. Enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabonete. Evitar contato direto das
mãos ensaboadas com a torneira;
10. Secar as mãos com papel-toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo
pelos punhos. No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilizar
papel toalha para evitar o contato direto;
11. Dispensar o papel toalha em lixeira cujo saco é de cor preta.

Figura 1. Higienização das mãos com água e sabonete líquido. Fonte: Organização Mundial da Saúde
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HIGIENIZAÇÃO ANTISSÉPTICA

Finalidade
Promover a remoção de sujidades e de microrganismos, reduzindo a carga microbiana
das mãos,
com auxílio de um antisséptico.

Duração
De 40 a 60 segundos.

Materiais e equipamentos
1. Pia exclusiva para higienização das mãos;
2. Torneira com água limpa e corrente (recomendado comandos que dispensem o
contato das mãos do profissional);
3. Dispensador de sabonete antisséptico líquido (preferível a utilização de refis);
4. Dispensador de papel toalha (recomendado material de fácil limpeza);
5. Lixeira para descarte do papel toalha após uso (recomendado o uso de lixeiras que
dispensem a abertura manual e utilização de saco plástico de cor preta).

Técnica
A técnica de higienização anti-séptica é igual àquela utilizada para a higienização
simples das mãos, substituindo-se o sabonete comum por um associado a anti-séptico (por
exemplo, antisséptico degermante).
(*) Tipo de higienização das mãos, utilizada antes e após contato com pacientes e áreas
próximas, principalmente, se colonizado ou infectado por Clostridium difficile ou microorganismos
multirresistentes (o álcool não tem eficácia contra esporos)/ Nos casos de surto.

FRICÇÃO DAS MÃOS COM PREPARAÇÕES ALCOÓLICAS

Finalidade
Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). A utilização de gel
alcoólico – preferencialmente a 70% – ou de solução alcoólica a 70% com 1%-3% de
glicerina pode substituir a higienização com água e sabonete quando as mãos não estiverem
visivelmente sujas.

Duração
De 20 a 30 segundos.

Materiais e equipamentos
Dispensador de álcool (em gel, líquido ou espuma) de fácil higienização (preferível
utilização de refis).
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Técnica
1. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente do produto para cobrir toda a
superfície das mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante).
2. Friccionar as palmas das mãos entre si
3. Friccionar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando
os dedos, e vice-versa.
4. Friccionar a palma das mãos entre si, com os dedos entrelaçados.
5. Friccionar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando
os dedos, e vice-versa.
6. Friccionar o polegar direito com o auxílio da palma da mão esquerda, realizando
movimento circular, e vice-versa.
7. Friccionar as polpas digitais e as unhas da mão esquerda contra a palma da mão
direita, fazendo um movimento circular, e vice-versa.
8. Friccionar os punhos com movimentos circulares.
9. Friccionar até secar. Não utilizar papel toalha.

Figura 2. Antissepsia das mãos com preparação alcoólica. Fonte: Organização Mundial da Saúde
2008
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ANTISSEPSIA CIRÚRGICA OU PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO DAS MÃOS

Finalidade
A antissepsia cirúrgica das mãos constitui uma medida importante, entre outras, para a
prevenção da infecção de sítio cirúrgico. Tem por finalidade eliminar a microbiota
transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito residual na
pele do profissional.

Duração

A antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos deve durar de três (3) a
cinco (5) minutos para a primeira cirurgia realizada ou auxiliada pelo profissional em
questão, e de dois a três minutos para as cirurgias subsequentes.

Materiais e equipamentos
1. Lavabo cirúrgico exclusivo para higienização das mãos, permitindo a higienização
dos antebraços sem que o mesmo toque no equipamento;
2. Torneira com água limpa e corrente (recomendado comandos que dispensem o
contato das mãos do profissional);
3. Dispensador de sabonete antisséptico líquido (preferível a utilização de refis) que
dispensem o contato com as mãos. Recomendado o acionamento por sensor, joelho ou
pedal;
4. Esponja impregnada ou não com solução antisséptica;
5. Escova descartável desde que contenha cerdas macias, exclusivo para leito
ungueal, impregnadas ou não com antisséptico, de uso unico;
6. Compressa estéril para secar as mãos;
7. Lixeira para descarte da compressa após uso (recomendado o uso de lixeiras que
dispensem a abertura manual e utilização de saco plástico de cor preta).
Cabe lembrar que em relação ao preparo pré-operatório das mãos ou antissepsia
cirúrgica das mãos, o procedimento pode ser feito com o uso de esponjas para a realização
da fricção da pele com antisséptico degermante (Clorexidina 2). O uso de escovas é
desencorajado devido à facilidade de causar lesão na pele. Caso o uso seja inevitável, a
escova deve ser estéril e de cerdas macias e de uso único.

Técnica
1. Abrir a torneira e molhar as mãos, os antebraços e os cotovelos;
2. Recolher, com as mãos em concha, o anti-séptico e espalhar nas mãos, antebraços
e cotovelos;
3. No caso de esponja impregnada com antisséptico, pressionar a parte impregnada
da esponja contra a pele e espalhar por todas as partes das mãos, antebraços e cotovelos;
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4. Friccionar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando
os dedos, e vice-versa.
4.1. No caso do uso de escovas, limpar sob as unhas com as cerdas da escova;
5. Friccionar as mãos, observando os espaços interdigitais e os antebraços por no
mínimo 3 a 5 minutos, mantendo as mãos acima dos cotovelos;
6. Enxaguar as mãos em água corrente, no sentido das mãos para os cotovelos,
retirando todos os resíduos do produto
7. Fechar a torneira com o cotovelo, joelho ou pés, se a torneira não possuir
fotossensor;
8. Enxaguar as mãos em toalhas ou compressas estéreis, com movimentos
compressivos, iniciando pelas mãos e seguindo pelos antebraços e cotovelos, atentando
para utilizar as diferentes dobras da toalha/compressa para regiões distintas.

Figura 3. Técnica para antissepsia cirúrgica das mãos com antisséptico. Fonte: ANVISA, 2009.
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Figura 4. Técnica para antissepsia cirúrgica das mãos com produto à base de álcool. Fonte:
Organização Mundial da Saúde, 2008
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6. CINCO MOMENTOS PARA A HIGIENE DAS MÃOS


O conceito “Meus cinco momentos para a higiene das mãos” sintetiza as indicações de
higiene das mãos nos casos em que a higiene das mãos é necessária. Esse método facilita a
compreensão dos momentos em que há riscos de transmissão de micro-organismos pelas
mãos, a memorização e a incorporação nas atividades do dia a dia.

Figura 5. 05 momentos para Higienização das Mãos. Fonte: Organização Mundial da


Saúde 2008

7. ESTRUTURA E ACESSIBILIDADE PARA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS


Assegurar que a infraestrutura necessária esteja disponível para permitir a prática
correta de higiene das mãos pelos profissionais de saúde. Isto inclui algumas condições
essenciais:
 Acesso a sabonete líquido e papel toalha, bem como a um fornecimento contínuo
e seguro de água, de acordo com o disposto na Portaria GM/MS nº 2.914, de 12 de
dezembro de 2011;
 Acesso imediato a preparações alcoólicas para a higiene das mãos no ponto de
assistência (emergência, atendimentos ambulatórios, enfermarias, Centro de Imagem,
Hemodiálise e etc)
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 Pias no quantitativo de uma para cada dez leitos, preferencialmente com torneira
de acionamento automático em unidades não críticas e obrigatoriamente em unidades
críticas:

 Sempre que houver paciente (acamado ou não), examinado, manipulado, tocado,


medicado ou tratado, é obrigatória a provisão de recursos para a higienização de mãos
através de lavatórios ou pias para uso da equipe de assistência.
 Nos locais de manuseio de insumos, amostras, medicamentos, alimentos, também
e obrigatória à instalação de pias / lavatórios.
 Nos lavabos cirúrgicos a torneira não pode ser do tipo de pressão com
temporizador.
 Disponibilizar 01 pia de higienização de mãos para cada 10 leitos e 01 lavatório
para cada leito de isolamento.
 Em Unidades de Terapia Intensiva, disponibilizar 01 lavatório para cada 05 leitos e
para cada leito de isolamento. No berçário 01 (um) lavatório a cada 04(quatro) berços
(intensivos ou não).
 Em Hemodinâmica, considerar lavabo cirúrgico com 02 torneiras para cada sala de
exames.
 Em Bloco cirúrgico, considerar lavabo cirúrgico com torneiras que atendam a
seguinte proporção: Até 02 salas cirúrgicas = 2 torneiras por cada sala. Mais de 02 salas
cirúrgicas = 2 torneiras a cada novo par de salas ou fração.
 Disponibilizar torneiras com acionamento sem o comando das mãos.

8. OBSERVAÇÃO DOS MOMENTOS DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS


A observação direta dos profissionais de saúde durante sua rotina diária de trabalho é a
maneira mais precisa de estudar as práticas de higienização das mãos. Os resultados da
observação ajudam a determinar as intervenções mais adequadas para promoção, instrução
e treinamento de higienização das mãos. A principal finalidade do método proposto aqui é
produzir dados em larga escala sobre a adesão à higienização das mãos. Esses dados devem
ser coletados por meio de observação direta dos profissionais de saúde, encarregados da
assistência ao paciente.
É preferível, mas não essencial, que o observador tenha experiência prévia de ensino
clínico. Embora o conhecimento básico de higienização das mãos necessário esteja
resumido nesse manual de referência, deve-se enfatizar que os observadores precisam ter
uma ampla experiência de assistência aos pacientes.
Os resultados das observações são usados apenas para promover, instruir e treinar os
profissionais de saúde, como parte do Desafio Global de Segurança do Paciente “Uma
assistência limpa é uma assistência mais segura”. Os resultados das observações devem ser
anônimos e não devem ser empregados nas avaliações administrativas da equipe. Isso
garante que os dados coletados sejam confidenciais.
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A posição dos observadores os investe de um papel de referência, tanto para as


pessoas observadas quando para a equipe administrativa e de tomada de decisão. Eles são
responsáveis por promover, instruir, dar retorno e comentar os resultados e por direcionar
a campanha, de acordo com as necessidades dos profissionais de saúde.
O número de profissionais de saúde observados durante cada sessão é ilimitado. Ele é
simplesmente registrado por uma marcação vertical (I) no item “número” dependendo da
categoria a que cada profissional de saúde pertence e de como ele entra no campo de
observação. Se forem observadas várias oportunidades com interrupção em uma única
sessão para o mesmo profissional de saúde, ele será contado apenas uma vez.
Diversos profissionais de saúde podem ser observados ao mesmo tempo (quando
estiverem trabalhando com o mesmo paciente ou no mesmo ambiente). Entretanto, não é
aconselhável observar simultaneamente mais do que três profissionais de saúde.

9. INDICADORES DE MONITORAMENTO
Os indicadores de desempenho devem ser utilizados pelo Serviço de Controle de
Infecção Hospitalar (CCIH) para a mensuração da melhoria da adesão às práticas de higiene
das mãos.

Indicador obrigatório:

a) Consumo de preparação alcoólica para as mãos: monitoramento do volume de


preparação alcoólica para as mãos utilizado para cada 1.000 pacientes-dia.

Fórmula: Quantidade de preparação alcoólica (álcool) utilizada pela unidade (terapia


intensiva adulto geral e especialidades) durante o mês em ml. / Número de pacientes-dia no
mês, na unidade terapia intensiva adulto geral e especialidades

b) Percentual (%) de adesão: número de ações de higiene das mãos realizados pelos
profissionais de saúde/número de oportunidades ocorridas para higiene das mãos,
multiplicado por 100.

Adesão (%) = Ações de higienização das mãos * 100


___________________________
Oportunidades

c) Densidade de IRAS por UTI ADULTO e o Consumo de preparação alcoólica para


mãos por paciente dia;
 Semana de Auditoria: Toda 1º, 2º e 3º semana do mês durante as visitas do
enfermeiro do SCIH na unidade.

 Local de auditoria: UTI


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PROTOCOLO 11/03/2021 Q.PROT.CCIH.001
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Título do Validação NSPQ: Próxima revisão:
PRÁTICA DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
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 Nas instituições que não houverem unidade de terapia intensiva, ou nas situações
em que houverem baixas oportunidades de observações, a avaliação deverá ser realizada
em outros setores assistenciais, como por exemplo, posto de internação e emergência.
 Número de observação mensal mínima: 200 observações
 01 vez ao mês: o retorno da informação à direção do estabelecimento e aos
profissionais pelo resultado dos indicadores deverá ser providenciado pelo SCIH, a entrega
da planilha deverá ser entregue pontualmente na terça-feira da quarta semana do mês.

Formulário de observação
Origem do
COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
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PROTOCOLO 11/03/2021 Q.PROT.CCIH.001
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PRÁTICA DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Manual para


observadores: estratégia multimodal da OMS para a melhoria da higienização das mãos.
Organização Mundial da Saúde, Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde; Agência
Nacional de Vigilância Sanitária, 2008.
Disponívelem:<http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/higienizacaoomsmanualpa
ra_observadores-miolo.pdf> Acesso em: 26/07/2017.

______, AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Nota técnica


GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020 – atualizada em 25/02/2021. Dispõe sobre medidas de
prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos
ou confirmados de infecção pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2). Disponível em <
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/notas-
tecnicas/nota-tecnica-gvims_ggtes_anvisa-04_2020-25-02-para-o-site.pdf/view>. Acesso em:
11/03/2021.

______. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Segurança do Paciente


em Serviços de Saúde: Higienização das Mãos / Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Brasília: Anvisa, 2009. 105p. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/seguranca_paciente_servicos_saude_higieniza
cao_maos.pdf> Acesso em: 11/03/2021.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE -


OPAS/OMS; AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – MINISTÉRIO DA SAÚDE –
ANVISA/MS. Guia para Implantação. Um guia para implantação da Estratégia Multimodal
da OMS para a Melhoria da Higienização das Mãos. Brasília, DF, 2008b.

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