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FORTALEZA/CE
2021
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Hospital Geral de Fortaleza
Biblioteca HGF
20 p.
Inclui bibliografia.
Higienização - Mãos. 2. Protocolo. 3. Hospital Geral de Fortaleza. I. Título. II. Alves, Lana
Valéria Clemente. III. Carvalho, Larisse Alves Fernandes. IV. Silva, Dherlen Lemos da. V.
Simplício, Araguacy Rebouças. VI. Campos, Danilo Amâncio. VII. Nobre, Evarilda Maria
Honório. VIII. Freitas, Alexandre Araújo. VIX. Ferreira, Vera Lúcia Bento. X. Melo, Thaissa
Pinto de. XI. Rocha, Maria Sônia. XII. CCIH.
CDU 616.7
Bibliotecário: Kelson de Oliveira Monteiro CRB-3/1457.
O trabalho PROTOCOLO DE LAVAGEM DAS MÃOS DO HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA do Núcleo de
Segurança do Paciente e Qualidade está licenciado com uma Licença Creative Commons
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© Governo do Estado do Ceará. Todos os direitos reservados. Home Page:
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Editores
Editora HGF
Kelson de Oliveira Monteiro
Organizadores:
Danilo Amâncio Campos
Araguacy Rebouças Simplício
Lana Valéria Clemente Alves
Larisse Alves Fernandes Carvalho
Dherlen Lemos da Silva
Camilo Sobreira Santana
Governador do Estado do Ceará
SUMÁRIO
2. DEFINIÇÕES /SIGLAS...................................................................................................................... 2
4. INDICAÇÕES.................................................................................................................................. 2
5. TÉCNICAS...................................................................................................................................... 4
9. INDICADORES DE MONITORAMENTO.......................................................................................... 13
2. DEFINIÇÕES/SIGLAS
IRAS - Infecções relacionadas à assistência à saúde
SCIH - Serviço de Controle de Infecção Hospitalar
OMS - Organização Mundial de Saúde
4. INDICAÇÃO
Devem higienizar as mãos todos os profissionais que trabalham em serviços de saúde
que mantêm contato direto ou indireto com os pacientes e que manipulam medicamentos,
alimentos e materiais estéreis ou contaminados. Recomenda-se ainda que familiares,
acompanhantes e visitantes higienizem as mãos antes e após terem contato com os
pacientes e/ou áreas próximas (ilha do paciente).
Origem do
COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
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Tipo do
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PRÁTICA DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
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As mãos devem ser higienizadas com água e sabonete nas seguintes situações:
Quando estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue ou outros
fluidos corporais.
Ao iniciar e terminar o turno de trabalho.
Antes e após ir ao banheiro.
Antes de preparar alimentos.
Antes de preparar e manipular medicamentos.
Antes e após contato com pacientes e áreas próximas, principalmente, se
colonizado ou infectado por Clostridium difficile (o álcool não tem eficácia contra esporos)
Após várias aplicações consecutivas do produto alcoólico nas mãos (5 a 10
aplicações em média).
Após a remoção das luvas (procedimento e estéreis).
USO DE ÁGUA E DEGERMANTE LÍQUIDO
As mãos devem ser higienizadas com água e degermante líquido nas seguintes
situações:
A higienização das mãos deve ser feita com preparação alcoólica quando estas não
estiverem visivelmente sujas, em todas as situações descritas a seguir:
Antes de ter contato com o paciente;
Após ter contato com o paciente;
Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos;
Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram
preparo cirúrgico;
Após risco de exposição a fluidos corporais;
Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado
ao paciente;
Após ter contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas
ao paciente, e
Após a remoção das luvas (procedimento e estéreis)
DEGERMAÇÃO DA PELE E DAS MÃOS (ANTISSEPSIA CIRÚRGICA)
As mãos devem ser higienizadas como antissepsia cirúrgica nas seguintes situações:
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5. TÉCNICAS
Dependendo do objetivo ao qual se destinam, as técnicas de higienização das mãos
podem ser divididas em:
Higienização simples;
Higienização antisséptica;
Fricção das mãos com preparações alcoólicas;
Antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório. A eficácia da higienização das
mãos depende da duração e da técnica empregada. O uso de qualquer tipo de adorno (ex.:
anéis, pulseiras, relógios,etc) inviabiliza a antissepsia, pois tais objetos podem acumular
microrganismos e prejudicar o alcance à área da pele a qual encobre.
HIGIENIZAÇÃO SIMPLES
Finalidade
Duração
De 40 a 60 segundos.
Materiais e equipamentos
1. Pia exclusiva para higienização das mãos;
2. Torneira com água limpa e corrente (recomendado comandos que dispensem o
contato das mãos do profissional);
3. Dispensador de sabonete líquido comum (preferível a utilização de refis);
4. Dispensador de papel toalha (recomendado material de fácil limpeza);
5. Lixeira para descarte do papel toalha após uso (recomendado o uso de lixeiras que
dispensem a abertura manual e utilização de saco plástico de cor preta).
Técnica
1. Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar-se à pia;
2. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir
toda a superfície das mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante);
3. Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si;
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Figura 1. Higienização das mãos com água e sabonete líquido. Fonte: Organização Mundial da Saúde
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HIGIENIZAÇÃO ANTISSÉPTICA
Finalidade
Promover a remoção de sujidades e de microrganismos, reduzindo a carga microbiana
das mãos,
com auxílio de um antisséptico.
Duração
De 40 a 60 segundos.
Materiais e equipamentos
1. Pia exclusiva para higienização das mãos;
2. Torneira com água limpa e corrente (recomendado comandos que dispensem o
contato das mãos do profissional);
3. Dispensador de sabonete antisséptico líquido (preferível a utilização de refis);
4. Dispensador de papel toalha (recomendado material de fácil limpeza);
5. Lixeira para descarte do papel toalha após uso (recomendado o uso de lixeiras que
dispensem a abertura manual e utilização de saco plástico de cor preta).
Técnica
A técnica de higienização anti-séptica é igual àquela utilizada para a higienização
simples das mãos, substituindo-se o sabonete comum por um associado a anti-séptico (por
exemplo, antisséptico degermante).
(*) Tipo de higienização das mãos, utilizada antes e após contato com pacientes e áreas
próximas, principalmente, se colonizado ou infectado por Clostridium difficile ou microorganismos
multirresistentes (o álcool não tem eficácia contra esporos)/ Nos casos de surto.
Finalidade
Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). A utilização de gel
alcoólico – preferencialmente a 70% – ou de solução alcoólica a 70% com 1%-3% de
glicerina pode substituir a higienização com água e sabonete quando as mãos não estiverem
visivelmente sujas.
Duração
De 20 a 30 segundos.
Materiais e equipamentos
Dispensador de álcool (em gel, líquido ou espuma) de fácil higienização (preferível
utilização de refis).
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Técnica
1. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente do produto para cobrir toda a
superfície das mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante).
2. Friccionar as palmas das mãos entre si
3. Friccionar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando
os dedos, e vice-versa.
4. Friccionar a palma das mãos entre si, com os dedos entrelaçados.
5. Friccionar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando
os dedos, e vice-versa.
6. Friccionar o polegar direito com o auxílio da palma da mão esquerda, realizando
movimento circular, e vice-versa.
7. Friccionar as polpas digitais e as unhas da mão esquerda contra a palma da mão
direita, fazendo um movimento circular, e vice-versa.
8. Friccionar os punhos com movimentos circulares.
9. Friccionar até secar. Não utilizar papel toalha.
Figura 2. Antissepsia das mãos com preparação alcoólica. Fonte: Organização Mundial da Saúde
2008
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Finalidade
A antissepsia cirúrgica das mãos constitui uma medida importante, entre outras, para a
prevenção da infecção de sítio cirúrgico. Tem por finalidade eliminar a microbiota
transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito residual na
pele do profissional.
Duração
A antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos deve durar de três (3) a
cinco (5) minutos para a primeira cirurgia realizada ou auxiliada pelo profissional em
questão, e de dois a três minutos para as cirurgias subsequentes.
Materiais e equipamentos
1. Lavabo cirúrgico exclusivo para higienização das mãos, permitindo a higienização
dos antebraços sem que o mesmo toque no equipamento;
2. Torneira com água limpa e corrente (recomendado comandos que dispensem o
contato das mãos do profissional);
3. Dispensador de sabonete antisséptico líquido (preferível a utilização de refis) que
dispensem o contato com as mãos. Recomendado o acionamento por sensor, joelho ou
pedal;
4. Esponja impregnada ou não com solução antisséptica;
5. Escova descartável desde que contenha cerdas macias, exclusivo para leito
ungueal, impregnadas ou não com antisséptico, de uso unico;
6. Compressa estéril para secar as mãos;
7. Lixeira para descarte da compressa após uso (recomendado o uso de lixeiras que
dispensem a abertura manual e utilização de saco plástico de cor preta).
Cabe lembrar que em relação ao preparo pré-operatório das mãos ou antissepsia
cirúrgica das mãos, o procedimento pode ser feito com o uso de esponjas para a realização
da fricção da pele com antisséptico degermante (Clorexidina 2). O uso de escovas é
desencorajado devido à facilidade de causar lesão na pele. Caso o uso seja inevitável, a
escova deve ser estéril e de cerdas macias e de uso único.
Técnica
1. Abrir a torneira e molhar as mãos, os antebraços e os cotovelos;
2. Recolher, com as mãos em concha, o anti-séptico e espalhar nas mãos, antebraços
e cotovelos;
3. No caso de esponja impregnada com antisséptico, pressionar a parte impregnada
da esponja contra a pele e espalhar por todas as partes das mãos, antebraços e cotovelos;
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4. Friccionar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando
os dedos, e vice-versa.
4.1. No caso do uso de escovas, limpar sob as unhas com as cerdas da escova;
5. Friccionar as mãos, observando os espaços interdigitais e os antebraços por no
mínimo 3 a 5 minutos, mantendo as mãos acima dos cotovelos;
6. Enxaguar as mãos em água corrente, no sentido das mãos para os cotovelos,
retirando todos os resíduos do produto
7. Fechar a torneira com o cotovelo, joelho ou pés, se a torneira não possuir
fotossensor;
8. Enxaguar as mãos em toalhas ou compressas estéreis, com movimentos
compressivos, iniciando pelas mãos e seguindo pelos antebraços e cotovelos, atentando
para utilizar as diferentes dobras da toalha/compressa para regiões distintas.
Figura 3. Técnica para antissepsia cirúrgica das mãos com antisséptico. Fonte: ANVISA, 2009.
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Figura 4. Técnica para antissepsia cirúrgica das mãos com produto à base de álcool. Fonte:
Organização Mundial da Saúde, 2008
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Pias no quantitativo de uma para cada dez leitos, preferencialmente com torneira
de acionamento automático em unidades não críticas e obrigatoriamente em unidades
críticas:
9. INDICADORES DE MONITORAMENTO
Os indicadores de desempenho devem ser utilizados pelo Serviço de Controle de
Infecção Hospitalar (CCIH) para a mensuração da melhoria da adesão às práticas de higiene
das mãos.
Indicador obrigatório:
b) Percentual (%) de adesão: número de ações de higiene das mãos realizados pelos
profissionais de saúde/número de oportunidades ocorridas para higiene das mãos,
multiplicado por 100.
Nas instituições que não houverem unidade de terapia intensiva, ou nas situações
em que houverem baixas oportunidades de observações, a avaliação deverá ser realizada
em outros setores assistenciais, como por exemplo, posto de internação e emergência.
Número de observação mensal mínima: 200 observações
01 vez ao mês: o retorno da informação à direção do estabelecimento e aos
profissionais pelo resultado dos indicadores deverá ser providenciado pelo SCIH, a entrega
da planilha deverá ser entregue pontualmente na terça-feira da quarta semana do mês.
Formulário de observação
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